terça-feira, 23 de agosto de 2011

Crivella lamenta decisão da Justiça pela retirada de ‘outdoor’ contra homossexualidade em São Paulo

 


O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) lamentou, em pronunciamento nesta segunda-feira (22), decisão da Justiça de
Ribeirão Preto, em São Paulo, pela retirada das ruas de outdoor instalado pela igreja evangélica Casa da Oração com versículos bíblicos que condenando a homossexualidade. Para o senador, a decisão foi tomada “de maneira arrogante e antidemocrática” e feriu o direito à liberdade de expressão do grupo evangélico.
Na semana em que se realizaria a 7ª Parada do Orgulho Gay de Ribeirão Preto, marcada para o domingo (21), a Casa da Oração divulgou em outdoor três trechos retirados da Bíblia (Levítico 20:13; Romanos 1:26-29 e Atos 3:19), reprovando a união entre pessoas do mesmo sexo. Provocado por uma ação da Defensoria Pública, o juiz substituto da 6ª Vara Cível de Ribeirão Preto, Aleksander Coronado Braido da Silva, determinou a retirada do material e aplicou multa de R$ 10 mil ao pastor responsável em caso de descumprimento.

Na avaliação do senador Marcelo Crivella, o Senado não pode se calar diante do que classificou como um “atentado à liberdade de expressão e de religião”.
- Isso aqui é a Bíblia, isso aqui é a palavra de Deus. Isso aqui é o primeiro livro impresso nas prensas de Gutemberg e o mais lido nas civilizações ocidentais de origem cristã. Isso não pode ser censurado. Esse país iniciou-se com uma missa. Esse país começou com princípios cristãos, de família, com a Bíblia aberta nos lares. E nós não podemos abrir mão de que essa palavra seja pregada. Eu não estou fazendo nada mais do que citar a Bíblia – defendeu o senador.
Marcelo Crivella argumentou que, se os homossexuais querem respeito, precisam respeitar também a opinião de quem discorda deles. E enfatizou que a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer a união entre pessoas do mesmo sexo não autorizou a censura à Bíblia nem o cerceamento da liberdade de pensamento no país. Para o senador, “a Bíblia é, como ela é” e qualquer um tem o direito de pregá-la.
- Não podemos retroceder, não podemos aceitar retrocesso -, afirmou.
Em aparte, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) concordou com a crítica de Crivella à decisão da Justiça de Ribeirão Preto. Ataídes disse estar indignado com a medida e a considerou um “preconceito” contra a igreja.
Agência Senado

Prefeito de Recife investe nos grupos religiosos

O prefeito do Recife, João da Costa (PT), tenta se aproximar da população e mostrar aos aliados que tem condições de derrotar a oposição em 2012.

Com o objetivo de viabilizar o seu nome como candidato à reeleição, o prefeito do Recife, João da Costa (PT), não tem medido esforços para se aproximar da população e mostrar aos aliados que tem condições de derrotar a oposição em 2012.

Além de transformar as ações administrativas, dentro e fora do prédio-sede da PCR, em grandes eventos – como fez na a abertura das plenárias do Orçamento Participativo e nas inaugurações das quadras externas do ginásio de esportes Geraldão e da Academia da Cidade do Parque 13 de Maio – ele vem investindo em reuniões com públicos segmentados, como os grupos religiosos.

No sábado (20), o prefeito esteve na sede da loja maçônica Grande Oriente Independente de Pernambuco, no Bairro de São José, e assinou um documento, na Praça Frei Caneca, para que o local seja adotada pela maçonaria dentro do programa Adote o Verde, que preserva as praças da cidade. Para prestigiar a maçonaria, João da Costa levou quase todos os integrantes de seu primeiro escalão.

O prefeito tomou a mesma iniciativa ao prestigiar, no final de semana anterior, um evento das igrejas evangélicas contra o uso de drogas, no Parque Dona Lindu, organizado pelo líder do governo na Câmara do Recife, vereador Luiz Eustáquio (PT). Nas próximas semanas, ele deve seguir o mesmo roteiro, comparecendo a eventos organizados por outras religiões.

Mas não é só esse tipo de iniciativa que está impulsionando a pauta do prefeito. O ritmo das ações da gestão está sendo acelerado para mostrar à opinião pública os resultados dos programas desenvolvidos nesses dois anos e oito meses de governo. Ao longo das próximas semanas, João da Costa quer comandar eventos que possam repercutir na imprensa e, consequentemente, nas ruas.

Fonte: JC Online

"Gritai" será o single do novo CD de Cassiane; ouça

O diretor artístico da Sony Music Maurício Soares, divulgou em seu twitter que a nova música de trabalho, e primeiro single do novo CD de Cassiane será a faixa "Gritai"

"...'Gritai' sera o primeiro single de Ao Som dos Louvores de @cassianecantora ... Em meio a tantos hits ..." postou Maurício em seu Micro-blogging.

"Essa música é impactante!Linda d+! Pensa... A vóz foi a arma que Deus deu ao povo para derrubar as muralhas de Jericó! Fico arrepiada com essa música! É a minha cara! rsrs ... Gritai...que as muralhas romperão! Gritai...se despedaçarão no chão! Gritai...Que a terra vai estremecer, O que Deus prometeu, pode receber! Eita Glória!! " - Isso foi o que Cassiane comentou dia 13/08 em seu site oficial sobre essa canção.

Agora a única coisa que resta é a divulgação desse single. Maurício soares comentou ainda mais, e disse que o CD "Ao som dos louvores" está FANTÁSTICO.

Ouça o novo single aqui


O álbum traz 14 canções inéditas que marcam o retorno da cantora às suas raízes pentecostais. O CD foi produzido por Jairinho Manhães, esposo de Cassiane, que já garantiu que as músicas possuem letras “muito fortes com canções bastante populares para que toda a igreja cante junto.”
Confira a lista de músicas:
1- Gritai
2- Ao Som dos Louvores
3- Descanso
4- A Glória do Senhor
5- Só o Senhor é Deus
6- Cristo ou Barrabás
7- Amigo Espírito Santo
8- 24 Horas
9- Libera o Milagre
10- Vem Oh Mestre!
11- Receba de Deus
12- Não Vos Conformeis
13- Rio de Deus
14- Vou Adorar

VIA GRITOS DE ALERTA.
BISPO ROBERTO TORRECILHAS

A DITADURA GAY COMEÇOU NO BRASIL - Senador lamenta decisão da Justiça pela retirada de outdoor contra homossexualidade

Para o senador Marcelo Crivella, o Senado não pode se calar diante do que classificou como um "atentado à liberdade de expressão e de religião.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) lamentou, em pronunciamento nesta segunda-feira (22), decisão da Justiça de Ribeirão Preto, em São Paulo, pela retirada das ruas de outdoor instalado pela igreja evangélica Casa da Oração com versículos bíblicos que condenando a homossexualidade. Para o senador, a decisão foi tomada "de maneira arrogante e antidemocrática" e feriu o direito à liberdade de expressão do grupo evangélico.

Na semana em que se realizaria a 7ª Parada do Orgulho Gay de Ribeirão Preto, marcada para o domingo (21), a Casa da Oração divulgou em outdoor três trechos retirados da Bíblia (Levítico 20:13; Romanos 1:26-29 e Atos 3:19), reprovando a união entre pessoas do mesmo sexo. Provocado por uma ação da Defensoria Pública, o juiz substituto da 6ª Vara Cível de Ribeirão Preto, Aleksander Coronado Braido da Silva, determinou a retirada do material e aplicou multa de R$ 10 mil ao pastor responsável em caso de descumprimento.

Na avaliação do senador Marcelo Crivella, o Senado não pode se calar diante do que classificou como um "atentado à liberdade de expressão e de religião".

"Isso aqui é a Bíblia, isso aqui é a palavra de Deus. Isso aqui é o primeiro livro impresso nas prensas de Gutemberg e o mais lido nas civilizações ocidentais de origem cristã. Isso não pode ser censurado. Esse país iniciou-se com uma missa. Esse país começou com princípios cristãos, de família, com a Bíblia aberta nos lares. E nós não podemos abrir mão de que essa palavra seja pregada. Eu não estou fazendo nada mais do que citar a Bíblia", defendeu o senador.

Marcelo Crivella argumentou que, se os homossexuais querem respeito, precisam respeitar também a opinião de quem discorda deles. E enfatizou que a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer a união entre pessoas do mesmo sexo não autorizou a censura à Bíblia nem o cerceamento da liberdade de pensamento no país. Para o senador, "a Bíblia é, como ela é" e qualquer um tem o direito de pregá-la.

"Não podemos retroceder, não podemos aceitar retrocesso", afirmou.

Em aparte, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) concordou com a crítica de Crivella à decisão da Justiça de Ribeirão Preto. Ataídes disse estar indignado com a medida e a considerou um "preconceito" contra a igreja.

'Acordei em país ditatorial', diz pastor de painel contra gays

Em entrevista ao site Portal Cristão News, o pastor Antônio Hernandez Lopes, da Casa de Oração de Ribeirão Preto (SP), lamenta a decisão da Justiça de, a pedido da Defensoria Pública do Estado, retirar um outdoor considerado homofóbico. O painel, carimbado com o apoio da casa evangélica, continha três citações bíblicas, entre as quais um trecho do Levítico que sustenta que "se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável".

"Não estou chorando porque estou com medo. Estou chorando porque estou vendo uma igreja morta! Dormi em um país democrático e acordei em um país ditatorial!", protestou o pastor, que diz agora estar acessível apenas a fiéis. "O fone da igreja eu desliguei. Só mantenho o fone pessoal celular no qual eu atendo as ovelhas." A decisão da Justiça ocorreu dois dias antes da realização da 7ª Parada do Orgulho LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) da cidade, que aconteceu no domingo, e determina multa de R$ 10 mil para cada ato de descumprimento da decisão. Procurada pelo Terra, a Nóbile Painéis, responsável pelo outdoor e também citada pela Defensoria, disse que não comentaria o assunto.

Fonte: Agência Estado e Terra

Revista IstoÉ: O novo retrato da fé no Brasil

Pesquisas indicam o aumento da migração religiosa entre os brasileiros,
 o surgimento dos evangélicos não praticantes e o crescimento dos adeptos
 ao islã.

Acaba de nascer no País uma nova categoria religiosa, a dos evangélicos não praticantes.
 São os fiéis que creem, mas não pertencem a nenhuma denominação. O surgimento dela
 já era aguardado, uma vez que os católicos, ainda maioria, perdem espaço a cada ano
 para o conglomerado formado por protestantes históricos, pentecostais e neopentecostais.
 Sendo assim, é cada vez maior o número de brasileiros que nascem em berço evangélico –
e, como muitos católicos, não praticam sua fé. Dados da Pesquisa de Orçamento
 Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram,
 na semana passada, que evangélicos de origem que não mantêm vínculos com a crença
 saltaram, em seis anos, de insignificantes 0,7% para 2,9%. Em números absolutos,
são quatro milhões de brasileiros a mais nessa condição. Essa é uma das constatações
 que estatísticos e pesquisadores estão produzindo recentemente, às quais ISTOÉ teve
 acesso, formando um novo panorama religioso no País.

Isso só é possível porque o universo espiritual está tomado por gente que constrói a
 sua fé sem seguir a cartilha de uma denominação. Se outrora o padre ou o pastor
 produziam sentido à vida das pessoas de muitas comunidades, atualmente celebridades
, empresários e esportistas, só para citar três exemplos, dividem esse espaço com essas
 lideranças. Assim, muitas vezes, os fiéis interpretam a sua trajetória e o mundo que
 os cerca de uma maneira pessoal, sem se valer da orientação religiosa.
 Esse fenômeno, conhecido como secularização, revelou o enfraquecimento
da transmissão das tradições, implicou a proliferação de igrejas e fez nascer a
 migração religiosa, uma prática presente até mesmo entre os que se dizem sem
 religião (ateus, agnósticos e os que creem em algo, mas não participam de nenhum
 grupo religioso). É muito provável, portanto, que os evangélicos pesquisados pelo
 IBGE que se disseram desvinculados da sua instituição estejam, como muitos
 brasileiros, experimentando outras crenças.

É cada vez maior a circulação de um fiel por diferentes denominações –
ao mesmo tempo que decresce a lealdade a uma única instituição religiosa.
 Em 2006, um levantamento feito pelo Centro de Estatística Religiosa e
 Investigações Sociais (Ceris) e organizado pela especialista em sociologia
da religião Sílvia Fernandes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ),
 verificou que cerca de um quarto dos 2.870 entrevistados já havia trocado de crença.
 Outro estudo, do ano passado, produzido pela professora Sandra Duarte de Souza,
de ciências sociais e religião da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp),
para seu trabalho de pós-doutorado na Universidade de Campinas (Unicamp),
revelou que 53% das pessoas (o universo pesquisado foi de 433 evangélicos)
 já haviam participado de outros grupos religiosos.

“Os indivíduos estão numa fase de experimentação do religioso, seja ele
institucionalizado ou não, e, nesse sentido, o desafio das igrejas estabelecidas
 é maior porque a pessoa pode escolher uma religião hoje e outra amanhã”,
 afirma Sílvia, da UFRRJ. “Os vínculos são mais frouxos, o que exige das
 instituições maior oferta de sentido para o fiel aderir a elas e permanecer.
É tempo de mobilidade religiosa e pouca permanência.” Transitar por diferentes
 crenças é algo que já ocorre há algum tempo. A intensificação dessa prática,
 porém, tem produzido novos retratos. Denominadores comuns do mapa da
circulação da fé pregam que católicos se tornam evangélicos ou espíritas,
assim como pentecostais e neopentecostais recebem fiéis de religiões afro-brasileiras
 e do protestantismo histórico. Estudos recentes revelam também que o caminho
 contrário a essas peregrinações já é uma realidade.

Em sua dissertação de mestrado sobre as motivações de gênero para o trânsito de
 pentecostais para igrejas metodistas, defendida na Umesp, a psicóloga Patrícia
Cristina da Silva Souza Alves verificou, depois de entrevistar 193 protestantes
históricos, que 16,5% eram oriundos de igrejas pentecostais. Essa proporção era
de 0,6% (27 vezes menor) em 1998, como consta no artigo “Trânsito religioso no
 Brasil”, produzido pelos pesquisadores Paula Montero e Ronaldo de Almeida, do
 Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Para Patrícia, o momento
 econômico do Brasil, que registra baixos índices de desemprego e ascensão
 socioeconômica da população, reduz a necessidade da bênção material, um dos
 principais chamarizes de uma parcela do pentecostalismo. “Por outro lado, desperta
 o olhar para valores inerentes ao cristianismo, como a ética e a moral cristã, bastante
 difundidas entre os protestantes históricos”, afirma.

Em busca desses valores, o serralheiro paraibano Marcos Aurélio Barbosa, 37 anos,
passou a frequentar a Igreja Metodista há um ano e meio. Segundo ele, nela o culto é
ofertado a Deus e não aos fiéis, como acontecia na pentecostal Assembleia de Deus,
 a instituição da qual Barbosa foi devoto por 16 anos, sendo sete como presbítero.
O serralheiro cumpria à risca os rígidos usos e costumes impostos pela denominação.
 “Eu não vestia bermuda nem dormia sem camisa, não tinha tevê em casa, não bebia
 vinho, não ia ao cinema nem à praia porque era pecado”, conta. Com o tempo,
 o paraibano passou a questionar essas proibições e acabou migrando.
 “Na Metodista encontrei um Deus que perdoa, não um justiceiro.”

A teóloga Lídia Maria de Lima irá defender até o final do ano uma dissertação
 de mestrado sobre o trânsito de evangélicos para religiões afro-brasileiras.
 A pesquisadora já entrevistou 60 umbandistas e candomblecistas e verificou
 que 35% deles eram evangélicos antes de entrar para os cultos afros. Preterir
as denominações cristãs por religiões de origem africana é outro tipo de migração
 até então pouco comum. Não é, porém, uma movimentação tão traumática, uma
 vez que o currículo religioso dos ex-evangélicos convertidos à umbanda ou ao
candomblé revela, quase sempre, passagens por grupos de matriz africana em
algum momento de suas vidas. Pai de santo há dois anos, o contador Silvio Garcia,
 52 anos, tem a ficha religiosa marcada por cinco denominações distintas –
e a umbanda é uma delas. Foi aos 14 anos, frequentando reuniões na casa de uma
vizinha, que Garcia, batizado na Igreja Católica, aprendeu as magias da umbanda.
 Nessa época, também era assíduo frequentador de centros espíritas. Aos 30,
ele passou a cursar uma faculdade de teologia cristã e, com o diploma a tiracolo
, tornou-se presbítero de uma igreja protestante. Um ano depois, migrou para uma
 pentecostal, onde pastoreou fiéis por seis anos. “Mas essas igrejas comercializam
 a figura de Cristo e eu não me sentia feliz com a minha fé”, diz.

A teóloga Lídia sugere que os sistemas simbólicos das religiões evangélica e
 afro-brasileira têm favorecido a circulação de fiéis da primeira para a segunda.
 “Há uma singularidade de ritos, como o fenômeno do transe. Um dos entrevistados
me disse que muito do que presenciava na Igreja Universal (do Reino de Deus) ele
 encontrou na umbanda”, diz. Em suas pesquisas, fiéis do sexo feminino foram as
que mais cometeram infidelidade religiosa (67%). Os motivos que levam homens
e mulheres a migrar de religião foram investigados pela professora Sandra, da
 Umesp. Em outubro, suas conclusões serão publicadas em “Filosofia do Gênero
 em Face da Teologia: Espelho do Passado e do Presente em Perspectiva do
Amanhã” (Editora Champanhat)

Uma diferença básica entre os sexos é que as mulheres mudam de religião em
busca de graça para quem está a sua volta (a cura para filhos e maridos doentes
 ou a recuperação do casamento, por exemplo). Já os homens são motivados por
 problemas de fundo individual. Assim ocorreu com o empresário paulista Roberto
 Higuti, 45 anos, que se tornou evangélico para afastar o consumo e o tráfico de
drogas de sua vida. Católico na infância, budista e adepto da Igreja Messiânica e
 da Seicho-No-Ie na adolescência, Higuti saiu de casa aos 15 anos e se tornou um
 fiel seguidor do mundo do crime. Sua relação com as drogas foi pontuada por
 internação em hospital psiquiátrico, prisão e duas tentativas de suicídio. Certo
 dia, cansado da falta de perspectivas, viu uma marca de cruz na parede, ajoelhou-se e
disse: “Jesus, se tu existes mesmo, me tira dessa vida maldita.” Há cinco anos,
 o empresário é pastor da neopentecostal Igreja Bola de Neve, onde ministra dois
cultos por semana. “Quero, agora, ganhar almas para o Senhor”, diz.

Antes de se fixar na Bola de Neve,
 Higuti experimentou outras quatro
denominações evangélicas. Mobilidades
 intraevangélicas como as dele ocorrem
 com aproximadamente 40% dos
 adeptos de igrejas pentecostais e
 neopentecostais, segundo a especialista
 em sociologia da religião Sílvia, da
 UFRRJ. Os neopentecostais, porém
, possuem uma particularidade. Seus
 fiéis trocam de igreja como quem
descarta uma roupa velha: porque ela
 não serve mais. São a homogeneização
 da oferta religiosa e a maior
visibilidade de algumas denominações
 que produzem esse efeito
. “Esse grupo, antigamente, era o tal receptor universal de fiéis, para onde
 iam todas as religiões. Hoje, a singularidade dele é o fato de receber membros
de outras neopentecostais”, diz Sandra, da Umesp. “Quanto mais acirrada a
concorrência, maior a migração.” A exposição na mídia, fundamentalmente
 na tevê, é a principal estratégia dos neopentecostais para roubar adeptos da
 concorrente direta. E cada vez mais as pessoas estabelecem uma relação
utilitária com a religião. De acordo com a pesquisadora Sandra, se não há o
retorno (material, na maioria das vezes), o fiel procura outra prestadora de serviço
religioso. Estima-se, por exemplo, que 70% dos atuais adeptos da Igreja Mundial
 – uma dissidente da Universal – tenham migrado para lá vindos da denominaçã
o de Edir Macedo. “Entre os neopentecostais não se busca mais um líder
religioso, mas um mago que resolva tudo num estalar de dedos”, diz Sandra.
“Essa magia faz sucesso, mas tem vida curta, uma vez que o fiel se afasta,
caso não encontre logo o que quer.”

Cansada de pular de uma crença para outra, a artesã paulista Lucina Alves,
57 anos, não sente mais necessidade de pertencer a uma igreja. Há oito anos,
 ela diz ser do grupo dos sem-religião. No entanto, recorre a ritos de fé,
principalmente católicos, espíritas e da Seicho-No-Ie, sempre que sente
vontade de zelar pelo bem-estar de alguém. “Há um mês, fui até uma
benzedeira ligada ao espiritismo para ajudar meu filho que passava por
problemas conjugais”, diz. Dados do artigo “Trânsito religioso no Brasil”
revelaram que 30,7% das pessoas que se encontram na categoria dos
 sem-religião frequentam algum serviço religioso anualmente e 20,3% fazem
 o mesmo mais de uma vez por mês. “Já participei de reuniões evangélicas
 de orações em casa de familiares”, conta Lucina.

A artesã não cultua santos, crê em Deus, Jesus Cristo e acende vela para anjos.
No campo das ciências da religião, manifestações espirituais como as dela são
recentes e vêm sendo tema de novos estudos. A migração de brasileiros para o
 islã é outro fenômeno que cresce no País. O número de convertidos na
comunidade muçulmana do Rio de Janeiro, por exemplo, saltou de 15%
em 1997 para 85% em 2009. Ex-umbandista que hoje atende por Ahmad
 Abdul-Haqq, o policial militar paulista Mario Alves da Silva Filho tem
um inventário religioso de dar inveja. Batizado no catolicismo, aos 9 anos
estreou na umbanda em uma gira de caboclo e baianos. Um ano depois,
juntando moedas que ganhava dos pais, comprou seu primeiro livro, sobre
 bruxaria. Aos 14, passou a frequentar a Federação Espírita paulista, onde
fez cursos para trabalhar com incorporações e psicografia. Aos 17 anos,
trabalhou em ordens esotéricas ao mesmo tempo que dava expediente na
 umbanda. O policial, mestrando em sociologia da religião na Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), decidiu se converter ao
 islã quando fazia um retiro de padres jesuítas. Em uma noite, sonhou com
um árabe que o indicava o islã como resposta para suas dúvidas. Aos 29 anos,
ele entrou em uma mesquita e disse que queria ser muçulmano. Saiu dela
batizado e, desde então, faz cinco orações e repete frases do “Alcorão”
diariamente. “Descobri que sou uma criatura de Deus e voltarei ao seio do Criador.”

Faz dez anos que o número de convertidos ao islã no País aumentou.
E não são os atentados às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001,
que marcam esse novo fluxo, mas a novela “O Clone”, da Globo. Foi ela
 que “introduziu no imaginário cultural brasileiro imagens bastante positivas
 dos muçulmanos como pessoas alegres e devotadas à família”, como defende
 Paulo Hilu da Rocha Pinto em “Islã: Religião e Civilização – Uma Abordagem Antropológica” (Editora Santuário), de 2010. “De lá para cá, a conversão de
 brasileiros cresceu 25%. Em Salvador, 70% da comunidade é de convertidos”,
 diz a antropóloga Francirosy Ferreira, pesquisadora de comunidades muçulmanas
da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto.

Assistente financeiro, o paulista Luan Nogueira, 23 anos, tornou-se muçulmano
 há um ano. Por indicação de um amigo, passou a pesquisar o islã e descobriu
 que o discurso estigmatizado criado após o 11 de setembro, que relacionava
 a religião à intolerância e à violência, não era verdadeiro. “Encontrei na
mesquita e no “Alcorão” a ética da boa conduta”, diz. “Me sinto mais próximo
 de Deus no islã.” Para o professor Frank Usarski, do Centro de Estudo de
 Religiões Alternativas de Origem Oriental, da PUC-SP, o atrativo do islã é
 o fato de não ter perdido, diferentemente de outras religiões, a competência
 da interpretação completa da vida. “Ele oferece um guarda-chuva de referências
 para esferas como economia e ciência”, diz Usarski.

Segundo o escritor Pinto, que também é professor de antropologia da religião
 na Universidade Federal Fluminense, o islã permite aos adeptos uma inserção
 e compreensão sobre questões atuais, como, por exemplo, a Palestina, a Guerra
 do Iraque e segurança internacional, para as quais outros sistemas religiosos
 talvez não deem respostas. “Se a adoção do cristianismo em contextos não
europeus do século XIX pôde ser definida com uma conversão à modernidade,
 a entrada de brasileiros no islã pode ser vista como uma conversão à globalização”,
 escreve ele, em seu livro.

É cada vez mais comum, no País, fiéis rezando com a cartilha da autonomia religiosa.
 Esse chega para lá na fé institucionalizada tem conferido características
mutantes na relação do brasileiro com o sagrado, defende a professora
Sandra, de ciências sociais e religião da Umesp. “Deus é constituído de
 multiplicidade simbólica, é híbrido, pouco ortodoxo, redesenhado a lápis,
cujos contornos podem ser apagados e refeitos de acordo com a novidade
 da próxima experiência.” Agora é o fiel quem quer empunhar a escrita de
 sua própria fé.

Open in new window


Open in new window


Open in new window




Fonte: Revista IstoÉ - edição 2180

PRECISAVA DISSO ? Pastor “turismólogo” envolvido em fraude de R$2,5 milhões consegue doações de fiéis e parentes e não ficará preso

Pastor diz que deputada o queria como 'laranja' em convênio de R$ 2,5 milhões
O pastor Waldimir Furtado (foto), do Macapá (AP), conseguiu cobrir o cheque se fundo de R$ 109 mil que deu à Justiça como fiança, livrando-se, assim, de voltar a ser preso sob a acusação de ter participado de esquema de desvio de recursos do Ministério do Turismo.
Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel
Furtado pediu dinheiro aos fiéis, mas até sexta-feira (19) só tinha arrecadado R$ 30 mil. Ele só conseguiu a soma com empréstimos consignados tomados por sua mulher, uma irmã, uma cunha e a sogra.
Furtado é uma das 36 pessoas que foram presas pela Polícia Federal sob a suspeita de desvio de recursos.
Com a ajuda da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP), o pastor conseguiu para sua empresa , a Conectur (Cooperativa de Negócios e Consultoria Turística), cerca de R$ 2,5 milhões para prestar um serviço de pesquisa, que não foi feito.
Além de pastor da Assembleia de Deus de Oração Betel, Furtado diz ser ‘turismólogo’.
Maurício Pereira, advogado do pastor, criticou o valor de R$ 200 salários mínimos da fiança fixado pelas autoridades policiais. “É um absurdo.”
Furtado, entre outros, vai responder em liberdade pelo sumiço de recursos. Ele já estava encrencado com a Justiça porque o Ministério Público o acusou de desviar verba da merenda de uma escola de Ferreira Gomes (AP), cidade da qual foi prefeito.

Acreditar em Deus faz bem para a saúde, reconhece a ciência


Acreditar em Deus faz bem para a saúde, reconhece a ciênciaO médico Andrew Newberg autor do livro Why Gos Won`t Go Way (“Por que Deus não vai embora”), por meio de tomografias computadorizadas pesquisa como a oração e a meditação se manifestam no cérebro. Para o médico americano, especializado na neurofisiologia da experiência religiosa, a religião faz bem para a saúde e a explicação desta afirmação está na arquitetura neurológica do cérebro humano.
Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel
Andrew acredita que um médico terá mais chances de conquistar a confiança de um paciente, e consequentemente ser bem-sucedido nos tratamentos, se mortrar-se firmado em sua crença, por esta razão, julga necessário cursos de teologia e de princípios das religiões para os profissionais da área de saúde.
“Acho que a religião nunca se separou completamente da medicina (…). A saúde e o bem-estar de um paciente dependem bastante da capacidade do médico de lidar com sua fé e religiosidade, e não apenas com seu quadro clínico. Os dois aspectos estão interligados.”
A pesquisa:
A pesquisa revela que o cérebro não é exatamente o pelas nossas experiências religiosas. O estudo revela que as experiências religiosas envolvem emoção e conhecimento, distribuindo-se por várias estruturas. Sendo estas estruturas:
  • Lobo Frontal: Parte do cérebro que determina nossas vontades;
  • Região do Lobo Parietal: responsável por controlar nosso senso próprio;
  • Sistema Límbico e Hipotálamo: responsáveis pelas reações emotivas.
O efeito dessas experiências ligadas a religião e fé, podem ser percebidos nas mudanças hormonais e nos sistemas imunológico e nervoso autônomo, que levam a diminuição dos batimentos cardíacos, pressão sanguínea e estresse. Um grande número de estudos aponta que a religiosidade resulta em benefícios para a saúde.
Há evidências de que pessoas que praticam o ato de oração meditação estão associadas a quadros de redução da tensão muscular e de menor incidência de doenças coronarianas, apresentando redução da ansiedade, da depressão e da irritabilidade, e aprimoramento da capacidade de aprendizagem, da memória e da estabilidade emocional..
Uma pesquisa com um grupo de pacientes operados do coração mostrou que a incidência de mortes durante o período de recuperação era maior entre os que não praticavam nenhuma fé. Outro estudo, feito com mulheres negras com câncer de mama, mostrou que as que não pertenciam a nenhuma religião tinham tendência a viver menos.
Para o médico americano não há uma afirmação “se foi Deus quem criou o cérebro ou se é o nosso cérebro que cria Deus”. “Pode-se dizer que o cérebro humano tem duas funções básicas a serem consideradas sob as perspectivas biológica e evolucionária: auto-preservação e auto-transcendência”, relata ele. Nessas funções básicas é segundo ele estão interligadas a razão da fé e crença em um ‘Ser maior’.
A auto-preservação:
É a função de sobrevivência do indivíduo. Para nos manter vivos, o cérebro nos afasta dos perigos. A religião também tem funções importantes nesse sentido: promove comportamentos de vida sustentáveis e ajuda a desenvolver e manter sociedades e famílias voltadas para nossa proteção.
A Autotranscendência:
é nossa necessidade natural de passar de um estágio para outro, sendo a religião a expressão máxima de trancedencia, estimulando a evoluir cada vez mais como ser humano, para alcançar no final da vida o desejado encontro com Deus (segundo o cristianismo).


Fonte: Gospel+

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...