quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Governos árabes pressionam YouTube para bloquear acesso a filme anti-islâmico

Com a escalada dos protestos contra o filme anti-islâmico que satiriza o profeta Maomé, governos de todo o mundo árabe reiteraram o pedido ao YouTube para bloquear o acesso ao vídeo, prometendo retaliações caso a solicitação não seja cumprida.


Livro "Os Versos Satânicos", que em 1989 provocou a ira de muçulmanos pelo mundo e levou o escritor Salman Rushdie a ter que viver escondido, não seria publicado hoje no atual clima de "medo e nervosismo", diz o autor 

Qualquer representação de Maomé já vai contra os ensinamentos islâmicos - imagine então uma representação satírica e crítica. Entenda por que o filme foi considerado ofensivo por muçulmanos 

O que está por trás da onda de protestos nos países árabes? Uma resposta é que a onda de revoltas políticas do ano passado, conhecida como a Primavera Árabe, é responsável 
A Árabia Saudita foi a última nação a se juntar à lista que reivindica a retirada do ar do filme "Inocência dos Muçulmanos". Produzida nos Estados Unidos, a fita tem provocado manifestações por toda a região nos últimos dias.

Segundo as autoridades sauditas, se o Google, dono do YouTube, não cooperar, o próprio governo bloqueará o acesso ao site dentro do país.

O Google já havia rejeitado uma solicitação da Casa Branca para remover o vídeo do site e bloquear seu acesso na Líbia, Egito, Indonésia e Índia.

A companhia americana alega que já está atuando onde o material é considerado ilegal.

Em um comunicado oficial, o rei Abdullah, da Arábia Saudita, afirmou que o YouTube seria bloqueado caso o Google não concordasse em remover os links para o vídeo.

O departamento de comunicação e tecnologia de informação do país também pediu a cidadãos sauditas e expatriados para denunciar se descobrirem links para o filme que difama Maomé.

"Isso é considerado um dever religioso de cada muçulmano, de forma a prevenir qualquer relato de blasfêmia ao nosso Profeta e à nossa religião", afirmou o comunicado divulgado através da agência estatal SPA.

Rússia

O governo da Rússia também pediu para que o material fosse bloqueado no país.

Um tribunal russo está atualmente considerando se classificaria o vídeo como "extremista".

Se for classificado dessa forma, todo o YouTube seria bloqueado, como parte de uma nova e controversa legislação cuja vigência começa no próximo dia 1º de novembro.

Segundo os termos dessa lei, o conteúdo digital classificado como extremista ou ofensivo seria colocado numa espécie de lista negra nacional e, posteriormente, teria o acesso bloqueado a todos os provedores de serviço de Internet dentro do país.


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Filme norte-americano revolta islâmicos

Foto 22 de 69 - 13.set.2012 - Imagem mostra veículo em chamas durante confrontos do lado de fora da Embaixada dos EUA no Egito, perto de Praça Tahrir, no Cairo. O protesto, que deixou mais de 13 feridos, faz parte de uma revolta generalizada em todo o mundo muçulmano por causa de um filme de produção norte-americana que ridiculariza o profeta Maomé Mais Hussein Tallal/AP
"Isso soa como se fosse uma piada, mas, por causa desse vídeo...todo o YouTube poderia vir a ser bloqueado em toda a Rússia", escreveu no Twitter o próprio ministro da Comunicação da Rússia, Nikolai Nikiforov.

"Se houver uma decisão e o YouTube não retirar o vídeo, então o acesso será limitado", acrescentou.

Resposta radical

Jim Killock, diretor-executivo da entidade Open Rights Group, de defesa dos direitos humanos, afirmou que tal proibição seria "uma resposta desproporcional e radical" dada pela Rússia.

"Trata-se de um caso extremamente estranho - uma atitude tomada por um indivíduo está sendo generalizada como sendo a do governo americano por motivos políticos e nós precisamos ter uma discussão sobre por que isso está acontecendo e se ela é razoável ou não", afirmou Killock à BBC.

"Mas as companhias envolvidas nessa polêmica devem resistir a todo custo tais 'solicitações', exceto se elas tiverem de obedecer leis nacionais e isso é completamente razoável", acrescentou.

Um representante do YouTube afirmou à BBC: "Nós trabalhamos duro para criar uma comunidade na qual todo mundo pode se divertir e que também permite às pessoas expressar suas diferentes opiniões acerca de vários temas. Isso pode ser desafio porque o que é legal em um país pode ser ofensivo em outro".

"Esse vídeo - que foi amplamente divulgado na web - enquadra-se claramente dentro das nossas regras e, assim, ele não tem razão de ser excluído do YouTube. No entanto, nós temos restringido o acesso ao filme em países onde ele é ilegal, como a Índia e a Indonésia, tal como na Líbia ou no Egito, dada a situação sensível nesses dois últimos países", acrescentou ele.

"Essa abordagem vai ao encontro dos princípios que nós divulgamos em 2007", concluiu.

Princípios do Google

Tais princípios incluem uma proibição internacional à pornografia infantil, por exemplo.

Mas Rachel Whetstone, diretora global de comunicação e RP do Google para a Europa, Oriente Média e África, escreveu em um blog que a companhia americana não pode ser "o árbitro do que pode ou não pode aparecer na web".

"Nós tentamos levar em conta as culturas locais e suas necessidades - que variam dramaticamente ao redor do mundo - quando desenvolvemos e implementamos nossas políticas de produtos globais", afirmou ela.

"Tratar de temas controversos é, sem dúvida, um dos maiores desafios que nós enfrentamos hoje", concluiu Whetstone.

Filme provoca protestos anti-EUA pelo mundo - 14 vídeos

Ataque suicida mata ao menos 12 pessoas no Afeganistão Uma extremista islâmica suicida matou ao menos 12 pessoas nesta terça-feira (18) ao detonar uma bomba em Cabul, capital do Afeganistão

PODEROSA ARMADA BRITÂNICA A CAMINHO DO GOLFO PÉRSICO


PORTA AVIÕES NORTE-AMERICANO
Segundo informações publicadas ontem pelo diário britânico The Telegraph, o Reino Unido terá dado ordens para que vários vasos de guerra britânicos se juntem aos destroyers norte-americanos no Golfo Pérsico.
Segundo o jornal, "Uma esquadra de poderio naval norte-americano e britânico está-se acumulando no Golfo Pérsico," - numa altura em que aumentam as especulações sobre um possível ataque de Israel às instalações nucleares da República Islâmica do Irãn.
O Irãn tem repetidamente afirmado que se se aperceber da preparação de uma campanha militar, irá fechar o estreito de Ormuz - um canal através do qual passa diariamente 35% da produção mundial de petróleo, representando cerca de 18 milhões de barris diários.
Um bloqueio à saída do petróleo teria efeitos catastróficos nas economias da Grã-Bretanha, Europa, Estados Unidos e Japão.
Segundo a reportagem, as forças que se estão juntando no Golfo incluem navios de guerra, porta-aviões, navios draga-minas, e submarinos de 25 países diferentes, todos vonvergindo para o Golfo.
No final de Julho o Pentágono tinha anunciado que os Estados Unidos iriam juntar forças com os seus aliados em Setembro, afim de realizarem manobras para a limpeza de minas no Golfo Pérsico.
O exercício com a duração de 12 dias e apelidado "Exercício Internacional de Contramedidas para as Minas" pretende demonstrar à comunidade internacional a "capacidade de trabalho conjunto para assegurar o comércio livre e seguro," - informou na altura o general James Mattis, comandante do Comando Central.
Entre outras, participarão nestas manobras navais forças dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, sendo estas as maiores jamais realizadas naquela região.
O Irão irá também lançar um grande exercício aéreo durante o mês de Outubro. Segundo Teerão, este exercício será "o maior jogo de guerra na defesa aérea na História da República Islâmica."
Estaremos a caminho da guerra?
Shalom, Israel!

FÚRIA MUÇULMANA É ALIMENTADA PELOS DISCURSOS DOS SEUS LÍDERES




O líder supremo do Irãn, o ayatollah Ali Khamenei, relacionou a ira islâmica que se tem espalhado por todo o mundo muçulmano por causa de um filme amador realizado por um norte-americano e que denigre a imagem do fundador do islãn, o profeta Maomé às "políticas islamofóbicas dos poderes arrogantes e dos sionistas."
No seu discurso proferido ontem, o líder iraniano acusou os "sionistas" e os "poderes arrogantes", exigindo ainda aos governos ocidentais que provem que estão contra os ataques contra o islão: "Os líderes (dos EUA e dos países europeus) têm de provar que não foram cúmplices deste grande crime na prática, ao impedirem tais medidas loucas."
Apesar das prontas condenações verbais por parte dos líderes dos EUA (Obama e Clinton trataram logo de condenar o filme), o líder do Irão ainda não está satisfeito, mostrando que espera ainda mais das nações ocidentais, ao afirmar: "Ele deviam exonerar-se a si mesmos deste grande crime, na prática e não em palavras."
Claramente um aproveitamento imbecil de uma situação da qual o único responsável é um homem apenas - o autor do filme - mas que nas mentes retardadas e pejadas de ódio dos líderes muçulmanos é uma boa oportunidade para tentar pôr o Ocidente de cócoras. Aos pés do islãn. E o ocidente pós-cristão continua a assistir aos ataques violentos contra os seus interesses, "atado de pés e mãos" por um medo que não deveria existir...
Os comentários do homem que prega a aniquilação de Israel surgem na altura em que as grandes manifestações populares continuam a ser realizadas nas ruas de Teeran. Os "protestantes" juntaram-se em diversas universidades e diante da embaixada da Suíça, que representa os interesses norte-americanos no Irãn, vociferando palavras de ordem: "Morte à América!" e "Morte a Israel!", apelando ainda às Nações Unidas para que intervenham  de forma a parar a contínua divulgação do filme satírico.
Ontem mesmo, o vice-presidente iraniano Mohammad Reza Rahimi afirmou que o Irãn irá perseguir os responsáveis pela produção do filme:  "O Irão irá com toda a certeza procurar e encontrar o culpado que insultou 1,5 biliões de muçulmanos em todo o mundo."

NASRALLAH AMEAÇA AMÉRICA
Um dos mais temíveis terroristas do mundo, o líder do movimento terrorista Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, fez ontem uma rara aparição em público, em Beirute, perante uma enorme multidão de muçulmanos, tendo "avisado" os EUA que estes iriam enfrentar mais ira e repercussões por todo o mundo islâmico a menos que suprimissem o video que faz troça do profeta Maomé: "O mundo tem de saber que a nossa ira não é uma explosão de raiva passageira, mas antes o início de um sério movimento que continuará ao nível da nação islâmica para defender o profeta de Alá," - vociferou o líder terrorista aos milhares de manifestantes reunidos no sul de Beirute, capital do Líbano.
O discurso de ódio foi aplaudido continuamente pelos manifestantes, que gritavam: "Morte à América, morte a Israel!"
O líder do Hezbollah continua escondido, com medo de ser assassinado por Israel.

ATAQUE MORTÍFERO MATA 12 PESSOAS EM CABUL
Mas a fúria islâmica não conhece limites. Esta manhã, uma mulher suicida fez-se explodir na capital do Afeganistão, Cabul, matando 12 pessoas e ferindo dezenas.  
Segundo as últimas notícias, a mulher fez explodir uma minivan perto do aeroporto, na capital afegã.
Até agora cerca de 30 pessoas já foram mortas nos conflitos provocados pelos muçulmanos em reacção à produção e divulgação do filme que, segundo eles, é um insulto ao profeta fundador do islão.
E, apesar de Israel nada ter a ver com o assunto, é mais uma vez acusado e insultado por essa cambada cuja mente só conhece o ódio, o retrocesso civilizacional e a doutrina da morte.
Shalom, Israel!

França fecha embaixadas após revista publicar charges de Maomé

França fecha embaixadas após revista publicar charges de Maomé Em 2011 a Charlie Hebdo também publicou charges do profeta e o prédio da redação acabou sendo atacado pelos muçulmanos que moram na França

França fecha embaixadas após revista publicar charges de Maomé
O governo francês vai fechar suas embaixadas em 20 países de maioria muçulmana na próxima sexta-feira (21) para evitar ataques, já que a revista semanal satírica “Charlie Hebdo” publicou charges do profeta Maomé.
O prédio da publicação já teve sua segurança reforçada, pois em 2011 quando a mesma revista satirizou o profeta, a redação sofreu alguns ataques dos muçulmanos que moram na França.
Apesar dos reforços e da medida preventiva para evitar confronto com os religiosos, o chanceler francês Laurent Fabius criticou a revista ressaltando que o país respeita a liberdade de imprensa, mas não achou inteligente da parte da publicação abordar o tema diante de tantos protestos no mundo.
Fabius se refere aos ataques contra consulados americanos nos países islâmicos que protestam contra o filme “Inocência dos Muçulmanos” um filme que também mostra o profeta Maomé de forma caricata. Por isso o primeiro-ministro francês Jean-Marc Ayraul que a Charlie Hebdo está fazendo “uma provocação” com esse novo exemplar.
A capa da edição desta semana mostra um judeu ortodoxo empurrando uma figura de turbante em uma cadeira de rodas. Dentro da revista há diversas figuras do profeta Maomé, incluindo ele nu. Mas para Charb, o diretor da revista, a liberdade da imprensa permite essas colocações.
“Se não levantarmos a questão sobre se temos o direito de desenhar Maomé ou não, sobre se é perigoso fazê-lo, a questão que virá depois é se podemos falar dos muçulmanos na mídia (…). No final, não poderemos fazer mais nada e um punhado de extremistas que protestam na França e pelo mundo terá ganhado”, disse.
Para os muçulmanos qualquer representação de Maomé é considerada um pecado, principalmente essas formas caricatas que podem ser consideradas como blasfêmia. O Conselho Francês de Fé Muçulmana já se manifestou sobre a polêmica dizendo que a comunidade islâmica está indignada com a publicação, pois as charges “insultam o profeta do Islã”.

GOSPEL PRIME/GRITOS DE ALERTA

Milhares de brasileiros fazem caminhada contra a intolerância religiosa

Milhares de brasileiros fazem caminhada contra a intolerância religiosa Quinta Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa ocorreu na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro.

Milhares de brasileiros fazem caminhada contra a intolerância religiosa
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Brasil (CCIR) condenou publicamente o filme A Inocência dos Muçulmanos, classificando seu conteúdo de “desrespeitoso”. A organização está realizando uma série de atividades para reforçar a diversidade de culto no país e “repudia qualquer manifestação que deprecie crenças e falte com o respeito ao sagrado das religiões”, segundo comunicado oficial.
A CCIR é formada por diversas entidades, incluindo Federação Israelita do Rio de Janeiro, Congregação Espírita Umbandista e outras vinculadas protestantes, católicos, muçulmanos, budistas, adeptos do candomblé, e de grupos religiosos ciganos e indígenas.
“A CCIR também destaca que não apoia atitudes violentas e que, pela convivência com os seguidores do Islã, afirma a seriedade e o respeito que os muçulmanos têm pela pregação do amor, da religiosidade e dos valores que ajudam a construção de um mundo melhor”, diz a nota.
O filme em questão está gerando uma série de manifestações pacíficas e violentas em várias partes do mundo. “É um filme altamente ofensivo, e de maneira gratuita ofende Maomé, mostra os muçulmanos como bárbaros e incentiva o ódio”, disse Sami Isbelle, integrante da Sociedade de Beneficência Muçulmana do Rio de Janeiro. A Sociedade condenou também as reações violentas geradas pelo filme, que seriam “contrárias à postura islâmica”.
A CCIR surgiu em 2008, com o objetivo de defender grupos religiosos de matriz africana dos ataques de setores ligados a igrejas neopentecostais. Esta semana foi realizada a 5ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro.
Cerca de 200 mil pessoas convocadas pela CCIR, e pertencentes a cerca de 25 grupos religiosos, clamaram pelo “fim dos preconceitos e atos de violência contra praticantes de diversos credos” e aproveitaram para pedir dos candidatos à prefeitura um compromisso com a diversidade religiosa da cidade.
“Não pode haver falta de respeito contra nenhuma religião”, disse Maria Isabel Carvalho, adepta do candomblé. “Qualquer manifestação ofensiva contra uma religião deve ser combatida”, destacou o sacerdote católico Leonardo Holtz, que fez uma comparação ao que considera um episódio “similar” aqui no Brasil.
Holtz falava de “O Segundo Filho de Deus”, filme anunciado pelo humorista Renato Aragão, mas que foi abandonado depois da reação negativa de grupos católicos e evangélicos.
Ricardo Rubim, porta-voz da CCIR, disse que a perseguição religiosa no Brasil é uma realidade. Ele afirma que a entidade recebeu 118 denúncias de intolerância religiosa, incluído ataques a centros espíritas, de umbanda e candomblé.
Segundo Henrique Pessoa, Delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, há motivos para que o Brasil se preocupe com a questão da liberdade religiosa. “Vejo que o país está caminhando para um lado perigoso, gradativamente vem perdendo a característica de um Estado Laico”, analisa. “O número de casos de degradação de monumentos, sedes e residências de religiosos, a proibição de manifestações, entre outros atos de discriminação aumentaram 400% desde 2008”, aponta o delegado, que é um dos grandes apoiadores da CCIR.
O representante da Comunidade Bahá’í do Brasil, Iradj Roberto, afirmou: “É fundamental que nós vejamos a terra como um só país; é fundamental considerar todas as religiões como uma só”.
Para a diretora da área de relações externas do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ), Cristina Brito, é preciso diferenciar a ‘religião’ e os ‘religiosos’: “Se os homens seguissem os ensinamentos religiosos, estariam contribuindo para a abolição de toda forma de intolerância presente no mundo”, afirmou ela durante a coletiva de imprensa que antecedeu o evento. “O problema é que os homens interpretam os versículos sagrados e buscam utilizá-los para benefício próprio, para atender as vaidades do ego e não a Deus”, analisou.

GOSPEL PRIME/GRITOS DE ALERTA

Após mais de 60 dias de estiagem, volta a chover em São Paulo

CGE registrou chuva moderada na Zona Sul nesta quarta-feira (19).
Termômetros atingiram 33,7°C às 15h na capital paulista.


Céu encoberto na cidade de São Paulo no final desta tarde (Foto: Guilherme Tosetto/ G1)Céu encoberto na cidade de São Paulo no final
desta tarde (Foto: Guilherme Tosetto/ G1)
A cidade de São Paulo voltou a registrar chuva no fim da tarde desta quarta-feira (19), após 62 dias de estiagem, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura. O órgão informou que chovia de forma moderada em bairros da Zona Sul por volta das 17h30. A última chuva considerável na cidade havia sido registrada no dia 18 de julho.
De acordo com o CGE, a previsão é que a chuva se espalhe para outro pontos da cidade durante esta noite, variando entre leve e moderada. Nesta quinta-feira (20), no entanto, temporais deverão atingir o município.
Por volta das 17h40, chovia nos bairros do Brooklin, Santo Amaro, Parelheiros, Campo Limpo e M’Boi Mirim. Na Grande São Paulo, chovia forte nas cidades de Taboão da Serra e Embu das Artes.
Neste período de estiagem, a capital paulista teve dias com tempo encoberto e até pontos de garoa. As precipitações, no entanto, não foram contabilizadas pelo CGE. De acordo com o órgão, as chuvas são consideradas apenas quando ultrapassam os 2 mm. A expectativa é que a chuva dos próximos dias limpe a atmosfera e alivie a camada de poluição que cobre a cidade.
Alta temperatura
Após registrar o dia mais quente do inverno dos últimos cinco anos e a madrugada mais quente dos últimos 14 anos, os termômetros da cidade de São Paulo atingiram 33,7°C na tarde desta quarta. Na terça, a temperatura máxima, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), chegou a 34,1°C.
As temperaturas na cidade vinham crescendo desde domingo (16). A temperatura registrada nesta terça foi a segunda maior do ano, perdendo apenas para o dia 1° de março, quando os termômetros atingiram 34,3°C.

G1/GRITOS DE ALERTA

SP tem a madrugada mais quente ...

matéria retirada a pedido do autor .


Eq. Gritos de Alerta

Ponte desaba em Camaquã, RS, e deixa cerca de 300 famílias isoladas

Estrutura inaugurada no início deste ano não resistiu à força da enxurrada.
Ligação com os municípios de Cerro Grande do Sul e Sentinela do Sul.

Inaugurada no começo deste ano, a Ponte do Tigre derrubada pela força da enxurrada e deixou cerca de 300 famílias isoladas em Camaquã, no Centro Sul do Rio Grande do Sul. O município é um dos mais atingidos pelas fortes chuvas dos últimos dias no estado.
A ponte de 36 metros de extensão desabou no final da tarde de terça-feira (18). Situada sobre o Arroio Velhaco, a estrutura ligava Camaquã aos municípios de Cerro Grande do Sul e Sentinela do Sul.
Segundo a Brigada Militar, a única alternativa para chegar a esses municípios é por um desvio na Estrada Geral da localidade de Bonito, a uns três quilômetros antes da ponte, em direção a Prainha do Campestre.
Mesmo pela rota alternativa, a situação está muito complicada, afirma a BM. Nesta quarta-feira (19), o caminho está bastante alagado e somente carros grandes passam sem dificuldades.
A obra para a construção da Ponte do Tigre começou em agosto de 2011. Segundo a prefeitura de Camaquã, o governo federal investiu cerca de R$ 350 mil no projeto.

G1/GRITOS DE ALERTA

Incêndio em fazenda de MS destrói cerca de 220 toneladas de algodão

Prejuízo deve variar entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, segundo diretor.
Chamas foram controladas e bombeiros fazem apenas o rescaldo.


Prejuízo pode chegar aos R$ 300 mil (Foto: Adejair Morais/O Correio News)Prejuízo pode chegar aos R$ 300 mil (Foto: Adejair Morais/O Correio News)
Um incêndio destruiu cerca de 220 toneladas de algodão in natura na madrugada desta quarta-feira (19), na fazenda Catléia em Chapadão do Sul, a 325 km de Campo Grande. Segundo Elson Estezes, diretor da empresa que administra a propriedade, o fogo começou às 2h30 e está praticamente controlado. “Estão fazendo apenas o escaldo agora”, disse .

O material estava separado em vários fardos enfileirados. Estezes afirma que um caminhão bateu e derrubou um poste de energia em cima dos montantes, espalhando faíscas e provocando o fogo. “A fazenda chegou a ficar sem energia, que já foi restabelecida”, explica o diretor.
Cerca de 100 fardos foram atingidos pelo fogo
(Foto: Adejair Morais/O Correio News)
Cerca de 100 fardos foram atingidos pelo fogo (Foto: Adejair Morais/O Correio News)
O Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar o incêndio. Os militares contaram com a ajuda de produtores rurais de fazendas vizinhas e funcionários da Catléia para evitar que as chamas alastrassem.
Estezes disse que foram colhidos 8 mil fardos de algodão após a safra que terminou em 2012, porém cerca de cem pegaram fogo. Ele calcula que o prejuízo do incêndio seja em torno de R$ 200 a R$ 300 mil.
O dono da fazenda, José vasconcelos Corso, disse que ficou sabendo do incêndio por funcionários, mas que está viajando e por isso não conferiu ainda os danos.

G1/GRITOS DE ALERTA

Termina após quatro meses maior greve de professores da UFMT

Professores seguiram determinação da Andes e votaram pelo retorno.
Conselho da UFMT vai definir o processo de reposição das aulas.

Dhiego Maia Do G1 MT
Comente agora
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) cederam à queda de braço com o Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) e, por maioria dos votos, suspenderam a maior greve da história da instituição. Em assembleia nesta quarta-feira (19) o fim da greve foi confirmado por 89 professores. Outros 36 votaram pela continuidade da greve. Houve ainda três abstenções.
Ao todo, os professores ficaram 126 dias parados. No último domingo (16), a Andes encaminhou um comunicado para as 13 instituições de ensino superior que ainda estavam paralisadas declarando o fim dos movimentos grevistas.
Na última semana, quando as grandes universidades do país decidiram retornar às aulas, os professores da UFMT resistiram e mantiveram o movimento encabeçando um filão das instituições que se posicionaram de forma contrária à desmobilização. A greve chegou a contar no início com a adesão de 57 das 59 universidades federais do país. Mesmo encerrada, o movimento ainda vai deixar reflexos. “Existem professores que acreditam que ainda há espaço para a luta. Temos questões locais que já foram encaminhadas à direção da UFMT e que precisam ser analisadas”, revelou o membro do Comando de Greve Local, Maurélio Menezes.
Os professores votaram ainda a data de retorno às aulas. A data definida por eles foi o dia 1º de outubro, uma segunda-feira. Ouvido pelo G1, o vice-reitor da instituição, Francisco Souto, disse que as aulas iriam retornar ao normal já a partir da próxima segunda-feira (24). Nesta quinta-feira (20), o órgão máximo da universidade, o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Consepe) vai definir como será realizado o processo de reposição das aulas, uma exigência do Ministério da Educação (MEC).
Movimento grevista
A greve dos professores da UFMT começou no dia 17 de maio e afetou diretamente 20 mil alunos. Na última assembleia, 65 professores votaram pela continuidade da greve e outros 29 pelo fim da paralisação. Não houve abstenções. Os professores da UFMT disseram que irão retornar às aulas, mas irão continuar a lutar contrao projeto em tramitação no Congresso Nacional que trata da reestruturação da carreira dos profissionais.

G1/GRITOS DE ALERTA

Chuva prejudica sistema de internet e distribuição de água em Manaus

60% da população ficou sem água após o blecaute da última terça-feira.
Zonas Norte, Leste e Sul da cidade foram as mais comprometidas.

Somente os raios passaram a iluminar Manaus na noite desta terça (18) (Foto: Chico Batata)Chuva que caiu em Manaus na noite de terça (18) provocou problemas no sistema de distribuição de água e internet (Foto: Chico Batata)
O serviço de distribuição de água e de internet em Manaus ainda sofrem com efeitos do blecaute de energia elétrica ocorrido na noite de terça (18). Alguns bairros das Zonas Norte, Leste e Sul da capital estão sem água e a previsão da empresa Manaus Ambiental, responsável pelo serviço, é de que o problema se estabilize em até 48h.

Segundo a assessoria da Manaus Ambiental, o apagão interrompeu todo o sistema de abastecimento da capital, principalmente no Complexo da Ponta do Ismael, na Compensa, Zona Oeste de Manaus. Com isso, pelo menos, 60% dos manauenses tiveram o serviço prejudicado. Outras unidades de transferência de água ainda estão voltando a funcionar.
O presidente do órgão, Alexandre Bianchini, pediu a compreensão dos moradores da cidade. “Retomamos o funcionamento das bombas às 2h, e a água começou a ser reestabelecida depois das 3h30. O sistema já foi ligado de novo, e, até o final do dia, pretendemos ter, pelo menos, 90% da distribuição de água de volta”, prometeu.
Pane na InternetA internet e os serviços de telefonia também foram prejudicados com o blecaute e o temporal da terça-feira. De acordo com comunicado da Embratel, atos de vandalismo ocasionaram uma ruptura nos cabos de fibra óptica. Como consequência, os serviços de voz e dados em Manaus ficaram parcialmente afetados. A empresa afirmou que as equipes de operação já estão reparando os danos.
Manhã desta quarta (19) foi de trabalho para moradores atingidos pelo temporal em Manaus (Foto: Ana Graziela Maia/G1 AM)Manhã desta quarta (19) foi de trabalho para moradores atingidos pelo temporal em Manaus (Foto: Ana Graziela Maia/G1 AM)
 
G1/GRITOS DE ALERTA

Anorexia fez jovem escocesa pesar menos de 20 quilos, diz jornal

De volta ao peso saudável, Emma O'Neil criou fundação com duas amigas.
Ela diz que chegou a ficar tão magra que se machucava só de ficar deitada.

Do G1, em São Paulo
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A jovem escocesa Emma O’Neil, de 22 anos, é um exemplo da gravidade com que a anorexia pode atingir o corpo de uma pessoa. Em tratamento há oito anos, com diversas recaídas, a moça, segundo o diário “Daily Mail”, chegou a pesar menos de 20 quilos no seu pior momento.
Sua primeira ida a um hospital por causa da perda de peso aconteceu quando ela colapsou na rua por fraqueza. Ela quase foi atropelada por um carro.
“Eu estava tão magra que não podia nem mesmo dormir numa cama normal de hospital – meus ossos eram como lâminas cortando minha pele e ficava ferida. Mesmo uma cama inflável era muito áspera para mim, então tiveram de me enrolar num robe e em cobertores de pele de ovelha”, lembra Emma.
Agora ela está com a saúde recuperada e, para ajudar outras pessoas que enfrentam a doença, ela montou uma fundação para combate à anorexia com duas amigas.
No site da fundação criada por Emma, a foto de como ela estava logo após sair de uma das internações hospitalares (esquerda) e como ela esstá após dois anos de recuperação. (Foto: Reprodução/The Only Way is Up Foundation)No site da fundação criada por Emma, a foto de como ela estava logo após sair de sua última internação,  (esquerda) e como ela ficou após dois anos de recuperação (imagem da direita. (Foto: Reprodução/The Only Way is Up Foundation)

G1/GRITOS DE ALERTA

De próteses a recordes, Daniel Dias destroi barreiras Com seis ouros e cinco recordes em Londres, nadador grava o nome na história do esporte paralímpico brasileiro


Daniel Dias cresceu no interior de Minas Gerais com uma “mania” que enlouquecia os pais: quebrar próteses. A má formação congênita dos membros nunca foi problema para a criança que se metia no meio dos amigos em peladas pelas ruas. O tempo passou, e a bola deu lugar a piscina. A rotina de “destruidor”, entretanto, permanece intacta. No lugar das pernas mecânicas, Daniel quebra recordes. Um atrás do outro. Mundiais, paralímpicos, de medalhas… Vencer é um verbo que ele conjuga diariamente. Em Londres foi assim. Literalmente. Com seis ouros em seis provas individuais (passou em branco nos dois revezamentos), o nadador volta ao Brasil como maior atleta paralímpico da história do país. Consagração de quem riscou ainda na infância uma palavra do dicionário: limitação.
“Sempre aceitei (a deficiência) e fui feliz assim. É questão de escolha. E eu escolhi ser feliz. O resto nós buscamos com determinação e fé”.
Daniel Dias buscou e escreveu, com apenas 24 anos, uma história impressionante. Há apenas sete anos no esporte – começou após ver Clodoaldo Silva brilhar em Atenas-2004 – o paulista de Campinas já coleciona 15 medalhas em duas Paralimpíadas: 10 ouros, quatro pratas e um bronze. O currículo tem ainda 19 ouros em Parapans, outros oito em Campeonatos do Mundo, dez recordes mundiais e um prêmio Laureus, o “Oscar do Esporte”.
Conquistas suficientes para colocar o nadador entre os maiores do esporte brasileiro. A divisão entre olímpicos e paralímpicos não cabe mais. E o próprio Daniel é claro ao definir: “Eu sou um atleta. Ponto final”.
Com o Parque Aquático de Londres já completamente vazio, Daniel Dias recebeu o GLOBOESPORTE.COM para entrevista exclusiva minutos após nadar sua última prova. Um filme passou por sua cabeça, a sensação de dever cumprido era evidente, mas muita coisa ainda está por vir. Na conversa, o brasileiro confessou as noites em claro na Vila Olímpica de Londres, lembrou o momento exato onde o esporte competitivo entrou em sua vida e revelou que, apesar da vontade de descansar, comer hambúrguer e tomar refrigerante, os Jogos do Rio já ocupam sua mente. Confira todo o bate-papo abaixo:
Oito provas, seis ouros, quatro novos recordes mundiais e um paralímpico. Tudo ocorreu dentro do esperado? A sensação é de meta cumprida?
Se eu falar que não foi dentro do esperado, vou estar de brincadeira (risos). Os Jogos foram fantásticos. Marcaram a minha carreira para sempre. Saio com o objetivo cumprido. Sem dúvidas. Seis provas individuais, seis ouros. Estou muito feliz e grato a Deus.
Esse resultado o coloca em outro patamar a nível mundial? Você já se vê como um dos maiores nomes do esporte paralímpico?
Acho que o pessoal passa a respeitar mais não somente a mim, mas o Brasil. Passam a saber que também somos potência e estamos investindo no esporte, que 2016 promete. Não seremos só Daniel e André. Muita gente está chegando aí. Espero que as pessoas vejam o esporte paralímpico de outra maneira no Brasil. Esse negócio de respeito eu deixo para os adversários. Acho que eu já era reconhecido. Essas conquistas são excelentes para o país.
Você evitou comentar muito o recorde durante a competição. Agora acabou. Você já é o maior atleta paralímpico da história do Brasil. A ficha já caiu?
Antes dos Jogos, eu confesso que não tinha parado para pensar nisso. Mas com o tempo eu fui ganhando as medalhas, vocês (jornalistas) foram perguntando, aí começou a passar pela cabeça. Hoje posso dizer que as duas últimas noites eu não dormi, dormi muito pouco. Fiquei pensando em tudo que tem acontecido, que eu estava entrando para história do esporte brasileiro… Saio de Londres completamente feliz, honrado por ganhar tantas medalhas em tão pouco tempo. Posso dizer que Deus está comigo. Isso não é para qualquer atleta. Em duas Paralimpíadas, estou entrando para história. Tenho pelo menos mais duas e espero carimbar de vez o meu nome.
Qual a primeira coisa que passa na cabeça quando você bate na borda, olha o placar e vê seu nome no primeiro lugar, recorde mundial?
Primeiro, é muita gratidão a Deus por essa oportunidade de bater recordes, melhorar minhas marcas, ganhar medalha. Depois, logo busco os meus pais nas arquibancadas. No sábado, não consegui achá-los (risos). Mas sempre procuro logo e quando acho é uma satisfação incrível ver a comemoração e a alegria deles. Além disso, esse público de Londres foi incrível. Todos os dias estavam lotados. O pessoal gostou bastante de mim, foram grandes momentos.
Você diria que estes Jogos mudaram definitivamente a visão externa do esporte paralímpico? Acabou aquela história de se falar muito em superação e as Paralimpíadas estão consolidadas como competição, alto rendimento?
Sem dúvidas. Londres vai ficar marcado na história do movimento paralímpico por conta dessa mudança. É algo que sempre buscamos, fazer com que as pessoas possam, sim, ver a superação dos atletas, é até legal, mas ver também que a galera rala, treina muito. Muitos recordes mundiais foram batidos. Estamos em um momento onde se o cara não se dedicar 100% a isso, não vai chegar a lugar nenhum. O que pedimos agora é investimento. É algo que tem aumentado muito.
Então, pensamos: imagina se investissem mais, onde poderíamos chegar?
Podemos dizer que hoje quem vem para as Paralimpíadas é visto como atleta, assim como qualquer outro? Acabou aquela visão de uma pessoa com deficiência que se supera no esporte?
Sem dúvidas. Podemos definir assim: eu sou um atleta. Ponto final.
Queria que você voltasse um pouco no tempo, lá em 2004, quando você descobriu o esporte paralímpico e decidiu fazer parte disso. Há algum momento marcante dos Jogos de Atenas que acabou mudando sua vida?
Foi um dia em que eu estava assistindo ao Jornal Nacional e passou uma chamada de que o Clodoaldo tinha conseguido mais uma medalha para o Brasil nas Paralimpíadas. A partir daquele momento, eu pensei: “Poxa, eu posso praticar um esporte”. Sempre gostei muito. Em 2005, já comecei a nadar e hoje estou aqui, com seis medalhas.
Você não fazia nada? Sua relação com o esporte era somente de torcedor?
Profissionalismo nenhum. Era só da escola. Na educação física ou depois da aula, quando ficava jogando futebol. Tudo que tinha para fazer, eu fazia. Vivia jogando futebol, basquete, vôlei… Ficava no meio dos amigos. Até que conheci o esporte paralímpico e comecei a treinar natação.
É nítido para quem te acompanha no dia a dia que você é um cara muito despojado, independente. Sempre foi assim ou mudou depois do esporte?
Sempre, sempre. Sempre fui uma pessoa muito feliz, ativa. Era de quebrar muitas próteses. Chegava em casa e até apanhava às vezes (risos). Minha mãe falava: “Você quebrou a prótese de novo?”. Mas eu não aguentava. Ela dizia: “Hoje você não vai jogar porque sua prótese não aguenta”. Eu sentava, ficava vendo meus amigos e não conseguia ficar ali parado. Não tinha essa. Acabava tendo que ir para São Paulo arrumar a prótese. Era sempre assim. Eu morava em Camanducaia, Minas. Posso dizer que fui uma criança como qualquer outra, independentemente da deficiência. Meus pais sempre me trataram como qualquer outra criança. Sou grato a eles por hoje ter essa independência, por ser assim.
Nunca teve nenhum tipo de trauma ou preocupação por conta da deficiência? A cabeça sempre foi boa, tranquila?
Sempre tive em mente que se Deus me fez assim foi por algum propósito. Sempre aceitei e fui feliz assim. É questão de escolha. E eu escolhi ser feliz. O resto nós buscamos com determinação e fé.
São duas Paralimpíadas, 15 medalhas, 10 ouros… Qual é seu próximo sonho? O Alex Zanardi depois de ganhar o ouro disse que precisava de uma coisa nova, um outro desafio, porque a missão estava cumprida. E você?
No momento, meu desafio é descansar (risos). Vai ser difícil. Mas no esporte sempre temos o que melhorar. No caso da natação, é uma briga contra o relógio constante. Quero melhorar meus estilos, acrescentar ainda mais ao esporte paralímpico brasileiro. Podemos chegar mais longe ainda. E quero fazer história. Mostrar o valor do ser humano para as pessoas, seja deficiente ou não. Somos capazes de realizar nossos sonhos, sem colocar limites para realização e capacitação.
Você tem a consciência de que, assim como o Clodoaldo te inspirou, muitas crianças te vêem pela televisão e também vão começar a praticar esportes, buscar uma nova realidade?
É como foi dito em Londres: “Inspirando gerações” (a frase foi o lema da competição no Reino Unido). Sei da minha responsabilidade e espero um dia, quem sabe, estar dando uma entrevista ao lado de uma pessoa que me assistiu e estará me superando. Seria fantástico. Torço para que isso aconteça. Para que consigamos melhorar ainda mais o esporte em geral no Brasil.
Aos 24 anos, você já disse que deve ter no mínimo mais dois Jogos Paralímpicos pela frente. A maior vencedora da história tem 46 medalhas e 32 ouros. Dá para buscar essa marca?
Caramba (risos)! Aí é muita coisa. É bem difícil. Quanto mais velho vamos ficando, temos que passar a priorizar uma prova ou outra. Até o Rio dá para nadar tudo isso novamente, depois não. Mas é algo que não penso agora. De repente, no futuro posso querer superar, mas no momento só quero ajudar o crescimento do esporte paralímpico brasileiro.
Por falar em Rio, Londres ainda nem acabou, mas já bate a ansiedade para competir em casa?
Sem dúvidas. Na última prova (revezamento 4 x 100m medley) quando a Grã-Bretanha foi anunciada o Centro Aquático veio a baixo. Fiquei imaginando como vai ser no Rio. O local lotado, todo mundo torcendo. Vai ser incrível para o esporte em geral no Brasil com Copa, Paralimpíadas, Olimpíadas…. Temos que aproveitar e curtir esse momento para entrar para história do mundo.
Depois de um ciclo com tantas vitórias, o que você planeja agora para as férias? Algo em especial que você quer fazer, comer, curtir?
Vou comer muito hambúrguer, tomar refrigerante… São coisas que tem na Vila e eu fiquei longe! Vou aproveitar agora. Também vou me casar em novembro, curtir um pouco a família, o casamento e treinar só ano que vem (Daniel dá uma gargalhada e olha para o treinador Marcos Rojo).
Para encerrar, nós sabemos que você é corintiano fanático. Uma viagem para o Japão para torcer no Mundial faz parte dos planos?
Vai, Corinthians (risos)! É difícil. Esse ano tem sido único. Como torcedor, ver o título da Libertadores foi fantástico. Posso dizer que foi o ano do Timão. Eu com seis medalhas, o Corinthians campeão… Espero que possamos ganhar o Mundial para fechar 2012 com chave de ouro.
Fonte: Globo Esporte / GRITOS DE ALERTA

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