segunda-feira, 18 de julho de 2016

Yoga – Seduzidos pela meditação

A vida acelerada e estressante talvez seja a característica mais marcante deste início de século. A humanidade rompeu a aurora do século 21 vivendo ou sobrevivendo com a adrenalina a mil por hora. As pessoas têm uma vida de qualidade precária como conseqüência do corre-corre das obrigações que as cercam, do estresse da vida moderna e eletrizante, dos traumas físicos e psicológicos, de decisões importantes e constantes a serem tomadas, da angústia e da ansiedade com o dia de amanhã, da instabilidade no emprego, do desemprego alarmante e das freqüentes crises de depressão. As pessoas estão chegando ao limite da exaustão! O ser humano quer paz e tranqüilidade!
Portanto, está pronta a mente perfeita (o palco perfeito) para a meditação esotérica entrar em cena, disfarçada de uma super-técnica milenar que reivindica ser capaz de devolver a harmonia de viver.
Ora, meu leitor pode estar pensando: “A Bíblia endossa e incentiva a meditação. As palavras ‘medita(o)’ ou ‘meditarei’ ou ‘meditação’ aparecem dezessete vezes na Bíblia. O que há, então, de tão diferente entre os procedimentos recomendados pela meditação das religiões orientais e os do cristianismo? Ora, será que os evangélicos são contra a meditação?”
Bem, o que tencionamos com este artigo é diferenciar os dois tipos de meditação: a esotérica e a cristã, para que a Igreja de Cristo possa se posicionar entre a febre crescente de meditação esotérica que nos envolve e a meditação que é agradável ao Senhor.

Meditação Esotérica

A meditação esotérica é oriunda do Oriente. Do Oriente que, espiritualmente, não orienta, e sim desorienta. Ela faz parte do tripé do ocultismo (meditação – iluminação – reencarnação). As metodologias e os tipos de meditações místicas são as mais diversas. O processo geralmente exige: uma postura correta, às vezes jejum de algumas horas, longos períodos de silêncio, relaxar o pensamento (inicialmente o praticante tem de esvaziar a mente), em seguida realiza uma visualização (imaginar estar em uma floresta, às margens de uma cachoeira, nas nuvens ou em qualquer local que transmita tranqüilidade), muitas vezes recitação de mantras (sons aparentemente sem qualquer significado, mas que quase sempre são nomes de divindades hindus ou budistas), taquipnéia (respiração acelerada) forçada, e, por fim, tentar comunicar-se com um “ser” dentro do próprio praticante (esse “ser” é chamado de “Eu Superior”).
Sintetizando, a meditação oriental (esotérica) tem dois passos: o primeiro é esvaziar a mente da pessoa, e o segundo é direcionar essa mente vazia e desprotegida para uma busca de um suposto “Eu Superior” introvertido. Trata-se da busca de uma suposta deidade interior. É o ser humano supostamente sentindo-se “um com deus”.
A meditação mística se apresenta como uma técnica para relaxar e se “auto-conhecer” (realização de uma “gnose”). No entanto, na verdade, esse tipo de meditação coloca o praticante na boca do lobo espiritual, tornando-o presa fácil para o predador Satanás. Ela equivale a colocar um pé nas profundidades das trevas, a cair em terreno movediço.
Analisaremos, de forma sucinta, apenas três das mais populares técnicas de meditação mística:

1. Yoga (ioga)

Como já afirmamos no glossário do livro A Nova Era: Um Passo Para a Manifestação do “Maitreya” e da Prostituta Babilônia:
Para a maioria da ingênua população brasileira, a ioga é apenas uma forma de relaxar, tranqüilizar, normalizar a pressão arterial e o colesterol, ficar com a musculatura torneada e abolir algum vício. No Brasil a ioga é praticada em academias de ginástica, spas, escolas e até em igrejas.
A palavra vem do indiano antigo (sânscrito) e literalmente significa “união com Brâman” (em inglês, Brahman). Brâman é o deus do hinduísmo, caracterizado como uma força energética, impessoal, que habita toda e qualquer criatura viva. Assim, os hindus acreditam que Brâman está dentro do rato, da vaca, do ser humano e de outros animais.
O exercício de ioga é praticado há quase cinco mil anos na Índia e não existe uma pessoa específica que possa ser identificada como sendo seu criador. O adepto da ioga deve sentar no chão, cruzar as pernas e colocar os ombros para trás (conhecida como a “posição da flor de lótus”), embora existam também outras posturas para se praticar a ioga. Em seguida, o praticante deve iniciar uma meditação cujo objetivo é libertar a “consciência de divindade” que existe dentro dele.[1]
José Hermógenes, talvez o mais conhecido iogue brasileiro, incentiva aos praticantes da ioga a capricharem no momento em que realizam as diferentes posturas da ioga (chamadas de asanas). Hermógenes declara que a asana é um movimento oferecido ao “Eu-Divino”: “Uma pessoa em uma cadeira de rodas pode fazer ioga tão bem quanto eu. O trabalho é espiritual. Ao fazer um asana, o iogue deve respirar pensando em seu eu-divino e oferecer a Deus o que estiver fazendo. Por isso, o asana tem que ser perfeito, pois é um exercício de devoção”.[2]
A yoga não é mencionada na Bíblia Sagrada, mas em compensação a Bhagavad-Gita hindu dedica um capítulo inteiro à prática da yoga. Observe o que está por trás da yoga: “… a meta última da prática de yoga é ver o Senhor dentro de si, quem é consciente de Krsna (Krisna) já é o melhor dos yogis”.[3] “… praticar yoga, em especial a bhakti-yoga em consciência de Krsna, pode parecer uma tarefa muito difícil. Mas se alguém seguir os princípios com muita determinação, o Senhor certamente ajudará, pois Deus ajuda a quem se ajuda”.[4] “Servir a Krsna com sentidos purificados chama-se consciência de Krsna. Esta é a maneira de deixar os sentidos sob completo controle. Aliás, esta é a mais elevada perfeição da prática de yoga”.[5]
Rabi R. Maharaj, um ex-guru hindu convertido ao Senhor Jesus, afirma: “Não existe hinduísmo sem yoga e não existe yoga sem hinduísmo”.[6]
Rabi Maharaj afirma também que nas suas viagens pela Índia encontrou vários ocidentais que mergulharam na religião hindu como resultado de uma simples iniciação em uma aula de yoga.[7]

2. Meditação Transcendental com entoação de mantra

A Meditação Transcendental (MT) é uma das formas mais popularizadas da yoga. Foi o guru indiano Maharishi Mahesh Yogi que introduziu a MT no mundo ocidental. Maharishi tem hoje mais de 83 anos e é um homem rico, famoso e poderoso. Veja o que a revista Carta Capital expôs sobre esse guru:
Esse velho ícone da Nova Era é hoje um dos homens mais ricos e poderosos do mundo, controlando um império empresarial que já em 1993 era estimado em US$ 2 bilhões, incluindo vastas propriedades imobiliárias na Índia, hotéis na Europa, editoras nos EUA, universidades Maharishi em três continentes, clínicas holísticas, lojas de alimentos naturais, parques temáticos espirituais e até um partido político (Natural Law Party) presente nos EUA, em várias países da Europa Ocidental e Oriental e na Índia (onde leva o nome de Ajeya Bharat e deixa mais claro seu ideário fundamentalista hindu).
Seus adeptos pagam bem caro pelos cursos introdutórios e avançados de Meditação Transcendental (MT) e fazem doações regulares; os mais fanáticos dedicam-se de corpo e alma a engrandecer o império Maharishi; os mais ricos pagam pequenas fortunas para conseguir seus mantras secretos e pessoais. E estes não são poucos: a MT surgiu como mais uma mania da contra-cultura dos anos 60, mas hoje é extremamente popular entre altos executivos, militares e políticos, incluindo, por exemplo, o líder do Partido Conservador britânico, William Hague.[8]
Há algum tempo anunciou-se que o próprio Maharishi iria bancar a construção bilionária (US$ 1,65 bilhão) do edifício mais alto do mundo, o São Paulo Tower, na cidade de São Paulo,[9] obedecendo os ditames da arquitetura védica da religião hindu.
A MT é um tipo de yoga mântrica. A palavra “mantra”, em sânscrito, significa “libertação da mente”. São sílabas originárias de uma seita esotérica chinesa chamada Mi Tsung.[10] Para alguns praticantes desinformados, os mantras são apenas “sons” sem significado aparente. Mas, na verdade, são nomes de deidades hindus e/ou budistas com intensos poderes ocultos.
Acreditamos que uma boa maneira de percebermos o mundo tenebroso por trás desse tipo de meditação é lermos os testemunhos de dois ex-instrutores (Joan e Craig) de MT, relatados no livro Occult Invasion, de Dave Hunt:
Joan: A iniciação que cada um tem de passar é uma cerimônia de louvor hindu em honra a deuses hindus e mestres ascendidos, incluindo o próprio guru já falecido de Maharishi, chamado Dev.
Como professora de MT, fui instruída a mentir… dizer-lhes (aos iniciantes) que o mantra que nós tínhamos dado a eles era um som sem significado, a repetição do mantra os ajudaria a relaxar – no entanto, na verdade, era o nome de uma deidade hindu com poderes ocultos tremendos.
Para aqueles que realmente se envolveram com isso, a MT era como ter tomado uma espaçonave para outro estado de consciência… Eles eventualmente acreditariam… que eles poderiam se tornar Deus”.[11]
Craig: Eu estava profundamente envolvido em MT por vários anos antes de começar a reconhecer que tinha me associado a uma seita hindu. Àquela altura, no entanto, já estava muito comprometido… para retroceder…
Centenas de pessoas, de várias partes do mundo, estudaram por um mês com Maharishi na Europa para se tornarem professores de MT… e o efeito que isso teve foi às vezes muito tenebroso.
Alguns viram espíritos grotescos sentados junto deles enquanto meditavam. Alguns foram atacados pelos espíritos. Outros [foram]… tomados por uma fúria cega, até com o impulso para cometer assassinato… Maharishi explicou que carmas ruins de vidas passadas estavam sendo trabalhados – uma parte necessária da nossa jornada para uma “consciência mais elevada”.
Finalmente eu alcancei a Consciência da Unidade… No entanto, o sentimento eufórico inicial de que eu “tinha conseguido”… em breve deu lugar ao pânico. Eu tinha perdido a habilidade de decidir o que era “real” e o que não era.
Maharishi me disse para parar de meditar. Gradualmente retornei à aparência de normalidade – mas sofria de lapsos freqüentes de retorno à Consciência da Unidade, muito parecidos com um lampejo de LSD.
Depois de retornar para os Estados Unidos, trabalhei na Universidade Internacional de Maharishi. Meu companheiro de quarto cometeu suicídio e eu fui confinado a uma instituição psiquiátrica”.[12]

3. Meditação Dinâmica

Quem inventou esse tipo de meditação foi ninguém menos do que o guru indiano Bhagwan Shree Rajneesh (1932-1990), também conhecido como “Osho”.
Osho foi aquele guru indiano que estabeleceu a sua comunidade espiritual (os esotéricos a chamam de “ashram”) em Antelope, Oregon/EUA, reivindicou ser Deus, angariou fortunas e precipitou um escândalo internacional com suas cerimônias tântricas*. Entre as posses de Osho constavam terrenos, um hotel e uma frota de noventa Rolls-Royce. Entre as acusações que pesavam sobre esse guru esotérico estavam a de perversão, realização de lavagem cerebral e sonegação de impostos. Rajneesh foi deportado dos Estados Unidos para a Índia, onde morreu.
Osho dividia sua meditação em quatro partes de aproximadamente trinta minutos cada uma. Na primeira sessão, os participantes eram conduzidos a uma taquipnéia forçada realizando incursões respiratórias rápidas e profundas. Esta hiperventilação era supostamente para despertar a força da serpente Kundalini localizada na base da coluna do praticante. Na segunda sessão, eram levados a extravasarem todos os seus sentimentos gritando (alguns alunos chegavam a se debater no chão), contorcendo-se, esperneando e rolando pelo chão. Pareciam crianças tendo ataques de raiva. A terceira sessão era semelhante à primeira: voltavam a apresentar a taquipnéia forçada acompanhada do som “uh-uh-uh-uh…”. O corpo pulava sem parar e tornavam-se “um com a energia”. Na quarta sessão, alguém gritava “pare!”, e todos ficavam totalmente imóveis (catatônicos), geralmente de olhos fechados durante vários minutos de silêncio (“a mente pára”).
Alguns ex-praticantes da meditação dinâmica afirmam que chega um momento em que a pessoa deixa de pensar, para de raciocinar, parece que todos os pensamentos fogem e os problemas se vão. A mente torna-se vazia e a pessoa aparentemente se isola do mundo exterior.
Críticos de Rajneesh afirmam que essa meditação é uma lavagem cerebral que propicia um estado temporário de paz na consciência. Eles afirmam que os problemas íntimos de cada um retornam à mente depois de se passar algum período de tempo sem praticar essa meditação e, em vez de serem solucionados, são protelados e às vezes até esquecidos. Assim, para afastar (esquecer) os problemas pessoais, o indivíduo fica preso a prática da meditação. Conseqüentemente, a pessoa fica cativa à prática da meditação para que sua mente continue “anestesiada” e as dificuldades do cotidiano sejam amordaçadas e não a pertubem.
Há tantas formas de meditação sendo ensinadas que é impossível listá-las todas.

Meditação Cristã

A meditação esotérica, motivada por Satanás, é passiva. A meditação cristã é ativa.
Na meditação bíblica, o indivíduo deve não apenas ler a Bíblia, mas principalmente decorá-la e aplicá-la à sua vida, além de falar com Deus através da oração e do louvor.
O reverendo Bob Larson, em seu livro Larson’s New Book of Cults, afirma:
“A raiz da palavra meditação implica um processo ruminativo de uma digestão vagarosa das verdades de Deus. Isso envolve um pensamento concentrativo, dirigido, que medita nas leis, obras, preceitos, palavra e pessoa de Deus. “Medite nEle”, é a mensagem da Escritura. […] A meditação mística cultua o próprio ser como uma manifestação interior de Deus. A meditação bíblica estende-se ao exterior para um Deus transcendental que nos levanta acima da nossa natureza interna pecaminosa para comungar com Ele através do sangue do Seu Filho”.[13]
Não interessa se a experiência mística vem através do uso de drogas, da prática de yoga, canalização, MT, mediunidade, hipnose, experiências de quase-morte, cromoterapia ou de qualquer outra metodologia. O processo de buscar orientação espiritual não no Deus da Bíblia, mas em um “deus” (o “Eu Superior”) que alega-se estar dentro de cada ser humano, é uma ilusão satânica. Temos diversos testemunhos de ex-esotéricos que afirmam ter tido contatos, durante a prática da meditação mística, com demônios disfarçados até de “Jesus Cristo”.

Meditação Esotérica x Meditação Cristã

As duas maiores divergências entre a meditação esotérica e a cristã são:
A primeira é que a meditação cristã não aceita esvaziar a mente (“a cessação do pensamento”). Mente vazia é alvo fácil para a possessão demoníaca. Não se esqueçam que Jesus afirmou que um demônio, após ter saído de um certo homem, retornou para o mesmo homem, algum tempo depois, porque este continuava espiritualmente desabitado (Mateus 12.43 a 45).
Quando alguém se ausenta da mente, como ocorre com a meditação esotérica, esta vira terra de ninguém, tão propícia aos demônios quanto um terreno baldio a assaltantes de subúrbio. Assim, a mente vazia torna-se local privilegiado do satanismo.
A segunda divergência é que a meditação cristã é sempre direcionada a Deus, às Suas obras maravilhosas, aos Seus sábios preceitos e à Sua Palavra Sagrada. Jamais ela é direcionada a uma contemplação vazia de algum aspecto da natureza e, tampouco, direcionada à nossa própria intuição, pois o coração do homem é enganoso (Jeremias 17.9).
A meditação esotérica caracteriza-se pela exacerbação da intuição em detrimento da razão. Ela utiliza como isca recursos capazes de nos fazer sentir mais e pensar menos; mais urros e menos louvor; mais devaneios e menos realidade; mais autoconhecimento egocêntrico e menos cristocêntrico ou mais niilismo e menos cristianismo.
“Quanto amo a tua lei! Nela medito o dia todo” (Salmos 119.97); “Na minha cama, lembro-me de ti; medito em ti nas vigílias da noite” (Salmos 63.6); “Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, pois medito nos teus estatutos” (Salmos 119.99); “Lembro-me dos dias antigos; medito em todos os teus feitos e considero a obra das tuas mãos” (Salmos 143.5).

Conclusão

De um lado, o objetivo final da meditação esotérica é o controle total das mentes dos praticantes por forças ocultas anticristãs. Do outro lado, o alvo da meditação cristã é o cultivo constante de um relacionamento de amor e dependência do homem limitado com o seu único Deus – Maravilhoso, Criador, Onipresente, Onipotente, Onisciente e Ilimitado.
As pessoas estão cansadas e até certo ponto exaustas; procuram tranqüilidade de espírito e estão dando ouvidos para o canto da sereia esotérica. Escolher a opção pela meditação esotérica (da Nova Era) é satisfazer-se com ilusões. Cair na sedução da meditação oriental (esotérica) é andar por caminhos movediços que conduzem à morte eterna.
A opção espiritualmente correta é meditar na Palavra de Deus, que conduzirá o ser humano pelo único caminho para a vida eterna – Jesus Cristo. Você está cansado? Jesus disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28).
Medite, pois, no Senhor! Amém!
“Sejam agradáveis as palavras da minha boca, e a meditação do meu coração perante a tua face, ó Senhor, Rocha minha e Redentor meu!” (Salmos 19.14).
O Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa é autor dos livros A Nova Era: Um Passo Para a Manifestação do “Maitreya” e da Prostituta Babilônia e Os Anos Obscuros da Mocidade de Jesus Cristo. Ele é um dos palestrantes em nosso II Congresso Internacional Sobre a Palavra Profética.

Bibliografia:
Costa, Samuel Fernandes M., A Nova Era: Um Passo Para a Manifestação do “Maitreya” e da Prostituta Babilônia. Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, Porto Alegre, RS, 1996, páginas 186 e 187.
Artigo Ioga: Os Mestres da Flexibilidade. Revista Incrível. Bloch Editores S.A., Rio de Janeiro, RJ, Ano II – número 26, novembro de 1994, páginas 48 e 49
Prabhupãda, A. C. Bhaktivedanta Swami, Bhagavad-Gita: Como Ele É. The Bhaktivedanta Book Trust International, São Paulo, SP, 1995, página 310.
Id, página 320.
Ibid, página 322.
Documentário em fita de vídeo: Os Deuses da Nova Era. Buenna Vista Films, Rio de Janeiro, RJ (considerações sobre a yoga, feitas pelo ex-guru Rabi R. Maharaj).
Id.
Artigo “A Torre de Babel – A Ciência Védica da construção chega a São Paulo com o Maharishi”, Revista Carta Capital. São Paulo, SP, ano VI, número 110, 10 de novembro de 1999, páginas 21-22.
Artigo “Prédio mais alto do mundo assusta arquiteto brasileiro”, Folha de São Paulo. São Paulo, SP, ano 79, número 25.624, 30 de maio de 1999, caderno 3, página 6.
Blofeld, John, Mantras: Palavras Sagradas de Poder. Editora Cultrix Ltda. São Paulo, SP, terceira edição, 1991, página 31.
Hunt, Dave, Occult Invasion: The Subtle Seduction of The World and Church. Harvest House Publishers, Eugene, Oregon, USA, 1998, página 283.
Id.
Larson, Bob, Larson’s New Book of Cults. Tyndale House Publishers Inc., Wheaton, Illinois, USA, 1994, páginas 55-56.

Os quatro tipos de amor

O amor está presente em filmes, novelas, canções, literaturas etc. Mas, será que todossabem, de fato, o que é amor? Pois bem. De acordo com o léxico, o substantivo amor, que vem do latim amore, significa: 1) Grande afeição de uma pessoa por outra. 2) Afeição, grande amizade, ligação espiritual. 3) Carinho, simpatia. 4) O ser amado. (Dicionário Escolar da Língua Portuguesa Michaelis, pág. 47). Porém, do ponto de vista bíblico, amor é mais do que isso. Por isso, convido você a acompanhar comigo outras definições do amor.
Na cultura grega, o amor era visto sob quatro ângulos:
Amor “eros”: Termo grego para o amor sensual. Daí a palavra “erótico”. Esse é o amor físico, da carícia, da relação sexual. Quando um rapaz diz para a namorada: “Estou apaixonado por você!”, ele quer expressar o amor “eros”. Por isso tal amor é também conhecido como paixão. Apesar de tudo isso, esse amor é passageiro.
Amor “fileo”: É o amor-amizade, fraternal, social. Desse vocábulo grego (“fileo”) temos algumas palavras derivadas, como Filadélfia (“fileo”, amor-amizade, e “adelfos”, irmãos) que significa “amor entre irmãos” ou “amizade fraternal; Teófilo (“Teos”, Deus, e “fileo”, amizade ou amigo) que quer dizer “amigo de Deus”; Filantropia (“fileo”, amizade, e “antropos”, homem) significa “amor humano”. Em suma, se você possui boas amizades, logo o que está em evidência é o amor “fileo”.
Amor “storge”: É o amor conjugal, familiar, doméstico. Longe de ser interesseiro, esse amor é humilde, objetivo e sacrificial. É o amor que une o marido à sua mulher bem como os pais aos filhos. Logo, em um lar onde reina a harmonia, está em ação o amor “storge”.
Amor “ágape”: Dos quatro, este é o amor maior, pois tem origem no próprio Deus que é a revelação clara desse amor (Jo 3.16; 1Jo 4.8-18; 1Co 13.1-13; Ef 5.25). Esse amor é incondicional. Ou seja, não espera nada em troca. Não preciso esperar que alguém me ame para amá-lo. Aliás, com esse amor é possível amarmos até os nossos inimigos (Mt 5.44). Ele também é infalível e eterno, como se pode ver em 1Coríntios 13.8,13.
É bom salientar que, todos os seres humanos possuem, por natureza, os três tipos de amor já mencionados (“eros”, “fileo” e “storge”), entretanto, o amor “ágape” só se adquire quando se nasce de novo, ou seja, ele passa a operar na vida do homem, quando este se torna templo do Espírito Santo (Gl 5.16-22).
Com o amor “ágape” devemos amar a Deus e ao próximo: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” (Mc 12.30-31 – grifo meu). Na Bíblia, o termo “ágape” ocorre com mais frequência que os outros. Isso demonstra a importância desse amor!
Já, no versículo bíblico seguinte, o apóstolo Paulo cita dois dos quatro tipos de amor: “Quanto, porém, ao amor fraternal (amor “fileo”, no original “filadélfias”), não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis (“ágape”) uns aos outros” (1Ts 4.9 – grifo meu). O mesmo apóstolo também escreveu: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal (no original, “filadelfia”), preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Rm12.10 – grifo meu). Temos no primeiro versículo a junção do “fileo” e do “ágape”, enquanto que, no segundo, a expressão “amor fraternal” é a tradução do grego “filadelfia”.
Amar é um sentimento que nunca deveria ser extinto do ser humano, apesar de a Palavra de Deus afirmar que, “por se multiplicar a iniquidade(o pecado), o amor(“ágape”) de muitos esfriará.”(Mt 24.12 – grifo meu).
Bem. Ame sua esposa, seus filhos, seus pais, seus irmãos, seus amigos e conhecidos, seus inimigos e, sobretudo, a Deus. Amar faz bem para o corpo, para a alma e, principalmente, para o espírito.
Finalizo com uma recomendação de Jesus: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jo 15.12 – grifo meu).



cacp  via  gritos de alerta

Fracasso de golpe militar na Turquia tem consequências proféticas

A maior parte da imprensa brasileira não deu uma cobertura coerente dos fatos na Turquia, noticiando os acontecimentos como uma tentativa de minar a democracia, quando foi exatamente o contrário. Existem vários vídeos que mostram a maior parte da população comemorando a saída do presidente Recep Tayyip Erdogan. Muitos dos soldados acusados de tentar o fracassado “golpe” declararam posteriormente que pensavam estar participando de um exercício militar.
Após a tentativa de intervenção não ter dado certo, Erdogan está com mais poder ainda. Especialistas acreditam que ele permitiu o levante militar e por isso estava “estrategicamente” fora do país quando tudo aconteceu.
Após as tensões se acalmarem, ele voltou ao país e uma de suas primeiras declarações foi: “Este levante, este movimento é um grande presente de Alá para nós. Porque o Exército será limpo”.  A associação religiosa não é algo menor.
O conflito dos últimos dias tem a ver com a tentativa de islamizar o país, feitas pelo grupo radical de Erdogan. Um dos motivos para a tentativa de derrubar o presidente é sua relação com os terroristas do Estado Islâmico. Existem provas que a Turquia comprou petróleo deles e os ajudou a se armar contra o governo de Bashar Al Assad.
Uma de suas primeiras atitudes após retomar o poder foi prender quase três mil militares e afastar 2745 juízes.
Golpe Militar na Turquia
Militares turcos.
A tendência agora é que a Turquia implante em definitivo as leis islâmicas da sharia, como defende o AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento), ao qual ele pertence. O embaixador Roberto Abdenur, membro do conselho curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), entende que o desfecho desta crise não será positivo.
As facções do exército que se levantaram são lideranças laicas, que denunciavam a progressiva islamização das Forças Armadas turcas. Ao mesmo tempo, era das mesquitas que se ouvia a exortação para que o povo fosse para as ruas e apoiassem o presidente.

Nomeação como novo “califa”

Existe a ideia de se retomar o califado – liderança política e religiosa dos muçulmanos. Em árabe, califa significa ‘sucessão’ e remete a um sistema de governo implantado depois da morte do profeta Maomé, em 632.
Logo, o califa é literalmente o sucessor do profeta e chefe da comunidade mundial dos muçulmanos. Ele tem o poder de aplicar a lei islâmica (sharia) nas terras controladas pelo Islã. Após os representantes das comunidades muçulmanas o designaram, o povo deve jurar-lhe lealdade.
Agora, o sheik Yusuf Qaradawi, líder da Federação Mundial dos Sábios Muçulmanos, que representa os muçulmanos sunitas, maior ramo do islamismo, anunciou que jura fidelidade a Erdogan, de acordo com o Shoebat.
Numa carta aberta, ele declara: “Alá está com você e todo o meio árabe e as nações muçulmanas estão com você…  Nós, todos os sábios muçulmanos, dos quatro cantos do globo, estamos com você. O anjo Gabriel e o Justo [Ali, o primeiro Califa] estão com você. Após isso, todos os anjos serão revelados… Lidere a Turquia como você deseja e como nós desejamos… nós estaremos com você dando-o força e nós o apoiaremos o seu partido e os seus partidários como Alá nos instruiu”.
Este ano, Istambul hospedou o encontro de mais de 30 líderes de nações islâmicas e representantes de outros 56 países. A reunião da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) tinha como objetivo “superar as diferenças” e “unir a fé” dos um bilhão e meio de muçulmanos. Ao abriu o encontro, o presidente turco fez um discurso abordando a necessidade de proximidade dos que professam a fé no Alcorão.
Em 2006, os Estados Unidos já possuíam relatórios detalhados sobre um plano para radicalização das forças islâmicas que visavam a restauração do califado mundial. Ao divulgar isso, o ex-presidente Bush foi ridicularizado pela imprensa.
No final do ano passado, a ideia de proclamação de Erdogan como novo califa era amplamente difundida. O grande empecilho parecia ser a existência de um outro califado, proclamado em 2014 pelo Estado Islâmico. Contudo, com suas frequentes derrotas, o grupo tende a perder seu poder em breve.
Seu líder máximo, Abu Bakr al-Bagdadi, não é visto em público há meses e existem rumores que já foi morto em um ataque de drones.  Na Turquia, em alguns lugares o presidente Erdgan já é chamado de “o mensageiro de Deus”, título que é reservado para Maomé.

A volta do Império Otomano?

Quem conhece a realidade do país sabe que Erdogan, que está no poder desde 2003, possui atitudes típicas de um ditador. A imprensa vive sob censura.  Os oponentes políticos são constantemente perseguidos.
Depois de 12 anos como premiê, Erdogan foi eleito presidente em 2014. Desde então procura mudar a Constituição para dar a ele poderes de chefe de governo e continuar como homem forte da Turquia. O dirigente turco já sinalizou várias vezes que seu objetivo é restaurar o  Império Otomano, que durou 400 anos (1517-1917). O termo “neo-Otamanismo” já existe e é usado com frequência por analisas internacionais.
Com a mistura de religião islâmica nas decisões políticas, a Turquia não tem vergonha de mostrar ao mundo sua face mais radical. Dois anos atrás, hospedou o que foi chamado por especialistas em profecias bíblicas de “Confederação do Anticristo”. O sheik Yusuf al-Qaradawi, presidente da União Internacional de Sábios Muçulmanos, que representa o maior grupo de estudiosos muçulmanos em todo o mundo, anunciou: “Diferentemente de como era no passado, o califado dos dias de hoje deve ser estabelecido através de uma série de Estados, governados pela sharia, e apoiado por autoridades e o povo na forma de uma federação ou confederação”.
As forças armadas da Turquia reúnem 510 mil soldados, o segundo maior exército da OTAN, atrás apenas dos Estados Unidos. São consideradas uma das mais bem treinadas do mundo, segundo o relatório mais recente do Instituto Mundial de Reflexão Estratégica IISS.
Estudantes das profecias geralmente apontam a Turquia como o centro da união de nações que se unirá contra Israel na guerra de Gogue e Magogue. Desde que assumiu o poder, Erdogan tem mantido relações próximas com Rússia e Irã, países que também representam ameaças ao Israel moderno. Uma das promessas recentes de Erdogan e do o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu é justamente retomar Jerusalém.
 

https://noticias.gospelprime.com.br/fracasso-golpe-militar-turquia-profetico/


PARA A GLOBO , PADRES SÃO GAYS E PASTORES SÃO LADRÕES .

O programa humorístico “Zorra”, transmitido pela Globo, voltou a ridicularizar as questões religiosas. A edição que foi ao ar no último sábado (16) apresentou duas esquetes em sequência com situação relacionadas a igrejas.
Usando o estereótipo de que pastores são ladrões e padres são homossexuais enrustidos, tentaram fazer graça com as duas principais representantes da fé cristã no país.
A primeira piada foi um esquete mais longo (ver o vídeo), onde vários executivos corruptos de uma empreiteira estão prestes a ser presos pela Polícia Federal. A solução encontrada é contratar Marlene (Dani Calabresa), uma gestora de crises que apresenta uma saída fácil.
A gestora convence os executivos a transformarem o local em uma igreja. Distribui Bíblias e ordena: “Vai rezando. É o seguinte. Vocês não são mais a empreiteira Lobato e Fagundes Junior Engenharia e Construção. Agora, vocês são a Igreja do Sétimo Tijolo”.
Quando os policiais entram, dando voz de prisão, citam uma série de irregularidades, como financiamento de campanhas e obras superfaturadas e não entregues. Marlene passa a fazer uma série de comparações entre a operação criminosa da empresa e as práticas de igrejas que usam dinheiro de ofertas para construir templos.
Faz chacota também dos exorcismos comuns em igrejas pentecostais, tentando tirar um suposto “demônio” do policial federal. No final, tendo aceitado as justificativas da gestora de crises, eles saem de cena.
Ela então cobra caríssimos honorários. Os empresários chiam, e ela dispara: “Sem esse papinho de crise. Vocês não são mais empreiteira, vocês são a Igreja, não pagam imposto. Igreja é o quê? Só lucro e alegria”.
Logo em seguida, exibiu um esquete mais rápida (ver vídeo), onde o papa (Welder Rodrigues) tenta convencer os seus cardeais que a igreja deve aceitar um colega que agora é transgênero. A justificativa é que a igreja deveria estar mais aberta e aceitar com naturalidade a “identidade de gênero” do cardeal Laércio, que explica: “eu sempre me senti uma freira no corpo de um padre”.
A comparação do papa é que seria o mesmo que “o Espírito Santo no corpo de um pombo”. Depois de minimizar todos os argumentos sobre tradição e dogma, o pedido do pontífice é acatado, pois, afinal, “nossa igreja aceita a todos”.
A conclusão do esquete vem quando um dos cardeais pede pra fazer uma missa em homenagem ao Corinthians. O papa, irritado, questiono por que o religioso abandonou seu time de infância, o Palmeiras.
“Cardeal, trocar de tipo quando se está velho é uma safadeza”, sentencia o líder maior dos católicos. Apesar da tentativa do cardeal, não há diálogo. “Se fizer isso eu te excomungo”, finaliza, com a anuência de todos os outros cardeais presentes. Afinal, gênero é opção, mas futebol é algo sagrado!
Ver a rede Globo atacando a fé e tentando diminuir os evangélicos não é novidade. Em 2014, no formato antigo, o Zorra Total já fazia provocações. Após a reformulação, no ano passado, voltou a acontecer. No programa “Tá no ar”, que segue a mesma fórmula e possui os mesmos roteiristas, também ocorreu esse tipo de humor gosto duvidoso com questões religiosas.



GOSPEL PRIME

domingo, 17 de julho de 2016

O amor de Deus em Jesus Cristo

 SANTIFICAÇÃO

É Deus que faz com que todas as coisas concorram para o bem daqueles que O amam, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Embora haja o livre arbítrio do homem, atrás de tudo está a soberania de Deus, tanto no sofrimento como nas bênçãos vindas pela Sua graça. Pode ser que enquanto sofremos desgostos, tragédias, decepções, frustrações e perdas, duvidamos se podem resultar em algo de bom. Mas o que Deus permite que entre em nossas vidas foi já planejado para nos conformar à imagem de Seu Filho, assim como Ele é a imagem do Pai (2 Coríntios 4:4, Colossenses 1:15).

Nossas vidas não estão abandonadas ao acaso, sorte ou destino, mas são dirigidas por nosso maravilhoso Senhor pessoal, que é, como diz o ditado, "muito amoroso para ser cruel e sábio demais para errar." Deus em sua (para nós incompreensível)  presciência já nos conheceu e nos escolheu na eternidade passada (Efésios 1:4). Não foi um mero conhecimento teórico intelectual, mas Ele já conhecia todo mundo que jamais iria nascer.
Mediante a Sua presciência Deus predestinou alguns para serem conformes à imagem de Seu Filho. Era um propósito que jamais poderia ser frustrado. O Seu Filho se fez em forma de homem, a fim de que aqueles escolhidos, depois de atenderem ao chamado de Deus fossem justificados pela Sua morte; e depois glorificados conformando-se à Sua divina imagem, e assim obtivessem a semelhança da família de Deus.
Que pecadores ímpios venham a ser transformados na imagem de Cristo por um milagre da graça é uma das verdades mais impressionantes da revelação divina. Nunca teremos os atributos da divindade, ou mesmo a semelhança de Cristo fisicamente, mas seremos moralmente como Ele, totalmente livres de pecado, e teremos corpos glorificados como foi o dEle ao ressuscitar dos mortos.
Nesse dia de glória o Senhor Jesus será o Primogênito entre muitos irmãos, significando também o Primeiro em grau ou honra. Não vai ser só um entre iguais, mas O supremo em tudo, sobre todos.
Voltando ao assunto da predestinação, tomemos o cuidado de não cair numa doutrina que prega o fatalismo, negando o livre arbítrio de cada pessoa.
Todo aquele que foi predestinado na eternidade também é chamado em tempo útil, junto com todos os demais pecadores. Porém ele não só ouve o evangelho, como todos os demais, mas também toma a decisão de recebê-lo para si. Neste caso, o chamado é eficaz da parte de Deus (pois produz a conversão).
Todos os convertidos se cobrem com a justiça de Deus através dos méritos de Cristo e assim são habilitados a comparecer à presença do Senhor. A glorificação virá mais tarde, mas Paulo a coloca no passado como algo que certamente acontecerá e será vista em retrospectiva no futuro.
Esta é uma das mais veementes passagens do Novo Testamento sobre a segurança eterna do crente. Para cada milhão de pessoas que são conhecidas de antemão e predestinadas por Deus, cada uma delas será chamada, justificada e glorificada. Sem exceção alguma! (Compare com o "todo" em João 6:37).
Face a esta exposição, temos quatro perguntas que consistem em desafios a alguém que queira se opor aos desígnios de Deus:
  1. Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Seria uma oposição totalmente inútil, pois o Deus Todo-poderoso nos tomou para Si mesmo. Por estarmos perdidos em pecado, Ele nos amou ao ponto de entregar o Seu próprio Filho por todos nós. Tendo pago tão grande preço, sem dúvida nos dará todas as demais coisas pois são de valor insignificante relativamente a isso. Alguém já disse: a pergunta do incrédulo é “como dará?” mas a do crente é “como não dará?”
  2. Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus” Não faltam os que procuram e denunciam as falhas cometidas pelo povo de Deus na terra, mas o grande acusador dos irmãos é Satanás. A resposta é “É Deus quem os justifica” e é ainda mais compreensível se colocarmos “ninguém, porque...” no início dessa resposta. Deus é o Juiz Justo e Supremo de toda a criação, que inclui também as hostes celestes e Satanás, e é Ele próprio Quem justifica os Seus escolhidos em conformidade com as Suas supremas leis de justiça (Romanos 3:21-31). Em vista disso, ninguém tem qualquer possibilidade de sucesso ao procurar acusá-los de alguma coisa. Eles já foram justificados e, portanto, são incólumes de qualquer acusação.
  3. Quem os condenará?” Outra vez a resposta fica ainda mais compreensível se colocarmos “ninguém, porque...” antes da resposta “Cristo é quem morreu... foi ressuscitado dos mortos... está à direita de Deus... intercede por nós”. Seria uma grande ousadia condenar alguém que foi justificado por Deus e tem um Advogado à direita de Deus"que também intercede por ele” (1 João 2:1). Nosso advogado pagou a dívida de nossos pecados com seu sangue e se Ele interceder por alguém, ninguém mais poderá ter uma razão válida para condená-lo. Está livre (versículo 1).
  4. "Quem nos separará do amor de Cristo?” A resposta é “nada”, mesmo que venham:
  • tribulação, que certamente teremos no mundo para nos provar, mas podemos ter bom ânimo porque Cristo venceu o mundo (João 16:33).
  • angústia, pois o Senhor é um alto refúgio em tempos de angústia (Salmo 9:9).
  • perseguição, que inclui perseguição legal e campanhas contra os cristãos. A perseguição virá a todos os que querem  viver piamente em Cristo Jesus (2 Timóteo 3:12).
  • fome, da qual sofreram muitos do povo de Deus, inclusive o apóstolo Paulo.
  • nudez, não somente falta de roupa, mas a privação de coisas necessárias para o conforto pessoal e proteção física. Por ela também passaram muitos do povo de Deus através da história bíblica.
  • perigo, não só de vida mas de males físicos e espirituais, ou a
  • espada, golpes mortíferos vindos dos inimigos do Evangelho.
São sete males que englobam as principais circunstâncias adversas que mais causam separações na vida humana. Mas nada disto nos separará do excepcional amor de Cristo.
Se qualquer uma dessas coisas pudesse separar o crente do amor de Cristo, então o rompimento fatal teria acontecido já há muito tempo, porque a carreira do cristão é uma morte viva. Isso é o que o salmista quis dizer quando afirmou que, “por amor do Senhor, somos entregues à morte o dia todo, e somos considerados como ovelhas para o matadouro” (Salmo 44:22).
Ao invés de nos separar do amor de Cristo, tudo isso só contribui para nos aproximar ainda mais dEle. Provamos não ser apenas vencedores, mas mais do que vencedores. Não é simplesmente por triunfar sobre estas forças formidáveis, mas por trazer glória a Deus ao fazê-lo, assim como bênção para os outros, e bem para nós mesmos. Anulamos os esforços dos nossos inimigos e afastamos os obstáculos que se apresentam.
Nada é realizado por nossa própria força, mas só através dAquele que nos amou. Só o poder de Cristo pode trazer doçura da amargura, força da fraqueza, vitória da tragédia, e bênção do desgosto.
O apóstolo não havia ainda terminado a sua pesquisa aqui. Ele esquadrinhou o universo para ver se encontrava algo que poderia concebivelmente nos separar do amor de Deus, e relacionou as coisas mais temíveis para o ser humano, como segue:
  1. A morte com todos os seus terrores;
  2. A vida com todas as suas seduções;
  3. As criaturas celestiais como os anjos, e seus principados, com seu poder e conhecimento sobrenatural;
  4. As coisas e circunstâncias atuais, que nos ameaçam no dia a dia.
  5. As coisas e circunstâncias futuras, que despertam medo e pressentimentos;
  6. Os poderes exercidos sobre nós, quer sejam tiranos humanos ou adversários espirituais;
  7. A altura ou a profundidade, aquilo que nos ameaça vindo de cima ou de baixo, visível ou oculto.
Para ter certeza que não estava faltando nada, Paulo ainda acrescentou “nem qualquer outra criatura”. 
A conclusão foi que absolutamente “nada nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” São palavras de triunfo que dão ao crente toda a segurança, encorajamento e audácia para enfrentar a sua vida neste mundo hostil, mesmo suportando o martírio na mão de algozes que surgem com o propósito de apagar a luz do Evangelho que acendem ao seu redor.
Este é o amor de Deus vitorioso sobre todos os adversários possíveis, "o amor de Deus que está em Cristo Jesus." Paulo chegou ao cume da montanha. Ele realmente completou o seu grande argumento a respeito da justiça e do amor de Deus, que é poderoso para salvar o mais vil pecador e de transformá-lo mediante o Seu Espírito, para se assemelhar ao Seu Filho durante a sua vida neste mundo.
No entanto, restou ainda o problema do povo judeu que, embora fosse o povo escolhido de Deus e através de quem o Seu Filho viera ao mundo, rejeitou e continuava rejeitando a Sua oferta de perdão, que só poderia ser recebido mediante arrependimento e lealdade ao Senhor Jesus Cristo. Paulo trata deste problema nos três capítulos a seguir.

DE MELQUISEDEQUE A ABRAÃO


Nesta lição, estudaremos a ocasião em que Abraão junto com os seus servos, entrou numa guerra com o intuito de libertar seu sobrinho Ló, que havia sido levado cativo. Ao retornar da peleja, ele encontrou-se com Melquisedeque, que era rei de Salém, a antiga Jerusalém, e que também exercia o sacerdócio antes mesmo da instituição da Lei. Abraão, recebeu dele pão e vinho, foi abençoado por ele e deu-lhe os dízimos de tudo. O sacerdócio de Melquisedeque é uma figura ou tipologia do sacerdócio de Cristo. 

I – QUEM FOI MELQUISEDEQUE
“Melquisedeque é a transliteração, para o português, do termo hebraico “Malkisedeq”, que significa “rei da justiça”. Ele era rei de Salém (a antiga Jerusalém) e sacerdote de El Elion (Deus Altíssimo), o que o tormava um rei-sacerdote, o que serviu mui apropriadamente para ilustrar o mesmo oficio, ocupado em forma muito mais significativa, pelo Senhor Jesus Cristo” (CHAMPLIN, 2001, p. 210). A história de Melquisedeque é mencionada nas Escrituras na ocasião em que ele encontrou-se com o patriarca Abraão (Gn 14.18-20); no Salmo 110; e também na Epístola aos Hebreus (caps. 5-7). Vejamos, ainda, outras informações sobre ele:

1.1 Rei de Salém (Gn 14.18-a). Salém é a forma abreviada de Jerusalém e é encontrada pelo menos cinco vezes nas Escrituras (Gn 14.18; 33.18; Sl 76.2; Hb 7.1,2). Este título dado a Melquisedeque significa “rei de paz”. A cidade de Jerusalém recebeu no passado diversos outros nomes, tais como: Sião (II Sm 5.7); a cidade de Davi (I Rs 2.10); Santa Cidade (Ne 11.1); a cidade de Deus (Sl 46.4); A cidade do Grande Rei (Sl 48.2), dentre outros. Esta cidade tinha um significado especial para o povo de Deus no AT, pois era o lugar onde o Senhor reinava sobre Israel (Sl 99.1,2; 48.1-3,12-14). Nela, reinou Melquisedeque (Gn 14.18) e Davi (I Rs 2.11) no passado, e dela Cristo reinará sobre o mundo, no futuro (Is 2.3; Mq 4.2).

1.2 Sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18-b). Esta é a primeira menção do termo “sacerdote” na Bíblia. “Melquisedeque era cananeu, e, como Jó, é um exemplo de um não israelita, servo de Deus. Melquisedeque é um tipo ou figura da realeza e sacerdócio eternos de Jesus Cristo, que é sacerdote e rei (Sl 110.4; Hb 7.1,3)” (STAMPS, 1995, p. 54). O sacerdócio de Cristo é “segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 6.20), porque é anterior ao sacerdócio de Arão e da tribo de Levi, que só foi instituído na Lei (Êx 28.1-29). Abraão não só reconheceu a autoridade desse sacerdote, a ponto de lhe entregar o dízimo (Gn 14.20), como também foi abençoado por ele (Gn 14.19).     

II – QUEM FOI ABRAÃO
Abraão é um dos personagens mais marcantes da história bíblica. Ele foi chamado por Deus para ser o pai dos judeus (Gn 12.1,2), povo de onde viria o Messias (Gn 12.3; Mt 1.1). Sua vida de fé (Hb 11.8-10), obediência (Gn 12.4), fidelidade (Gn 14.14; 23.2), compaixão (Gn 18.23) e coragem (Gn 14.14-16), fez com que ele alcançasse, não só o título de “pai dos judeus” (Sl 105.6) e “pai da fé” (Rm 4.16); como também, se tornasse o único personagem da Bíblia  denominado de “amigo de Deus” (Is 41.8; Tg 2.23). Vejamos o que a Bíblia diz sobre a sua chamada:

2.1 A chamada de Abraão e seus propósitos. A chamada de Abraão levou-o a separar-se da sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (Gn 12.1,2), para tornar-se estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11.13). Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma bênção que alcançariam todas as nações da terra (Gn 12.2,3). A chamada de Abraão envolvia, não somente uma pátria terrestre, mas, também, uma celestial (Hb 11.9-16). A chamada de Abraão continha não somente promessas, como também compromissos. Deus requeria de Abraão obediência para receber aquilo que lhe fora prometido (Gn 15.1-6; 18.10-14). A promessa de Deus a Abraão, estende-se, não somente aos seus descendentes físicos (os judeus), pois, todos os que são da fé como Abraão, são "filhos de Abraão" (Gl 3.7) e são abençoados juntamente com ele (Gl 3.9). Por Abraão possuir uma fé em Deus, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal exemplo da verdadeira fé salvífica (Gn 15.6; Rm 4.1-5,16-24; Gl 3.6-9; Hb 11.8-19; Tg 2.21-23). 

III – O ENCONTRO DE ABRAÃO COM MELQUISEDEQUE
Neste capítulo, Abraão, o homem de fé, desempenha três papéis especiais: o de observador (Gn 14.1-12), o de batalhador (Gn 14.13-16) e o de adorador (gN 14.17-24). Nesses três papéis, Abraão exercitou a fé em Deus e tomou as decisões certas. O capítulo 14 de Gênesis registra a primeira menção de um sacerdote, a preimara menção do dízimo e a primaira menção de uma guerra envolvendo nove reis (Gn 14.1-17). As cinco cidades-estados da planície do Jordão (Gn 14.2; 13.10) haviam se sujeitado a doze anos de governo sob os reis de quatro cidades-estados do Oriente (Gn 14.1) e acabaram revoltando-se contra elas. Isso representou uma declaração de guerra. Assim, os quatro reis invadiram a planície do Jordão para subjugar os cinco reis das cidades daquela região. Nessa batalha, Ló, sobrinho de Abraão, foi levado cativo (Gn 14.12). Ao saber disso, Abraão, então, armou seus criados e entrou na peleja para libertar seu sobrinho. Ao retornar da batalha, ele encontrou-se com Melquisedeque.                                     

3.1 Melquisedeque trouxe pão e vinho (Gn 14.18). Ao retornar da batalha, o patriarca Abraão recebeu do rei de Salém pão e vinho. Sem dúvida, este alimento serviu não só como uma refeição para o patriarca, mas, também, uma figura da Santa Ceia, que foi instituída por Cristo, milênios depois (Mt 26.26-30; Mc 14.22-26; Lc 22.16-20). “Melquisedeque traz pão e vinho a Abraão na qualidade de sacerdote, e não como rei de Salém. Era, pois, uma refeição sacramental, não um banquete oficial” (ANDRADE, 2015, p. 118,119).

3.2 Melquisedeque abençoou Abraão (Gn 14.19). Quando Melquisedeque abençoou Abraão demonstrou ocupar uma posição superior ao patriarca (Hb 7.6,7). “A bênção aqui referida não é a simples expressão de um desejo relativo a outrem, o que pode ser feito de um inferior para um superior. Mas, é a ação de uma pessoa “autorizada” a declarar intenções de Deus, conferindo boas dádivas de prosperidade a outrem. E, tal ação somente tem validade quando é feita por alguém que é superior” (SILVA, 2002, pp. 122,123). Nesta ocasião, Melquisedeque, que também adorava ao Deus de Abraão, declarou que o Deus Altíssimo é o possuidor dos céus e da terra, e que foi Ele quem entregou os adversários nas mãos de Abraão (Gn 14.19).  

3.3 Abraão dá os dízimos a Melquisedeque (Gn 14.20). Quando Abraão voltou da batalha, dois reis foram a seu encontro: Bera, rei de Sodoma "queimando", e Melquisedeque, rei de Salém "paz". Bera ofereceu a Abraão todos os espólios em troca da libertação das pessoas, e Melquisedeque deu-lhe pão e vinho. Abraão rejeitou a oferta de Bera, mas aceitou o pão e o vinho de Melquisedeque e lhe deu o dízimo. Melquisedeque tinha algo melhor a oferecer para Abraão: a bênção do Deus Altíssimo que possui os céus e a terra. Abraão vivia pelas bênçãos do Senhor e não pelos subornos do mundo.

3.4 Abraão teve de escolher entre dois reis que representavam dois estilos de vida opostos. Sodoma era uma cidade perversa (Gn 13.13; Ez 16.49, 50), e Bera representava o domínio desse sistema tão atraente à carne (Ef 2.1-3). O nome Bera quer dizer "dádiva", sugerindo que o mundo tenta comprar nossa fidelidade. Sodoma significa "queimando", portanto tenhamos cuidado ao escolher, pois, se alguém se inclinar para Bera, tudo o que há de mais importante em sua vida um dia arderá em chamas como aconteceu a Ló. Em termos legais, Abraão tinha todo o direito de se apropriar dos despojos, mas em termos morais, essas riquezas estavam fora de seus limites. Muitas coisas no mundo estão dentro da lei para os tribunais de justiça, mas são moralmente erradas para o povo de Deus.

IV – O SIGNIFICADO PROFÉTICO DE MELQUISEDEQUE
Tanto Hebreus 7 quanto o Salmo 110 associam Melquisedeque a Jesus Cristo o "Rei da paz" e "Rei da justiça" (Sl 85.10). Assim como foi Melquisedeque no tempo de Abraão, Jesus Cristo é nosso Rei e Sacerdote no céu, permitindo que gozemos justiça e paz ao lhe servir (Is 32.17; Hb 12.11). Sem dúvida, podemos ver no pão e no vinho a lembrança da morte do Senhor por nós na cruz. O escritor da epístola aos Hebreus declara que o sacerdócio de Melquisedeque era uma figura do sacerdócio eterno de Cristo, como veremos a seguir: 

5.1 Jesus é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 6.20). O que significa que Cristo é anterior e superior a Abraão, a Levi e aos sacerdotes do Antigo Pacto (Jo 8.56-58). Melquisedeque, como protótipo de Cristo, estava revestido de grande dignidade. Por isso, abençoou Abraão e recebeu dele o dízimo (Hb 7.1,2). Melquisedeque é superior a Abraão, pois recebeu dízimo até mesmo de Levi, representado figuradamente pelo patriarca (Hb 7.4-10). Melquisedeque é descrito como não tendo genealogia, não que ele não tivesse, mas sim, que ele não foi registrado nas Escrituras (Hb 7.6). Serve como um tipo de Cristo, que é eterno (Jo 1.1; Hb 13.8). Melquisedeque era mais importante que Levi e seus descendentes, cujo sacerdócio era temporário (Hb 7.4-10). Mas, o sacerdócio de Cristo é eterno (Hb 7.3,17). A superioridade de Melquisedeque é vista no fato que ele apresenta uma ordem sumo sacerdotal mais elevada que a do sacerdócio levítico, que era imperfeito (Hb 7.11-14). Cristo, tipificado no AT por Melquisedeque é o nosso sumo sacerdote santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime que os céus não precisou oferecer sacrifícios por si mesmo (Hb 7.26-28).

CONCLUSÃO   
O encontro de Abraão com Melquisedeque não foi um fato comum, e sim, um evento de um profundo significado profético, pois demonstra que já existia homens que desempenhavam o ofício sacerdotal antes mesmo da instituição da Lei e da escolha de Arão e seus filhos para exercerem o ministério sacerdotal, prefigurando o sacerdócio eterno de Cristo. 

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...