quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Jardim do Éden – Figura de Uma Igreja Local


O jardim do Éden, onde Adão e Eva habitavam antes do seu pecado, era o paraíso de Deus aqui na Terra. Um local perfeito, onde o homem podia viver em comunhão, também perfeita, com seu Deus (infelizmente, este estado tão maravilhoso parece ter durado pouco, pois o homem, como conseqüência do seu pecado, foi destituído desta posição privilegiada, e expulso do jardim).
Uma igreja local é, da mesma forma, o local onde Deus hoje procura ter comunhão com Seus filhos, coletivamente. O NT descreve uma igreja local como sendo um santuário onde a santidade de Deus pode ser apreciada (I Co 3:16–17), a casa onde o Altíssimo pode habitar com Seu povo (I Tm 3:14–15), a congregação onde o Senhor pode governar (Mt 18:20). Podemos dizer que uma igreja local é um paraíso aqui na Terra, um oásis no meio deste deserto em que vivemos.
Nada mais coerente, portanto, do que procurar semelhanças entre estes dois “paraísos”, entre o local onde Deus teve, pela primeira vez, comunhão com o homem, e o local onde, hoje, Ele procura tal comunhão.
Não vamos considerar, aqui, as figuras das igrejas locais que podemos ver no relacionamento de Adão e Eva com o jardim — vamos nos concentrar na descrição do jardim do Éden em Gn 2:8-10. Antes de pensar nos detalhes, repare o quadro geral apresentado nestes três versículos:
a) o projeto do Pai. O v. 8 nos ensina que Deus é o autor do jardim, e nos fala da alegria e acessibilidade do Éden;
b) a preeminência do Filho. O v. 9 dá mais atenção às árvores do que ao jardim, falando da aparência, do alimento e da atração do Éden (a árvore da vida é uma figura muito clara do Senhor Jesus Cristo);
c) o poder do Espírito. O v. 10 fala do rio (uma figura do Espírito Santo, e nos ensina sobre a altura, a água, e o alcance do jardim do Éden.
Aqui vemos, nas primeiras páginas da Bíblia, aquela cooperação e comunhão entre a Trindade que será destacada de modo consistente nas Escrituras. Em toda a Palavra de Deus encontraremos as Pessoas Divinas agindo de forma coerente, sempre em comunhão e cooperação perfeita. Os planos do Pai e o poder do Espírito tem sempre o mesmo objetivo: promover a preeminência do Filho. O Pai planeja tornar o Filho preeminente, e é o poder do Espírito que efetua isto. Assim é em toda a Bíblia, e temos o mesmo aqui no jardim do Éden.
a. O projeto do Pai (2:8)
a.1. Autoria
O jardim do Éden não foi plantado por mãos humanas; a Bíblia afirma claramente que “plantou o Senhor Deus um jardim”. Deus fez tudo conforme Ele queria, de acordo com a Sua vontade e o Seu propósito.
E o mesmo acontece em relação a uma verdadeira igreja de Deus hoje em dia; ela será plantada por Deus. Isto quer dizer que não é um decreto humano que determina o nascimento de uma igreja, nem é necessário ter a autorização de uma instituição ou autoridade humana para que ela passe a existir. As palavras do Senhor Jesus Cristo, registradas em Mt 18:20, deixam claro que onde um grupo de cristãos, mesmo que pequeno (“… onde estiverem dois ou três …”), for congregado pelo Espírito Santo e passar a reunir-se regularmente (“… reunidos …”; este verbo, no grego, é um particípio perfeito na voz passiva, indicando um ato que continua no presente, e feito por uma força externa), atraídos unicamente ao nome do Senhor Jesus Cristo (“… em Meu nome”; não somente com a autoridade de, mas atraídos ao, Senhor Jesus), ali existe um “santuário de Deus”, uma igreja local (“ali estou no meio deles”). A operação do Espírito Santo atrai um grupo de cristãos ao nome singular do Senhor Jesus Cristo, e devido à ação desta Pessoa divina, sem qualquer influência ou autoridade humana, Deus planta uma igreja local!
Isto é confirmado pelo Seu aviso à igreja em Éfeso (Ap 2:1–7). Deus mesmo diz que, se necessário, iria remover aquele candeeiro; só Ele poderia fazer isto, pois Ele é quem havia plantado aquela igreja, no começo.
É claro que Ele pode usar vasos humanos para executar esta obra (I Co 3:6–9), mas estes serão apenas “cooperadores de Deus” (I Co 3:9); o poder e a autoridade sempre serão dEle. Que possamos sempre lembrar deste fato tão solene! A igreja não é uma instituição humana, plantada por homens, que pode ser manipulada ou “cortada” por homens. Deus é quem planta; só Ele é quem tem autoridade para plantar, para preservar e até, em casos extremos, para cortar.
a.2. Alegria
O lugar escolhido por Deus para plantar este jardim foi chamado Éden, uma palavra hebraica que significa “agradável”, ou “prazer”. Deus criou um jardim perfeito, onde Ele, juntamente com o homem que criara, poderia passar momentos agradáveis. O profeta Isaías indica que naquele jardim havia “regozijo e alegria, … ações de graça e som de música” (Is 51:3).
Da mesma forma, o Senhor deseja que o Seu povo possa experimentar, hoje, o prazer maravilhoso da Sua presença. E esta comunhão, tão agradável, deve ser encontrada no seio da igreja local. É verdade que cada um deve ter comunhão, individualmente, com seu Salvador, mas é um fato bíblico que, nesta dispensação da graça, Deus fortalece e anima seus filhos através da comunhão da igreja local. Ele quer que, na igreja, haja um só sentimento, um só amor (Fl 2:2), onde os membros mais fracos possam ser ajudados pelos mais espirituais (Gl 6:1), todos “lutando juntos pela fé evangélica” (Fl 1:27). Ele quer que a comunhão sincera e verdadeira do Seu povo, uns com os outros e com Ele, possa animar e consolar a cada um, trazendo verdadeiro prazer espiritual! Aqui na Terra, poucas coisas se comparam à esta comunhão divina; é realmente sublime a alegria que um verdadeiro servo de Deus sente em lembrar do Seu Senhor junto com um grupo dos seus irmãos, por menor ou mais humilde que este grupo seja. Como disse o Espírito, através de Davi: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” (Sl 133:1).
Isto nos faz lembrar, porém, de algo muito importante. Irmãos, será que sentimos prazer nas reuniões da nossa igreja? Ela é um lugar agradável a nós? Se a resposta for “não”, será que estamos nos esforçando, positivamente, para que esta situação mude? Não de uma maneira hipócrita, querendo que todos concordem conosco, mas “considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fl 2:3).
Pior ainda, será que a comunhão da nossa igreja local é tão verdadeira e espiritual, que os novos convertidos, ou irmãos mais fracos, sentem prazer nesta comunhão? Será que estamos obedecendo à exortação do Espírito: “… restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado” (Hb 12:12-13)? Estamos animando, ou ajudando a desanimar?
E a pergunta mais solene: será que o “Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível” (Ne 1:5), considera a minha igreja local como um lugar de alegria? Será que a igreja onde você se reúne é um lugar onde Ele pode gozar de comunhão verdadeira com Seu povo, como Ele fazia, no começo, lá no Éden?
Que Deus nos ajude a apreciarmos a alegria que deve ser característica de cada igreja de Deus, e trabalharmos para consolidar esta alegria, nunca para diminuí-la.
a.3. Acessibilidade
O jardim de Deus foi plantado no Éden, mas o Espírito nos dá ainda mais detalhes; foi “da banda do Oriente” (literalmente, “olhando para o Oriente”). Porque mencionar este fato, aparentemente irrelevante? A Palavra preciosa e perfeita de Deus não omite qualquer coisa necessária, e nem tão pouco menciona qualquer coisa desnecessária. O que podemos aprender, então, desta expressão: “da banda do Oriente”?
A palavra hebraica aqui traduzida “Oriente”, junto com suas cognatas, aparece muitas vezes no Velho Testamento (um total de 171 vezes). Sem tomarmos o espaço necessário para entrar em detalhes, podemos afirmar que, analisando com cuidado todas estas ocorrências, percebemos que o oriente, na Bíblia, representa o lugar do homem que se afastou de Deus. Quando a Bíblia fala de alguém indo para o oriente está enfatizando que ele se afasta de Deus, e aquele que vem do oriente geralmente é alguém que esteve bem longe de Deus. Obviamente, isto é apenas figurativo; ir para o oriente hoje não é sinônimo de afastamento de Deus, e nem os habitantes do ocidente são, de qualquer forma, superiores aos do oriente. Mas o Espírito nos ensina, também, através de figuras, e a figura apresentada pelo oriente, na Bíblia, é a de um lugar longe de Deus.
A expressão “vento oriental” ocorre 19 vezes no VT, sendo que, em 16 destas, ela é sinônimo absolutamente claro de destruição ou pecado (veja, por exemplo, Gn 41:6; Is 27:8; Jr 18:17; Ez 27:26). Veja, também, as pessoas que foram para o oriente: Adão e Eva, depois da queda (Gn 3:24); Caim (Gn 4:16); Ló (Gn 13:11); os outros filhos de Abraão (Gn 25:6), etc. Em Ez 8:16, lemos de “cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; adoravam o sol virados para o oriente”.
Em vista disto, parece ser justificável afirmar que o oriente, na Bíblia, indica o lugar do homem longe de Deus.
Como podemos entender, então, o motivo que levou o Espírito a destacar que o jardim do Éden ficava na banda do oriente do Éden? É o mesmo que temos no Tabernáculo e no Templo construído por Salomão, cujas portas olhavam para o oriente. É uma figura da graça de Deus, que tornou a salvação acessível ao ser humano. Quando o pecador, perdido em seu pecado, quisesse, pela operação do Espírito, buscar a Deus, ele iria virar as costas ao oriente, e a primeira coisa que ele poderia ver seria a porta da casa de Deus! Não seria necessário rodear a casa, procurando a entrada; Deus a colocou bem na sua frente. Louvamos a Deus porque Ele não tornou a salvação desnecessariamente complicada. O pecador que deseja ter o perdão dos pecados não tem que sair procurando um caminho escondido; a Porta, aberta pela graça de Deus, está ao alcance do mais fraco ser humano!
A igreja local deve ser um lugar acessível. Não um lugar onde qualquer um entra, sem questionamento, mas onde qualquer um que queira se submeter à Palavra de Deus encontrará livre acesso. Não estou tratando de recepção à Ceia do Senhor; o Novo Testamento fala de recepção à comunhão da igreja, e isto inclui muito mais que simplesmente o Partir do Pão. Só poderá ser aceito à comunhão da igreja local (e, portanto, participar da Ceia) aquele que, confessando o Senhor Jesus como Salvador publicamente pelo batismo, estiver disposto a obedecer plenamente os princípios neo-testamentários que governam a igreja local, e manter-se separado do mundo e do pecado. Jamais devemos abrir mão desta exigência. Mas não devemos acrescentar qualquer outro obstáculo; não podemos exigir um certo tipo de roupa (além da vestimenta decente, é claro), ou determinado nível social, ou grau de instrução, etc. Qualquer discriminação humana é totalmente condenada (veja Tg 2:1-13).
Aquilo que Deus exige, para a entrada na Sua casa (que hoje é a igreja local, I Tm 3:15) não pode ser esquecido; qualquer ser humano só pode entrar pela Porta. Mas não podemos dificultar desnecessariamente este processo; a porta da igreja local tem que estar olhando para o oriente, para os pecadores e para os indoutos. Adotar táticas humanas, diluir a mensagem, e animar mais as reuniões, são sugestões da carne; mas mostrar um amor verdadeiro e sincero aos pecadores, apresentar o Evangelho de maneira tão clara que até uma criança possa entender, fazer com que os visitantes se sintam realmente bem-vindos em nosso meio, sair ao encontro deles de casa em casa se eles não querem vir ao salão onde nos reunimos, isto é tornar a igreja acessível. O padrão elevado que Deus exige tem que ser mantido; o que nós não temos o direito de fazer é acrescentar, às exigências de Deus, as nossas próprias.
b. A preeminência do Filho (2:9)
b.1. Aparência agradável
O jardim do Éden deve ter sido, sem sombra de dúvida, um lugar extremamente belo. Não simplesmente um lugar onde o espírito encontrava alegria (como vimos acima), mas também um lugar onde os olhos se enchiam com as belezas físicas ali expostas. Deus, o sábio Criador, plantou árvores, e eram árvores agradáveis à vista. Aquele jardim manifestava o poder e a perfeição do Seu Criador.
Da mesma forma, uma igreja local deve manifestar, perante os homens e os anjos, a beleza da santidade de Deus. Além de ser um lugar onde o verdadeiro cristão encontrará prazer espiritual junto com seu Senhor, deve ser também um lugar onde os indoutos ou incrédulos poderão ver a ordem e perfeição que são características do nosso Deus.
I Coríntios cap. 14 deixa isto bem claro. Ao mostrar a necessidade de haver ordem nas reuniões da igreja, o Espírito nos revela, primeiro, o lado negativo (v. 23). Se a reunião for desordenada, os incrédulos ou indoutos irão dizer que somos loucos. Mas os vs. 24 e 25 apresentam o lado positivo: quando tudo é feito “com decência e ordem” (v. 40), o resultado é que o nome de Deus será glorificado (v. 25).
Em relação à “decência”, estamos precisando, hoje em dia, reaprender o significado da palavra “reverência”. Lamentavelmente, muitas igrejas de Deus estão se portando com tanta leviandade, bagunça e falta de reverência, que o nome de Deus acaba sendo blasfemado (compare Rm 2:24). Que o Senhor nos dê a coragem para desprezar as táticas sensacionais e barulhentas, que só agradam à nossa alma; que Ele nos dê a intrepidez necessária para valorizarmos as reuniões simples, reverentes e espirituais que agradam ao nosso espírito e, principalmente, a Deus.
Quanto à “ordem”, é importante lembrarmos que a igreja não é um lugar sem autoridade, onde cada um faz o que bem entende; não é uma ditadura, onde um homem domina sobre os outros; nem é uma democracia, onde a vontade da maioria é feita; a igreja é uma Teocracia, onde Deus reina. Homens fieis e santos, levantados por Ele, presidem sobre o povo de Deus, submetendo-se, porém, ao Senhor dos senhores (Hb 13:17, etc.).
A igreja de Deus é o lugar onde a beleza da Sua santidade deve ser vista. Que possamos fazer tudo com decência e ordem (I Co 14:40), resplandecendo como luzeiros no mundo (Fl 2:15), para que o mundo seja atraído pelas belezas do nosso Deus, reveladas no Senhor Jesus Cristo.
b.2. Alimento
O jardim do Éden não satisfazia apenas aos olhos; também fornecia alimento abundante e variado, com toda sorte de árvore boa para alimento.
Uma igreja que não esteja fornecendo alimento para o rebanho está em grande falta, e dificilmente poderá crescer. Para haver crescimento é necessário alimento, e este deve ser encontrado, principalmente, na igreja, pois o Novo Testamento mostra claramente que é em comunhão com a igreja que o cristão cresce (veja Ef 4:11–16, por exemplo).
Deus fez provisão para esta necessidade, pois “Ele mesmo concedeu uns para … pastores e mestres”. Ele próprio deu, para cada igreja, irmãos capacitados para alimentar o povo de Deus através do ensino da Palavra. E não são somente os pastores e ensinadores que tem esta responsabilidade; os anciãos também devem ser aptos para ensinar (I Tm 3:2). Nem sempre esta aptidão será para o ensino público. Muito pode ser feito em conversas ou visitas particulares, em circunstâncias onde o ensino público não pode, ou não consegue, surtir o efeito desejado. Mas, seja por meio do ensino público ou individual, a verdade é que, em cada igreja local, o alvo deve ser que cada um dos membros esteja encontrando alimento para as suas necessidade.
Neste sentido, como está a igreja onde você se reúne? Há alimento suficiente? Há variedade de alimento (“toda sorte de árvore”)? Se não, você está preocupado com isto? “Mas eu não tenho o dom de ensinar”, você diz; ou então: “Mas eu sou uma irmã; a Bíblia me proíbe de ensinar publicamente na igreja”. Mas, se não temos o dom de ensinar, estamos exortando em particular, com palavras e com nosso exemplo? Se não podemos ensinar publicamente, estamos ensinando em particular? Nós louvamos a Deus pelos servos eruditos que Ele capacitou para nos ensinar; mas não podemos esquecer que não é necessário saber definir hermenêutica ou homilética para poder alimentar o povo de Deus. O Servo perfeito, que soube “dizer uma palavra em tempo oportuno ao cansado”, era Aquele que despertava “todas as manhãs” para ouvir a voz de Deus (Is 50:4). Precisamos dos eruditos; principalmente, porém, necessitamos de homens e mulheres que, não se preocupando com o reconhecimento por parte dos homens, procuram estar em comunhão com Deus, ouvindo a Sua voz, para poderem nos falar palavras oportunas.
b.3. Atração
Quando Eva tentou descrever o jardim do Éden, ela disse que a árvore que estava no meio do jardim era a árvore do conhecimento do bem e do mal (3:2–3). Parece que tanto esta, quanto a árvore da vida, estavam na região central do jardim, e não precisamos discutir qual delas ocupava o centro geográfico. O importante é que, para Eva, a árvore central, a mais importante, era a árvore proibida; para Deus, porém, a árvore que estava no centro do jardim era a árvore da vida (2:9), uma figura muito clara daquele que nos dá a vida eterna, o Senhor Jesus.
O centro de toda verdadeira igreja de Deus será ocupado unicamente pelo Senhor Jesus Cristo. É ao nome dEle que reunimos (Mt 18:20), atraídos por Ele e submissos a Ele. Ele é o Cabeça da Igreja que é o Seu corpo, e será também de toda igreja local que Lhe pertença (Cl 2:19; Ef 4:15, etc.). Não temos o direito de colocar qualquer outra coisa, ou pessoa, no centro da igreja. Se não somos atraídos unicamente ao nome de Cristo, se não permanecemos unidos simplesmente por amá-Lo, se não nos submetemos incondicionalmente à Sua palavra, então renunciamos ao direito de ter a Sua presença conosco. Poderemos ser uma “igreja”, mas não seremos uma igreja de Deus.
Que possamos recusar toda teoria, invenção, preceito ou tradição que vem dos homens, submetendo–nos somente à autoridade de Cristo. Que saibamos respeitar aqueles homens dedicados que Ele próprio levantou para guiar o rebanho, mas jamais permitir que um deles (ou qualquer outro mortal) usurpe o lugar central na igreja local; este lugar pertence somente a Cristo! Que possamos nos esforçar para ver Cristo entronizado, respeitado, obedecido e exaltado em nosso meio!
c. O poder do Espírito (2:10)
c.1. Altura
Percebemos que este jardim era mais alto do que as terras ao seu redor, pelo fato de que o rio saia do jardim e fluía para as terras ao redor. É um fato comprovado que a água, em seu estado líquido, quando não impelida por uma força externa, corre sempre do lugar mais alto para o mais baixo. Como este rio nascia no Éden, e dali saia para outras terras, fica bem claro que o jardim estava num local elevado.
Esta deve ser, também, uma característica das igrejas de Deus hoje. Elas estão no mundo, mas não são do mundo. O mundo é inimigo de Deus (Tg 4:4) — uma igreja local é casa de Deus (I Tm 3:15), é um “santuário de Deus … sagrado” (I Co 3:17). Espiritualmente, deve haver uma distância enorme entre uma igreja de Deus e o mundo. A organização da igreja não irá copiar a política humana, com sua democracia desordeira; as atividades da igreja não poderão ser confundidas com atividades de instituições mundanas; a adoração duma igreja verdadeira será sempre muito superior à religiosidade fria e formal do mundo religioso.
A igreja não deve procurar atrair os pecadores com aquilo que o mundo oferece. O mundo tem diversão, filmes, festas; a igreja deve apresentar algo muito diferente, e muito superior. Há algo de errado com nosso proceder se os incrédulos se sentem bem em nossas reuniões. Numa reunião onde o Espírito tem liberdade de agir, o resultado será exatamente o contrário: o incrédulo ou indouto é “por todos convencido, e por todos julgado” (I Co 14:24). Ele irá se sentir incomodado, percebendo que não somos iguais a ele (espiritualmente); ele irá perceber que é um pecador, e que necessita da salvação. Devemos ser cordiais e amáveis, fazendo com que ele se sinta muito bem-vindo; mas não podemos esquecer que nossa intenção, ao trazê-lo, não é simplesmente que ele volte outra vez; é que ele perceba o seu pecado, e aceite a Cristo.
Em suma: as igrejas de Deus devem ser lugares espiritualmente elevados. Que nos chamem de radicais, fanáticos, etc.; nós não podemos, em qualquer circunstância, abaixar os padrões elevados de santidade e pureza que Deus exige de nós, Seu povo. O desejo de Deus para o Seu povo é que sejam um alvo, um exemplo para o mundo perverso (Fl 2:15). Que responsabilidade! Estamos buscando algo mais elevado do que aquilo que o mundo apresenta? Ou estamos manchando nosso testemunho com a lama da irreverência e leviandade, sob o pretexto de atrair as multidões? “O santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (I Co 3:17). É melhor uma igreja pequena, mas “elevada”, do que uma igreja numerosa vivendo no vale, junto com o mundo.
c.2. Água
O jardim do Éden não era árido ou estéril, como já temos visto; era um lugar onde cresciam toda sorte de árvores; um jardim cheio de vida, exuberante e atraente. Mas, de onde vinha a vida deste jardim? Em parte, da neblina que regava toda a terra (2:6), mas principalmente do rio que saia do Éden.
Um rio, na Bíblia, é uma figura muito apropriada do Espírito Santo, conforme a Palavra de Deus nos explica em Jo 7:38-39. Este rio, portanto, é uma figura da atuação do Espírito Santo no meio do povo de Deus, dando-lhe a vida e poder necessários para servir ao Senhor. É o Espírito quem nos torna capazes de servir a Deus, pela Sua presença conosco (Jo 14:16) e pelos dons que Ele nos dá (I Co 12:8). Ele também habita na igreja local, e é Ele quem irá operar no meio da igreja, levando-nos a obedecer ao Cabeça. A autoridade é de Cristo; o poder é do Espírito.
É fundamental que nossas igrejas tenham um rio para regá–las. A vida, o poder de nossas igrejas não pode vir de outra fonte, a não ser o Espírito Santo. Se, na igreja onde você se reúne, o trabalho é feito no poder do homem, conforme a programação dos homens, onde está o Espírito de Deus? É nosso dever tirar da igreja todas aquelas coisas que só agradam a carne, coisas que o Espírito de Deus jamais nos autorizou a introduzir. Podem ser inofensivas; podem até ser bonitas, mas vão limitar a liberdade que o Espírito tanto deseja ter. As religiões humanas, para atrair e manter seus membros, precisam da ajuda de muitas coisas humanas; uma igreja de Deus, porém, para atrair cristãos ao nome de Cristo, só precisa do poder do Espírito que, como um rio, irá espalhar a Sua influência por todo o jardim.
c.3. Alcance (Gn 2:10)
Aquele rio não permanecia só no jardim do Éden; ele se dividia e atingia outras terras também (Havilá, Cuxe, Assíria), permitindo que elas fossem beneficiadas pela vida que havia nele. Um rio, pela sua própria natureza, não consegue ficar parado, mas avança sempre. Você se lembra daquela profecia impressionante, registrada em Ezequiel 47? Um rio que, quanto mais se afastava do santuário, e quanto mais se aproximava do mar Morto, mais profundo ficava; e o homem que guiava Ezequiel lhe disse: “tudo viverá por onde quer que passe este rio” (v. 9).
O mesmo deve acontecer com uma igreja local. O poder do Espírito Santo, operando nela como um rio, não poderá ser escondido do mundo, nem trancado dentro de quatro paredes. Quando a igreja manifesta, pela direção do Espírito, o Senhorio de Cristo, ela irá resplandecer como um luzeiro no mundo (Fl 2:15), e outros serão atraídos pelo seu testemunho. A ordem do Senhor aos Seus discípulos foi para que avançassem até aos confins da Terra (At 1:8), e o Espírito de Deus deseja estimular-nos a cumprir esta ordem. Veja o exemplo da igreja em Tessalônica: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor, não só na Macedônia e Acáia, mas por toda a parte se divulgou a vossa fé para com Deus” (I Ts 1:8). Todo cristão sincero deverá estimular esta visão em seus irmãos, desejando expandir, alcançar outras terras que estão secas.
Esta não é uma necessidade distante; muitas vezes, a terra mais seca não está do outro lado do planeta, mas no nosso quintal. Na sua cidade, quantos bairros estão desertos espiritualmente? Perto dali, quantas cidades sem nenhum testemunho conforme as Escrituras? Como seria bom se o Senhor reavivasse em nossos corações o desejo de multiplicar pela divisão. Não divisão contenciosa — isto é sempre obra da carne — mas divisão unida e pacífica. Parece uma contradição; multiplicar pela divisão, dividir com união; mas é a melhor maneira de expandir. Uma igreja, por exemplo, com 60 membros, pode muito bem se tornar em duas igrejas, cada uma com aproximadamente 30 membros, reunindo em dois bairros diferentes da cidade. Permaneceriam plenamente unidas, cooperando uma com a outra, mas seriam agora duas igrejas locais distintas. Um novo bairro daquela cidade teria a bênção de possuir um testemunho ao nome de Deus (os incrédulos daquele bairro não iriam apreciar isto, mas haveria uma luz brilhando ali). Outras pessoas teriam a oportunidade, não apenas de ouvir o Evangelho pelas pregações, mas de ver o Evangelho pela vida da igreja. E, com o tempo, estas duas igrejas teriam crescido o suficiente para se dividirem novamente, produzindo, pela divisão pacífica e dirigida pelo Espírito Santo, uma verdadeira multiplicação.
Se estamos gozando das bênção do Espírito Santo na nossa igreja, vamos olhar para os lados. Há muitas terras aí fora, mesmo em nossas próprias cidades e regiões, aonde Deus quer acender um candeeiro, espalhando as bênçãos que só o Espírito Santo distribui, trazendo vida a mares mortos, trazendo luz a noites escuras. Que o rio que sai do nosso jardim, da nossa igreja, possa se dividir em quatro, oito, vinte braços, para que, por todos os cantos deste imenso país, possa resplandecer e brilhar a glória de Deus, através do testemunho do Seu povo.
d. Conclusão
Deus plantou o jardim do Éden para nele ter comunhão com o homem. Adão e Eva abusaram deste privilégio, e foram expulsos dali. Depois desta tentativa de comunhão, fracassada por culpa do homem, Deus habitava no meio no Seu povo nas habitações construídas conforme as Suas instruções (no Tabernáculo e nos Templos). Hoje, “entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas” (At 7:48), pois nesta dispensação, Ele habita no cristão, individualmente (I Co 6:19), e na igreja, coletivamente (I Co 3:16-17). Quantas vezes, porém, sentimos que estamos transformando a casa de Deus em nossa própria casa, onde as nossas leis são obedecidas, as nossas pregações são anunciadas, as nossas músicas são apresentadas, e a nossa honra é buscada. “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.
Que o Senhor mostre cada vez mais aos nossos corações a santidade, a preciosidade duma igreja local. É um paraíso de Deus aqui na Terra. Que possamos estudar a Palavra de Deus, para saber “como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (I Tm 3:15).

GRITOS DE ALERTA / Willian J. Watterson

EDEN - UM LUGAR EM SIÃO


Por Mosheh ben Shalom

     Este é um estudo laborioso que depende de muita sensibilidade do leitor para captar muita informação à medida que avançar na leitura. Esteja preparado, pois são estarrecedoras as informações que serão transmitidas. Aconselho ao amigo(a) leitor(a) que não adentre nesta leitura se não dispor de tempo para a mesma.

- INTRODUÇÃO
     O propósito deste trabalho, não é de fato, dar importância à localidade do Éden em si. Mas de mostrar a importância de o Éden estar localizado em determinado lugar. As Escrituras não preveem especificamente o seu local em nenhum versículo, porém, como veremos, nenhum estudante sério da Bíblia deve ter qualquer dúvida de qual a sua localização devido ao material de apoio espalhados por todas as suas páginas.
     Quase todas as conjecturas sobre a localização do Éden na Terra, eventualmente, se centra na tentativa de identificar esse local por meio dos rios mencionados em Gênesis 2:11-14:
O nome do primeiro é Pisom: este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro; e o ouro dessa terra é bom: ali há o bdélio, e a pedra de berilo. O nome do segundo rio é Giom: este é o que rodeia toda a terra de Cuche. O nome do terceiro rio é Tigre: este é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates 
   
     Sempre tentam localizar o local do Gan Eden (Jardim do Edem) pelos quatros rios e isto é um erro! As pessoas fazem isso porque elas não focam no que as Escrituras dizem. No entanto, tome nota do fato de que a Bíblia diz claramente que somente UM rio saiu do Éden, não os quatro. Esta não é uma coisa enorme, mas é importante. 
“E saía UM RIO DO ÉDEN para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços”    Bereshit (Gn) 2:10
     Em Bereshit (Gn) diz que apenas havia um rio no Éden. Este rio saía da terra do Éden, e depois ia à sua esquerda. Como você verá, as adições das informações determinarão que o Éden é o que chamamos hoje, Israel!
     No livro de Ezequiel há um profético rio que irá sair de debaixo do trono de Hashem o Eterno. Este rio virará para a direita, para fora da terra e surpreendentemente ele também vai se dividir em quatro direções diferentes. Então, contrastando com o rio do Éden será isto uma coincidência?
      O que se percebe é que o que rio que sai do Éden é o antítipo e precursor desse rio. Mas o que isto significa? O rio representa a Ruach de Hashem (Espírito do Eterno)! Isso é facilmente demonstrável no livro de Ezequiel. Quantos Espíritos de Hashem estão lá? Existe apenas um, e este Espírito emana do Eterno. Acho que podemos quase identificar a localização de onde o rio borbulhando sai do chão. Do meio do Jardim.
Vamos a Ezequiel 47:
Ezequie 47:1“Depois disso me fez voltar até a porta da casa, e eis que, as águas saíam de debaixo do limiar da casa (do Templo) para o leste: para frente da casa que dava para o leste, e as águas desciam de debaixo do lado direito da casa, no lado sul do altar” 
     Perceba querido leitor que havia ali um altar. O rio borbulhou para fora da terra para o lado sul do altar, e depois para o leste. 
Ezequiel 47:8:  Então me disse: Estas águas saem para a região oriental e, descendo pela Arabá, entrarão no Mar Morto, e ao entrarem nas águas salgadas, estas se tornarão saudáveis”
     O rio que corria para fora do Éden, corria para o leste, assim como o rio descrito em Ezequiel também corre para o leste! Isto indica que Hashem nunca muda em seus padrões, nem os seus métodos. O Eterno segue através de coisas de forma consistente. Se realmente temos fé em Hashem, e Ele nos diz algo, então temos que acreditar! O rio corre a leste; não oeste, não norte, não sul. Hashem diz que vai a leste e isso é importante.
     Os versos de Gênesis, como foram traduzidos nos permite olhar para um rio que se divide em quatro, formando um desenho como se tivesse o formato de um galho de árvore. Mas, a pronuncia hebraica ra-ashe-im não significa galhos, mas quatro cabeças separadas. O rio começa como um único fluxo, mas, evidentemente, desaparece no chão brotando novamente em quatro locais diferentes, como quatro rios distintos. No momento parece um pouco nebuloso, mas no decorrer do estudo isto se tornará evidente.
       
- OS RIOS PISOM E GIOM
     Os rios Tigre e Eufrates são facilmente identificáveis, porque seus nomes originais foram mantidos. Os outros dois rios, o Pisom e o Giom, são “desconhecidos” hoje, embora a palavra "Giom" é conectada com água perto de Jerusalém. Os locais originais destes dois rios têm sido um tema de muito debate entre os estudiosos bíblicos, cientistas e leigos. Se identificarmos os rios perdidos Pisom e Guion, teremos uma chave essencial para desvendar o mistério da verdadeira localização do Jardim do Éden. Gênesis 2:11-12 diz que o rio Pisom fluiu através de Havilá. Bem, Havilá conecta a Canaã (Israel) através da Arabá - que é uma região do deserto - do Mar Morto ao Golfo de Aqaba.
        Agora, curiosamente, Jacob Ben Amir informou que um fluxo anual de 140 milhões de metros cúbicos de água doce - que é muita água! - foi descoberto. Esta água flui sob a extremidade norte do Mar Morto.Além disso, nos últimos 15 a 20 anos, uma fonte de água tremenda foi descoberta sob a Arabá. É interessante notar que a planície tem sido um deserto estéril desde Sodoma e Gomorra na região do Mar Morto. No entanto, antes, esta área foi descrito como exuberante e verde, "Como o Jardim do Senhor," Gênesis 13:10.
        Agora, é possível que o rio Pisom tenha fluido uma vez mais perto da superfície por meio de Havilá e Arabá, mas posteriormente tornou-se submersa, talvez no tempo da destruição dessas duas cidades. E ele também menciona em um lugar diferente que a água está começando a vir à superfície nesta área também. Então você tem este rio subterrâneo enorme, de 140 milhões de metros cúbicos de fluxo lá embaixo, exatamente na área que a Bíblia fala sobre como Havilá.
        Quanto ao rio Giom as Escrituras nos dizem que originalmente corria pela terra de Cuche. Onde está o Cush? No Egito. Bem, isto parece indicar que o rio Giom está localizado no que é hoje o sul do Egito e norte do Sudão. De acordo com um historiador judeu do primeiro século, Josefo, havia uma crença popular nessa época que um rio subterrâneo juntou o Nilo ao Mar da Galiléia. Bem, rios subterrâneos não são incomuns, não é inédito na terra. Mas há uma espécie de peixe bagre realmente incomum que só é encontrada em dois lugares no mundo, chamado Clarias Lázara, o chamado "corvo da água" por Josephus, é o único representante de sua família Africano encontrado em ambos, tanto no Nilo como no Mar da Galiléia. Bem, isso foi Josephus.
       
- O RIO GIOM E O RIO NILO
     Em Gênesis 2:10-13, ele fala sobre os nomes dos rios que fluíam do rio que corria para fora do Éden. Há um determinado Giom. E ficamos maravilhados quando descobrimos um lugar em Israel que tinha este nome. Em I Reis 1:33,34 o rei Davi disse: “Tomai convosco os servos de vosso senhor, fazei montar meu filho Salomão na minha mula, e levai-o a Giom. E Zadoque, o sacerdote, com Natã, o profeta, ali o ungirão rei sobre Israel”
     Assim, nos tempos de Davi, cerca de 3.000 anos após os acontecimentos de Gênesis 2 e 3, o Giom nome do lugar ainda existia em Jerusalém, e, talvez, Hashem nos forneceu evidências adicionais sobre a localização do Éden e seu Jardim.
     Esta é uma informação importante dizendo que Giom foi localizado a leste de Jerusalém.
     Também em II Crônicas 32:30 impressionantemente afirma que Ezequias tapou uma fonte de águas em Giom: “Também foi Ezequias quem tapou o manancial superior das águas de Giom, fazendo-as correr em linha reta pelo lado ocidental da cidade de Davi. Ezequias, pois, prosperou em todas as suas obras”
     É importante destacar o comentário de Pedro Michas. Ele diz: “A primavera Giom flui sob a colina sudeste de Jerusalém, a oeste do Vale do Cedron onde a Cidade de Davi foi construída. Em tempos do Antigo Testamento forneceu uma fonte substancial de água para a cidade, e esta fonte de água particular, deve também ter sido considerado único porque foi o lugar onde Salomão foi ungido, e porque a água desta fonte foi misturada com as cinzas das novilhas para produzir as águas da purificação"
     Sabemos que em Jerusalém devia haver bastante abundancia de água por causa das várias lavagens exigidas dos sacerdotes, assim como os sacrifícios próprios, o que exigia uma grande quantidade de água a cada dia. Os sacrifícios eram lavados com água corrente, não estagnada, então devesse ter havido um fluxo consistente e forte de água lá.
     As modernas autoridades do governo israelense afirmaram, que até hoje, há uma grande quantidade de água sob praticamente todo o território de Israel em seu subsolo. Algo no livro de Ezequiel nos fala sobre isto, uma forte quantidade de água jorrará de Sião: Então me disse: Estas águas saem para a região oriental e, descendo pela Arabá, entrarão no Mar Morto, e ao entrarem nas águas salgadas, estas se tornarão saudáveis”

Sobre a fonte de Giom tenho que acrescentar um fato interessante sobre os milagres realizados por Yeshua. Ao curar um cego de nascença, ele fez algo inédito que está registrado em Yochanam (João 9:5-7): “Dito isto, (Yeshua) cuspiu no chão e com a saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego, e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou vendo”
    Como pode ser observado no mapa acima, a fonte de Giom percorria quase toda a cidade de Davi e abastecia o tanque de Siloé. Talvez Yeshua tenha nos dado uma informação importante sobre estas águas, uma vez associada à Giom procedente do antigo Jardim de Elohim! Também em tom de reprovação por parte de Elohim, assim profetizou Yeshaiahu (Isaías 8:6): “Porquanto este povo rejeitou as águas de Siloé, que correm brandamente, e se alegrou com Rezim e com o filho de Remalias”
     Não será que toda a especialidade desta água tenha um sentido profético? Verá isto mais adiante. 

- O JARDIM DO EDEM NÃO É TODO O EDEM
      A próxima coisa que quero que entenda é que o Jardim não demarcava todo o território do Éden. O Jardim do Éden era uma área menor que ficava ao leste, dentro do território maior chamado Éden. Éden é um dos nomes que a Bíblia fornece para toda a área geral. Simplificando, o jardim estava em uma área específica na parte oriental do território, chamado Éden. Por isso se diz: Jardim do Éden, ou seja, Jardim que pertence ao território chamado Éden!





- ETIMOLOGIA DA PALAVRA ÉDEN

     A palavra "Éden" significa "prazer". Assim, o Éden foi um lugar de prazer. Quem o nomeou? Hashem o fez. Isso significa que determinada área de terra realmente agradou o Eterno YHWH. Foi um prazer para ele e estava feliz quando a fez. Hashem teve prazer nela, e foi disso que a chamou. Era um jardim de delícias. Mas alguns estudiosos acreditam que a palavra EDEN provém da palavra hebraica “Q’EDEN” que se traduz como "leste" - E que está como um Q de capital, isto já ocorre nos escritos egípcios em 1900 aC como uma terra perto de Canaã. Qedem é uma terra perto de Canaã.



-O RIO QUE CORRIA PARA O LESTE

     O rio que saia do Éden, corria para o leste regrando o Jardim, em seguida, continuou para além da área leste do território chamado Éden. Em outras palavras, ele ficou completamente fora da terra do Éden e em seguida, dividiu-se em quatro rios que foram mencionados em Gênesis 2.

     A maioria dos teólogos identifica a localização do Éden como na Mesopotâmia, acredite ou não, no vale do Tigre/Eufrates nas mediações de Babilônia. Eles fazem isso devido à civilização sumeriana que é a mais antiga e avançada, ter deixado registros de sua existência localizada no rio Tigre/Eufrates. Embora,as Escrituras nos dizem que Caim e seus descendentes foram os primeiros a construir uma cidade (Gênesis 4:17), e evidências arqueológicas parecem indicar que os primeiros moradores de cidade moravam ou viviam em uma área chamada Canaã. Há também registros recentes que Yericó (Jericó) é a cidade mais antiga do mundo. Só muito mais tarde depois do Dilúvio é que surgiram civilizações mesopotâmicas, incluindo Babilônia.

     É interessante notar que, quando Adam e Chavah (Adão e Eva) pecaram, Hashem os expulsou do Jardim, e colocou querubins com uma espada flamejante para proteger o caminho para a Árvore da Vida. Não é difícil de imaginar em que direção tomou Adão e Eva depois de suas expulsões, haja-visto, que o rio saia do território do Éden e corria para o leste. Não há dúvida alguma de que eles ficaram um pouco nas proximidades do Jardim, mas para o leste, mantendo-se nos arrabaldes do rio que foi nessa direção. Não seria natural ter água para beber? Veremos mais sobre isto à medida que avançarmos no estudo. 





- (GÊNESIS) 3:24. ADÃO E EVA PECARAM.

Gênesis 3:24: “E havendo lançado fora o homem, pôs ao ORIENTE do jardim do Éden os K’ruvim(querubins), e uma espada flamejante que se volvia por todos os lados, para guardar o caminho da árvore da vida”

     A pergunta é: Por que o Eterno não colocou um querubim no lado norte, talvez lado sul, quem sabe, lado ocidental? A resposta é simples, não havia porta lá! Não houve abertura para o jardim em outra direção. O Jardim foi completamente fechado. Houve apenas uma maneira de entrar e sair. Quantas maneiras, poderemos chegar a Hashem? Quantos caminhos, quantas portas? Apenas uma! Como veremos, quem vai para Hashem terá que enfrentá-lo face a face. Talvez você esteja começando a perceber a grandeza desta mensagem. Quantas passagens havia para o Kohen Gadol (o sumo sacerdote) se achegar ao Eterno pelo Mishikan (Tabernáculo)? Apenas uma não é mesmo? Quantos caminhos existem hoje para nos achegarmos à Elohim? Somente um! Yeshua Há Mashiach!
  
         Voltando aos querubins, sabemos então que estão no lado leste, e a única razão para isto é que esta é a única direção a partir da qual Hashem pode ser alcançado.
     Lemos em Gênesis 4, que Caim e Abel, foram chamados diante de Hashem, e eles foram ordenados a fazer um sacrifício em um altar, na presença de Hashem. Então pergunto, onde estava aquele altar? Você já deve entender que, desde que Adam e Chavah (Adão e Eva) foram expulsos, os K’ruvim (querubins) estavam guardando a porta de acesso do jardim, porém eles ainda viviam nas mediações do Éden, mas sem terem acesso ao jardim devido a guarda angelical montada por Hashem. No entanto, o altar estava dentro do território do Éden. Se você considerar o templo de Israel entenderá isto. Os sacrifícios eram realizados dentro do Templo (símbolo do território Éden), próximo da porta de acesso ao Kadosh HaKadoshim (Santo dos Santos = símbolo, do Jardim que ficava na parte oriental do Éden). 

















PARALELISMOS ENTRE O JARDIM DO ÉDEN E O TEMPLO
Kol Elohim (A voz de Elohim)

     Já aprendemos que o Éden era um imenso território, mas o jardim propriamente dito era uma porção bem menor. No entanto, era ali que se ouvia a voz de Elohim:
“E, ouvindo a voz do Eterno Elohim, que passeava no jardim à tardinha” Gênesis 3:8.
Comparando com o jardim, o Templo também tinha o seu próprio “jardim”, o Kadoshi HaKadoshim, isto é, o Santo dos Santos onde se ouvia a voz do Hashem. Além do véu da separação!



A Árvore e a Arca
     Agora pense na árvore da vida que estava no meio do jardim:  E o Eterno Elohim fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida, bem como a árvore da vida no meiodo jardim” Gênesis 2:9.

    Também, bem no centro do Santo dos Santos residia o Aron (a Arca da Aliança). Mas o que a arca da aliança tem de comum com a árvore da vida? Tudo! Toda a presença de Elohim no meio de Israel se dava por meio da arca.  Em seu interior, estava toda a imortalidade representada no Gan Eden (Jardim do Éden)! Dentro da arca eram depositadas as duas tábuas da Lei, contendo as dez regras universais, conhecidas comumente como Decálogo. Nós Yehudim (judeus) nos referimos às instruções de Hashem como Torah, por isto, a cada Sahabat (serviço litúrgico de Sábado) proferimos que os Mandamentos de Elohim, ou seja, a Torah: “É árvore da Vida para os que nela apegam”. É isto, a Lei é Étz Chaiym (Árvore da Vida). Sendo assim, dentro da arca do pacto estava o Decálogo, símbolo da árvore da vida. Ou seria a árvore da vida símbolo do Decálogo? Certa feita Yeshua ao ser perguntado por um homem sobre como fazer para ter vida eterna, ele respondeu: “Conheces os Mandamentos?”

Os dois K’ruvim


    Na entrada do Santo Jardim havia dois melachim (anjos) guardiões que tinham uma única função; proteger a árvore da vida! Para se achegar a árvore só havia uma via de acesso. É interessante notar que na entrada do Santo dos Santos que não dispunha de janelas tendo apenas uma entrada, sendo este o compartimento mais sagrado do templo, havia uma pintura de dois anjos alados de obra esmerada, desde uma extremidade à outra. Agora, adivinhe qual era a espécie destes dois anjos retratados? Querubins, como os do Éden! E o que fazem os querubins? Vigiam, protegem. Havia um motivo específico para a guarnição no jardim do Éden? A resposta também é sim! Por causa da imortalidade contida nele através da Árvore da Vida a Étz Chaiym. Se comparar estes dois querubins com os dois representados na Arca da Aliança verá que se trata da mesma coisa. Na Arca estava contida a imortalidade do Jardim do Éden. Os três objetos contidos na Arca; as duas tábuas da Lei, o Pote com o Manah e o Cajado de Arão que floresceu apontam para isto! 

- A LEI ETERNA
Os dez mandamentos falam sobre o juízo que se trará sobre toda a carne, juízo este que trará consequências eternas, morte ou vida! Assim como Adão pecou e recebeu a morte.

- A RESSURREIÇÃO
     O cajado de Arão também fala da Árvore da Vida! Assim como aquele cajado que um dia fora vivo e que havia secado toda a esperança de vida nele, mas que pelo poder de Elohim voltara a florescer, assim todos somos como aquele cajado. Hoje estamos vivos, amanhã quem sabe mortos, mas Bendito Seja Ele, que voltaremos a florescer no último dia! Baruch Hashem!

- O POTE COM O MANAH
     O pote de ouro que continha o Manah, fala de providencia divina! Yeshua o Manah que desceu do Céu. Este pote fala de Imortalidade. Pois Yeshua afirmou quem dEle comesse (aceitasse seus ensinos e praticasse) teria parte da vida eterna. Todo o Manah que estava fora da arca embolorava e apodrecia, somente o que estava no pote na Arca da Aliança não embolorava. Isto implica dizer que tudo o que esta dentro aliança de Elohim não estraga e não tem prazo de validade! O Manah da arca não estragava porque a arca representa o Gan’Eden “Jardim do Éden! Toda a imortalidade contida no Éden estava contida na Arca! Por isso os dois K’ruvim os guardavam!

- A FUGA DE CAIM PARA A TERRA DE NOD
Gênesis 4:16:  “E Caim saiu da presença do YAHÚ, e habitou na terra de Nod, a leste do Éden”
     Caim desobedeceu a Hashem e matou seu irmão Abel. O texto diz que Caim “Saiu da presença de Elohim” indo na direção da terra de Nod. Fica explicito nesta passagem que “o sair da presença de Elohim” conota ir para além do território onde Elohim o havia deixado. É claro que Caim, para sua própria sobrevivência seguiu o rio a leste, assim como seu pai e sua mãe, porém, indo muito além, para o território de "Nod". Nod simplesmente significa "errante". Ele vagou a leste. "Errante" isto quer dizer; ser confuso e sem direção.
     Uma coisa que sabemos é que Caim não se moveu na direção de Hashem. Ele não seguiu para o oeste. Ele foi para o leste. Caim virou as costas para Hashem, e seguiu a água por onde passou.
      Acho que você está começando a ver que a palavra um pouco "a leste" ou "oriental" não é trivial simples. Temos indícios de que são úteis para compreender Hashem e Seu propósito.
     Caim partiu para uma área onde a oposição a Hashem se estabeleceu e prosperou. Lá se instituiu a civilização e o sistema que até hoje se coloca em oposição a Hashem.  Caim foi o progenitor real de Bavel (Babilônia):
     Apocalipse 17:4-5“E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas, com um cálice de ouro na mão cheia de abominações e da imundícia da suaprostituição: E na sua testa estava um nome escrito, mistério, A GRANDE BABILÔNIA, A MÃE DAS PROSTITUTAS E ABOMINAÇÕES DA TERRA”
 
     Onde estava a Babilônia? A leste do Éden. Essas pessoas foram se afastando de Elohim, saindo do território Kadosh (Separado).
GÊNESIS 11:2 É TERRIVELMENTE, TERRIVELMENTE MAL TRADUZIDO

“E toda a terra tinha uma só língua, e de uma mesma fala. E sucedeu QUE, COMO ELES VIAJARAM DOLESTE que eles acharam um vale na terra de Shinar; e habitaram ali”
Gênesis 8:4, isto é, após o Dilúvio.
Gênesis 8:4“E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararat”
      Onde estão as montanhas de Ararat? Eles estão no leste da Turquia. Agora, onde está localizada a Turquia em relação a Jerusalém e em relação ao vale do Tigre/Eufrates? As montanhas de Ararat estão diretamente ao norte de Jerusalém.
      Então o verso 2 de Gênesis 11 deve ser traduzido de forma diferente, porque diz que passou de Ararat para Shinar. Onde está Shinar? Shinar é a planície entre o Tigre e o Eufrates. Qual a direção que eles tinham que migrar nesse caso? Sudeste. Mais uma vez, você vê, eles estão indo para longe de Hashem.
      Em Gênesis 11:02 lemos que a lição do Dilúvio não foi aprendida, porque depois que eles se estabeleceram em Ararat e começou a expandir as suas famílias, voltaram para o lugar de suas raízes, indo para o leste, longe de Hashem. Neste caso, o início do reino após o Dilúvio foi através de Nimrod, e seus companheiros também.
      O Keil-Delizstch nos comentários de Notas Barnes afirma que a tradução em Gênesis 11:02  deve simplesmente se ler: "Eles viajaram para o leste."

- O JARDIM ERA A MORADA DO ETERNO NA TERRA
     Tente considerar isto. Por que Hashem iria plantar um jardim na Mesopotâmia, que segundo a alegação dos homens é o berço da civilização, quando 500 quilômetros ao oeste Ele criou o primeiro templo sagrado na terra? E se quiser saber onde ficava este templo sagrado é só se concentrar no Jardim do Éden! Este foi o seu templo naqueles dias. Ali a própria presença divina se manifestava no meio do Jardim. Ali também em seguida, colocou os primeiros seres humanos.
     Nos primeiros capítulos de Gênesis, encontra-se que o Jardim que estava no Éden é considerado a morada de Hashem. Foi Sua casa na Terra. A Bíblia diz que Ele caminhava neste Jardim. Ali era sua habitação na terra. Da mesma forma, posteriormente, quando o Tabernáculo e depois o Templo em Israel foram construídos, o Santo dos Santos era considerado a morada de Hashem. Contraste com Yeshuaiahu (Isaías) 51:3.
Isaías 51:3 “Porque o Eterno consolará a Sião: ele consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do Senhor; alegria e alegria se acharão nela, ação de graças, e a voz de melodia”
     Veja que a própria Palavra enlaça Sião com o Éden, que por sinal é chamado em Yeshaiahu (Isaias) de "o jardim do Senhor". O artigo "do" mostra posse, propriedade. O jardim que estava no território do Éden era o lugar que Ele se deleitou e abençoou Adão e Eva colocando-os neste local tão agradável.
     Assim como Jerusalém, o Éden era o centro de tudo, e servia como referencia para os outros lugares. Isto é mais surpreendentemente ainda se pensar que estes lugares são apresentados como moradias do Eterno. A própria Palavra marca este paralelismo. Isto é uma grande demonstração de que o Éden é Sião!

SATAN O PRIMEIRO HABITANTE DO JARDIM DO ÉDEN
     Em Ezequiel 28:13 afirma que Ha’satan, o Acusador, foi estabelecido no Jardim do Éden: "Você estava no Éden, o Jardim de Elohim." Satan não estava apenas no território do Éden, mas o texto diz: “no Éden, o "Jardim de Elohim." Então ele estava entronizado no jardimEm seguida, no versículo 14, diz: "Você estava no monte santo de Elohim" Ok, todos sabem que o monte santo de Elohim é o monte Moriah.Então sabemos que o jardim do Éden estava onde hoje se chama Israel. Mas precisamente Jerusalém!
     Este monte é muito especial para Elohim, foi lá que Hashem instruiu a David que construísse sua Beith (Casa), Também disse que poria seu Nome Sagrado neste lugar. É neste lugar que o Eterno faz contato com a humanidade no Santo dos Santos, sobre sua montanha. Então, isso é o Monte Moriah.
        O “monte santo de Elohim” e “o Eden, o Jardim de Elohim” em Ezequiel 28 é uma referência direta ao Monte Moriah, em Jerusalém. Hoje o Monte Moriah constitui uma plataforma para a montagem sobre o monte do templo. O Eterno escolheu o Monte Moriah como o local de seu templo. Neste local, o primeiro templo foi construído por Sh’lomon (Salomão), o rei. Após a sua destruição pelos babilônios, o segundo templo foi construído também neste lugar. E a Bíblia profetiza que o terceiro templo descrito por Ezequiel será imponente pelo Messias quando Ele vier para estabelecer seu Reino Milenar. De lá Ele governará a partir de Jerusalém. Os profetas Ezequiel e Zacarias predizem que uma quantidade enorme de água corrente será derramada deste templo de Elohim. Há uma lenda judaica que Adão foi criado do pó do Monte Moriah, levando isto tudo em consideração, isto não é lenda! Portanto, há um monte de provas que as colocando juntas deixa explícito que o Jardim do Éden estava bem ali no Monte Moriah.

- ETIMOLOGIA DA PALAVRA GAN
     A palavra hebraica "GAN" não se refere a um jardim, no sentido usual da palavra Europeia, um pedaço de terra cultivada. Refere-se a um gabinete reservado. Ele realmente fala sobre o Jardim do Éden como um gabinete. A raiz da palavra "Ganan" significa defender, colocar um escudo sobre, proteger. Além disso, a ideia básica do verbo é para encobrir e assim proteger do perigo. "Ganan" é usado apenas em referência à guarda de proteção de Elohim, e todas as oito ocorrências da palavra "Ganan" na Bíblia vem a ligar apenas com Jerusalém. Então você tem essa conexão direta entre o Jardim e Jerusalém.

- UMA BÚSSOLA CHAMADA JERUSALÉM
     Jerusalém na verdade é o centro das nações. E as informações de localidades são a partir dela. Por isso o ditado: “Israel é o umbigo do mundo”. É assim, porque lá é a morada eterna de Hashem. Então as informações de leste, norte, sul, são todas concebidas a partir de Jerusalém olhando pelo prisma bíblico.
     Todas as vezes que o povo escolhido pecava transgredindo os mandamentos de Elohim, era expulso da presença de Hashem. Isto implicava ser levado para longe das terras de Israel, especificamente, Jerusalém. Todas as vezes que o tempo de punição terminava eles voltavam para a presença de Elohim, ou seja, Sião, Jerusalém. Este método usado por Elohim nunca mudou desde o Éden.   

- TEHILIM (SALMOS) 48:1,2 NOS DÁ UM PARALELISMO INTERESSANTE:
“Grande é o YHWH, e digno de louvor, na cidade do nosso YHWH, na montanha de sua santidade. Formoso de sítio, a ALEGRIA de toda a terra é o monte Sião, nos lados do norte, a cidade do grande Rei”
     Pode haver um jogo de palavras interessante neste salmo que exalta Jerusalém; A palavra traduzida como "alegria" significa literalmente "prazer", isto é, Éden! Embora não seja a mesma palavra em hebraico para Éden, no entanto tem o mesmo significado. Sião ou Éden é o lugar do prazer de Hashem. Foi assim e sempre será até o fim e depois eternamente!
     Hashem quer sempre nos levar de volta ao Éden, e este processo começa com Avraham (Abraão): “E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré. E estavam então os cananeus na terra”  
     Os cananeus deram origem ao nome da terra de Canaã (Kenaã em hebraico). Eles já estavam lá no momento em que Abraão chegou. Os cananeus não seriam os proprietários definitivos desta terra por causa dos seus pecados. Há uma espiritualidade na terra de Israel incrível, todos que pecam de lá são expulsos. Isto foi o que ocorreu com Adam e Chavah (Adão e Eva) e com os próprios herdeiros, os judeus.
     Abraão é tirado de Babilônia por Elohim e levado à terra que mais tarde se chamaria terra de Israel. Seus descendentes posteriormente são tirados do Egito (símbolo do mundo pecaminoso) para esta mesma terra. Este círculo se completa várias vezes nas Escrituras Sagradas!
     Esse entendimento adiciona à evidência que o Éden estava localizado na terra da herança, mas nos dias de Abraão e por séculos seguintes a terra se chamava Canaã. A partir de Gênesis 12, com exceção de breves viagens proféticas em outras áreas geográficas, a história centra-se em toda a Bíblia nesta terra. As Escrituras mostram Hashem começando seu programa inteiro em um local específico, revelando o progresso de uma família, a família de Abraão, Isaque e Jacó, através da sua conversão espiritual.
     É deste lugar que veio o Salvador do mundo nascido da família de Yehudah (Judá). Ele foi morto, mas ressuscitou. Segundo Atos 1:9-12 ele ascende aos céus de um lugar chamado “Monte das Oliveiras”. E quando Ele voltar a Terra, onde Seus pés tocarão? Segundo Zacarias 14:4 Seus pés irão tocar exatamente no “Monte das Oliveiras”, de lá Ele começará Seu Reino, centrando-se no mesmo local onde o todo o programa milenar começou.
     Assim, do começo ao fim, esse local específico é o centro do desenvolvimento contínuo de Hashem em toda a criação. Continuarei a adicionar mais e mais, porque realmente torna-se impressionante. 
Vamos a Zacarias 14:8-9. Este é um paralelo de Ezequiel 47 e 48 sobre o rio.
Naquele dia também acontecerá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno sucederá isso. E o Eterno será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome”   Zacarias 14:8-9
     Este enorme volume de água que jorra de Jerusalém descrito em Zacarias não seria este imenso lençol de água confirmado pelas autoridades de Israel? Quando o Mashiach por seus pés sobre o Monte das Oliveiras fazendo com que o monte se fenda e se divida em duas bandas não jorrará de lá muita água? 
“Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o ocidente e haverá um vale muito grande;....e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o Senhor meu Elohim, e todos os santos com ele. Naquele dia também acontecerá que CORRERÃO DE JERUSALÉM ÁGUAS VIVAS, metade delas para o mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno sucederá isso”  

Conclusão:
     Não restam dúvidas sobre a localidade do jardim do Éden na terra. Em Ezequiel 28 mostra que Hasatan foi posto como querubim de guarda no jardim do Éden, “O monte do Senhor”. Com isto temos duas informações: 1º Que o Jardim que estava no Éden foi estabelecido sobre um monte. 2º que o Monte Sião é chamado também “Monte do Senhor”. Todas as informações somadas tornam-se evidencias irrefutáveis de que a terra de Israel é o território da terra do Éden e que, o jardim sagrado estava estabelecido sobre o monte do templo. Os sinais deixados por Elohim se tornam muito fortes. Os dois querubins que guardavam a Eternidade contida neste limitado jardim foi representado mais tarde pelos dois querubins que estavam pintados sobre o véu da separação do templo, assim também como os querubins que estavam sobre a tampa do propiciatório. No jardim só havia uma forma de se achegar à Hashem, e esta forma era justamente pela via de acesso bloqueada pelos anjos. No templo de Israel, apenas tinha uma maneira de penetração, pois o mesmo não possuía outra porta ou mesmo janelas. Os Kohenim (sacerdotes) tinham que entrar por um único portal de entrada. Lá dentro, havia o véu de separação com a representação dos dois melachim (anjos) da espécie dos querubins.
     Outra informação importante é sobre os nomes dos dois rios perdidos Pisom e Giom e ambos estão relacionados com a terra de Israel. Pisom está, segundo Gênesis, relacionado com Havilá e Havilá está intrinsecamente relacionada com Canaã e com muita água. Giom por sua vez foi associado com Jerusalém e com uma nascente d’água segundo as Escrituras. Sabemos também que um rio saía da terra do Éden e regava o jardim. Na nova Jerusalém, que estará no mesmo lugar da atual, uma enorme quantidade de água jorrará a partir dela. As informações das autoridades de Israel e especificamenteJacob Ben Amir, informam que um fluxo subterrâneo de 140 milhões de metros cúbicos de água doce, jorra anualmente na extremidade norte do Mar Morto. Exatamente na área identificada como Havilá. Elohim quer nos levar de volta ao Éden, mas para isto ele precisa restaurar as herdades assoladas de Israel! Baruch Hashem!


GRITOS DE ALERTA http://israelnosso.blogspot.com.br/2013/01/blog-post.html

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