domingo, 10 de maio de 2015

ESTUDO - QUAL O NOME DE DEUS ? APOSTOLO ROBERTO TORRECILHAS

NOIVA DE CRISTO OU CASO EXTRACONJUGAL

Afigura do casamento é usada freqüentemente nas Escrituras para representar a relação entre Deus e seu povo. No Velho Testamento, Deus é o marido e o povo de Israel, a mulher. No Novo Testamento, Cristo é o noivo e a igreja, a noiva. Ao compreender a riqueza desse símbolo, daremos mais importância à obediência no dia-a-dia.
A linguagem figurada de Ezequiel descreve o casamento de Israel com Deus: 
Passando eu por junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas do meu manto e cobri a tua nudez; dei-te juramento e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus; e passaste a ser minha. Então, te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue, e te ungi com óleo. Também te vesti de roupas bordadas, e te calcei com couro da melhor qualidade, e te cingi de linho fino, e te cobri de seda. Também te adornei com enfeites e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas e linda coroa na cabeça. Assim, foste ornada de ouro e prata; o teu vestido era de linho fino, de seda e de bordados; nutriste-te de flor de farinha, de mel e azeite; eras formosa em extremo e chegaste a ser rainha. Correu a tua fama entre as nações, por causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti, diz o Senhor Deus. (Ezequiel 16:8-14)
O mesmo simbolismo aparece em várias passagens no Novo Testamento, incluindo na carta de Paulo aos efésios: 
Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito....Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja. (Efésios 5:25-27,32)
Costumes de Casamento na Época da Bíblia
Antes de examinar alguns outros trechos bíblicos, observemos algumas informações históricas sobre costumes de casamento nos tempos bíblicos. O processo do casamento envolvia várias etapas, incluindo:
  • O Desposório. O primeiro passo oficial ao casamento foi um compromisso assumido pelo casal (muitas vezes arranjado pelos pais) em que se prometeram um ao outro. Assim Maria foi desposada com José (Mateus 1:18).
  • Presentes foram dados à noiva e à sua família pelo noivo ou sua família (veja Gênesis 24:52-53). Esta prática é semelhante ao pagamento do dote em alguns países até os dias de hoje. Jacó serviu seu sogro durante sete anos para poder casar-se com Raquel (Gênesis 29:18-20).
  • Um Intervalo de Espera antecedeu o casamento. Durante este tempo, era importantíssimo manter a pureza e que a noiva se preparasse para o seu noivo. Caso contrário, poderiam romper o relacionamento sem completar o processo do casamento (veja Mateus 1:18-19).
  • As Bodas ou Banquete Nupcial começava quando o noivo chegou à casa da noiva para levá-la para sua casa. A noiva esperava a chegada dele, usando roupas e jóias especiais, e era acompanhada pelas donzelas e por outros convidados. A festa das bodas tipicamente durava uma semana (veja Gênesis 29:21-23,27; Juízes 14:17; Mateus 25:1-13). A partir das bodas, os dois, agora uma só carne, morariam juntos.
Consideremos essas etapas em relação ao simbolismo bíblico.
O Casamento de Cristo e a Igreja
Podemos relacionar a linguagem bíblica com as fases do casamento citadas acima. Jesus veio ao mundo e fez grandes promessas ao povo. Nós, também, prometemos ser fiéis a ele quando nos convertemos ao Senhor. Dessa forma, tanto Cristo como o povo dele assumem o compromisso do desposório.
Da mesma forma que o noivo dava coisas de valor à noiva e à família dela, Jesus pagou um valor altíssimo para casar-se com a igreja. Ele comprou a igreja com o seu próprio sangue (Atos 20:28). “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”(Efésios 5:25).
A nossa situação atual bem se descreve como um intervalo de espera. Mesmo se já tenhamos entrado em comunhão com o Senhor, ainda não fomos levados à habitação eterna na presença dele. Por esse motivo, diversos trechos no Novo Testamento enfatizam a necessidade de nos preparar para a vinda do noivo. Jesus quer voltar e encontrar a sua noiva “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Efésios 5:27). Ele se sacrificou para santificar e purificar a igreja (Efésios 5:26), e quer que os seus discípulos se mantenham santificados (João 17:17,19). Se ele nos achar infiéis, não nos levará às bodas, nem ao lar eterno com ele.
Ainda esperamos a chegada do noivo para nos levar ao banquete nupcial. João, um dos apóstolos de Jesus, confortou os cristãos primitivos em um período de perseguição com a esperança de participarem do casamento do Cordeiro:
Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. (Apocalipse 19:7-9)
Ele falou da noiva preparada e da esperança de morar eternamente com Deus, o perfeito marido: 
Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. (Apocalipse 21:2-3)
Como a noiva esperando a chegada do noivo, a igreja hoje aguarda a vinda de Jesus. Ele levará os fiéis às bodas, e depois habitará com sua esposa para sempre.
A Noiva Adornada para o Seu Esposo
Todo o simbolismo do casamento do Cordeiro com a igreja apresenta um belo conto romântico, mas há muito mais nessa história. As Escrituras servem para nos habilitar“para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16-17). Toda essa história de uma noiva esperando a chegada do noivo serve, também, para nos instruir. A ênfase de textos como Ezequiel 16 e Efésios 5 está no adorno da noiva. Consideremos algumas mensagens importantes:
  • A beleza da noiva vem do noivo! Não é assim nos casamentos humanos que nós conhecemos. A noiva escolhe o vestido, arruma os cabelos e faz tudo para chegar à cerimônia adornada para agradar o noivo. Mas toda a beleza da noiva de Ezequiel 16:1-14 veio do marido. Deus encontrou Israel como uma menina recém-nascida abandonada pelos próprios pais. Ele cuidou dessa menina durante anos e, quando ela cresceu, casou-se com ela. Ele a lavou, e a vestiu com as melhores roupas. Colocou nela enfeites e jóias finas. Deu-lhe os melhores alimentos, e ela se tornou absolutamente linda. Deus disse “...pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti” (Ezequiel 16:14). Esse fato é fundamental na doutrina bíblica da salvação pela graça. A beleza da noiva depende do noivo. Leia, de novo, Efésios 5:25-27. A beleza da igreja vem de Cristo. Ele se entregou para santificar e lavar a igreja, “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”(Efésios 5:27).
  • Jesus quer uma igreja composta de pessoas santas. Numa cerimônia de casamento, o momento mais especial é a entrada da noiva. O noivo espera ver a sua noiva resplandecente entrar para fazer um pacto solene com ele. Imagine a noiva entrando usando um vestido sujo e rasgado, com seus cabelos totalmente desarrumados, e com lama no rosto. O noivo, provavelmente, sairia correndo! E se Jesus voltar e encontrar a sua noiva suja e usando roupas rasgadas e manchadas? Ele quer um povo santo (1 Pedro 1:13-16) que demonstra a sua santidade no seu proceder no dia-a-dia (1 Pedro 2:11-23).
  • Nem todas as igrejas agem como uma noiva pura. Considere as igrejas da Ásia. A congregação em Éfeso não aceitava homens maus e mentirosos, mas abandonou o seu primeiro amor e caiu (Apocalipse 2:2-5). Em Pérgamo, a igreja conservava o nome do Senhor e não negou a fé, mas tolerava os que ensinavam falsas doutrinas (Apocalipse 2:13-15). A igreja de Tiatira era dedicada e ativa em obras, mas tolerava a falsa profetisa, Jezabel (Apocalipse 2:19-20). Em Sardes, a igreja tinha uma reputação de ser viva, mas estava morta (Apocalipse 3:1-4). A congregação de Laodicéia tornou-se morna (Apocalipse 3:15-19). O livro de Apocalipse contém cartas aos anjos de sete igrejas. E se tivesse mais uma: “Ao anjo da igreja em _______” [coloque aqui o lugar onde você congrega], o que diria esta carta? Jesus elogiaria a fidelidade e dedicação da igreja, ou teria uma lista de queixas? Coletivamente, a congregação prega e pratica a verdade? Louva a Deus conforme a palavra dele? Rejeita doutrinas falsas? É uma igreja “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”? Antes de dar uma resposta definitiva, lembre-se de que a igreja é composta de pessoas. Individualmente, falamos e vivemos conforme a verdade? Somos seguidores de Cristo ou seguidores do mundo? Buscamos a prosperidade espiritual ou material? Usamos a palavra de Deus como espelho para corrigir as nossas vidas, ou imitamos o mundo? Somos santos, como Deus é santo?
“Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro....São estas as verdadeiras palavras de Deus” (Apocalipse 19:9).



ESTUDOS DA BÍBLIA

Menina muçulmana de 8 anos morre de abusos na noite de núpcias. É possível dialogar?


 Resumindo, ela foi estuprada até a morte. Esta é uma prática amplamente disseminada em muitos dos países muçulmanos mais atrasados, e em certas partes da Índia. Não sei como as estimativas abaixo são geradas, provavelmente, há algum protecionismo nessas cifras, mas casamento infantil é real e garotinhas sofrem horrivelmente com isso:

Al Nahar, Líbano, informou que uma noiva de oito anos de idade morreu no Iêmen em sua noite de núpcias após ter sofrido lesões internas devido a trauma sexual. As organizações de direitos humanos estão pedindo a prisão do marido, que era cinco vezes mais velho que ela.
A morte ocorreu na área tribal de Hardh, no noroeste do Iêmen, que faz fronteira com a Arábia Saudita. Isso traz ainda mais atenção à questão já existente dos casamentos infantis forçados na região do Oriente Médio.
“De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), entre 2011 e 2020, mais de 140 milhões de meninas se tornarão noivas infantes. Além disso, dos 140 milhões de meninas que se casarão antes dos 18 anos de idade, 50 milhões terão menos de 15 anos.”
Estima-se que mais de um terço das jovens imenitas se casam antes dos 15 anos. Não apenas elas perdem acesso à saúde e à educação, essas noivas infantes estão comumente sujeitas à violência física, emocional e sexual em seus casamentos forçados.
Quando muçulmanos cobiçam e depois casam com noivas infantes, eles estão apenas emulando o seu profeta “magnífico”. Maomé casou-se com uma menina de 9 anos de idade. Esse é o motivo pelo qual é tão difícil abolir essa prática. Uma lei que visava tornar ilegal esse tipo de casamento foi aprovada no Iêmen há alguns anos, porém, mais tarde islamistas radicais voltaram ao poder e a revogaram. Muito provavelmente há milhões de garotinhas que atualmente sofrem sob essas circunstâncias em países muçulmanos. Li a história de uma menina afegã de 11 anos que sangrou por muitos meses após dar à luz a uma criança em sua idade incrivelmente tenra. Evidentemente, ela não recebeu essencialmente qualquer assistência médica, e teve que continuar sendo escravizada por seu marido/dono em sua cabana. Depois, há a epidemia de estupro de meninos por homens Pashtun, no Afeganistão e Paquistão – que o nosso governo doente não permite que nossas tropas façam qualquer coisa a respeito disso, mesmo quando eles flagram esses depravados em ação.
São coisas como estas que reforçam minha visão muito sombria de “ecumenismo” e “inculturação,” em oposição de evangelização e a apresentação da realização mais elevada da Civilização Ocidental, o Santo Sacrifício da Missa, na forma pura, não inculturada. Ou será que nós, católicos, não acreditamos mais que a conversão é infinitamente superior ao diálogo interminável e infrutífero?

http://fratresinunum.com/2013/09/19/e-possivel-dialogar/

Pastor americano acusado de estupros foge e é preso no Brasil

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O Pastor Victor Arden Barnard, procurado pela polícia dos EUA, foi preso na sexta-feira (27) em um condomínio no estado do Rio Grande do Norte
O Pastor Victor Arden Barnard, procurado pela polícia dos EUA, foi preso na sexta-feira (27) em um condomínio no estado do Rio Grande do Norte
Victor Arden Barnard, de 53 anos, é suspeito de ter cometido 59 abusos sexuais contra membros de sua própria congregação em Minnesota
As autoridades brasileiras demoraram cinco meses para localizar e prender o pastor evangélico norte-americano, Victor Arden Barnard, de 53 anos, acusado de cometer dezenas de abusos sexuais contra membros de sua antiga congregação, estabelecida em Minnesota. A prisão ocorreu na sexta-feira (27) em um condomínio no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, segundo a polícia local. Junto com o suspeito, também foi detida uma mulher de 33 anos. Ambos os suspeitos foram levados à penitenciária federal no bairro de Lagoa Nova, Natal, onde esperam a extradição para os Estados Unidos, informaram as autoridades locais.
O líder religioso é suspeito de ter cometido 59 abusos sexuais em Minnesota. Ele é acusado de ter abusado de duas jovens que eram membros da sua congregação, informou o Serviço de Marshals. A última vez que Victor havia sido visto foi em 2014 na cidade de Raymond, no estado de Washington. Após isso, sua imagem foi divulgada no programa de televisão que busca suspeitos e criminosos foragidos do canal CNN, “The Hunt With John Walsh” (A caçada com John Walsh, em tradução livre); no mesmo ano e novamente semana passada.
Victor figurava na lista dos 15 mais procurados nos EUA e as autoridades ofereciam a recompensa de US$ 25 mil por qualquer informação que levasse ao seu paradeiro. Além das acusações de abuso sexual, o líder religioso era procurado por fugir do país para evitar julgamento.
Quando ainda atuava como líder religioso, na Igreja River Road Fellowship, Victor inspirava o seu rebanho com o seu carisma e “devoção” aos ensinamentos de Jesus Cristo. Em meados da década de 90, ele fundou o “campo do pastor” na região rural no Condado de Pine, Minnesota. Vários membros se mudaram para a região isolada, a aproximadamente 100 milhas de distância de Minneapolis. Em meados de 2000, Barnard convenceu alguns membros de sua igreja a permitirem que suas filhas mais velhas morassem com ele em uma área isolada do campo.
Lindsay Tornambe tinha 13 anos quando seus pais autorizaram que ela se mudasse para o campo, sob a supervisão do pastor. A jovem e outras congregantes detalharam que as elas levantavam cedo, costuravam, cozinhavam e limpavam para ele. Victor se demoninava “Jesus Cristo na terra”.
Lindsay frisou que o pastor ensinava que, na Bíblia, a Igreja era a noiva de Cristo e, porque ele era Cristo em carne, a igreja tinha que se casar com ele. Na época, ela era jovem demais para entender a situação, afirmou.
Na ação judicial apresentada em Minnesota, Tornambe alega ter sido abusada sexualmente pelo líder religioso dos 13 aos 22 anos, quando ela e seus pais ainda eram membros da River Road Fellowship. Ela disse aos investigadores que o grupo de 10 mulheres e adolescentes eram conhecidas como “Alamoths”, ou “atendentes”. O grupo foi enviado para que o que ela pensava ser um campo de verão, segundo os documentos.
A jovem disse aos investigadores que o pastor abusava sexualmente dela entre 1 a 3 vezes por mês, até que ela deixou a igreja em 2010 para viver com seus pais, que se mudaram para a Pensilvânia.
Em 2011, Lindsay foi contatada por outra jovem da igreja que compartilhou uma história similar: Ela disse que foi molestada por Barnard desde os 12 até os 20 anos, embora o número de abusos variasse cada mês.  As duas jovens denunciaram as alegações à polícia de Minnesota. Enquanto isso, Victor mudou-se para o estado de Washington, após a sua admissão de manter um caso amoroso com uma mulher casada provocou a dissolução da congregação, segundo a ação judicial.
O ministério operou numa área remota do Condado de Pine entre 2000 e 2012, informou o chefe interino Steven Blackwell, do escritório do xerife do condado. A congregação deixou a área pouco depois que um novo xerife foi eleito e começou a investigar as atividades da igreja, detalhou. Posteriormente, o Exército da Salvação (The Salvation Army) instalou um campo de férias familiar no local.

http://www.brazilianvoice.com/bv_noticias/pastor-americano-acusado-de-estupros-foge-e-e-preso-no-brasil.html

sábado, 9 de maio de 2015

FELIZ DIA DAS MÃES A TODAS MAMÃES .

FELIZ DIA DAS MÃES A TODAS MAMÃES .

A interpretação das narrativas do Antigo Testamento

A interpretação das narrativas do Antigo Testamento

A narrativa é o gênero literário que mais aparece na Bíblia. Mais de 40 por cento do Antigo Testamento é composto por narrativas. Além disso, no Novo Testamento, grandes porções dos Evangelhos são narrativas, e o próprio livro de Atos, praticamente inteiro, é uma narrativa.
Cremos que a Bíblia é inspirada por Deus, então devemos crer que o Espírito Santo sabia o que estava fazendo quando moveu seus autores a escrever em forma de narrativa, e que este estilo de escrita serve aos propósitos revelatórios de Deus a seu povo.
Então, o assunto desta aula será como fazer um uso apropriado destas narrativas em nosso serviço a Deus.

1 A Natureza das narrativas

1.1 O que são as narrativas do Antigo Testamento
Narrativas são histórias. Porém a palavra história, hoje, tem um sentido de ficção, algo imaginário, como uma “historinha” na hora de dormir, ou uma “estória de aventura”. A Bíblia não é nada disso, pois se trata de verdadeira história de Deus, de seu povo, de como os guiou e guardou. Muito mais do qualquer história épica fictícia, este é o relato verdadeiro de como Deus se revelou na história do ser humano. Por isso o termo narrativa fica mais objetivo e menos prejudicial para descrevermos as ações de Deus na história.
As narrativas do Antigo Testamento nos contam sobre coisas que aconteceram, mas não quaisquer coisas. Elas nos falam de como Deus agiu entre o se povo, como conduziu os acontecimentos mundiais, de como Deus criou todas as coisas e de como Ele operou entre seu povo. As narrativas glorificam a Deus e nos mostram o cuidado de Deus durante o curso da história. Além disso nos dão preciosas lições para nossa vida.
Todas as narrativas têm:
1-) Enredo
2-) Lugar
3-) Personagens
As narrativas do Antigo Testamento porém, estão colocadas dentro de um enredo maior, global, tem um elenco especial de personagens, dos quais os principal e especial é o próprio Deus.
1.2 Três níveis de narrativas do Antigo Testamento
Poderemos entender melhor as narrativas do Antigo Testamento, se percebermos que elas estão sendo contadas em três níveis diferentes.
1-) Nível Superior
2-) Nível Intermediario
3-) Nível Inferior
O Nível Superior é o plano global de Deus, que foi concebido desde a fundação do mundo. Este nível compreende:
1-) A própria criação
2-) A queda da humanidade
3-) poder e universalidade do pecado
4-) necessidade de redenção
5-) Encarnação e sacrifício de Jesus
No nível Intermediario estão os aspectos relacionados a Israel.
1-) A chamada de Abraão
2-) A linhagem de Abraão
3-) Os patriarcas que vieram dele
4-) Escravidão de Israel no Egito
5-) Êxodo do Egito
6-) Conquista de Canaão
7-) Pecados frequentes de Israel e infidelidade
😎 A proteção de Deus, mesmo em meio à infidelidade
9-) Destruição de Israel e cativeiro de Judá
10) Restauração do povo após o exílio
No Nível Inferior temos as narrativas dos personagens individualmente.
1-) Venda de José aos arábes em viagem ao Egito
2-) A história de Gideão e sua dúvida diante de Deus
3-) O adultério de Davi com Bate-Seba, e assim por diante.
Note que cada narrativa individual faz parte da narrativa de Israel no tempo e espaço (Nível Intermediario), que por sua vez, faz parte do Nível Superior, o plano global de Deus, que é a Criação e a Redenção dos seres humanos, para a glória de Deus.
Então, devemos aplicar as narrativas em nossa vida, seguindo este conceito hierárquico que encontramos no Antigo Testamento.
Quando Jesus afirmou que as Escrituras “…de mim testificam”, não estava se referindo a cada uma destas narrativas menores (Nível Inferior), mas sim ao Nível Superior, onde podemos ver de modo amplo a mão de Deus guiando cada passo na história. Ou seja, toda história ocorrida no Antigo Testamento apontava para Jesus, era o pano de fundo para que Jesus fosse revelado.
Desta forma, podemos ter uma narrativa intermediaria, por exemplo a história de José (Gênesis 37-50). Dentro da história de José temos narrativas menores, por exemplo seus primeiros sonhos, sua venda aos árabes, na casa de Potifar, na prisão, ascensão no Império Egípcio e morte.
Não há nada de errado em estudar estas narrativas menores isoladamente. Porém devemos fazê-lo conhecendo a amplitude, conhecendo o contexto maior.
1.3 O que as narrativas do Antigo Testamento não são
1 – As narrativas não são meros relatos de personagens que viviam nos tempos antigos. São, na realidade, histórias daquilo que Deus fez na vida destas e o que fez por meio delas. Deus é o herói das histórias, Ele é o protagonista.
2 – A narrativas do Antigo Testamento não são alegorias, histórias com significados ocultos. Pode haver trechos de certas narrativas que talvez não fiquem claros para nós, podemos não ser informados sobre exatamente tudo quanto Deus fez em uma determinada situação. E, mesmo quando somos informados sobre o que Ele fez, talvez não fique esclarecido como Ele fez ou por que Ele fez. As narrativas não respondem a todas as nossas perguntas, nem foram escritas para isso. Foram escritas para termos noção dos feitos de Deus no plano global. Se ficarmos procurando significados ocultos acabaremos colocando coisas nos textos que não estão lá. Às vezes o desejo de explicar tudo, acaba não explicando nada.
3 – As narrativas nem sempre vão nos ensinar de modo direto. Mas por meio da leitura dos exemplos podemos ser ensinados de uma forma, muitas vezes, mais didática do que alguma porção mais doutrinária da Bíblia. As narrativas nos dão um contato direto com a obra que Deus fez, e este contato pode nos dar um conhecimento que nos ajuda a moldar nosso comportamento. Em última análise, a história do Antigo Testamento, para nós cristãos, é nossa própria história espirtual, pois Deus preservou o povo hebreu para que dele viesse o Messias e fôssemos salvos. Então, mesmo que as narrativas não nos ensinem de modo direto, ilustram o que é ensinado em outros trechos de forma direta e categórica.
4 – Cada narrativa ou episódio individual dentro da narrativa não pode ser analisada microscopicamente. Ou seja, não podemos pegar cada mínima parte da narrativa e tentar tirar alguma lição ou preceito moral. Precisamos avaliar a narrativa como um todo, uma única unidade, pois tentar tirar lições de cada micro parte, em geral, não funciona.

2 Princípios para interpretação das narrativas

Dez princípios para ajudar a evitar erros óbvios na interpretação das narrativas:
1 – Geralmente, uma narrativa do Antigo testamento, não ensina diretamente uma doutrina.
2 – Uma narrativa ilustra uma doutrina ensinada diretamente em outro trecho da Bíblia.
3 – As narrativas registram o que aconteceu, não o que deveria ter acontecido. Portanto, nem toda narrativa tem uma moral de história indentificável e individual.
4 – O que as pessoas fazem na narrativa nem sempre é um bom exemplo para nós. Às vezes é exatamente ao contrário.
5 – A maior parte dos personagens das narrativas do A.T. está longe de ser perfeita. Suas ações também.
6 – Nem sempre somos informados, ao fim da narrativa, se o que aconteceu foi bom ou mau. Devemos julgar com base no Deus nos ensinou em outros trechos da Bíblia.
7 – Todas as narrativas são incompletas. Nem todos os pormenores foram narrados.
8 – As narrativas não foram escritas para responderem nossas dúvidas teológicas.Têm propósito limitado, específico e particular, deixando outros assuntos para serem tratados em outros lugares.
9 – As narrativas podem ensinar explicitamente – quando declara algo de modo claro, ou implicitamente – quando deixa subentendido alguma coisa claramente, sem no entanto declarar.
10 – Em última análise, Deus é o herói de todas as narrativas bíblicas.

3 Exemplos de interpretação de narrativas do Antigo Testamento

3.1 A narrativa de José
A narrativa de José está compreendida entre os capítulos 39 e 50 do livro de Gênesis.
Leia este trecho do começo ao fim e você verá que José é a personagem humana central.
Neste trecho lemos que José era um tanto altivo e até mesmo arrogante. Em parte isto foi devido ao favorecimento que seu pai, Jacó, havia lhe dado. Em consequencia, José sofre com a inveja de seus irmãos e desenrola-se toda a história que já é conhecida.
Será que o fato de José ter tido sucesso na casa de Potifas era por suas qualidades inatas de administrador? Será que o fato de, algum tempo depois, na prisão injustamente, ter alcançado sucesso foi devido à sua gestão do sistema prisonal?
A Bíblia não nos deixa dúvidas: Deus era com José. Por amor a José, Deus o fazia prosperar e alcançar graça diante dos homens. O fato é que, se tentarmos procurar outro herói nesta narrativa, que não seja o próprio Deus, estaremos com o foco errado do que Deus deixou registrado.
Se tentarmos tirar lições para nossa própria vida, apenas da história de José, tiraríamos conclusões erradas. Que moral da história poderíamos extrair daqui?: “Cuidado ao contar seus sonhos”, “Os escravos progridem mais rápido que os nativos”, “Seja um bom administrador antes de ir para a cadeia”.
Se procurarmos no texto alguma coisa que devamos imitar para obter sucesso, ou uma bênção nós não encontraremos. A narrativa está nos contando o que Deus fez com um candidato improvável ao sucesso. Não contém nenhuma regra para se obter sucesso nos negócios. José vai de mal a pior, e não faz nada para conseguir obter sua soltura. Mas é o próprio Deus quem lhe dá todas as habilidades necessárias para isso.
Poderemos vasculhar todas as narrativas menores da vida de José e chegeremos sempre à mesma conclusão: Deus era com José.
Tudo na vida de José já havia sido pré estabelecido por Deus. Veja o texto em Gn. 50:19-20, e você também chegará a esta conclusão.
Esta sucessão de fatos ocorridos com José foi para preservar o povo de Israel para a conquisa de Canaã. Foi no Egito onde os israelitas cresceram e se fortaleceram para entrar na terra que Deus havia prometido a Abrãao.
E tudo isto faz parte da narrativa maior, onde Deus usaria a nação de israel como berço do Messias. Então, tudo o que aconteceu foi para preservação da nação onde nasceria nosso Salvador.
3.2 A narrativa de Rute
O livro de Rute é um livro fácil de ser entendido pois é completo em si mesmo e suas personagens podem ser identificados sem maiores dificuldades.
Neste livro podemos verificar como aplicar o item 9 de nossa lista de princípios de interpretação das narrativas.
Conseguirmos observar o ensinamento explícito é relativamente fácil; porém verificar o ensinamento implícito, requer um pouco mais de habilidade e estudo. Afinal, queremos extrair lições da narrativa, e não colocar lições dentro dela.
A história de Rute pode ser resumida da seguinte forma:
Rute 1 – A viúva Rute, uma moabita, emigra de Moabe para Belém, com sua sogra, também viúva, Noemi.
Rute 2 – Rute colhe as sobras de milho da plantaçào de Boaz, e ouve sobre sua fé e da bondade dela com Noemi, que era sua parente.
Rute 3 – Pela sugestão de Noemi, Rute deixa Boaz saber que ela o ama e quer se casar com ele.
Rute 4 – Baz segue todos os procedimentos jurídicos para casar-se com Rute protegendo os direitos de propriedade do falecido esposo dela. O nascimento de primeiro filho deles, Obede, se torna grande consolo para Noemi. Obede veio a ser avô do rei Davi.
Vamos ver quais ensinos esta narrativa nos transmite:
1 – Rute se converteu a fé no Senhor, o Deus de Israel. Isso não é declarado explicitamente, mas nos fica claro lendo o verso 17 do capítulo 1.
2 – A narrativa nos conta que Boaz era um homem justo que seguia fielmente à lei de Deus. Da mesma forma, isso não nos é explicíto, mas segundo os versos 2:3-13; 2:22; 3:10-12; 4:9-10, fica claro que embora nem todos os israelitas fossem obedientes à lei, Boas o era. Ele guardava o mandamento conforme Levítico 19:9-10, onde Rute se encaixava nas duas categorias: era pobre e estrangeira. Ele observava também outra lei, a da rendenção, conforme Levítico 25:23-24 nos informa.
3 – Fica implícito a nós também o fato da descendência de Boaz e Rute incluir o rei Davi, e por extensão Jesus. Sabemos que Jesus, humanamente falando, pertenceu à linhagem de Davi. Podemos verificar este fato lendo a genealogia em 4:17-21. Eles tinham como saber issto na época? Não. Mas Deus quis que este fato ficasse registrado para que soubéssemos de onde veio Jesus.
4 – A narrativa, nos diz que esta história se passa no tempo dos Juízes. Se lermos o livro de Juízes, notaremos que a sociedade, nesta época, não era muito fiel à lei de Deus. Belém, se destacava por ter cidadãos tementes a Deus, a despeito da maioria infiel. Mas o que há no luvro de Rute que nos diz isso? Praticamente a história toda, exceto o verso 2:22 que subentende que nem todos os belemitas praticavam a lei do respigar corretamente. E as próprias palavras das personagens nos demostram a preocupação e zelo que eles tinham pela lei de Deus.
Devemos notar também que todas as personagens, exceto Rute e Orfa eram cidadãos de Belém. Noemi, seja em tempos de aflição (1:8-9; 13, 20-21), seja em tempos de alegria (1:6; 2:19-20), reconhece a vontade do Senhor, e se submete a ela. Além disso, Boaz mostra ser um verdadeiro adorador e seguidor do Senhor (2:11-12; 3:10, 13), e suas ações, do começo ao fim, confirmam suas palavras.
Até mesmo a maneira como as pessoas se cumprimentavam revelam sua lealdade a Deus (2:4). Note como os anciãos da cidade demonstram sua fé quando abençoam o casamento e a família (4:11-12), e as mulheres abençoam Noemi (4:14). Outro fato importante é como recebem a moabita Rute; fato este que demonstra a fé no Senhor.
Estes fatos demonstram que nossa leitura cuidadosa, e o conhecimento histórico daqueles dias, podem nos revelar lições preciosas, que estão implícitas.

4 Advertência

Implícito não quer dizer secreto ou escondido. Implícito quer dizer que a mensagem pode ser entendida a partir daquilo que é dito, mesmo não sendo declarado literalmente. Nossa tarefa como intérpretes da Bíblia não é ficar escavando mensagens ocultas nos textos. O que o Espírito Santo inspirou é para benefício de todos os crentes, não somente para aqueles que conseguem desvendar possíveis mensagens ocultas nos textos. Não vamos tentar inventar outra história!

5 Algumas precauções finais

Existem alguns possíveis motivos para as pessoas, algumas vezes, tirarem lições das narrativas que não estão lá.
1 – Desespero por informações que as ajudarão em sua situação específica.
2 – Impaciência. Querem a resposta de Deus agora, deste livro, deste capítulo.
3 – Esperam, erroneamente, que tudo na Bíblia se aplique à sua própria vida individual.
A Bíblia é o recurso de Deus para nós. Porém, nem sempre terá respostas específicas e pessoais para tudo quanto as pessoas gostariam, e não contém todas as informações em cada capítulo ou versículo.
A fim de que não segamos esta tendência, alimos os seis principais erros de interpretação que as pessoas cometem, ao procurar respostas em partes isoladas da Bíblia. Emboa estejam alistadas aqui para as narrativas, podem servir para outros estilos também.
1 – Alegorização – Ao invés de se concentrarem no significado claro do texto, procuram lições obscuras, secretas. Há trechos alegoricos na Bíblia (Ezequiel 23 ou algumas partes do Apocalipse, por exemplo). Porém, nenhuma das alegorias na Bíblia é uma simples narrativa.
2 – Descontextualização – O desconhecimento da história, da narrativa maior, e a concentração apenas nas pequenas narrativas, nos faz perder a interpretação completa, aquilo que Deus fez e quis deixar registrado ao seu povo. Se desconsiderarmos este fatores, poderemos fazer a Bíblia dizer qualquer coisa que queiramos.
3 – Seletividade – É semelhante à descontextualização. É escolha proposital de palavras e frases específicas da narrativa, sem considerar o contexto histórico.
4 – Combinação falsa – Combina trechos de diferentes versos, e tira uma lição desta combinação. Um exemplo extremo deste método é interpretar que os verdadeiros inimigos do crente estão dentro da casa de Deus, ao invés de fora. Pois o Salmo 23 diz para Deus preparar uma mesa na presença dos inimigos de Davi, e Davi habitaria para sempre na casa de Deus. Logo, os inimigos estariam dentro da casa de Deus, senão como Deus faria uma mesa para ele diante de seus inimigos?
5 – Redefinição – Quando o sentido claro do texto deixa as pessoas sem emoções, ou não provoca qualquer tipo de êxtase espiritual, o sentido claro é prontamente redefinido para que estas coisas aconteçam.
6 – Autoridade extracanônica – Uso de algum tipo de material de apoio ou escritos especiais, ou ainda livros que alegam ter revelações bíblicas. Desta forma, creem que os mistérios da Bíblia serão revelados. As seitas geralmente fazem este tipo de coisa, e tratam a Bíblia como um livro cheio de enigmas que exige um conhecimento especial para interpretá-la.
Além destas precauções, é importante saber que as narrativas bíblicas dizem respeito a seus personagens. Podemos, claro, aprender muito com elas, mas nunca espere que Deus faça com você exatamente a mesma coisa que fez com as personagens das narrativas.
Nem ache que Deus quer que você faça exatamente as mesmas coisas.
A narrativa de José, diz respeito a José. Diz respeito à fortma como Deus usou a vida dele para cumprir seus propósitos. Não tome a história de José como algo que também vai acontecer em sua vida.
A narrativa de Rute glorifica a Deus, e o benefício que Ele deu aos belemitas e a Rute, não tem a ver conosco. Esta história narra de forma maravilhosa os ancestrais do rei Davi, e por extensão, do Senhor Jesus.
Nós temos a tarefa de aprender com base nas narrativas, e não fazer tudo quanto está descrito lá. Só porque alguém fez determinada coisa na Bíblia não significa que temos a obrigação, ou permissão de fazer também.
As narrativas são preciosas porque demonstram o amor de Deus na História, e a forma como Ele conduziu tudo, para que o mundo recebesse o Salvador. Porém, para termos instruções sobre ética pessoal e vidã cristã devemos ir para outras partes das Escrituras, onde estes valores são ensinados mais clara e diretamente.
Então, podemos concluir que a riqueza de variedades da Palavra, deve ser nosso aliado, e não um recurso que tenhamos de desvendar seus mistérios.

VIA GRITOS DE ALERTA
http://milhoranza.com/2009/09/08/narrativas-do-antigo-

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