quarta-feira, 15 de abril de 2020

País tem 3.058 casos de covid-19 em um dia e total sobe para 28.320


Número de mortes aumentou para 1.736, mostra balanço


O Brasil bateu recorde de casos confirmados do novo coronavírus (covid-19) em um dia. De acordo com a atualização dos números divulgada pelo Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (15), foram registrados 3.058 casos de infecção pelo novo coronavírus, totalizando 28.320. O número de mortes em 24 horas foi de 204, totalizando 1.736 óbitos em todo o país.
O aumento no número de casos foi de 12% em relação ao dia de ontem (14), quando foram contabilizados  25.262, e de 27% em relação a segunda-feira (13), quando o balanço do Ministério da Saúde indicava 22.169 pessoas infectadas.
Já o número de óbitos subiu 13% em relação a ontem, quando o país contabilizava 1.532 mortes. Na comparação com segunda-feira, quando eram 1.223 óbitos, representou uma elevação de 42%.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participou de entrevista coletiva ao lado de outros representantes da pasta para falar sobre as ações de enfrentamento à covid-19 e detalhar os dados sobre a doença no país.

Veja a transmissão na íntegra:

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Números nos estados

São Paulo concentra o maior número de óbitos (778), com três vezes o número do segundo colocado, o Rio de Janeiro (265). Os estados são seguidos por Pernambuco (143), Ceará (116) e Amazonas (106).  
Além disso, foram registradas mortes no Paraná (38), Maranhão (34), Minas Gerais (30), Santa Catarina (28), Bahia (27), Pará (21), Paraíba (21), Rio Grande do Norte (19), Rio Grande do Sul (19), Espírito Santo (18), Distrito Federal (17), Goiás (15), Piauí (oito), Amapá (sete), Alagoas (cinco), Sergipe (quatro), Mato Grosso do Sul (quatro), Mato Grosso (quatro), Acre (três), Roraima (três), Rondônia (duas) e Tocantins (uma).
A taxa de letalidade do país ficou em 6,1%, mesmo índice registrado ontem.
 Ministério da Saúde/Divulgação

Perfil das vítimas

Em relação ao perfil das vítimas dos óbitos em decorrência da covid-19, 60% são homens e 40%, mulheres. Pessoas acima de 60 anos representam 73%. A participação dessa faixa etária, considerada de risco, diminui. Há duas semanas era de cerca de 90%.
Entre as pessoas que morreram, 73% possuíam alguma doença, condição denominada pelos médicos de “fator de risco”. Do total de mortos, 502 tinham algum problema no coração, 508 estavam com diabetes, 152 apresentavam alguma complicação respiratória (pneumopatia) e 119 possuíam alguma condição neurológica.
As hospitalizações em razão da covid-19 chegaram a 6.634. Segundo o Ministério da Saúde, 21.746 pessoas hospitalizadas com Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG) ainda estão tendo a causa investigada. Outras 13.232 possuem essa condição, em uma categoria definida pelo Ministério como “SRAG não especificado”.

Equipamentos

O ministro Mandetta comentou ainda as dificuldades no abastecimento de equipamentos de proteção individual e de aparelhos como ventiladores e respiradores. Ele voltou a reclamar do fato de que o maior fornecedor de insumos, a China, fechou as exportações durante fevereiro e boa parte do mês de março.
Mandetta acrescentou que já foram realizados diversos repasses a estados e municípios e que linhas de pesquisa sobre formas de tratamento estão sendo financiadas e em andamento.
Sobre a previsão para os próximos meses, o ministro ponderou que as autoridades ainda estão “conhecendo o vírus” e que a resposta não vai extinguir a pandemia “da noite para o dia”. 
O secretário executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, informou que hoje chegaram 159 respiradores e 300 mil máscaras para profissionais de saúde, adquiridos pela fábrica Suzano. Além disso, as lojas Americanas vão custear o transporte de 15 milhões de unidades de máscaras da China.

Mulher morta e concretada em parede era querida e trabalhadora: ‘Ela sustentava a casa e ele acabou com nossa família’



mulher morta concretada parede
Se não bastasse a árdua jornada em uma rede de supermercados, que, somando ao tempo de deslocamento, chegava a 13h, Cleonice Correa de Jesus ainda fazia bicos de faxina para complementar a renda. Xodó da mãe, a trabalhadora de 31 anos se desdobrava para sustentar a casa e tentar tirar o companheiro das drogas, segundo denunciam familiares. Nessa segunda (13), seu corpo foi encontrado concretado em uma parede recém-construída em sua casa na Zona Sul de Belo Horizonte.
“Ele acabou com minha família. Minha mãe está sem chão, ela era apaixonada pela minha irmã. A gente foi criada sem pai, só nós três. Minha mãe levava a gente para o serviço. Sofreu muito pra criar nós duas. E agora ela está sem chão, ele tirou ela da gente”, desabafa ao BHAZ Cristiane Correa, ao se referir ao companheiro da irmã, Sidney da Silva Lopes, de 40 anos. Eles estavam juntos há cerca de 10 anos.
A Polícia Civil, até esta publicação, não tinha encontrado o suspeito. “O companheiro da vítima não foi localizado, até o momento, para prestar declarações sobre o fato. O corpo passará por exames para determinar a causa da morte”, se limitou a informar, por nota, a corporação. O BHAZ tentou contato em três números distintos atribuídos a Sidney, mas não obteve sucesso. Esta reportagem será atualizada tão logo o suspeito se manifeste. Ele está desaparecido desde o fim de semana.

Angústia

O martírio de Cristiane e sua mãe começou na última sexta-feira (10). Um dia antes, Cleonice tinha trabalhado normalmente em uma unidade de supermercado situada no bairro Cidade Jardim, também na Zona Sul. “Na sexta, estava combinado da minha irmã levar comida pra minha mãe antes de ir pro trabalho. Mas a Cleonice não apareceu. Minha mãe já ficou preocupada”, conta Cristiane, que mora, assim como a mãe, no mesmo bairro onde a irmã morava, na barragem Santa Lúcia.
No dia seguinte, sábado de manhã, Cristiane bateu na porta da casa da irmã. “Achei estranho porque as luzes estavam acesas, mas ninguém atendeu, só os cachorros latiram. Voltei à tarde pra entregar uma cesta e, de novo, ninguém atendeu. Pensei: ‘ué, minha irmã tá sumida’. Mas, ao mesmo tempo, pensei que não fosse nada, um desencontro”, explica.
No domingo de manhã e à noite, outras duas visitas e nada. “Logo cedo, por volta das 7h, minha mãe bateu lá, pra não ter risco da minha irmã ter mudado de horário no trabalho. Ninguém atendeu e minha mãe já desandou a chorar. ‘Matou minha filha, matou minha filha’, ela dizia chorando igual a uma criança”. Cristiane, que é coletora, conseguiu uma liberação no trabalho e foi atrás da polícia.

Crueldade

Quando os militares já tinham sido acionados pela Cristiane, ela recebeu uma informação de que Sidney tinha comentado que havia matado e enterrado a irmã dela dentro da própria casa. “Chamei o inquilino, mas a fechadura já tinha sido mudada. Quando a polícia arrombou, já veio aquele cheiro forte, de coisa podre”, relembra a coletora.
Os militares não encontraram o corpo, mas, quando fizeram uma análise prévia das paredes, perceberam que algo estava errado. O Corpo de Bombeiros, então, foi acionado e, após intenso trabalho, Cleonice foi encontrada morta. “Foram necessários alguns equipamentos mais pesados e específicos para retirada do corpo”, explicaram os militares.

Justiça

Emocionada, Cristiane diz que deseja apenas justiça. “Não quero vingança, nada mal pra ele. Só justiça. Quem sabe ele possa encontrar alguma luz, Jesus… Quem sabe acontece o que minha irmã não conseguiu fazer, que ele se torne um cara trabalhador, com propósito”, desabafa.
Cristiane relata ainda que sua irmã já tinha sofrido agressões. “Ela amava muito ele. Ela que sustentava, colocava comida na casa. Sempre que ele usava droga, ficava violento com minha irmã. Ela saía de casa para trabalhar e ele dizia que ela estava indo encontrar com homem”, conta Cristiane.
“Eu dizia para ela seguir a vida dela. Ela sempre ficava muito preocupada quando ele sumia para usar droga, tentava buscar ele… Falei que ela tinha que ter medo, mas ela não enxergava o perigo, era muito apaixonada… Queria tirar ele do ‘movimento'”.



FONTE .   https://bhaz.com.br/2020/04/14/mulher-concretada-parede/

SP tem 87 mortes em 24 horas e bate o recorde de óbitos por coronavírus

Novo coronavírus COVID-19 – Página: 2 – ONU BrasilNesta terça-feira (14), São Paulo bateu um novo recorde de mortes por coronavírus. Com 87 novas vítimas fatais nas últimas 24 horas, o Estado chega a 695 óbitos. Além disso, nesta terça (14) foi registrado o pico de internações de confirmados para COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus), com mais de 2 mil pacientes assistidos em hospitais. São 1.111 em leitos de UTI e 1.042 em enfermarias.
Alguns dos hospitais com maior percentual de uso da capacidade de leitos de Terapia Intensiva destinados especificamente para a doença, nesta data, são: Hospital Sancta Maggiore Higienópolis (83%), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (77%), Hospital Municipal do Tatuapé (77%), Conjunto Hospitalar do Mandaqui (76%) e Santa Casa de São Paulo (71%).
Também são 9.371 casos confirmados do novo coronavírus, 476 a mais na comparação com esta segunda-feira (13). Já são 183 cidades com pelo menos um caso e 73 municípios com no mínimo um óbito. Os interessados podem conferir os dados pelo endereço eletrônico https://www.seade.gov.br/coronavirus/.
Entre as vítimas fatais, estão 409 homens e 286 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 80,7% das mortes.

Covid-19: Brasil tem 1,5 mil mortes e 25,2 mil casos confirmados

O número de mortes decorrentes do novo coronavírus (covid-19) subiu para 1.532 no país e o de casos, para 25.262. A nova totalização foi divulgada pelo Ministério da Saúde, que, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, apresentou pela primeira vez dados sobre o número de pessoas curadas. Partindo de estimativas adotadas em outros países, representantes da pasta afirmaram que o índice é de 55% dos casos confirmados, o que significaria um total de 14.026 pessoas.
Segundo as informações do boletim divulgado hoje (14), o total de óbitos marca um aumento de 15% em relação a ontem (13), quando foram registrados 1.328. São Paulo concentra o maior número de mortes (695), com mais da metade do total contabilizado na atualização. O estado é seguido por Rio de Janeiro (224), Pernambuco (115), Ceará (107) e Amazonas (90).
Também foram registradas mortes no Paraná (36), Maranhão (32), Minas Gerais (27), Santa Catarina (26), Bahia (22), Pará (19), Rio Grande do Norte (18), Rio Grande do Sul (18), Distrito Federal (17), Espírito Santo (17), Paraíba (16), Goiás (15), Piauí (oito), Amapá (seis), Sergipe (quatro), Mato Grosso do Sul (quatro), Alagoas (quatro), Mato Grosso (quatro), Acre (três), Roraima (três) e Rondônia (dois). Tocantins é o único estado onde ainda não houve morte.
A taxa de letalidade do país está em 6,1%, maior do que a registrada ontem, quando o índice foi de 5,7%.
O Brasil bateu o recorte de mortes em 24 horas: 204. Ontem, haviam sido contabilizados 105 óbitos e, no domingo, 99. No perfil das vítimas, 59,9% eram homens e 40,1%, mulheres. Do total, 73% tinham acima de 60 anos e 73% apresentavam algum fator de risco, como cardiopatia, pneumopatia, diabetes e doenças neurológicas.
O número de casos apresentado hoje (25.262) representa um crescimento de 8% em relação ao de ontem, quando o balanço do Ministério da Saúde registrou 23.430. No comparativo com domingo (12), quando foram identificadas 22.169 pessoas infectadas, o aumento significou 14%.
Os casos confirmados nas últimas 24 horas totalizaram 1.832, mais do que o contabilizado ontem (1.261). O resultado não foi o maior, pois, na última semana, houve um acrésimo de 2.210 novos casos às estatísticas na quarta-feira (8).
Ministério da Saúde/Divulgação

Hospitalizações

As hospitalizações por covid-19 totalizaram 4.926. No entanto, há 31.605 pessoas internadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em investigação, dependendo de testes para averiguar se são casos de infecção por novo coronavírus ou não.
No coeficiente de incidência (número de casos por 1 milhão de habitantes), Amazonas lidera (303), seguido por Amapá (281), Distrito Federal (209), Ceará (196), São Paulo (192) e Rio de Janeiro (186). Todas essas unidades da Federação estão mais de 50% acima da média nacional (111), e entram na categoria de “emergência”, de acordo com a escala do ministério.
As regiões com maior incidência foram identificadas em Fortaleza (608,2), São Paulo (523), Manaus e Entorno (436,7), área central, no Amapá, (369) e Rio Negro e Solimões (325,6). 

Ocupação de leitos

O titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta, anunciou a edição de uma norma que obriga os hospitais a comunicarem o nível de ocupação de seus leitos. Há cerca de duas semanas, a equipe do Ministério da Saúde havia informado que realizaria um censo sobre o tema, mas o secretário executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, disse que ainda há locais que não repassam a informação.
Com a obrigatoriedade, a promessa do ministério é de que o dado possa ser acompanhado diariamente. Este é um dos indicadores para a avaliação dos gestores estaduais e municipais para definir as medidas de distanciamento social. Segundo a nova orientação do órgão, estados e cidades que possuírem baixa incidência e tiveram pelo menos 50% dos leitos vagos poderiam migrar do isolamento ampliado para uma modalidade denominada seletiva, com retomada dos comércios e mantendo em casa apenas público de risco.
“O Ministério não determinou, a gente está criando critérios para que gestor possa ter de guia. Precisamos ganhar tempo para que os sistemas de saúde consigam se ampliar. Se o vírus se comportar aqui como se comporta em outros países, não queremos ver situação de drama que se repitam”, declarou Mandetta.

Testes e equipamentos

O ministro informou que foi aberto um chamado público para formar um grupo de laboratórios que produziria os testes (RT-PCR) de forma centralizada e coordenada em São Paulo e distribuiria para outras localidades. A intenção é produzir 3 milhões de testes, chegando a uma produção de pelo menos 30 mil por dia.
Questionado sobre o fato de outros países terem taxas de testagem maior em relação à população, Mandetta argumentou que o Brasil adotou essa estratégia no mesmo momento de Europa e Estados Unidos. “Mas quando você consegue para país com população menor, você testa mais”, justificou, em referência a nações menores, como as europeias.
Ele aventou a possibilidade de permissão de comercialização de testes rápidos em farmácias. “Vamos padronizar para que farmácias possam fazer. Temos aí várias ferramentas para aumentar este tipo de informação importante para tomada de decisão”, comentou.

Ciência e Tecnologia

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, também anunciou medidas na entrevista coletiva. Uma delas foi a permissão, em caráter excepcional, de que emissoras de TV transmitam mais de uma programação por canal, a chamada multiprogramação. Assim, um veículo poderia ter uma faixa no canal 4, por exemplo, mas outras nos canais 4.1, 4.2 e 4.3.
O intuito da medida é permitir que emissoras possam transmitir teleaulas nos estados que decidirem contar com este tipo de recurso diante das dificuldades para concluir o calendário escolar em razão da suspensão de aulas, por causa da pandemia da covid-19. Pontes citou como o exemplo o Paraná, que já teria começado a transmitir as aulas pela televisão.
O ministro anunciou também um edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) de R$ 5 milhões voltados a projetos de fabricação de equipamentos de proteção individual e coletiva. Além disso, foram disponibilizados R$ 600 milhões em crédito para companhias que queiram ajustar sua produção para alguma nova área demandada pelo combate ao coronavírus, como equipamentos de proteção ou para profissionais de saúde.


EBC

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