segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Deputado do PSDB diz que seria 'irresponsabilidade' aprovar pacote anticorrupção do MPF na íntegra

Domingos Sávio (PSDB-MG)
Domingos Sávio (PSDB-MG)
BRASÍLIA - O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) afirmou que seria uma "irresponsabilidade" aprovar o pacote das dez medidas contra a corrupção, proposto pelo Ministério Público Federal (MPF), na íntegra. "O melhor documento não é aquele que diz amém à proposta do MPF", disse. Segundo Sávio, alguns pontos do projeto não permitem direito de defesa aos agentes públicos e representariam "uma volta à Idade Média com uma caça às bruxas irresponsável". "Não queremos minimizar, queremos endurecer as medidas", declarou.
Deputados da comissão que analisa medidas de combate à corrupção negaram que o colegiado quer "afrouxar" o pacote do MPF. Para o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS), durante as reuniões, "os deputados nunca disseram ser contra as medidas, apenas fizeram questionamentos". "Se não puderem fazer perguntas, então não faz sentido ter essa comissão", considerou Pereira. Líder do PPS, Rubens Bueno (PR) declarou que é "evidente que existe um projeto que precisa ser adequado", mas ponderou que ninguém quer "afrouxar coisa nenhuma".

A comissão promove neste momento uma audiência pública interativa, contudo, apenas nove dos 30 membros titulares estão participando das discussões. Os deputados já ouviram Rudinei Marques, Presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (FONACATE) e do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (UNACON Sindical); Denise Gimenez Ramos, Doutora em Psicologia Clínica; e Lucieni Pereira da Silva, Auditora Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União.

FONTE http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,deputado-diz-que-seria-irresponsabilidade-aprovar-pacote-anticorrupcao-do-mpf-na-integra,10000069651

Deputados querem afrouxar 10 medidas contra corrupção

Parlamentares da comissão especial que analisa o projeto das “Dez Medidas Contra a Corrupção”, apresentado pelo Ministério Público Federal ao Congresso, já articulam mudanças em pelo menos quatro pontos centrais do pacote: a criminalização do caixa dois, o aumento da pena para corrupção, a possibilidade de que provas ilícitas sejam consideradas válidas se forem colhidas de boa-fé e a hipótese de prisão preventiva para a recuperação de recursos desviados.
Deputados têm discutido o tema em encontros reservados com advogados. Eles resistem a expor publicamente o desconforto com as medidas, já que o projeto chegou à Câmara com o apoio de 2 milhões de assinaturas, recrutado por representantes da força-tarefa da Lava Jato e respaldado pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos do petrolão em Curitiba (PR).
A criminalização do caixa dois, hoje um ilícito eleitoral, é um dos pontos mais polêmicos e tem causado reações entre parlamentares, que debatem a melhor forma para evitar o endurecimento da legislação sobre a prática. O Ministério Público Federal quer responsabilizar não só pessoas físicas, mas também os partidos que praticam o caixa dois. Apesar de a discussão na comissão ter como base as “Dez Medidas Contra a Corrupção”, do MPF, ainda não há um texto final do projeto e os deputados estudam como modificar a proposta original sem rejeitar a medida toda.
Para o presidente da comissão, Joaquim Passarinho (PSD-PA), com o fim do financiamento eleitoral, “praticamente acabou o problema do caixa dois” e é preciso analisar uma nova forma de abordar a questão. A principal tese em discussão é separar crime eleitoral de propina.
Aliado do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o peemedebista Carlos Marun (MS) avalia que a criminalização do caixa dois só será aprovada se houver uma distinção entre a prática – que consiste na doação ou recebimento recursos não declarados à Justiça Eleitoral – e o recebimento de dinheiro oriundo de corrupção. “A propina tem uma relação de causa e efeito, tem que haver fato gerador com o benefício tendo se materializado e em contrapartida o beneficiado ter feito pagamento para algum agente político. Se não houver essa diferenciação, tudo vira propina”, disse Marun.
O relator da comissão especial, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), concorda que é necessário “separar o joio do trigo”.
A tese, contudo, enfrenta resistência no próprio colegiado. Para o deputado Wadih Damous (PT-RJ), essa seria uma forma de blindar parlamentares e protegê-los de delações em curso, como a da Odebrecht. Na opinião de Rubens Bueno (PPS-PR), que é suplente na comissão, fazer a distinção entre caixa 2 e o recebimento de propina seria um “eufemismo”. “É uma forma de fugir da Justiça, acho que o caixa dois tem que ser julgado como propina também.”
Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a criminalização do caixa dois e o aumento da pena para crime de corrupção são a base fundamental das dez propostas do MPF e, por isso, “precisam ser avaliados com toda atenção pelos deputados”. “É preciso observar o que vem acontecendo na política nacional para entender por que esses são os aspectos importantes”, disse. “Sinto no meu dia a dia que a sociedade tem uma expectativa positiva com que o Congresso pode fazer com essas medidas. Estamos sob os olhares de milhões de brasileiros.”
Passarinho considera que o “primeiro impacto” das propostas é “ruim” e que alguns pontos sugeridos podem ser modificados. Sobre o aumento da pena para crimes de corrupção, por exemplo, o deputado afirma que “não é em razão do tamanho da pena que as pessoas são corruptas”.
Outra medida considerada polêmica é a possibilidade de provas apontadas como ilícitas serem validadas pela Justiça se for comprovado que foram colhidas “de boa-fé”. Os questionamentos em relação a essa medida transcende a discussão no Congresso e envolve também o mundo jurídico. A nulidade de provas é um dos principais caminhos usados por criminalistas para tentar derrubar investigações. As operações Satiagraha e Castelo de Areia são exemplos de ações anuladas por provas ilegais.
As “Dez Medidas Contra a Corrupção” foram entregues ao Congresso no fim de março deste ano. A comitiva contou com a presença do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Em meio à turbulência do afastamento de Cunha (PMDB), o pacote ficou nas gavetas da Câmara até junho, quando o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP), criou a comissão especial para discuti-la. Alguns dos principais partidos da Casa – PMDB, PT, PP, PSC e PCdoB – protelaram a indicação de nomes para compor o colegiado. A comissão só começou a funcionar no início deste mês.
(Com Estadão Conteúdo )

Esperança de cristãos na Líbia se transforma em pesadelo


Faz cinco anos desde que o governo líbio de Muammar Gaddafi foi derrubado por rebeldes. O que era uma esperança para os cristãos que vivem no país, tornou-se um pesadelo. A Líbia tornou-se um dos lugares mais perigosos do mundo. A atual "anarquia" deu lugar a uma perseguição religiosa ainda mais violenta e favoreceu os grupos extremistas islâmicos em seus planos de maltratar os cristãos abertamente. Os relatórios atuais da Portas Abertas apresentam relatos de cristãos que são assediados em sua vida cotidiana, de todas as formas possíveis e imagináveis.
Um cristão nigeriano, de 29 anos, que vive na Líbia disse que já foi atacado enquanto andava pelas ruas. "Os homens chegaram com muita violência e me bateram. O motivo foi simplesmente porque eu estava usando uma cruz pendurada no pescoço e eles disseram que eu deveria ter escondido", contou. Amgad Zaki*, um egípcio, disse que caiu nas mãos de um grupo islâmico: "Eles rasparam minha cabeça e então ameaçaram cortar meu pescoço. O tempo todo eles mostravam suas espadas afiadas. Eles queriam que eu insultasse o meu antigo líder cristão".
Outro fiel disse que foi levado por um muçulmano que dizia que ele iria limpar o banheiro. "Ele empurrou minha cabeça para dentro do vaso sanitário e sentou sobre ela. Também já fui açoitado e forçado a ficar sem roupas em tempo frio. Uma vez me deixaram ao ar livre, coberto de pedras, durante 3 horas. Minha vida tem sido humilhante; isso é morrer todos os dias. Eu já cheguei a pensar que a morte é melhor que viver assim", desabafou. Só no ano passado, houve dezenas de prisões de cristãos e três execuções em massa. Uma delas matou pelo menos 49 cristãos do Egito e Etiópia. Segundo a Anistia Internacional, um cristão da Nigéria alertou que a Líbia é um país para onde os cristãos jamais devem ir.
A Igreja na Líbia é composta quase que inteiramente de estrangeiros, que são proibidos de seguirem o cristianismo no país. Durante o governo de Gaddafi a perseguição religiosa já existia, mas agora está muito pior. As igrejas sobreviveram porque optaram por existir de forma subterrânea. Migrantes cristãos e refugiados estão debaixo das leis de grupos islâmicos armados que querem islamizar o país. Há esperança para os líbios? Os relatórios terminam de forma positiva, indicando que a ONU sugeriu um "Governo de Unidade", que será capaz de restaurar a ordem. É possível que o governo adote uma política de apaziguamento a fim de ganhar o apoio dos grupos radicais. Talvez essa não seja a solução definitiva para o fim da hostilidade contra os cristãos, mas pode ao menos aliviar a tensão que vivem atualmente.
*Nome alterado por motivos de segurança.
Pedidos de oração
- Ore pelos cristãos que vivem na Líbia e que enfrentam a violência diariamente. Peça ao Senhor para confortá-los e protegê-los.
- Interceda pelas autoridades líbias e ore para que, de alguma forma, o amor de Jesus possa entrar em seus corações e que eles também tenham suas vidas transformadas.
- Sabemos que a perseguição é prevista pela Bíblia, então ore para que os cristãos tenham forças para suportar esses tempos difíceis e que sejam perseverantes até o fim.

Ex-bispo diz que Igreja Universal mantinha esquema ilegal no exterior

Um ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus acusa a entidade de ter mantido um esquema ilegal para operar milhões de dólares no exterior por pelo menos sete anos.

O dinheiro, segundo a versão dele, teria sido utilizado para financiar a instituição e sua emissora de TV, a Rede Record, na Europa.

Alfredo Paulo Filho, 49, afirma ter sido responsável pela Universal em Portugal entre 2002 e 2009 e um dos principais auxiliares do bispo Edir Macedo, fundador da igreja, por mais de dez anos.

Antes disso, diz que coordenou trabalhos da igreja em Estados como São Paulo, Rio, Minas e Rio Grande do Sul.

Segundo o ex-bispo, a cúpula da Universal criou uma rota para fazer remessas ilegais de dinheiro, ao menos duas vezes por ano, da África para a Europa.

Os dólares, diz, vinham de uma campanha da igreja em Angola, a Fogueira Santa, e cerca de US$ 5 milhões eram despachados por viagem.

O ex-bispo relata ter participado do esquema e afirma que os milhões de dólares chegavam à Europa em um jato particular, depois de terem sido levados, de carro, de Angola até a África do Sul.

Já em Portugal, diz, os dólares eram trocados por euros e depositados em uma conta no banco BCP como dízimos da igreja. A partir daí, afirma, eram transferidos para outros países europeus.

"A igreja em Portugal sustentava outras igrejas na Europa", diz Paulo Filho, sobre o motivo da operação.

O dinheiro proveniente de Angola, diz, ficava em sua casa em Portugal até ser depositado na conta da igreja.

"Eu que ia pegar o dinheiro. Sabia que era ilegal", diz o ex-bispo, que garante que Macedo tinha ciência de tudo.

Há pouco mais de um mês, Paulo Filho passou a postar vídeos na internet com as acusações e o caso foi divulgado pela mídia angolana.

O ex-bispo recebeu a Folha em sua casa no Rio. Mostrou fotos com Macedo e papéis a respeito de sua relação com a Universal, mas diz não ter provas do que relata (leia a entrevista abaixo).

"Minha prova sou eu. Participei e vi", diz. "O bispo Edir Macedo já falou em reunião de pastores que, para a obra de Deus, vale até gol de mão."

O advogado e professor da FGV-SP Edison Fernandes disse à Folha que, em tese, haveria crime de evasão de divisas e lavagem de dinheiro no caso.

"Evasão de divisas é enviar ou manter no exterior recursos não declarados. Lavagem é usar em operações lícitas dinheiro ilícito." Nesse caso, diz, "o dinheiro era ilícito porque não estava declarado".

Paulo Filho deixou em 2013 a igreja, conta, após trair a mulher com prostitutas. A informação, diz, chegou à cúpula da igreja, que o rebaixou a funções administrativas.

OUTRO LADO
Procurada pela Folha, a Igreja Universal do Reino de Deus afirmou, por meio da assessoria, que "prepara um processo judicial contra o ex-bispo" Alfredo Paulo Filho por calúnia e difamação.

"Portanto, não se pronunciará sobre o assunto fora dos tribunais", afirmou.

"Confiamos que a Justiça brasileira, mais uma vez, revelará onde está a verdade nesta mais nova tentativa de manchar a imagem da Universal, punindo exemplarmente o mentiroso", ressaltou. A Rede Record não quis se manifestar.

Fundada em 1977 no Rio de Janeiro por Edir Macedo, a Universal hoje está presente em mais de cem países.

A igreja ganhou corpo com megaeventos e investimentos na mídia e iniciou sua internacionalização ainda nos anos 1980.

Hoje conta com cerca de 7.000 endereços no Brasil.

Leia a matéria completa e a entrevista com o ex-bispo Alfredo Paulo Filho, aqui.

Fonte: Folha de São Paulo

PROVA FINAL - imagens de câmeras de segurança contradizem acusação contra Feliciano

Uma história de uma lunática”. Esse é o resumo que o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) fez do caso em que a jovem estudante Patrícia Lélis o acusou de agressão e tentativa de estupro, em entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT.
Na extensa reportagem do jornalista Roberto Cabrini foram mostradas imagens de câmeras de segurança que reforçam a defesa do pastor, e também as reiteradas acusações feitas por Patrícia Lélis, que voltou a afirmar que quando esteve a sós com Marco Feliciano em seu apartamento funcional em Brasília, ele o ameaçou com uma faca, e que o vestido que ela usava no dia teria marcas da arma.
A estudante afirmou que “não houve conjunção carnal” porque o crime teria sido interrompido por uma mulher que bateu à porta do apartamento do pastor ao ouvir seus gritos.
Feliciano, que finalmente concedeu uma entrevista sobre o caso, contou que esteve com a estudante em três ocasiões, sendo uma no Senado, outra em uma reunião do PSC e uma terceira em seu gabinete, na presença da mãe de Patrícia e uma amiga dela.
Questionado por Cabrini sobre o que se trata as acusações da estudante contra ele, o pastor classificou a narrativa como “fantasia, mentira, injúria, calúnia, difamação, falsa comunicação de crime”, e perguntou: “O único apartamento que tem aqui do lado é o de um outro deputado. Cadê essa mulher?”, afirmou, referindo-se à suposta testemunha da tentativa de estupro.
Sobre as alegações de Patrícia Lélis a respeito das possíveis propostas que ele teria feito a ela, Feliciano negou que tenha oferecido emprego em troca de um relacionamento extraconjugal: “É outra história fabulosa. Nunca houve esse tipo de conversa. Nunca houve esse tipo de reunião. Nunca”.
O pastor disse ainda que admitiria publicamente uma relação extraconjugal se ela tivesse acontecido: “Eu sou um pastor, tenho a minha família, minha esposa, Edileusa, tenho três filhas e inclusive a minha filha mais velha tem praticamente a idade dessa moça. Eu tenho respeito pelas famílias […] Se fosse verdade, pela minha família, pela imprensa, é claro que eu admitiria”.

Exame de corpo de delito

Patrícia justificou sua decisão em não procurar a Polícia de imediato, logo após a suposta agressão e tentativa de estupro, porque queria conhecer exatamente quem ela iria enfrentar, e por isso procurou o partido.
“Eu iria saber com quem eu estava brigando. Marco Feliciano tem tudo que eu não tenho. Ele tem igrejas a favor dele, ele tem foro privilegiado, é deputado e tem dinheiro. Ele tem exatamente tudo que eu não tenho”, disse.
“Não seria o normal ir imediatamente à delegacia?”, questionou Cabrini. “Seria o normal, mas nós moramos no Brasil, não é?, retrucou a estudante.
Na visão de Feliciano, se as alegadas agressões tivessem ocorrido, ela teria marcas visíveis pelo corpo: “Se isso tivesse acontecido, é tanta coisa… por exemplo: eu dei murro, dei chute, puxei pelo cabelo… Era para ela estar destroçada”, argumentou.

Contexto

Cabrini, que no início da reportagem havia mostrado o apartamento funcional de Marco Feliciano, destacou que na sala do imóvel há uma réplica do quadro Monalisa, de Leonardo da Vinci, e questionou Patrícia Lélis sobre como era a decoração do local, uma vez que ela diz ter estado lá, e ela citou os quadros que o pastor mantém com fotos da família, mas não citou a pintura mais famosa do mundo.
A estudante também descreveu o formato do apartamento, que foi construído à época da fundação de Brasília e segue um padrão arquitetônico. “Quando Patrícia me descreve o apartamento de Feliciano, a maior parte dos detalhes dos quais ela se lembra, batem com os que observei. Com uma única e importante exceção: ela não menciona o quadro, uma cópia da célebre Monalisa, que chama muita atenção na sala de estar”, diz Cabrini na narração da reportagem.

Registro

O jornalista mostrou como é o procedimento de acesso ao prédio onde ficam os apartamentos funcionais dos deputados, e conversou com um funcionário da segurança, que explicou que todos que não são moradores precisam registrar o nome, documento e horário de chegada e saída, sem exceção. Cabrini também foi à Câmara dos Deputados para consultar o arquivo desses registros, mas não encontrou o nome da estudante.
No entanto, Patrícia disse que nunca precisou se registrar nas vezes que alega ter ido ao local, para reuniões com outros militantes do partido.
Para o pastor, o registro das visitas dela não existe porque ela nunca foi ao seu apartamento: “Primeiro, o Boletim diz um endereço que não é aqui. Isso tem que ficar bem claro […] Ela fez dois boletins de ocorrência e em cada um deu um endereço. É estranho. Esse caso vem se arrastando há mais de 40 dias, então ela não se enganou, tem alguma coisa errada. Ela não conhece esse apartamento, não conhece esse endereço. É mentira”, frisou.

Prova

A estudante acusa Feliciano de tê-la atraído para o apartamento funcional no dia 15 de junho, data em que supostamente teriam acontecido a agressão e a tentativa de estupro. No entanto, o pastor provou que não estava no local no horário em que a jovem afirma que os crimes aconteceram.
“Às nove da manhã, eu tinha [na agenda] a Comissão de Educação no Seminário Nacional dos 2 anos do Plano Nacional de Educação, no auditório Nereu Ramos. E às nove da manhã eram vários compromissos no mesmo horário, então eu tinha que escolher um. Às nove da manhã eu tive uma audiência com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira [PTB-RS]. Conseguir uma audiência com um ministro não é nada fácil”, contextualizou o pastor.
O fato novo revelado pela matéria do Conexão Repórter está nas imagens das câmeras de segurança do acesso ao Ministério do Trabalho, que mostram que no dia 15 de junho, às 08h55, o pastor Marco Feliciano entrou no prédio, e deixou o local às 10h00, acompanhado do ministro.
Essas imagens reforçam as alegações de Feliciano, uma vez que o próprio site da Câmara dos Deputados já havia registrado sua presença nas três sessões que aconteceram nessa data.

Extorsão?

“Porque o seu assessor tentaria entrar em acordo financeiro com Patrícia Lélis?”, questionou Cabrini ao pastor.
“Veja só, tudo isso é ilação e mentira. Ele disse que não houve nada de questão financeira”, disse Feliciano.
A reportagem foi gravada no início da última semana, e à época ainda não haviam surgido os vídeos em que ela fala francamente sobre os valores com Talma Bauer, chefe de gabinete do pastor, e o jornalista Emerson Biazon.
Quando questionada por Cabrini sobre a existência de valores na negociação por seu silêncio, ela disse desconhecer: “Não! Se alguém pediu ou negociou alguma coisa em meu nome que responda por seus atos”.
Biazon, apontado como um dos intermediadores que Patrícia Lélis teria usado para, supostamente, fazer com que Bauer deixasse de procurá-la – os outros dois seriam Arthur Mangabeira e Marcelo Machado – também conversou com Cabrini, e disse que ajudou a estudante a procurar jornalistas para tentar ganhar dinheiro com a venda da denúncia.
“Emerson, já que ninguém quer pagar pela matéria, eu vou pegar os R$ 10 mil do Bauer e pronto, eu calo a boca. Pelo menos assim eu fico com o dinheiro, pago as minhas contas e eu sigo a minha vida. Você consegue arrumar um emprego pra mim em São Paulo?”, teria dito a estudante a Biazon.

Valores

O primeiro intermediador usado por Patrícia teria sido Arthur Mangabeira, de acordo com Biazon: “Ele tinha pedido 1 milhão, depois caiu para 300. Isso tudo quem me contou foi o Bauer. E depois fechou em R$ 50 mil. O Bauer foi lá no Rio de Janeiro e pagou os R$ 50 mil em troca de calar a boca, colocar pedra em cima […] Só que ele ficou com todo o dinheiro, não repassou nada para ela. A Patrícia ficou sabendo. [Mangabeira disse] ‘eu tenho um presente aqui que o Bauer mandou te entregar, que é R$ 10 mil’. Ele queria ficar com 40, tanto que ele já ficou com 50, não devolveu”, afirmou.
Feliciano afirmou que não conhece a origem do dinheiro: “Eu quero saber, me conte! Eu não tenho dinheiro nem para mim. Não autorizei, isso é tudo mentira. Pode vasculhar as minhas contas. [O Bauer] não tinha autorização, porque ele não deu. É mentira. Ele disse que é mentira, não é nada, não aconteceu nada”, disse o pastor.
Cabrini, a essa altura, interrompeu: “Ele disse que nunca deu dinheiro?”. E o pastor reiterou: “[Ele diz que] nunca deu dinheiro, isso não saiu dele, esse rapaz apareceu com esse dinheiro do nada. Eu queria saber disso [a origem do dinheiro]. Alguém está por trás disso”, suspeitou.

Bauer

Na entrevista, o assessor parlamentar revelou que a negociação foi conduzida por ele sem o conhecimento de Feliciano: “Eu, como chefe de gabinete, tive que tomar minhas atitudes, que eu achava por bem, e não comuniquei a ele essas negociações porque tava indo muito bem. Peguei das minhas economias e fiz o que ela queria”.
Biazon, no entanto, não acredita que Feliciano estivesse desinformado: “Ele [Bauer] é o assessor do deputado, ele veio para resolver o caso, então com certeza sabia de tudo. Sabia, porque assim, o celular dele, o tempo todo, falando com o Marco. Toda hora eu o via chamando o Marco, via WhatsApp. Não dava para ficar lendo as coisas, mas era ele”, comentou.
Já Patrícia Lélis, mais uma vez, acusou Feliciano: “Eu peguei o telefone e falei ‘o que você quer?’. Aí ele falou assim ‘querida, minha filha, me ajuda aí? Eu tenho três filhas. A minha filha do meio toda hora está procurando as coisas na internet. Me ajuda, eu tenho filhas, eu tenho igrejas’”.
“O seu assessor manteve vários encontros, e nesses encontros foram oferecidas quantias pelo silêncio dela”, disse Cabrini ao pastor. “Eu não sei disso. Ele diz que não. Ela diz que sim. Eu só fiquei sabendo do caso, que ele estava se encontrando com ela, por questão que veio à tona através das mídias sociais”, argumentou Feliciano.
A versão de Feliciano é corroborada por seu chefe de gabinete: “Das negociações, não. Sabia do fato que foi noticiado, mas da minha atitude ele não sabia, porque eu iria colocar para ele no final”.

Cárcere privado e coação

O delegado da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Roberto Hellmeister, arquivou a denúncia feita pela estudante contra Talma Bauer, e explicou o motivo: “Fomos vendo que ela não estava cerceada da liberdade em momento nenhum, porque ela saía, foi em restaurantes – em companhia do Bauer, de Emerson e do Marcelo, que eu ouvi ontem”, afirmou.
Patrícia disse que Bauer estava armado nas vezes em que se encontraram, mas Biazon nega. “Nunca vi ele armado. Quando eu cheguei [para depor] que o delegado sentou […] que eu peguei e coloquei o pacote em cima da mesa, ele falou ‘o que é isso?’, e eu falei ‘o dinheiro’. Ele: ‘Que dinheiro?’. Ué? É o dinheiro que o Bauer deu, uma parte, porque ele ficou de depositar, dar o restante na segunda-feira para a Patrícia, que é o valor de R$ 50 mil”, afirmou o intermediário.
Bauer confirmou que entregou a quantia, que terminou apreendida pela Polícia: “Ela pediu R$ 20 mil, e foi aceito por causa disso, para evitar o mal maior”, disse.
Emerson Biazon explicou que passou a gravar os encontros às escondidas como forma de autodefesa: “Como ela aceitou o dinheiro, eu não sabia aonde isso podia dar. Eu comecei gravar tudo. Vai que alguém me envolve nessa. Que alguém descobre e fala ‘você estava junto’. Eu falo ‘não tava, está aqui a prova, porque eu estava gravando’. Foi por isso que eu gravei tudo, entendeu?”, disse ele a Cabrini.
Na opinião de Bauer, sua decisão de dar dinheiro pelo silêncio da estudante era uma forma de prevenir problemas: “Ela veio, fez o vídeo, depois acho que se arrependeu, pediu dinheiro porque disse que precisava pagar a faculdade… Eu falei, ‘bom, sendo uma coisa que está ao meu alcance, eu faço’. Se ela falasse alguma coisa fora do meu alcance eu não iria… eu achei que o escândalo era muito maior, o mal muito maior, do que o próprio dinheiro. Tem coisas que o dinheiro não compra”.

Repercussão

Cabrini questionou a Patrícia sobre sua visão a respeito de sua acusação: “Você tem consciência do tipo de repercussão que dá uma denúncia como essa perante a própria família do pastor e deputado?”. E ela foi enfática: “Tenho. Tenho conhecimento da que dá na minha também. Da que dá nas pessoas que eu conheço”.
“Você não mentiria para prejudicar o deputado?”, perguntou o jornalista. “Não. O que eu ganho em troca de fazer isso? Nada. Isso é um crime. As pessoas têm que entender que denunciar um crime não é querer acabar com uma pessoa. É denunciar um crime. Não é porque ele é pastor, que ele é deputado, que ele não cometa um crime. Ele comete crime sim, ele é humano, humanos cometem crimes”, respondeu a estudante.

Cadeia

“O senhor teme ser preso?”, interrogou Cabrini ao pastor. “Ser preso? Não, porque não há crime. Não há crime”, respondeu Feliciano.
Na narração da matéria, Cabrini afirma que essa “não é a primeira vez que ela denuncia ter sido vítima de um abuso sexual”, e questionou a mãe da jovem, Maria Aparecida, sobre o caso.
“Esse caso anterior aconteceu na minha casa. E a pessoa a gente nunca tentou descobrir porque eu levei para a delegacia, não encontrei muito apoio”, afirmou.
O jornalista foi adiante e perguntou a ela o que seu “coração de mãe” dizia a respeito das acusações feitas por Patrícia Lélis a Feliciano: “Certeza que aconteceu. Isso eu tenho certeza. Isso é a única coisa que eu tenho certeza”, disse.
Patrícia Lélis contou como teria sido esse estupro. “Era uma pessoa que trabalhava para um… para uma empresa que a minha mãe chamou para consertar a máquina da minha casa, que sempre dava problema, a máquina de lavar”, disse Patrícia.
Esse caso de estupro, que ela alega ter acontecido quando era “uma criança”, seria o mencionado em conversas por WhatsApp que o Gospel+ teve acesso entre a estudante e o pastor. Lá, ela afirma que já foi estuprada, esfaqueou o criminoso e que o caso deu cadeia, além de render traumas pessoais.
Com a alegação da mãe de Patrícia sobre a falta de desfecho para a denúncia, mais uma questão ligada ao caso fica sem resposta coerente.

Novas acusações

“Não, não perdoo. Sendo muito sincera, eu não perdoo. No momento eu não posso perdoá-lo, eu não consigo. No momento o que eu sinto dele é raiva, nojo, ódio. Ele acabou com tudo de mais importante que eu tinha na minha vida. Ele acabou com a minha imagem, acabou com a minha reputação, meu relacionamento, ele acabou com tudo. Hoje, você me perdoa, mas sendo muito sincera, eu não perdoo não”, disse Patrícia.
A estudante fez novas acusações, alegando que outros parlamentares evangélicos foram omissos no caso: “Alguns pastores, que são deputados também, que estavam sabendo do caso, não teve um que ofereceu ajuda. Não teve um. Porque tinha mais gente sabendo. A bancada evangélica em peso sabia”, alegou.

Recado

O pastor Marco Feliciano afirmou que espera que os evangélicos olhem para o caso de forma crítica e justa, pois acredita que a extensão dos danos à sua imagem por causa das acusações feitas contra ele são imensuráveis.
“Quero agradecer a oportunidade que você está me dando. Poucas pessoas me deram essa oportunidade […] [A verdade] vai aparecer. Deus é justo, Deus é Pai. Eu queria encerrar aqui e se você deixar, mandar um recado para os meus irmãos, meus eleitores. A maioria dos meus eleitores são evangélicos. Queria que eles nunca se esquecessem da passagem de José, no Egito. Eu preguei muitas vezes sobre isso para vocês. Inclusive eu tenho uma mensagem chamada ‘O sonho de José’ e um livro sobre isso. Eu contei a história de um menino que foi – incrível – condenado por uma calúnia. A mulher de um homem o acusou de tê-la assediado. Ela tentou agarrar, ele se esquivou e ela ficou com a capa dele na mão. José foi preso. Eu não fui preso, se Deus quiser não serei. Mas publicamente eu já estou destruído”.
Ao final da reportagem, o Conexão Repórter informou que Talma Bauer pediu exoneração do cargo “até que tudo seja esclarecido”.
Assista à reportagem do SBT na íntegra:
Com informações GospelMais

Perdoando uns aos outros

domingo, 14 de agosto de 2016

TESTEMUNHO DE CURA DE CÂNCER NOS PULMÕES .

Vou contar meu testemunho de vida. Fui diagnosticada com câncer nos pulmões , e após marcar minha cirurgia , pedi oração ao Bispo Roberto Torrecilhas , que de pronto intercedeu por mim. Fui internada , e a cirurgia foi uma benção .Passado alguns dias , meu estado piorou muito , fui desenganada pelos médicos , internada as pressas na UTI do Hospital dos servidores público do Estado de São Paulo  . Os médicos avisaram meus filhos que eu já não teinha mais jeito , falaram para se prepararem pois eu iria morrer .Estava na uti , quando recebi a visita desse homem de Deus , que mesmo vendo meu estado , confiou em DEUS , ungindo minha vida com azeite da consagração .Isso foi numa segunda feira .Na quinta feira , passado apenas 3  dias , tive alta do hospital  , e de posse dos exames do antes e do depois , contei meu testemunho nessa amada igreja .

IGNEZ T A
MÃE DO BISPO ROBERTO TORRECILHAS











VENHA VOCÊ TAMBÉM RECEBER SEU MILAGRE.
MINISTÉRIO GERAÇÃO GRAÇA E PAZ.
ONDE UMA VIDA NOVA ESPERA POR VOCÊ.

Leonardo Gonçalves anuncia pausa na carreira – sem prazo para retorno


O artista gospel Leonardo Gonçalves


Foi com surpresa que os 1,3 milhão de seguidores de Leonardo Gonçalves no Facebook receberam a notícia, na tarde desta sexta-feira, que o cantor gospel planeja uma pausa na carreira. O choque não foi à toa. Afinal, são raros os hiatos que acontecem quando um músico está em seu melhor momento, caso de Gonçalves. Nos dois últimos anos, o cantor de 36 anos saltou do nicho cristão para encontrar lugar no mainstream – com shows ao redor do país, alguns até em praças organizados por prefeituras; participação em programas de TV aberta, como o Esquenta com Regina Casé, na Globo, e presença em eventos badalados, como quando cantou no casamento de Thiaguinho e Fernanda Souza.


A boa fase e o aumento da fama, na verdade, deram um empurrão na decisão da pausa. Em conversa com o site de VEJA, Gonçalves fala sobre as dificuldades de lidar com o excesso de exposição, o mercado da música gospel e afirma que, por enquanto, não tem planos de voltar do período sabático.
A notícia da pausa veio junto com a divulgação de uma turnê de despedida, feita em teatros pelo Brasil, com o repertório do seu disco/DVD Principio. Por que a decisão da pausa neste momento já que este trabalho foi tão bem-recebido? No total, tenho 22 anos de carreira. E estou bem cansado, especialmente da exposição que eu não esperava. Comecei a cantar quando vim para o Brasil em 1994, e logo já estava viajando pelo país com um grupo. O primeiro disco solo veio em 2002. Não quero soar ingrato, mas meu projeto de vida nunca foi ser cantor. Sou uma pessoa mais reservada, tem a ver com minha personalidade.
Quais eram seus planos antes de ser cantor e o que o fez mudar o rumo? Sai do Brasil com 2 anos de idade e morei na Alemanha até os 15. Eu era muito interessado em linguística, tradução, leitura. Pra mim, escrever veio primeiro. Com sete anos escrevi meu primeiro conto. Minha família decidiu voltar pro Brasil, mas como eu estava distante há tanto tempo, meu português era muito rudimentar. Então, no auge da adolescência, quando você já não sabe muito bem quem é, eu perdi minha maior referência que era a linguagem, eu não conseguia me comunicar. Foi nesse contexto que eu descobri a música, o cantar. E isso foi me realizando. A experiência da música enriqueceu muito minha vida espiritual. E fiz um trato com Deus que eu ia cantar enquanto Ele quisesse que eu cantasse. Ao mesmo tempo, fiz Letras na Unicamp, pois ainda planejava seguir a carreira acadêmica. Queria ser escritor e professor.
Mas como a exposição se tornou um problema na sua vida? A cultura do selfie é algo que me incomoda profundamente, por razões diversas. Demorei dez anos para gravar um DVD e atrasei ao máximo o lançamento. Me deu aflição por razões inexplicáveis. Sei que a gente vive no mundo da imagem. Mas me incomoda o fato de que hoje em dia a gente vê musica, não ouve.
A fama não tem sido uma boa experiência? Não me considero famoso.
Isso não muda o fato que você é bastante conhecido, especialmente para um nicho que tem crescido no Brasil. Sim, não quero desprezar, mas pra mim famoso de verdade é a Britney Spears e os cem paparazzi atrás dela o tempo todo (risos). Meu conceito de fama é esse. Eu sempre fui o menino nerd da turma. Tirava boas notas e apanhava dos outros garotos na escola, pelo menos duas vezes na semana (risos). Vivia lendo e não tinha amigos. Era muito pequeno, estrangeiro… foi uma série de coisas que ajudou a definir quem eu sou, minha personalidade.
Mas ao mesmo tempo em que não gosta de exposição, você se expõe em shows, atendimento aos fãs, programas de TV. Não prefere colocar limites? É contraditório mesmo, eu sei, mas já coloco bastante limite. Apesar de não gostar, sei que a exposição é necessária, porque acredito que a mensagem é relevante. E não tem jeito de levar essa mensagem sem se expor. Não é a exposição da arte que me incomoda, é a cultura do selfie, quando a arte fica em segundo plano.
Ainda planeja ser um escritor? Está na agenda escrever um livro, mas, se fizer isso, dificilmente vou lançar com meu nome. Adoraria escrever uma fantasia. Sou fã de autores como George R.R. Martin e J. R. R. Tolkien.
O mercado da música gospel cresceu muito, o que movimenta uma série de críticas de diversos lados, religiosos ou não. O que acha disso? Não gosto do preconceito que aponta que algo é ruim só no meio religioso. O que é ruim é ruim. Não é mais ou menos nocivo. A hipocrisia é ruim em qualquer lugar. O egocentrismo é ruim, ponto. Minha expectativa em relação ao ser humano é que ele seja humano, crendo ou não em Deus. Não segmento a música entre religiosa e não religiosa. Porém a carreira artística cristã envolve outras coisas no imaginário do público. E isso é intensificado com as redes sociais. Eu acredito que Deus não criou nenhum ser humano para ser famoso, para parecer mais importante que o outro. Somos todos iguais. A gente vive em um mundo de tantos ruídos e críticas, que, sinceramente, minha opinião não importa. O que eu tenho a dizer eu digo através da minha arte. Só porque tenho seguidores no Facebook, preciso dar opinião sobre tudo? Manter a sanidade nos dias de hoje não é fácil. A tentação de ser hipócrita é diária. De falar o que as pessoas querem ouvir.
No ano passado, sua vida pessoal, especialmente a separação, foi assunto em sites especializados em fofocas sobre celebridades gospel Pois é, esse tipo de site existe (risos). Eu vi isso, e dizer que não me incomoda seria mentira. O que mais incomoda são as conclusões que se chegam. Mas eu entendo, pois sou uma pessoa muito reservada, não falo da vida particular. Não tenho nada a esconder, mas com as redes sociais as pessoas perderam a noção da esfera pública e privada.
O que planeja para o futuro? Já tinha combinado com a gravadora entregar este ano a turnê e também um EP ao vivo, acústico. Vamos documentar os shows e depois veremos o que fazer com o material. Também vou lançar um selo este ano, com alguns jovens artistas do meio. Quero viabilizar a carreira deles para que caminhem sozinhos. No fundo, tenho esse desejo de passar o bastão. Vou trabalhar bastante este ano, e no próximo fico fora. Não sei se volto.
Para onde vai? Ainda não defini pra onde ir. Estou considerando um projeto de voluntariado, talvez no Oriente Médio, na Ásia. Estou sondando alguns lugares. Outro plano é ficar um ano em Israel para estudar hebraico. Sei que não quero trabalhar com música. Meu sonho seria dar aula de inglês para crianças refugiadas na Palestina de dia e a noite estudar hebraico em Jerusalém (risos). Não sei se isso existe, mas seria perfeito.


MATERIA REVISTA VEJA
http://veja.abril.com.br/entretenimento/leonardo-goncalves-anuncia-pausa-na-carreira-sem-prazo-para-retorno/

sábado, 13 de agosto de 2016

O Alvo das Advertências de Deus no Livro de Malaquias



O Livro de Malaquias, no tradicional cânon judaico, ocupa o último lugar entre os escritos dos chamados profetas menores, tendo sido escrito após o exílio babilônico, quando o Templo de Jerusalém já havia sido reedificado, pois há claras indicações que os sacrifícios e festas achavam-se plenamente restaurados. O Templo anterior tinha sido incendiado por Nebuzaradão, general de Nabucodonosor (II Reis 25:8 e 9).

O profeta Malaquias era um judeu de firmes convicções, de rigorosa integridade e de intensa devoção a Deus. Ele era contemporâneo de Neemias (comparar Malaquias 2:8 com Neemias 13:29 e Malaquias 2:10-16 com Neemias 13:23) e de Esdras (comparar Malaquias 2:11 com Esdras 9:1 e 2). Em seus escritos há uma repreensão severa contra os sacerdotes que se converteram em pedras de tropeço em vez de serem líderes espirituais para o povo.

Embora o Livro tenha apenas quatro capítulos, infelizmente poucos são os que verdadeiramente têm se debruçado para entender todo o seu contexto. Esta é a razão porque há tantas interpretações equivocadas e tendenciosas quanto ao texto de Malaquias 3:8-10. Quando Deus disse: “Todavia vós Me roubais... nos dízimos e nas ofertas alçadas” (Malaquias 3:8), Ele estava direcionando estas palavras a quem? Esta questão deve ser analisada em todo o seu contexto histórico à luz da Palavra de Deus.

II – A QUEM SE DESTINAVA A MENSAGEM?

Na parte introdutória do livro é mencionado que a mensagem de Deus foi dada a “Israel, por intermédio de Malaquias.” Malaquias 1:1.

Após o exílio babilônico, a decadência de Israel em termos espirituais era notória. Esta decadência teve como causa a corrupção moral e doutrinária de seus líderes religiosos. A exposição dos fatos no livro de Malaquias, indica que a principal queixa de Deus foi contra os sacerdotes, claramente explicitada a partir do verso 6

“O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se Eu, pois, sou pai, onde está a Minha honra? E se Eu sou amo, onde está o temor de Mim? Diz o Senhor dos exércitos a VÓS, Ó SACERDOTES, que desprezais o Meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o Teu nome?” Malaquias 1:6.

O texto indica de que houve um desvio de conduta por parte dos sacerdotes, sendo culpados de desprezarem o nome de Deus. Eles perderam o relacionamento pessoal com Ele. Os sacerdotes do templo, em desobediência à lei que regulamentava as atividades do Templo, indevidamente recolhiam todas as ofertas do povo, nada deixando para os levitas, os órfãos, as viúvas e estrangeiros. Os sacerdotes transformaram-se em profissionais da religião e totalmente divorciados de Deus.

As passagens seguintes fornecem maiores detalhes, especificando os pecados cometidos pelos sacerdotes, não todos, mas aqueles que eram arrogantes e desonestos. Eles foram culpados de profanarem o nome de Deus e de oferecerem no altar sagrado ofertas inaceitáveis, tais como animais cegos, coxos e enfermos (Malaquias 1:7-14). Deus fala especificamente aos sacerdotes e não ao povo, pois eram os sacerdotes que acendiam o fogo no altar (Malaquias 1:10).

O capítulo 2 de Malaquias prossegue com a condenação de Deus aos SACERDOTES:

“Agora, ó SACERDOTES, este mandamento é para VÓS.” Malaquias 2:1.

Após descrever alguns pecados deles (Malaquias 1:6-14), Deus agora descreve o seu castigo:

“Se não ouvirdes, e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao Meu nome, diz o Senhor dos exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o vosso coração. Eis que vos reprovarei a posteridade, e espalharei sobre os vossos rostos o esterco, sim, o esterco dos vossos sacrifícios; e juntamente com este sereis levados para fora.” Malaquias 2:2 e 3.

Não se deve esquecer que a aliança de Deus com Israel incluía a Sua específica aliança com os sacerdotes da tribo de Levi. No entanto, Deus disse que os SACERDOTES corromperam o pacto de Levi:

“Então sabereis que Eu vos enviei este mandamento, para que o Meu pacto fosse com Levi, diz o Senhor dos exércitos. Meu pacto com ele foi de vida e de paz e Eu lhas dei para que Me temesse; e ele Me temeu, e assombrou-se por causa do Meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, e a impiedade não se achou nos seus lábios; ele andou comigo em paz e em retidão, e da iniqüidade apartou a muitos. Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, por que ele é o mensageiro do Senhor dos exércitos. Mas vós vos desviastes do caminho; a muitos fizestes tropeçar na lei; corrompestes o pacto de Levi, diz o Senhor dos exércitos.” Malaquias 2:4-8.

Como conseqüência, Deus os fez “desprezíveis e indignos diante de todo o povo,...” (Malaquias 2:9).

Deus continua falando aos SACERDOTES em Malaquias.2:10-17, condenando-os por causa dos casamentos com mulheres estrangeiras. Deus censurou a hipocrisia dos sacerdotes, por continuarem a oferecer sacrifícios, enquanto viviam em rebelião. Esta conclusão é obvia, pois Malaquias 2:13 tem uma forte relevância contra os sacerdotes, por terem sido eles os que literalmente choravam sobre o altar. O povo de Judá e Israel não tinha acesso direto ao altar.

Com relação aos casamentos mistos com mulheres pagãs, a mesma situação ocorreu no tempo de Neemias, ocasião em que Deus sentia-Se muito desgostoso com os sacerdotes (Neemias 13:27-30).

Em Malaquias 3:1-5 a repreensão de Deus é novamente dirigida aos SACERDOTES. Nestes textos, ao anunciar o envio do “mensageiro”, uma profecia cumprida mais tarde na pessoa de João Batista, que prepararia o caminho do Messias, Deus anunciou que o juízo começaria pelo “Seu Templo”, para purificar “os filhos de Levi”. Esta associação de palavras: “templo”, “filhos de Levi”, tudo tem a ver com o sacerdócio levítico. Com a centralização de poder por parte dos sacerdotes, as normas de Deus foram desvirtuadas, desobedecidas e as coisas santas foram profanadas. Como conseqüência, os sacerdotes, detentores de todo o poder, passaram a oprimir as viúvas, os órfãos e os estrangeiros, por não repassarem os dízimos que lhes eram devidos. Estes dízimos não eram em dinheiro, mas em forma de alimentos. Esta prática perversa já tinha sido denunciada por Deus através o profeta Ezequiel:

“Os seus sacerdotes transgridem a Minha lei, e profanam as Minhas cousas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença; nem discernem o impuro do puro; e de Meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles. Os seus príncipes no meio dela são como lobos que arrebatam a presa, para derramarem o sangue, para destruírem as almas, para seguirem a avareza. E os seus profetas têm feito para eles reboco de cal não adubada, vendo vaidade, e predizendo-lhes mentira, dizendo: Assim diz o Senhor Jeová; sem que o Senhor tivesse falado. Ao povo da terra oprimem gravemente, e andam roubando, e fazem violência ao aflito e ao necessitado, e ao estrangeiro oprimem sem razão.” Ezequiel 22:26-29.

O texto acima foi escrito muitos anos antes de Malaquias. Já naquela época Deus tinha transmitido mensagens duras contra os sacerdotes, condenando as suas más práticas. Indiscutivelmente foram eles os opressores do povo e foram eles também os que roubavam e agiam com violência contra os aflitos e necessitados.

Assim, respeitando o contexto, é justo concluir que o pronome “vós” mencionado em Malaquias 3:7-10 refere-se aos SACERDOTES desonestos. Esses sacerdotes eram culpados de roubar a Deus e por isso Ele os repreendeu severamente, conforme Malaquias 1:6 e 2:9. Deus estava cansado da desonestidade deles. Por estas razões as maldições estavam sendo direcionadas a eles (Malaquias 1:14, 2:2 e 3:9).


III – UM HISTÓRICO DE PERVERSÃO DO SACERDÓCIO LEVÍTICO

O sistema sacrifical concedia aos sacerdotes excelente oportunidade de ensinar o plano da salvação aos transgressores. No entanto, os rituais celebrados pelos sacerdotes no santuário foram pervertidos. O sacrifício de animais tornou-se uma fonte de renda para eles. Alguns dos sacerdotes corruptos viram perfeitamente que quanto mais o povo pecasse e quanto mais trouxesse ofertas pelo pecado e ofensas, tanto maior porção lhes caberia.

Chegaram ao ponto de animar o povo a pecar. Está escrito acerca dos sacerdotes corruptos: “Alimentam-se do pecado do Meu povo, e da maldade dele têm desejo ardente.” Oséias 4:8. Afirma este texto que os sacerdotes, ao invés de admoestar o povo e insistir em que deixasse o pecado, tinham “desejo ardente” de sua maldade, e almejavam que pecasse outra vez e voltasse com outra oferta pelo pecado.

A degradação do sacerdócio ocorreu já na primeira fase de sua existência (I Samuel 2:13-16). Deus ordenara que a gordura fosse queimada sobre o altar, e que se a carne fosse comida, devia ser fervida. Os sacerdotes, contudo, desejavam a sua porção crua com a gordura, de modo que a pudessem assar. Deixara de ser uma oferta sacrifical, para tornar-se, em vez disso, uma festa de glutonaria. A Palavra de Deus diz que “era, pois, muito grande o pecado destes mancebos perante o Senhor, porquanto os homens desprezavam a oferta do Senhor.” I Samuel 2:17.

Com o passar do tempo a corrupção se generalizou a tal ponto que o cargo do sumo sacerdote revestiu-se de caráter político, ao ser ele designado pelo governo. Os lucros das grandes festas eram repartidos com os oficiais superiores. Todo o plano de Deus foi corrompido pelos sacerdotes. Por isso a expressão de Jesus: “A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de ladrões.” Mateus 21:13.

Muitos dos sacerdotes possuíam um amargo ressentimento contra os profetas. Eles odiavam os homens que eram enviados para repreendê-los. Muitas das perseguições movidas contra os profetas no Antigo Testamento foram chefiadas ou instigadas pelos sacerdotes. Os profetas foram por eles perseguidos, torturados e mortos.

Os oponentes de Cristo eram sempre os sacerdotes, os escribas e os fariseus. Quando o Senhor Jesus foi apresentado perante Pilatos, foram os sacerdotes os que Lhe acusaram (Marcos 15:3). Oferecendo-Se sobre o Calvário, tornou sem valor a partir de então o sistema sacrifical. Pessoalmente, durante o Seu ministério, Cristo não ofereceu sacrifício algum, porque Ele não pecou, e, ensinando os homens a não pecar, feriu o cerne da perversão sacerdotal.

Não se deve pensar, todavia, que todos os sacerdotes eram ímpios. Muitos homens fiéis podiam ser contados entre eles.


IV - CONCLUSÃO

Os sacerdotes foram incapazes de discernir o profundo significado espiritual do seu serviço simbólico. As gloriosas verdades, que estavam claramente delineadas neste serviço sagrado, foram obscurecidas, por causa da sua desobediência aos preceitos de Deus.

De uma maneira solene os sacerdotes impenitentes foram advertidos sobre o dia do julgamento por vir e para eles foi endereçado o seguinte convite de Deus: “Tornai vós para Mim e Eu tornarei para vós.” Malaquias 3:7.

Ao rejeitarem este afetuoso convite de Deus, eles selaram o seu destino. Mais tarde, nas proximidades do fim do ministério terrestre de Cristo, os principais sacerdotes ouviram do Mestre a parábola da vinha (Mateus 21:33-46). Havendo retratado ante os sacerdotes o seu ato final de impiedade, Cristo dirige-lhes a pergunta: “Quando, pois, vier o Senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?” Os sacerdotes haviam acompanhado a narrativa de Jesus com profundo interesse. Sem considerar a relação que havia do assunto para com eles mesmos, a resposta deles foi a seguinte: “Fará perecer miseravelmente a esses maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe entreguem os frutos.” Inadvertidamente haviam eles pronunciado sua própria condenação. Com a morte de Cristo o sacerdócio levítico foi extinto e no ano 70 d.C. o Templo de Jerusalém foi destruído pelos romanos.

Desde então Deus desejou atuar em cada indivíduo, transformando-o em um templo Seu, no qual pudesse ser exercido um sacerdócio santo e aceitável:

“Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” I Coríntios 6:19

“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Pedro 2:5.

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.” I Pedro, 2:9.

Nunca esqueçamos que Deus é honrado com a pureza do coração com que amamos, com o tesouro com que enriquecemos os necessitados e com o esplendor do nosso temor e dedicação.

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VERDADE EM FOCO 
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Caso Feliciano: novos prints desmentem Patrícia Lélis sobre reunião com pastor Everaldo

A trama quase surreal do episódio em que a estudante Patrícia Lélis fez acusações ao pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e, em sua narrativa, envolveu diversos nomes, pode estar caminhando para um desfecho, mas não sem antes revelar novos detalhes do que se parece uma novela.
Patrícia Lélis, ao acusar Feliciano de agressão e abuso sexual/estupro, e a seu chefe de gabinete, Talma Bauer, de coação e cárcere privado, afirmou durante depoimento para registro de Boletim de Ocorrência (B. O.) que teria se reunido com o pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC, na companhia do deputado federal Gilberto Nascimento (PSC-SP) e recebido propostas para ficar calada e não denunciar o suposto crime, e ameaças de morte caso não aceitasse os valores.
No entanto, essa reunião não teria acontecido, segundo a própria Patrícia, em diálogos mantidos com a psicóloga e palestrante Marisa Lobo (SD-PR), mencionada pela estudante em entrevistas após o registro do B. O. em São Paulo, na sexta-feira, 05 de agosto.
A reportagem do Gospel+ entrou em contato com Marisa Lobo para obter um posicionamento, e a palestrante revelou detalhes que coincidem com algumas contradições já apontadas em matéria que elenca pontos duvidosos da narrativa da estudante de jornalismo.
As novas informações obtidas não servem como prova cabal da inocência de Marco Feliciano, mas ajudam a desconstruir parte do que Patrícia Lélis alegou, e terminam por contribuir para a construção de um quadro que pode envolver interesses políticos. Os prints de tela que serão apresentados ao longo desta matéria foram cedidos pela psicóloga Marisa Lobo, e registrados por ela em ata notarial.

A revelação

Marisa Lobo diz ter sido procurada por Patrícia Lélis no dia 18 de junho, três dias após o suposto abuso sexual cometido por Feliciano, que se aproximou revelando admiração por sua carreira e posicionamento político e que precisava de um contato de um determinado líder evangélico pois estaria passando por “coisas horríveis” e teria sofrido abuso sexual e difamação nos bastidores do Partido Social Cristão.
“Patrícia me contou que tinha um suposto namorado em Curitiba (Thiago), que estava orando por ele, que foi a Curitiba e que ao retornar o mesmo a estava rejeitando, e ela acusava pessoas do partido, que teriam falado coisas absurdas dela para ele. Pelo telefone, contou-me que teria sofrido um abuso sexual de um deputado famoso, mas se negara a contar o nome, pois isso iria abalar todas as causas que defendemos. Me ligou novamente e contou por telefone que o envolvido seria o deputado Feliciano”, afirmou Marisa Lobo.
De volta ao WhatsApp, Patrícia teria enviado a Marisa Lobo o mesmo print que ela revelou logo que fez as acusações contra Feliciano, onde ela se queixava de um machucado na boca e ele sugeria que usasse batom para esconder. Porém, de acordo com a palestrante, durante as conversas, Patrícia sempre desviava o foco do caso do suposto abuso sexual para suas preocupações com sua imagem entre os militantes do PSC e seu, também suposto, relacionamento com Thiago.
Esse homem que Patrícia dizia pretender namorar seria o vereador curitibano Thiago Gevert (PSC), a quem o Gospel+ procurou por duas vezes solicitando entrevista. Na primeira, Gevert afirmou que iria avaliar e retornaria com sua decisão. Na segunda, não respondeu o contato.
Marisa Lobo afirma que tentou intermediar uma reaproximação entre Gevert e Patrícia, mas que ele estava determinado a se afastar dela: “Liguei, mas o Thiago disse que ela era inconstante, que mentiu muito para ele, arrumou confusão, que era obsessiva, e que não queria falar com ela em nenhum momento”, disse a psicóloga. “Neste momento, ela concentrou seus esforços em desmascarar, como dizia, o Feliciano e todo o PSC”, acrescentou.
“Embora se dissesse aflita, com a situação do suposto ‘abuso’ e relatado mais detalhes do mesmo, [Patrícia] mostrava mais interesse em resolver sua situação com o namorado e sua moral com o PSC, fato que narra várias vezes durantes todas nossas conversas. No início fiquei apreensiva com a possibilidade do ocorrido por ser o suposto ‘agressor’ uma pessoa conhecida, que faz parte das minhas relações de amigos de luta em favor da família, fato este pontuado insistentemente pela moça”, sublinhou Marisa.

Provas

A estudante foi questionada por Marisa Lobo sobre a produção de provas a respeito das acusações feitas por ela contra Feliciano, e de acordo com a palestrante, Patrícia alegou que sua palavra bastaria, mas que estava receosa quanto à repercussão negativa que a exposição do suposto crime causaria.
“Contra argumentei que não precisa se preocupar com isso, por que a igreja não comungava com o erro, que ela poderia ir à delegacia e se provado, que a igreja não se escandalizaria, muito pelo contrário. ‘Deus nunca ocultou o pecado de Davi por causa do nome dele. Ele aqui não ocultaria também’”, revelou Marisa.
De acordo com o relato, Patrícia foi instruída a procurar a Polícia com as alegadas provas muito antes de fazer a denúncia através da mídia. “Aconselhei a ir à delegacia munida das provas que dizia ter, além dos prints que me enviara por WhatsApp. Porém, ela queria resolver de outra forma, procurando o PSC, e foi então que me pediu para falar com Everaldo, presidente do PSC. Tentei, mas sem sucesso, pedi para um deputado amigo, porém, ele não falou, pois assim como eu, não entendia porque a moça em questão queria falar com o presidente do partido e não ir à delegacia, já que dizia ter sofrido abuso, que é crime e não política”, observou.

Reunião no PSC

O indicador mais forte de que Patrícia Lélis talvez nunca tenha recebido oferta de silêncio em troca de dinheiro, ou ameaça de morte por parte da cúpula do PSC vem no relato abaixo.
Marisa pontuou que Patrícia havia decidido que “iria falar com Everaldo de qualquer maneira”, pois assim, conseguiria relatar a ele e os demais líderes do partido o que supostamente teria acontecido.
“Eu a orientei então que se fosse falar, dissesse que eu já sabia do assunto, que ela havia falado comigo. Disse isso para no caso dela estar sendo coagida, intimidada de alguma forma (como dizia), que eles soubessem que ela estava sendo ouvida por mim, já que minha relação com toda a diretoria nacional do PSC, embora não faça mais parte do partido, é muito respeitosa. Mas este encontro até então não acontecera”, frisou.
Marisa contou ainda que a postura de Patrícia Lélis estava causando alguns contratempos, mas que pelo hábito adquirido em sua profissão, foi paciente e a escutou todas as vezes que foi procurada.
“No dia 22 de junho (1:07 AM) ela me chamou, falou algumas coisas, mesmo sendo madrugada, estava acordada. Com paciência, dei atenção e perguntei se ela havia falado com Everaldo, ela me respondeu que ‘não, não falarei, ele com certeza sabe o que acontece lá dentro, e se eu falar, será com advogados ao lado’. Horas se passaram, Patrícia dizia estar tentando captar provas, conversando com outras pessoas – das quais não tenho conhecimento – tentando falar com Feliciano por um aplicativo (Telegram), tentando fazê-lo se contradizer, ou deslizar em alguma resposta, gravando tudo o que falava. Me dizia estar acompanhada por amigos todas as vezes que tentava falar com ele, e dizia estar brava porque ele a bloqueou”, recapitulou Marisa Lobo.

Descontrole

Patrícia Lélis teria dado sinais de obsessão com a ideia de conseguir provas contra Feliciano e expor o caso, e assim, passou a agir de forma inconveniente nas conversas com Marisa, segundo alega a palestrante, falando sobre questões de foro íntimo de pessoas próximas ao pastor ou a ela.
“Ela ficou obcecada em encontrar as tais provas, e no afã de conseguir uma fala do deputado ou de alguém que o comprometesse, começou a falar da vida pessoal de outras pessoas, e comecei a entender, pelos comentários em face, que ela já havia falado com muitas pessoas antes de mim, com grupos de militância de direita, e que essas pessoas já a tinham aconselhado a procurar uma delegacia com provas. Mas, por algum motivo, Patrícia oscilava entre ir à delegacia e ameaçar procurar o PT ou PSOL se o PSC não resolvesse seu problema”, comentou Marisa.

Esquerda

A disposição de atingir politicamente Feliciano ficou explícita, segundo Marisa, com as afirmações de Patrícia sobre a quem recorrer caso o PSC não se posicionasse conforme seu desejo.
“Dizia ela que suas prioridades eram punir o Feliciano no partido, falar com o Thiago, fazer ela voltar ao partido com alguma função superior à que supostamente tinha, e que limpassem sua moral dentro do partido”, disse a palestrante.
“Dia 22 de junho (9:50 PM) pelo Whatsapp mandei uma mensagem ao presidente do PSC perguntei se ele sabia do acontecido com uma moça do PSC. A resposta foi: ‘Não sei do que se trata…’. Não entrei em detalhes (pois para mim era constrangedor) e fiquei em silêncio. Em uma das mensagens no mesmo dia 22 de junho, exatamente às 9:51 AM, ela falou o seguinte: ‘Marisa, sei de pessoas de pessoas do PT e PSOL que amariam saber dessa história, cansei de tudo, levarei à delegacia, e nesses partidos, nem que para isso eu mude completamente meu discurso a partir de agora’. Às 10:00 AM, ela reiterou: ‘Marisa, já tomei minha decisão, saindo da delegacia, vou direto pra dentro do PT’”, recapitulou.

Contradições

A essa altura Marisa diz que tinha ficado claro que Patrícia Lélis não era 100% verdadeira em suas alegações, e que sua posição como psicóloga a deixou em situação delicada, pois não queria agir de forma parcial diante da eventualidade de serem verdadeiras as acusações da estudante.
“Comecei a perceber uma complexidade e contradição, chantagem e obsessão em suas falas, porém mesmo assim, em respeito à mesma não dizia da minha desconfiança, pois estava em uma situação delicada”, disse.
Durante os contatos com o Gospel+, Marisa frisou que não atendeu Patrícia Lélis como uma paciente, mas que tinha receio que ela a acusasse de negligência.
“A conversa foi ficando mais surreal, quando me contou que uma moça da UNE a estava procurando para falar com ela sobre o caso. Ela falava comigo como se eu tivesse a obrigação de ajudá-la, de denunciá-lo ao partido. Foi quando disse que não tinha este poder, que não era problema meu […] [Isso] deixou Patrícia inconformada, a ponto de questionar se eu estava recuando em ajudá-la. Percebi naquele momento que Patrícia estava me fazendo refém daquela situação”, narrou.

Encontro com Bauer

No relato, Marisa Lobo diz que ainda ajudou Patrícia Lélis a “falar com mais umas duas pessoas, a seu pedido”, e teria questionado “mais uma vez”, sobre por que o suposto abuso havia “se tornado secundário na sua busca pela resolução de seus problemas” no PSC.
“A conversa foi ficando mais estranha quando Patrícia disse que o assessor do Feliciano, o Bauer, telefonou para ela e marcou encontro em um café, e que ela iria gravar toda a conversa, e levar testemunha, porém disse que tinha ido antes à delegacia, feito B. O., conversado com a delegada e que a mesma mandou dois investigadores irem com ela. E depois desmentiu. Já era dia 23 de junho”, relembrou a palestrante.
O encontro com o chefe de gabinete de Feliciano realmente aconteceu, mas Patrícia se negou a mostrar a gravação a Marisa, assim como o B. O., que a palestrante diz ter se oferecido para levar ao PSC, mas que a essa altura, a estudante de jornalismo novamente revelou que havia mentiras em suas alegações.
“Após a conversa com Bauer no Café, Patrícia me contou que gravou. Pedi então para ver a gravação, ela não quis me mostrar e disse que fez B. O. Eu pedi para ver o B. O., que eu mesma entregaria se ela quisesse para Feliciano, Bauer, Everaldo, etc., mas ela recuou, disse que não fez. Comecei a questionar o que ela foi fazer com Bauer então, ela disse que foi negociar. Queria que ele resolvesse a situação dela no partido, que limpasse a barra dela com o tal namorado de Curitiba, que punisse o Feliciano que a tinha difamado e abusado dela”, frisou.

Delegada

A essa altura, Patrícia Lélis disse a Marisa que a delegada que a teria recebido a teria orientado a não registrar o caso e tentar resolvê-lo por vias alternativas.
“Comecei a questioná-la do porquê não ter registrado queixa de abuso, porque não ter feito o B. O., ela disse que a delegada que a atendeu argumentou que repensasse, pois a repercussão seria muito grande e negativa para ambos, e que ela pensasse se valia a pena. Achei estranho, questionei isso, falei ser falta de ética uma delegada não querer aceitar uma queixa e mandar a ‘vítima’ embora. Ela me falou que a delegada (que ela chamou de Gisele da delegacia Asa Norte) disse que ela que teria de decidir fazer o B. O. ou não, e assim ela havia decidido não fazer, por enquanto”, pontuou Marisa Lobo.
“Vi com estranheza uma delegada ter esta postura, não entendia porque mais uma vez Patrícia Lélis havia mentido, pois ela mesma havia dito que os investigadores, na verdade, eram amigos. Não entendi porque mentia […] Questionei porque não levou as provas que dizia ter, e ela disse que tinha deixado sim tudo na delegacia. Fato este não confirmado, pois deixou com jornalistas e amigos”, acrescentou.

Pastor Everaldo

De acordo com os relatos de Patrícia a Marisa, Bauer teria prometido a ela que arranjaria um encontro com o pastor Everaldo, e que diante disso, “ela daria um tempo, não faria mais nada”.
“Me pediu o telefone do Everaldo, não dei, e ela me questionou se o Everaldo sabia e porque, estando ele ciente, não queria recebê-la, além de perguntar porque o Bauer não queria que ela falasse com ele. Dia 23 de junho (10:08) ela deixou a mensagem: ‘Me responda uma coisa, com sinceridade, o Everaldo sabe dessa história? Porque até onde entendi, o Bauer não quer deixar o Everaldo saber, o Bauer me pediu pra não procurar o Everaldo, que ele não precisa ficar sabendo’. Eu a questionei: ‘Porque você, se dizendo vítima de abuso, só se preocupa com coisas superficiais, politicas, vingança, e não em fazer justiça?’. Disse, entre outras coisas, que ela estava me usando, que eu a tratara com todo respeito, e pedi para não usar mais meu nome com ninguém”, afirmou Marisa Lobo.
Ainda na esteira dessa conversa, Marisa disse à estudante que “estava achando ela perigosa”, uma vez que tinha notado uma postura mais incisiva por parte dela. “Estava falando comigo com comunicação ardilosa, querendo que eu falasse algo do Feliciano, de outras pessoas, para usar contra ele, ou para me usar, e a aconselhei a se concentrar nas provas que dizia ter. Disse também que falar sobre a vida pessoal dele ou de qualquer pessoa nada tinha a ver com o caso, que deveria se concentrar no que ele fez (ou seja, que ela dizia que ele teria feito). Ela se irritou […] e eu reforcei que se tinha provas, ela deveria ir à delegacia, que isso era o certo, ou deveria se calar pois estava se expondo demais e expondo pessoas”, disse a palestrante, antes de acrescentar que Patrícia estava relutante em procurar a Polícia: “Ela disse que não queria ir à delegacia para não se expor, mas se o Everaldo não fizesse o que ela queria, iria sim. Inclusive repetiu por duas vezes durante as conversas que a esquerda ia adorar esta história, e citou o PT, o PCdoB e o PSOL”.
Por fim, no dia 24 de junho, Marisa disse que pediu a Patrícia que não voltasse a fazer contato: “Devido aos seus interesses políticos com a questão pedi que a mesma não me procurasse mais, pois já estava muito cansada de ficar refém de suas estórias. Ela inventou e mentiu muito, tentando me manipular, me fazer refém do suposto abuso, mas não a julgarei, não sou juíza do caso”, pontuou.
Confira os prints de trechos das conversas mantidas por Patrícia Lélis com Marisa Lobo:
Confira abaixo, a íntegra do extenso e detalhado relato de Marisa Lobo sobre seu contato com a estudante Patrícia Lélis:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Devido à grande repercussão das acusações da estudante de jornalismo Patricia Lélis, que acusa o deputado Marco Feliciano de “assédio sexual”, e por ter a acusadora citado meu nome em uma das gravações que fez para tentar provar o suposto abuso que diz ter sofrido, eu Marisa Lobo, venho a público como cidadã, esclarecer alguns pontos que creio serem importantes em respeito à sociedade, sanando alguns equívocos.
O primeiro deles é que não me manifestei antes por respeito às partes, e pela história não ser minha, não me achei no direito de expor pessoas, mas como fui citada pela Patrícia, e como o caso já está com a Justiça, venho me manifestar antes que me usem como fonte de intrigas, gerem celeumas na sociedade, ou álibi para uma das partes.
Fui procurada pela suposta vítima Patricia Lélis (entre os dias 18 a 24 de junho). Primeiramente fui procurada por ela, pelo WhatsApp, e a mesma disse que estaria em Curitiba e queria muito me ver, pois me admirava muito. Em decorrência de minha agenda de palestra, estava fora de Curitiba e não pude encontrá-la.
No dia 18 de junho ela iniciou uma conversa comigo no WhatsApp, dizendo que precisava do contato de um profeta pois “coisas horríveis” estavam acontecendo com ela. Não tinha o telefone, e em seguida ela me ligou dizendo que estava sofrendo perseguição dentro do partido que ela dizia pertencer, o PSC, que estavam inventando coisas horríveis lá dentro sobre ela.
Patrícia me contou que tinha um suposto namorado em Curitiba (Thiago), que estava orando por ele, que foi a Curitiba e que ao retornar o mesmo a estava rejeitando, e ela acusava pessoas do partido, que teriam falado coisas absurdas dela para ele. Pelo telefone contou-me que teria sofrido um abuso sexual de um deputado famoso, mas se negara a contar o nome, pois isso iria abalar todas as causas que defendemos. Me ligou novamente e contou por telefone que o envolvido seria o deputado Feliciano.
Contou que o mesmo a arrastou para o quarto e que a beijou, e me mandou um print, onde supostamente ela reclamava da boca e onde ele a mandava passar batom.
Ela começou a contar que queria mesmo que ele falasse com o Thiago e desfizesse o que integrantes do PSC tinham inventado dela, mas nunca falou o que era.
Não estava entendendo direito o assunto, se o deputado estava sendo acusado de intrigar seu namoro ou de supostamente abusar da moça, mas ela queria resolver os problemas deste “namoro” e limpar sua imagem perante o PSC, que segundo a mesma tinha sido suja pelo Feliciano, e por alguns integrantes do partido.
Embora se dissesse aflita, com a situação do suposto “abuso” e relatado mais detalhes do mesmo, mostrava mais interesse em resolver sua situação com o namorado e sua moral com o PSC, fato que narra várias vezes durantes todas nossas conversas.
No início fiquei apreensiva com a possibilidade do ocorrido por ser o suposto “agressor” uma pessoa conhecida, que faz parte das minhas relações de amigos de luta em favor da família, fato este pontuado insistentemente pela moça.
Esclareço que embora conheça o deputado, em nenhum momento fui procurada por ele para resolver qualquer questão, porém, a pedido dela, mandei uma mensagem no dia 22 perguntando sobre o namoro dela com o tal Thiago, se era verdade que ele havia difamado ela de alguma forma, e ele me disse “do que está falando?”. Então liguei e perguntei se ela estivera em seu apartamento alguma vez, ele me interrompeu e respondeu: “Não, nunca estive sozinho com essa moça em meu apartamento”. 
Depois da negativa, deixei para ela mais ou menos a frase que o deputado me dissera, e desde este momento, ela começou a me procurar compulsivamente e reforçar que teria sido abusada por ele, me mandou mais prints falando que tivera um machucado na boca, enfim (não darei detalhes desses prints pois creio que já viram na mídia). Fiz alguns comentários, e algumas perguntas sobre o caso.
Durante nossa conversa, em todos os momentos – conforme ata notarial que fiz para apresentar em juízo se necessário – disse claramente para ela que fosse procurar a delegacia da mulher, porém que fosse com provas, e que os prints que me apresentava não provavam nada em minha opinião, e que se tivesse acontecido o abuso ela precisaria ter provas reais, já que não fez a denúncia instantaneamente e/ou corpo de delito; ou que pelo menos deveria ter indícios fortes.
No entanto ela argumentou que não era bem assim, que a palavra dela já bastaria, e que estava imaginando a repercussão negativa para ele e para toda a igreja. Contra argumentei que não precisa se preocupar com isso, por que a igreja não comungava com o erro, que ela poderia ir à delegacia e se provado, que a igreja não se escandalizaria, muito pelo contrário. “Deus nunca ocultou o pecado de Davi por causa do nome dele. Ele aqui não ocultaria também”, disse a ela.
Em dado momento, liguei para o Thiago a pedido dela, pois era o que mais a preocupava, ela insistia que eu tinha que contar para o Thiago o acontecido, e que o Feliciano havia estragado o relacionamento deles. Liguei, mas o Thiago disse que ela era inconstante, que mentiu muito para ele, arrumou confusão, que era obsessiva, e que não queria falar com ela em nenhum momento. Neste momento, ela concentrou seus esforços em desmascarar, como dizia, o Feliciano e todo o PSC.
Em todas as nossas conversas, a ouvi com respeito, com acolhimento, não a pressionei, mas aconselhei a ir à delegacia munida das provas que dizia ter, além dos prints que me enviara por WhatsApp. Porém, ela queria resolver de outra forma, procurando o PSC e foi então que me pediu para falar com Everaldo, presidente do PSC. Tentei, mas sem sucesso, pedi para um deputado amigo, porém, ele não falou, pois assim como eu, não entendia porque a moça em questão queria falar com o presidente do partido e não ir à delegacia, já que dizia ter sofrido abuso, que é crime e não política.
Patrícia, no entanto, disse que iria falar com Everaldo de qualquer maneira, eu a orientei então que se fosse falar, dissesse que eu já sabia do assunto, que ela havia falado comigo. Disse isso para no caso dela estar sendo coagida, intimidada de alguma forma (como dizia), que eles soubessem que ela estava sendo ouvida por mim, já que minha relação com toda a diretoria nacional do PSC, embora não faça mais parte do partido, é muito respeitosa. Mas este encontro até então não acontecera.
No dia 22 de junho (1:07 AM) ela me chamou, falou algumas coisas, mesmo sendo madrugada, estava acordada. Com paciência, dei atenção e perguntei se ela havia falado com Everaldo, ela me respondeu que “não, não falarei, ele com certeza sabe o que acontece lá dentro, e se eu falar, será com advogados ao lado”.
Horas se passaram, Patrícia dizia estar tentando captar provas, conversando com outras pessoas – das quais não tenho conhecimento – tentando falar com Feliciano por um aplicativo (Telegram), tentando fazê-lo se contradizer, ou deslizar em alguma resposta, gravando tudo o que falava. Me dizia estar acompanhada por amigos todas as vezes que tentava falar com ele, e dizia estar brava porque ele a bloqueou.
Eu, na minha função, a aconselhei a tomar cuidado e não falar com ninguém sozinha, por dois motivos: para ter testemunhas, evitando assim ser assediada por alguém ou para que, se tivesse tentando produzir provas falsas, teria testemunhas igualmente, já que eu não estava lá para saber da veracidade dos fatos.
Neste dia foi muito estressante para mim porque ela ficou obcecada em encontrar as tais provas, e no afã de conseguir uma fala do deputado ou de alguém que o comprometesse, começou a falar da vida pessoal de outras pessoas, e comecei a entender, pelos comentários em face, que ela já havia falado com muitas pessoas antes de mim, com grupos de militância de direita, e que essas pessoas já a tinham aconselhado a procurar uma delegacia com provas. Mas, por algum motivo, Patrícia oscilava entre ir à delegacia e ameaçar procurar o PT ou PSOL se o PSC não resolvesse seu problema.
Dizia ela que suas prioridades eram punir o Feliciano no partido, falar com o Thiago, fazer ela voltar ao partido com alguma função superior à que supostamente tinha, e que limpassem sua moral dentro do partido.  
Dia 22 de junho (9:50 PM) pelo Whatsapp mandei uma mensagem ao presidente do PSC perguntei se ele sabia do acontecido com uma moça do PSC. A resposta foi: “não sei do que se trata…”. Não entrei em detalhes (pois para mim era constrangedor) e fiquei em silêncio.
Em uma das mensagens no mesmo dia 22 de junho, exatamente às 9:51 AM, ela falou o seguinte: “Marisa, sei de pessoas de pessoas do PT e PSOL que amariam saber dessa história, cansei de tudo, levarei à delegacia, e nesses partidos, nem que para isso eu mude completamente meu discurso a partir de agora”. Às 10:00 AM, ela reiterou: “Marisa, já tomei minha decisão, saindo da delegacia, vou direto pra dentro do PT”.   
Comecei a perceber uma complexidade e contradição, chantagem e obsessão em suas falas, porém mesmo assim, em respeito à mesma não dizia da minha desconfiança, pois estava em uma situação delicada.
Entretanto a conversa foi ficando mais surreal, quando me contou que uma moça da UNE a estava procurando para falar com ela sobre o caso. Ela falava comigo como se eu tivesse a obrigação de ajudá-la, de denunciá-lo ao partido. Foi quando disse que não tinha este poder, que não era problema meu, que não estava lá, mas que no dia 28 de junho iria para Brasília e quem sabe não poderia ouvi-la pessoalmente, como psicóloga, e ajudá-la de alguma forma. Porém, não deu certo a viagem e disse que não iria mais, fato que deixou Patrícia inconformada, a ponto de questionar se eu estava recuando em ajudá-la. Percebi naquele momento que Patrícia estava me fazendo refém daquela situação.
Esclareço, que até este momento de nossas conversas, mesmo não tendo prova de nada do que a Patrícia me dizia além de sua palavra e dos prints, ainda assim fui receptiva, sem juízo de valor. Fiquei ao lado dela, a ouvi, mantendo total respeito e discrição quanto às suas falas. Não me sentia no direito de duvidar de suas palavras, a ajudei falar com mais umas duas pessoas, a seu pedido, mais uma vez, e a questionava sobre o fato do abuso ter se tornado secundário na sua busca pela resolução de seus problemas.
A conversa foi ficando mais estranha quando Patrícia disse que o assessor do Feliciano, o Bauer, telefonou para ela e marcou encontro em um café, e que ela iria gravar toda a conversa, e levar testemunha, porém disse que tinha ido antes à delegacia, feito B. O., conversado com a delegada e que a mesma mandou dois investigadores irem com ela. E depois desmentiu. Já era dia 23 de junho.
Após a conversa com Bauer no Café, Patrícia me contou que gravou. Pedi então para ver a gravação, ela não quis me mostrar e disse que fez B. O. Eu pedi para ver o B. O., que eu mesma entregaria se ela quisesse para Feliciano, Bauer, Everaldo, etc., mas ela recuou, disse que não fez.
Comecei a questionar o que ela foi fazer com Bauer então, ela disse que foi negociar. Queria que ele resolvesse a situação dela no partido, que limpasse a barra dela com o tal namorado de Curitiba, que punisse o Feliciano que a tinha difamado e abusado dela.
Neste momento, comecei a questioná-la do porquê não ter registrado queixa de abuso, porque não ter feito o B. O., ela disse que a delegada que a atendeu argumentou que repensasse, pois a repercussão seria muito grande e negativa para ambos, e que ela pensasse se valia a pena. Achei estranho, questionei isso, falei ser falta de ética uma delegada não querer aceitar uma queixa e mandar a “vítima” embora. Ela me falou que a delegada (que ela chamou de Gisele da delegacia Asa Norte) disse que ela que teria de decidir fazer o B. O. ou não, e assim ela havia decidido não fazer, por enquanto.
Vi com estranheza uma delegada ter esta postura, não entendia porque mais uma vez Patrícia Lélis havia mentido, pois ela mesma havia dito que os investigadores, na verdade, eram amigos. Não entendi porque mentia. Ela tirou uma foto da placa do carro em que Bauer estava mandou para algumas pessoas, inclusive para mim.
Questionei porque não levou as provas que dizia ter, e ela disse que tinha deixado sim tudo na delegacia. Fato este não confirmado, pois deixou com jornalistas e amigos para serem publicados posteriormente, mas eram os mesmos prints que já havia entregue à imprensa.
Perguntei o que havia falado com Bauer, se estava tudo bem, ela me disse que ele prometera que falaria com o Everaldo, e sendo assim, ela daria um tempo, não faria mais nada. Me pediu o telefone do Everaldo, não dei, e ela me questionou se o Everaldo sabia e porque, estando ele ciente, não queria recebê-la, além de perguntar porque o Bauer não queria que ela falasse com ele.
Dia 23 de junho (10:08) ela deixou a mensagem: “Me responda uma coisa, com sinceridade, o Everaldo sabe dessa história? Porque até onde entendi, o Bauer não quer deixar o Everaldo saber, o Bauer me pediu pra não procurar o Everaldo, que ele não precisa ficar sabendo”.
Eu a questionei: “Porque você, se dizendo vítima de abuso, só se preocupa com coisas superficiais, politicas, vingança, e não em fazer justiça?”. Disse entre outras coisas que ela estava me usando, que eu a tratara com todo respeito, e pedi para não usar mais meu nome com ninguém. 
Perguntei se ela estava “printando” também nossa conversa, ela negou, pediu desculpas, eu falei que estava achando ela perigosa, pois estava falando comigo com comunicação ardilosa, querendo que eu falasse algo do Feliciano, de outras pessoas, para usar contra ele, ou para me usar, e a aconselhei a se concentrar nas provas que dizia ter. Disse também que falar sobre a vida pessoal dele ou de qualquer pessoa nada tinha a ver com o caso, que deveria se concentrar no que ele fez (ou seja, que ela dizia que ele teria feito). Ela se irritou fez um texto se defendendo, dizendo que me respeitava, que gostava de mim, e eu reforcei que se tinha provas, ela deveria ir à delegacia, que isso era o certo, ou deveria se calar pois estava se expondo demais e expondo pessoas.
Ela disse que não queria ir à delegacia para não se expor, mas se o Everaldo não fizesse o que ela queria, iria sim. Inclusive repetiu por duas vezes durante as conversas que a esquerda ia adorar esta história, e citou o PT, o PCdoB e o PSOL.
Devido aos seus interesses políticos com a questão pedi que a mesma não me procurasse mais, pois já estava muito cansada de ficar refém de suas estórias. Ela inventou e mentiu muito, tentando me manipular, me fazer refém do suposto abuso, mas não a julgarei, não sou juíza do caso.
Não posso ser usada para “produzir” provas contra qualquer pessoa que seja, em qualquer situação. Ainda que seja um suposto abuso ainda não provado, as pessoas têm que ser condenadas pelo que fazem, não pelo que dizem que elas fazem.
Não entendo como essa moça (que vi apenas umas três vezes em minha vida) pode ignorar o respeito e o carinho com que foi acolhida por mim. Não me pronunciei antes, pois a história não era minha, mas como ela mesma citou meu nome, sem consentimento, tentando manipular uma situação para se vitimar, ou criar uma nova versão para os fatos, e temendo que a mesma comprometa pessoas que em nada tem a ver com suas estórias, achei por bem deixar claro, diante de Deus e dos homens, a verdade sobre minhas conversas com Patrícia Lélis – que terminaram no dia 24 de julho.
Dúvidas sobre o que relatei posso esclarecer em juízo, no Senado, na Câmara, na Comissão de Mulheres, Direitos Humanos, na Delegacia, para advogados de ambas as partes, onde precisar, pois quem fala a verdade é constante e não usa pessoas ou política para se respaldar, usa lei e não a mídia para confundir os fatos, e sim para dar visibilidade honesta dos fatos verdadeiros.
Afirmo que não fui procurada em momento algum (enquanto falava com Patrícia) pelo deputado Marco Feliciano, e que nunca fui sequer sondada para falar com a suposta vítima sobre o suposto abuso, em nenhum sentido. Eu sim, o procurei, como já relatei, a pedido da Patrícia Lélis.
Deixo claro que sou cristã e como tal não posso acobertar qualquer crime, portanto jamais ficaria ao lado de um abusador se provado, mas não posso, no entanto, discriminar uma pessoa que está apenas sendo acusado sem as devidas condenações.
Também afirmo a quem possa interessar que sou de direita sim e que questões de violência contra mulher ou abuso devem ser tratadas com total consciência e respeito aos envolvidos, bem como que, nenhuma vítima tem o direito de usar um fato desses, em minha opinião tão cruel, para promoção pessoal, desqualificando as lutas de nós mulheres por direitos.
Ninguém tem o direito de inventar, promover uma denúncia falsa sobre abuso. São atitudes que repudio. Nenhum ser humano de bem deve compactuar ou temer em denunciar.
Fiz meu papel, ouvi, acolhi, ofereci minha ajuda dentro das minhas possibilidades, fiz o que a lei manda: aconselhei-a a buscar uma delegacia e não usar politicamente o que dizia ter lhe acontecido, pois achava desonesto. Estive durante 06 dias à disposição dessa moça e não admitirei ser usada ou difamada pela mesma, ou por qualquer um, podendo tomar medidas judiciais contra qualquer jornalista que ousar inventar, acrescentar, algo que não contenha nas minhas falas, bem como peço que jornalistas, e as partes, não induzam suas convicções e não adicionem fatos inexistentes nesta história que virou “estória” dos piores folhetins.
Cuidei em liberar alguns prints justamente para garantir a fidelidade dos fatos.
Que apareçam as mulheres que Patrícia diz que sofreram violência do deputado, mas ela não tem direito de envolver pessoas para respaldar as suas supostas denúncias. Não citei mais detalhes de nossas conversas, por ser ilegal, afinal expõem terceiros. Esclareço que Patrícia, envolveu intimidade de pessoas que nada tem a ver com o seu caso, com sua história do suposto abuso, e por orientação do meu advogado e para protegê-las, não citarei.
Porém, se ela citar, essas pessoas já estão conscientes e irão imediatamente registrar B. Os. em delegacias contra esta moça, movendo ações de calúnia e difamação, de crime contra a honra, e dano moral. A lei é para todos. Confesso, causou-me estranheza muitos pontos, inclusive a aproximação de Patrícia com a esquerda, como ela diz (que a mesma dizia repudiar), e lembrei das ameaças que fez em promover escândalos com a esquerda.
Peço a DEUS que tudo seja esclarecido, pois é fato que muitos homens depois de destruídos na mídia, na sociedade, e muitas vezes presos, são inocentados, e a mesma mídia que o destruiu com suposições, não volta para desfazer o erro. Temos que repensar sobre nossos valores. Por estas razões mantive silêncio, mas volto a dizer: a suposta vítima não fez questão de preservar o meu nome, e está indo a jornais usando nossas falas para tentar incriminar pessoas, manipulando inclusive dados. Me vi obrigada a esclarecer a verdade.
Vamos esperar que a Justiça resolva este caso, mas sabemos que vidas já foram marcadas negativamente, tanto de Patrícia, quanto do pastor e deputado Feliciano. Quando a justiça vir à tona, que saibamos divulgar a inocência como estamos divulgando as acusações, seja de quem for.
Deus abençoe e nos livre de todo mal.Marisa Lobo, psicóloga e cristã.


https://noticias.gospelmais.com.br/feliciano-novos-prints-desmentem-patricia-lelis-84881.html

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