quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O que é o amilenismo? Como o amilenismo se difere de pré-milenismo e do pós-milenismo?

O amilenismo, ou amilenialismo, é o nome dado à crença de que não haverá um reino literal de Cristo por 1000 anos. As pessoas que defendem essa ideia são chamadas de amilenistas. O prefixo "a" em amilenismo significa "não" ou "sem". Portanto, o amilenismo significa “sem milênio”. Isso difere da opinião mais comum chamada de pré-milenialismo/pré-milenismo (a opinião de que a segunda vinda de Cristo vai acontecer antes do Seu reino milenar e que o reino de Cristo é um reino literal de 1000 anos) e da opinião menos comum chamada de pós-milenialismo/pós-milenismo (a crença de que Cristo vai retornar depois que os cristãos – não o próprio Cristo – estabelecerem o reino na terra).

No entanto, em justiça aos que são amilenistas, devemos acrescentar que eles não acreditam que não haja nenhuma forma de milênio. Eles só não acreditam em um milênio literal – um reino literal de 1000 anos de Cristo na terra. Ao invés, acreditam que Cristo esteja sentado agora mesmo no trono de Davi e que a era atual da Igreja seja o reino sobre o qual Cristo tem domínio. Não há dúvida nenhuma de que Cristo esteja agora mesmo sentado no trono, mas isso não significa que esse seja o reino ao qual a Bíblia se refere como o trono de Davi. Não há dúvida de que Cristo agora reina, pois Ele é Deus. No entanto, isso não significa que Ele esteja exercendo agora o Seu reino milenar.

Para que Deus possa cumprir as Suas promessas a Israel e Sua aliança com Davi (2 Samuel 7:8-16; 23:5; Salmos 89:3-4), tem que existir um reino literal e físico na terra. Duvidar disso é questionar o desejo de Deus e/ou a sua habilidade de cumprir as Suas promessas, e isso abre as portas para vários problemas teológicos. Por exemplo, se Deus pudesse renegar Suas promessas a Israel depois de afirmar que eram “eternas”, como poderíamos ter certeza de quaisquer de Suas promessas, inclusive das promessas de Salvação aos que creem no Senhor Jesus? A única solução é acreditar na Sua Palavra e compreender que as Suas promessas serão cumpridas literalmente.

Indicações bíblicas claras de que o reino será um reino literal aqui na terra são:

1) Os pés de Cristo tocam no Monte das Oliveiras antes do Seu reino ser estabelecido (Zacarias 14:4,9);

2) Durante o reino, o Messias vai executar justiça e julgamento na terra (Jeremias 23:5-8);

3) O reino é descrito como sendo debaixo do céu (Daniel 7:13-14,27).

4) Os profetas profetizaram de mudanças terrenas dramáticas durante o reino (Atos 3:21; Isaías 35:1-2; 11:6-9; 29:18; 65:20-22; Ezequiel 47:1-12; Amós 9:11-15); e

5) A ordem cronológica dos eventos de Apocalipse indica a existência de um reino milenar antes da conclusão da história mundial (Apocalipse 20).

A opinião amilenista surge do uso de um método de interpretação para profecias ainda não cumpridas e de um outro método para as Escrituras não-proféticas e profecias cumpridas. Escrituras não-proféticas e profecias cumpridas são interpretadas literalmente e normalmente. Entretanto, de acordo com o amilenista, profecia não cumprida é para ser interpretada espiritualmente, ou de forma não literal. Aqueles que defendem o amilenismo acreditam que uma leitura "espiritual" das profecias não cumpridas seja a leitura apropriada daqueles textos. Isso se chama de dupla hermenêutica. Por hermenêutica entende-se o estudo dos princípios de interpretação. O amilenista acredita que a maioria, se não todas, das profecias não cumpridas são escritas em linguagem simbólica, figurativa e espiritual. Portanto, os amilenistas dão um sentido diferente àquelas partes da Bíblia do que o significado normal e contextual de suas palavras.

O problema de interpretar profecias não cumpridas dessa forma é que abre as portas para uma grande quantidade de significados. A menos que se interprete a Bíblia no sentido normal, não haverá apenas um significado. Ao mesmo tempo, Deus, o grande Autor de todas as Escrituras, teve apenas um significado em mente quando inspirou os autores humanos a escreverem. Embora possamos tirar muitas aplicações para as nossas vidas de uma só passagem da Bíblia, há apenas um significado e esse significado é o que Deus quis transmitir. Além disso, o fato de que profecias cumpridas foram cumpridas literalmente é o melhor motivo para acreditarmos que as profecias ainda não cumpridas serão cumpridas literalmente. As profecias sobre a primeira vinda de Cristo foram todas cumpridas literalmente. Portanto, deve-se esperar que as profecias sobre a segunda vinda de Cristo também serão cumpridas literalmente. Por esses motivos, uma interpretação alegórica de profecias não cumpridas deve ser rejeitada e uma interpretação literal ou normal dessas profecias deve ser adotada. O amilenismo falha por utilizar uma hermenêutica inconsistente, ou seja, a interpretação da profecia não cumprida de forma diferente da profecia cumprida.



http://www.gotquestions.org/Portugues/amilenialismo.html

Cristãos indianos condenados à prisão perpétua são inocentes

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"Os sete cristãos são inocentes", disse o Rev. Charles Irudayam, secretário-executivo do Gabinete de Justiça, Paz e Desenvolvimento, participante de uma conferência de bispos na Índia. "A decisão é claramente errada e injusta. Exigimos a libertação dos sete inocentes, condenados sem provas", disse através de um comunicado emitido à Agência Fides.
Um oitavo réu, Pulari Rama Rao, líder do movimento naxalita comunista da Índia, também foi condenado à prisão perpétua.
Os oito estão entre os 14 suspeitos, pelo governo, de realizar em agosto de 2008 o assassinato de Swami Laxmanananda Saraswati. Outros quatro foram acusados de invadir seu refúgio no coração rural do estado de Orissa. Saraswati era um monge hindu e ativista pelo bem-estar dos muitos indígenas e tribos carentes da Índia. Uma multidão de cerca de 50 pessoas cercaram seu refúgio e abriram fogo.
As mortes desencadearam uma onda de violência em grande parte dirigida a cristãos, tidos por muitos hindus enfurecidos como os responsáveis. Orissa, um dos estados do lado oriental da Índia, é o coração do movimento naxalita comunista que tem atraído muitos cristãos das castas mais baixas da Índia. Saraswati foi uma figura de destaque no Viœva Hindu Pariṣad ou VHP, um partido político nacionalista hindu, conhecido por agir com severidade contra os cristãos que tentavam converter os hindus.
A violência que se seguiu ao assassinato de Saraswati deixou cerca de 40 mortos, alguns dos quais foram arrastados para fora de suas casas e queimados. Milhares de cristãos fugiram de suas aldeias. Lares, igrejas e um orfanato cristãos foram incendiados.
Os oito réus, cansados, foram condenados em um tribunal distrital na cidade rural de Phulbani no dia 30 de setembro por assassinato, conspiração criminal, reunião ilegal e tumultos. Dois deles também foram considerados culpados de violar as leis de porte de armas.
"O juiz os condenou apenas com base em provas circunstanciais e depoimentos de testemunhas", disse Mohanty ao serviço de notícias.
A promotoria pediu a pena de morte. Em vez disso, o distrito suplementar e as sessões judiciais de Kandhamal, Rajendra Kumar Tosh, regendo a partir de uma corte na capital de Orissa, Bhubaneswar, declarou sentenças de prisão perpétua.
O advogado dos sete disse ao Times of India "que certamente vai recorrer" quanto às condenações e sentenças ao Supremo Tribunal de Orissa.
"Não há provas contra os meus clientes e eu os aconselharia a recorrer ao Supremo Tribunal de Orissa", disse o advogado Bijay Mishra ao Times.
Os defensores cristãos dizem que as condenações são compatíveis com um padrão maior de pressão sobre os cristãos.
"É realmente uma comovente história da Índia moderna", disse Sajan George, presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos, à Fides. "Sete pessoas já perderam cinco preciosos anos de suas vidas, na prisão, sem um julgamento justo. E milhares de outros que sobreviveram à onda mais brutal de ataques a cristãos que já tivemos, ainda vivem com medo. Promotores e juízes têm atrasado propositalmente o julgamento". Ele disse que "o Judiciário é influenciado por grupos hindus nacionalistas e extremistas".
Seis dias depois que as sentenças foram declaradas, o mesmo tribunal Phulbani, alegando falta de provas, absolveu cinco réus acusados de incendiar uma casa durante a onda de violência que se seguiu ao assassinato de Saraswati em 2008. George disse ao site católico de notícias Asia News, que a decisão, vindo logo após a condenação dos sete homens cristãos, serve para ilustrar o que ele chama, de um raio de justiça sobre a minoria cristã da Índia.
FontePortas Abertas Internacional

Fotógrafa clica sapatos de africanos que caminharam um mês para escapar de guerra



Talvez essa pergunta surja em sua mente pouco depois de outras duas questões: Por que as pessoas se arriscariam em uma jornada perigosa para sair da Eritreia? O que faz com que o número de imigrantes que morreram enquanto tentavam chegar às fronteiras da Europa nos últimos 25 anos aumentasse para quase 20 mil?

A Portas Abertas discutiu esses temas em: Africanos arriscam suas vidas para fugir da guerra e da perseguição e A Igreja está de joelhos, rogando a intervenção de Deus. Hoje, colocamos em pauta outro viés desse mesmo assunto.
chinelo.jpgPara representar a jornada de 30 mil homens, mulheres e crianças que fugiram de uma guerra no estado do Nilo Azul, no Sudão, cruzando a fronteira com o Estado vizinho a pé, a fotógrafa Shannon Jensen adotou uma abordagem diferente. Ela clicou os sapatos – ou o que sobrou deles – dos refugiados, que, em alguns casos, caminharam um mês para escapar dos conflitos entre muçulmanos e cristãos. Veja aqui.

Você sabia que no Sudão, quem se declara cristão, é considerado criminoso? É isso mesmo. As contínuas violações dos direitos humanos no país foram comentadas em um relatório da ONU e condenadas por organizações que trabalham com essa temática. Há também o conflito religioso em Núbia, no sul do Sudão.

A boa notícia é que a perseguição tende a estar relacionada com o crescimento e o testemunho, e normalmente refina e fortalece a fé dos cristãos, não o oposto. Por isso, em geral, o aumento das pressões contra o cristianismo mostra que a Igreja está crescendo.
FontePortas Abertas Internacional e Catraca Livre

Cristãos são obrigados a abandonar a Síria



"Alguns dias depois de ter fugido da Síria para a Turquia, uma colega enviou-me a seguinte mensagem:
‘Querido Nuri, foi instaurado, hoje, um tribunal composto por extremistas em minha cidade, Lattakia, na aldeia [síria] de Kansabba. Este tribunal islâmico faz uso da Lei de acordo com a religião. Todas as pessoas são obrigadas a adotar o islamismo. Veja a imagem na foto que lhe envio.’
Photo_courtesy_of_Nuri_Kinos.jpgAgora, minha colega está esperando por contrabandistas que a levarão, clandestinamente, para a Suécia.
No mesmo dia, no qual ela me enviou a mensagem, a luta entre facções rivais da oposição síria e 12 grupos islâmicos que haviam deixado o Exército Sírio Livre se intensificou. Esse fato assustou todos os não-muçulmanos.
As notícias eram de fato assustadoras. Ao abrir minha conta no Facebook, vi que um amigo, Nicholas Al-Jeloo, havia postado notícias sobre o assassinato de um jovem de 26 anos, chamado Ninar Odisho – em 21 de setembro em Tabqa, na província de al-Raqqah na Síria.
Peguei o telefone e liguei para Al-Jeloo. Ele é um assírio nascido na Austrália com Ph.D. em estudos sobre a Assíria atual e tem visitado o Oriente Médio desde 2002, em pesquisas de campo entre os assírios. Meu amigo fôra para a Síria muitas vezes para se conectar com outros membros da família em Jazira, uma ilha entre dois rios no norte da Síria, e na província de al-Raqqah.
Eu queria saber mais sobre o assassinato. Por que a morte daquele jovem era tão importante? É uma guerra e muitas pessoas morrem todos os dias na Síria.
‘É sobre o futuro dos cristãos que, tal como está, parece sombrio se nada for feito para proteger as minorias vulneráveis ​​do país’, disse ele para mim, em assírio. "Por isso, os assassinatos que estão relacionados com religião e etnia precisam ser divulgados.
Antes da guerra civil da Síria, mais de 200 famílias cristãs assírias, 1.000 pessoas, viviam em Tabqa. Hoje, quase todos eles deixaram o país e agora vivem no Líbano. Alguns foram para a Alemanha. Outros estão espalhados em todo o mundo, abandonados por traficantes que não conseguiram levá-los para a Europa.
Três famílias permaneceram em Tabqa. Os rebeldes disseram que eles não seriam prejudicados. Eles não tinham mais para onde ir e estavam com muito medo de sair porque há muito perigo nas estradas. Eles eram pobres e estavam tentando manter o pouco que tinham. Um membro destas famílias era Ninar Odisho.
Ninar foi morto pelos rebeldes, porque ele era um cristão. Eles ainda queimaram uma cruz em seu rosto. Aparentemente, os rebeldes não queriam mostrar abertamente que são contra não-muçulmanos, para que seus patrocinadores não parassem de enviar armas e ajuda. Assim, eles permitiram que alguns cristãos permanecessem em áreas que eles assumiram, depois matavam um a um, fazendo com que o resto fugisse voluntariamente, assim não parecia que eles estavam cometendo um massacre. As últimas três famílias em Tabqa, desde então, fugiram, gravemente traumatizadas’. Al-Jeloo falara com alguns deles.
Minha amiga jornalista, esperando na Turquia para ir para a Suécia, confirmou o que Al-Jeloo me dissera. Ela contou que nos lugares onde os fundamentalistas estabeleceram tribunais islâmicos, não há futuro para os cristãos - ou quaisquer outros que não queiram viver de acordo com a lei islâmica. Ela disse que eu iria até encontrar jihadistas no YouTube, pregando a Sharia na Síria, em sueco. Levei apenas dois minutos para encontrar vários.
Com a ajuda de um palestino que vive na Suécia, cujo caso de asilo eu acompanhei há 10 anos, eu entrei em contato com um dos jihadistas suecos.
‘Todos que queiram viver na Síria, e que concordem em viver de acordo com as leis da Sharia e do Corão, são bem-vindos ao país’, diz ele. ‘Todos os outros têm de ir embora. É nosso dever pregar a palavra do profeta Maomé. Se não fizermos isso e não forçarmos as pessoas a seguir suas palavras, nós mesmos seremos punidos.’ Pedi ao jihadista se ele podia me dar o seu nome.’Eu não posso’, disse ele, não querendo expor sua família na Suécia, revelando sua identidade.
No dia seguinte, percorrendo o Facebook, vi que minha amiga jornalista síria também estava on-line. Eu enviei- lhe uma mensagem sobre a entrevista que fiz com o jihadista. ‘Eu encontrei centenas de jovens barbudos como ele, de todo o mundo, nas ruas de minha cidade natal', ela me respondeu. ‘Foi por esta razão que fui embora’."
Foto: Tribunal da Sharia instalado em um edifício em Kansabba, Síria. O texto à esquerda diz: "Julgue as pessoas de acordo com as palavras de Allah; ao centro: "Tribunal da Sharia"; à direita: "Não há deus senão Alá". Foto cedida por Nuri Kino.

Redação: Nuri Kino é sueco, escritor, cineasta. Atualmente trabalha como repórter investigativo independente. Ele é também um analista de direitos humanos no Oriente Médio. Seu relatório, intitulado ‘The Camp’, que examinou o funcionamento de um campo de refugiados em massa, para cristãos sírios, dentro da Turquia, foi divulgado, em 5 de maio, pela World Watch Monitor.
FonteWorld Watch Monitor
TraduçãoCláudia Veloso

A Igreja está de joelhos, rogando a intervenção de Deus

Eritreia.jpg
A reportagem mostrou três fileiras de caixões castanhos claros e escuros alinhados a quase 30 metros de profundidade, cada um deles com uma única rosa vermelha. A câmera então se volta para quatro caixões brancos menores com números claramente visíveis no fundo branco: 92, 93, 94, 95... Esses são os caixões das crianças que morreram em 3 de outubro, juntamente com pelo menos 350 outros eritreus e somalis imigrantes que tentavam chegar à ilha de Lampedusa. E, enquanto mergulhadores trabalham para içar mais corpos do naufrágio no leito do mar, outros 33 imigrantes da Eritreia, Somália e Síria morrem uma semana mais tarde quando outro barco emborca na tentativa de alcançar a ilha.

Assim, por enquanto, as circunstâncias repressivas que a Eritreia enfrenta gozam da atenção do mundo.

Estima-se que 3 mil eritreus tentem deixar o país a cada mês a despeito dos riscos imensos que sua luta implica. Aqueles que sobrevivem à ordem de tiro para matar do lado eritreu enfrentam uma perigosa jornada através do deserto para chegar às cidades como Cartum e Tel Aviv. Somente os afortunados escapam de sequestro por resgate ou de assassinato para retirada de órgãos. 

Por que as pessoas se arriscariam em uma jornada perigosa para sair da Eritreia?

As circunstâncias dos eritreus estão descritas na resolução da Assembleia Geral da ONU adotada em junho deste ano. Entre outras coisas, o documento condena:

• A violação contínua e sistemática dos direitos humanos e das liberdades fundamentais pelas autoridades eritreias, incluindo casos de arbitrariedade e execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, uso de tortura, detenção incomunicável e arbitrária sem recurso à justiça, e detenção em condições degradantes e sub-humanas;

• Restrições severas de liberdade de opinião e expressão, liberdade de informação, liberdade de pensamento, consciência e religião, e liberdade de associação e reunião pacífica, incluindo a detenção de jornalistas, defensores de direitos humanos, atores políticos, líderes religiosos e praticantes na Eritreia;

• A conscrição forçada de cidadãos por períodos indefinidos de serviço nacional, um sistema que equivale ao trabalho forçado, a prática obrigatória de todas as crianças que estão no último ano da escola em um acampamento de treinamento militar, assim como a intimidação e detenção de membros da família dos que são suspeitos de se evadirem do serviço nacional na Eritreia;

• As severas restrições de liberdade de movimento, incluindo a detenção arbitrária de pessoas pegas tentando fugir do país ou suspeitas de ter a intenção de fazê-lo;

• As violações dos direitos da criança, incluindo, mas não limitando, a conscrição militar forçada de crianças;

• O uso generalizado de tortura e outros tratamentos degradantes, desumanos e crueis ou punições e uso de lugares de detenção que estão muito aquém dos padrões internacionais, incluindo celas subterrâneas e contêineres de metal;

• A prática de atirar para matar empregada nas fronteiras da Eritreia para impedir cidadãos eritreus de fugir do país;

• Qualquer violação do governo da Eritreia de suas obrigações para com os direitos humanos internacionais em relação à coleta de impostos de seus cidadãos fora do país;

• A falta de cooperação com mecanismos de direitos humanos regionais e internacionais pela Eritreia.

Desde a independência, em 1993, os eritreus têm visto muito pouco da liberdade pela qual lutaram tão duramente. Ao mesmo tempo, o governo persiste em reprimir o povo.

Respondendo sobre as tragédias dos barcos, Zemede Tekle Woldetatios, embaixador eritreu na Itália, chamou o incidente de triste. Quando perguntado sobre o motivo de tantas pessoas saírem da Eritreia, ele disse que os jovens foram vítimas de tráfico humano, o qual deve ser combatido coletivamente. Ele deu a entender que as hostilidades etíopes são a causa do recrutamento indefinido de jovens eritreus. A resposta é consistente com a minimização contínua do sofrimento do povo eritreu por parte do governo.

Pedidos de oração
• Ore pelas muitas famílias enlutadas neste momento. Ore para que o Senhor trabalhe em suas vidas através do Espírito Santo, consolando os corações partidos.
• Junte-se a nós em oração para que o Senhor traga mudança à Eritreia a seu tempo e do seu modo.
• Juntemo-nos à Igreja eritreia para orar por uma virada espiritual profunda para os líderes do país.
• Ore para que o Senhor cumpra Seus propósitos para a Eritreia. Ore para que, no meio das dificuldades enfrentadas pelos eritreus, muitos sejam atraídos a Cristo. Ore para que a Igreja esteja bem equipada para oferecer a todos que perguntarem um motivo sobre a esperança que têm em Cristo.
• Ore pelos cristãos eritreus e pelos líderes da Igreja enquanto respondem às dificuldades descritas pela ONU e por outros. Ore para que eles sejam encorajados e fortalecidos para suportarem seu fardo de forma a trazer a glória para Cristo.

Leia também
Africanos arriscam suas vidas para fugir da guerra e da perseguição 
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoGetúlio A. Cidade

Irã 'abusa' dos direitos nacionais e internacionais dos cristãos

Girl_Iran.jpgPelo menos 300 cristãos foram presos nos últimos três anos no Irã. As acusações mais comuns são ações contra a segurança pública e propaganda contra o regime. Muitos destes cristãos foram presos por fazer parte de "igrejas domésticas", pequenas reuniões de cristãos que se encontram para adorar e orar juntos


Os contínuos maus tratos do Irã à sua minoria cristã foi um dos temas levantados em reunião recente do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Attieh Fard, uma advogada especializada em direitos humanos, pediu ao presidente Hassan Rouhani para cumprir suas promessas feitas às Nações Unidas, em Nova York, libertando os 42 cristãos presos e os 45 que aguardam julgamento.
Fard disse que esses números representam apenas os casos conhecidos. O número real é muito maior, levando-se em conta que muitos têm permanecido em silêncio devido às ameaças do governo. Ao fazer isso, afirmou em seu relatório de 24 de setembro, o governo viola as suas obrigações legais nacionais e internacionais.
"Ao fazer essas acusações contra os cristãos, tanto o governo como o Judiciário cometeram um erro fatual porque as reuniões cristãs em casas ou igrejas são formadas, principalmente, para os cristãos adorarem e estudarem a Bíblia juntos, e não para mudarem o regime. Elas não têm qualquer objetivo político. Portanto, estes julgamentos são errados", disse Fard.
Fard acrescentou que encontros semelhantes eram realizados por muçulmanos xiitas, que se reúnem em grupos para estudar o Alcorão e orar. Mas essas reuniões não foram consideradas uma ameaça à segurança nacional. Alguns cristãos presos são obrigados a ouvir o Alcorão e "bastante pressionados" a se converter ao islamismo. Ela disse que muitos deles são torturados e têm seus bens confiscados. Então, depois de serem libertados, perdem geralmente o direito à educação ou emprego.
O artigo 26 da Constituição iraniana concede o direito a minorias religiosas, incluindo os cristãos, de formar sociedades e se reunir. Como tal, igrejas domésticas são entidades legítimas. Segundo Fard, muitos pastores têm sido presos e mesmo aqueles que são libertados são frequentemente mantidos sob um tipo de prisão domiciliar. O Rev. Robert Asseriyan, que foi preso no início deste ano, é um exemplo. Desde que foi solto, Asseriyan foi impedido de falar com qualquer outro cristão, disse ela.
"Alguns líderes da igreja que não estão presos têm sofrido ameaças do governo dizendo que, se não cessarem as suas atividades ou deixarem de ir às igrejas, serão prejudicados eles próprios ou os membros de suas famílias - mortos, fisicamente atacados ou estuprados", disse ela.
O Irã anunciou que está comprometido com o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, incluindo o artigo 18, que garante o direito de qualquer pessoa a mudar de religião. No entanto, Fard disse que o governo tem "repetidamente prendido cristãos que se converteram do Islamismo, confiscando suas propriedades e os forçando a abandonar seu trabalho ou seus empregadores a demiti-los".
Fard compartilhou o exemplo de um professor que trabalhava para o Ministério da Educação há 30 anos. Depois de descobrirem que ele era um cristão, foi demitido.
Algumas mulheres cristãs perderam a custódia de seus filhos depois de seu divórcio de homens muçulmanos, uma vez que eram tidas como cristãs que abriram mão de seus direitos. Em um caso, o juiz disse à mãe de uma menina de dois anos que ela poderia manter a custódia de sua filha caso se tornasse muçulmana. Enquanto isso, muitos cristãos são forçados a casar-se em cerimônias muçulmanas e realizar funerais islâmicos para os membros cristãos da família.
A recente soltura de duas mulheres cristãs pelo governo foi bem recebida, disse Fard, mas ela pediu ao governo para "libertar todos os prisioneiros cristãos e proteger os seus direitos de cidadania quando forem soltos". Fard também mencionou o fechamento das igrejas de língua persa por parte do governo, acrescentando que não só os cristãos estão impedidos de convidar os não-cristãos a participar como também estão impedidos de aceitar qualquer não-cristão que queira participar.
A solicitação do governo a todas as igrejas para fornecer os detalhes do cartão nacional de identidade de todos os membros e para instalar câmeras de vigilância nas igrejas é contra o artigo 23 da Constituição do Irã, que proíbe o governo de exigir detalhes da religião ou crença de uma pessoa.
Fard concluiu: "É óbvio que o governo islâmico do Irã tem tomado medidas para impedir o acesso de cristãos e do público a sociedades cristãs, igrejas, literatura e a religião cristã, não levando em conta os direitos constitucionais dos cristãos, nacionais e internacionais. Agora que o Irã se diz comprometido com suas obrigações internacionais, deve começar de fato a tomar medidas para proteger estes direitos constitucionais".
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoDaniela Cunha

Cristianismo e Halloween combinam?


Cristianismo e Halloween combinam?Cristianismo e Halloween combinam?
Mais de cem anos atrás, o famoso teólogo holandês Herman Bavinck previu que o século 20 iria “testemunhar um conflito gigantesco dos espíritos.” Sua previsão acabou se estendendo até o século 21.
O Halloween ou Dia das Bruxas é uma antiga tradição dos povos que habitavam as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C. Originalmente, tratava-se de um festival do calendário celta, chamado de Samhain, (literalmente “fim do verão”) cujo objetivo era o culto aos mortos. Acreditava-se que durante vários dias se abria uma espécie de “portal” para o outro mundo e por ele entravam os espíritos para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares. Para que identificassem as casas, eram deixados em uma mesa os seus pratos prediletos.
No ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a comemoração do Dia de Todos os Santos, em 1 de novembro fosse celebrada com uma vigília no dia anterior (31 de outubro). Essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), que acabou se tornando a palavra atual “Halloween”.  Ou seja, os mortos lembrados eram os santos cultuados pela Igreja Católica. Além disso, em alguns países o dia 2 de novembro passou a ser Dia de Finados, para lembrar dos mortos “comuns”.
Popularizada pelos Estados Unidos, a celebração do Halloween ficou marcada pelo hábito das pessoas vestirem-se com fantasias assustadoras e distribuíram doces (que substituem os alimentos oferecidos aos mortos). Em países como o México existe uma celebração muito parecida chamada de “dia de los muertos”, comemorado na mesma data. Nas últimas décadas passou a ser lembrada em vários países, inclusive o Brasil, que “importaram” dos americanos.
O historiador David J. Skal explica que o conceito moderno de Halloween é inseparável da imagem vendida pela televisão e pelos filmes de Hollywood. “No Halloween, tudo vira de cabeça para baixo. A identidade pode ser descartada. Os vivos viram mortos e vice-versa. As sepulturas são abertas e nosso mundo é invadido pelo sobrenatural”.
Durante séculos os cristãos combateram esse tipo de celebração nos países de colonização inglesa, acusando-a de ser “demoníaca”, pois fazia invocações de seres sobrenaturais, inclusive a imagem do diabo.
Ensinada nas escolas como parte do folclore, muitos pais cristãos optavam por proibir os filhos de participarem. Mas como o passar do tempo, foi sendo “absorvido” pela cultura e passou a ser, inclusive, celebrada em igrejas, com uma roupagem cristã e até evangelística.
O historiador Nicholas Rogers explica que o Halloween já é a segunda festa mais importante do ponto de vista comercial, na América do Norte. Perdendo apenas para o Natal, movimenta anualmente cerca de US$ 8 bilhões. “Independentemente de suas complicações espirituais, Halloween é um grande negócio”, resume.
Professor na Universidade de York, no Canadá, Rogers escreveu um livro sobre o assunto, explicando como o Halloween invoca o bizarro, o desconhecido e atrai as trevas. Originalmente, o Samhain marcava um solstício no final do verão, quando o dia era mais curto e, consequentemente, a noite (trevas) mais longa. Entre os celtas ocorriam os sabás, reuniões de bruxas que faziam sacrifícios humanos e de animais, sem dúvida, apontando para o inverno como uma época de morte.
Harold L. Myra, escreveu um longo artigo na revista evangélica Christianity Today alertando que essas raízes pagãs não podem ser ignoradas pelos cristãos: “Para os antigos celtas, Samhain, o senhor da morte, enviava espíritos malignos para o mundo dos humanos. Com isso, gerava uma perigosa tentativa de se contatar o sobrenatural, o mundo espiritual e apaziguá-lo. O Halloween tornou uma época de fascínio cultural com o mal e o demoníaco”.
Nos últimos 20 anos, algumas igrejas decidiram organizar festivais alternativos, aproveitando a oportunidade do feriado para falar sobre o mundo espiritual da perspectiva bíblica. O pastor Anderson M. Rearick, sempre defendeu que os cristãos não devem fugir do assunto. “Não podemos simplesmente entregar esse dia nas mãos do Diabo, o Grande Impostor, o Chefe dos mentirosos. Nenhum dia pertence a ele. Todos pertencem ao Senhor”.
Ele lembra as palavras de Martinho Lutero, o grande reformador: “A melhor maneira de expulsar o diabo, é lembrar os textos das Escrituras, é zombar e desprezá-lo por que ele não suporta ser lembrado de sua derrota”.
Desde 1996, Keenan Roberts, pastor da Igreja New Destiny Christian Center, no Estado do Colorado, popularizou a ideia de “Hell Houses” [Casas do Inferno]. A ideia é que as pessoas entrem no templo ou em uma casa alugada especialmente preparada durante a época de Halloween.
“Se é para ter medo, então que seja produtivo”, explica o pastor Roberts, que criou essa espécie de “casa mal-assombrada” onde ficam atores cristãos e tem como objetivo mostrar às pessoas que Jesus venceu o mal na cruz.
Tradicionalmente, as pessoas estão mais preparadas para sentir medo nesse período. Com isso, é possível mostrar a realidade do céu e do inferno através de uma peça de teatro interativa. As pessoas entram no ambiente esperando encontrar vampiros, bruxas, fantasmas e lobisomens. Mas o que veem são cenas de um suicídio, depois passa para um ambiente onde vê pessoas de prostituindo, na outra sala testemunha um acidente de trânsito com um motorista bêbado, um outro espaço mostra um adolescente que toma uma overdose de drogas e morre, em outra sala uma jovem é submetida a um aborto, por fim há uma cena de casamento gay.
O tempo todo quem apresenta as situações é um ator que serve de “demônio-guia”. Ao final de cada ato ele diz ao público: “É apenas mais um dia de trabalho rotineiro para mim!”. A casa infernal original tinha sete ambientes e cada um deles representa um “pecado” de forma diferente.
Os tópicos variam ligeiramente de ano para ano, mas sempre se concentram em mostrar algo que envolva sangue, morte e as consequências de quem morrer longe de Deus. O método é eficaz, segundo Roberts. Quando os visitantes chegam à cena final, a sala que representa o “céu”, é feito um apelo para que a pessoa mude de vida e conheça a Deus através de Jesus. Segundo o pastor, “um em cada quatro visitantes optam pela fé cristã ou renovam seu compromisso com ela”. Com informações PS Mag e Albert Mohler.

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...