segunda-feira, 7 de maio de 2018

Guerra na Síria segue implacável e sem respeito por civis, diz ONU

Guerra na Síria segue implacável e sem respeito por civis, diz ONU
A guerra da Síria segue inabalável apesar de uma queda no número de civis sitiados, disse nesta quinta-feira uma autoridade sênior da Organização das Nações Unidas, alertando sobre um possível agravamento do conflito na região de Idlib, controlada por rebeldes.
O assessor humanitário da ONU, Jan Egeland, disse que milhões de civis ainda estão presos no conflito de sete anos e muitos que escaparam de zonas de batalha tiveram que buscar abrigo em acampamentos sobrecarregados para deslocados em Idlib.
Autoridades insurgentes dizem temer uma ofensiva contra Idlib pelo Exército da Síria e seus aliados Rússia e Irã, algo que agências humanitárias afirmam poder produzir um sofrimento civil em uma escala maior do que durante o cerco de Aleppo no ano passado.
"Nós não podemos ter uma guerra em Idlib. Eu continuo dizendo isto agora à Rússia, ao Irã, à Turquia, aos Estados Unidos, a todos que podem ter uma influência", disse Egeland a repórteres.
Ele pediu negociações para proteger civis, e disse que operações aéreas recentes em Idlib são um mau presságio.
A guerra tem se inclinado a favor do presidente Bashar al-Assad desde que a Rússia interviu a seu favor em 2015. Tendo menos que um quinto da Síria em 2015, Assad se recuperou para controlar a maior parte do país com ajuda russa e iraniana.
A região de Idlib continua a área mais populosa da Síria nas mãos de insurgentes lutando contra o governo de Damasco. Sírios têm entrado em Idlib de áreas retomadas pelo Exército em uma taxa acelerada nos últimos dois anos.
Egeland disse que cerca de 11 mil sírios ainda estão sob sítio e dois milhões são difíceis de alcançar com ajuda humanitária, comparados aos 625 mil sob sítio e 4,6 milhões que eram difíceis de alcançar há um ano.

Pastor é decapitado por grupo comunista na Índia

Pastor é decapitado por grupo comunista na Índia
Os maoístas - grupo comunista oriental - assumiram a responsabilidade pelo assombroso assassinato de um pastor no leste da Índia na noite da última terça-feira (1º de maio), mas os cristãos da área disseram que suspeitavam que extremistas hindus os submetessem a isso.
Abraham Topno, pastor da Igreja Pentecostal de Deus, foi sequestrado por homens armados não identificados no distrito de Ranchi, estado de Jharkhand, que cortaram sua garganta e o decapitaram, segundo disse seu motorista a familiares. Ele tinha 46 anos.
O corpo do pastor, que trabalhou na área por mais de 20 anos, foi encontrado com a cabeça decepada e seu veículo foi incendiado. Aparentemente os maoístas reivindicaram a responsabilidade pelo assassinato, deixando um bilhete na cena do crime que dizia "Morte ao espião policial", mas os parentes do pastor expressaram suas dúvidas, dizendo que extremistas hindus provavelmente mobilizaram os maoístas para executar o líder cristão.
O pastor Topno foi emboscado e sequestrado a cerca de oitocentos metros de sua aldeia de Kubasal, enquanto voltava no caminhão de uma transportadora pública. Cerca de 20 a 25 homens armados não identificados emboscaram o veículo, arrastaram o pastor e o motorista para fora e cobriram seus "rostos completamente com uma sacola de pano". Os extremistas pouparam a vida do motorista, que relatou a ocorrência posteriormente.
O sobrinho do pastor, Aman Christochit Herenz, disse ao Morning Star News que quando seu tio não retornou tarde da noite passada, ele saiu de casa em sua moto, em busca do pastor.
"Eles começaram a conversar com meu tio enquanto o motorista era obrigado a ficar à distância", disse ele, citando o motorista Ranga Singh Munda. "Seus ouvidos também estavam cobertos pelo pano, então ele não conseguia entender a conversa. Os extremistas então cortaram o pescoço do meu tio, arrancaram a cabeça dele e incendiaram o veículo sem interagir com o motorista".
Mais tarde, o motorista foi avisado e reportou o crime à família de Topno.
"De longe, vi um veículo em chamas e percebi que algo estava errado", disse Herenz. "Eu sei que essa é uma área maoísta e, sentindo o perigo, voltei para casa, sem saber que era o mesmo veículo que meu tio estava pilotando que estava em chamas, e meu tio morto ao lado dele".
O pastor Topno e o motorista foram sequestrados por volta das 17h e Topno foi morto por volta das 21h, segundo relatou o sobrinho.
"Os maoístas reivindicaram a responsabilidade de matar meu tio afirmando que ele era um 'informante da polícia'", disse Herenz, que negou veementemente as acusações contra o pastor.
O pastor Nuas Mundu, pastor da Igreja Pentecostal de Deus na aldeia de Murhu, distrito de Khoti, a cerca de 75 quilômetros da vila de Topno, disse que também suspeitava que extremistas hindus estivessem por trás do assassinato.
"Nós sabemos que ele era um evangelista vibrante, um missionário pioneiro, e nós suspeitamos que os extremistas hindus estão por trás de seu assassinato", disse o pastor Mundu. "Os maoístas matarão qualquer um por dinheiro, e se alguém pagar, farão o trabalho por eles".
Mas Shibu Thomas, fundador da Persecution Relief, disse ao Morning Star News que os maoístas estão cada vez mais atacando os cristãos.
"No passado, os missionários cristãos não tinham muitos problemas com os maoístas, mas ultimamente é visível que eles estão assediando os cristãos locais através das florestas de Jharkhand e East Godavari", disse Thomas. "Nós não sabemos a razão disso, mas definitivamente eles também se desviaram de suas ideologias e têm afiliações políticas".
A esposa de Topno, Huldah Hareing, ficou arrasada com a morte do marido e pediu oração. O corpo do pastor foi levado para autópsia, mas os resultados ainda não foram divulgados.
A Índia ficou em 11º lugar na lista da Missão Portas Abertas para perseguição religiosa em 2018.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Porta dos Fundos associa santa ceia ao consumo de drogas

O canal Porta dos Fundos, que já se envolveu em várias polêmicas por ter produzido material que se enquadra no artigo 208 do Código Penal, que trata do vilipendia à fé, volta a provocar cristãos.
Em “Traficante Gospel”, vídeo publicado nesta quinta-feira (3), o ator Leandro Negresco interpreta um membro de facção criminosa que se “converte” e faz “adaptações” ao negócio ilícito do tráfico. Usando termos comuns entre os evangélicos, sobretudo os pentecostais, ele diz que “conheceu a graça”.
A execução de um outro membro da facção ele chama de “descer o cajado no fariseu”. Referindo-se a si mesmo como “irmão do fogo puro”, chama o tráfico de seu “ministério”, que lhe trará muita prosperidade.
Quando fala sobre a comunidade onde vive, insiste que ela agora é dominada pelos “Traficantes de Cristo”. As drogas que ele oferece atendem pelos apelidos de “papelote ungido”, “cajado bom”, “pedra do eterno” e “tocha do fogo sagrado”.
O baile funk promovido pela sua facção é chamado de “re plé plé”, mas não haverá bebida alcoólica e só pode ficar “cada varão com sua varoa”.
Porém, é na cena final que o vilipêndio é visto mais claramente. Os usuários de droga fazem fila para pegar o tóxico numa cena que remete à distribuição da santa ceia entre os evangélicos ou da eucaristia na igreja católica.
A tentativa do Porta dos Fundos (PDF), como sempre, é mostrar seu desprezo pela fé alheia. Criado por Gregório Duvivier e Fábio Porchat, que já se declararam ateus, o grupo já foi processado pelo deputado Marco Feliciano (Pode/SP) três vezes por causa do vilipêndio à fé, mas todos foram arquivados.
Em junho do ano passado, o Centro Dom Bosco, associação católica do Rio de Janeiro, processou o PDF, pedindo indenização de R$ 5 milhões. Eles denunciaram a publicação do vídeo “O céu católico”, onde Fábio Porchat e Gregório Duvivier (ambos ateus) ridicularizam do conceito de Paraíso.
O pedido de reparação da associação católica é de R$ 1 para cada visualização no YouTube. Publicado em outubro de 2016, o material já foi visto mais de 5 milhões de vezes.
Assista (ou não) o vídeo:

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Justiça condena organizador de rodeio por morte de quatro pisoteados


Um dos organizadores do Rodeio de Jaguariúna (SP), Valdomiro Poliselli Júnior, foi condenado por homicídio culposo pela morte de quatro pessoas após tumulto no evento, em 2009. A juíza Ana Paula Colabono Árias considerou que o acusado ‘assumiu o risco de produzir o resultado danoso, pelo qual, portanto, deve ser responsabilizado criminalmente’ ao não proporcionar as devidas medidas de segurança.
Poliselli foi condenado a prestar serviços à comunidade pelo período de dois anos e três meses e à prestação pecuniária no valor equivalente a 360 salários mínimos, que será revertida a entidade pública ou privada de fins sociais.
Os depoimentos indicam que uma briga teria feito com que as pessoas tentassem fugir da arena, que recebia um show da dupla João Bosco e Vinícius. Um grande número de pessoas se aglomerou em um dos corredores de acesso. No tumulto, muitas caíram umas sobre as outras e quatro jovens morreram, outros ficaram feridos.
Testemunhas relataram que as saídas do local não eram espaçosas para tanta gente.
Três pessoas foram processadas pelas mortes – Valdomiro Poliselli Júnior, responsável pela organização do evento, Flávio Paoliello Machado de Souza, engenheiro civil responsável pelo projeto de prevenção e combate à incêndios, e Maria Carolina da Silva Winkler, engenheira civil que assinou a ART do projeto das arquibancadas.
Poliselli negou que tenha havido superlotação. Os engenheiros negaram falhas técnicas no projeto.
“Analisando com cuidado o conjunto probatório apresentado, especialmente as declarações das vítimas, os depoimentos das testemunhas e o laudo pericial do Instituto de Criminalística (cujas conclusões são similares), não tenho dúvida de que alguns fatos contribuíram de forma relevante para o evento danoso: a existência de apenas dois corredores que davam acesso do público à arena; o fato de o corredor onde ocorreu o evento danoso funcionar ao mesmo tempo como acesso e saída da arena; o fechamento doloso do portão existente no corredor 01 pelos seguranças do evento; a falta de organização quando do acesso do público à arena e da arena para as demais partes do evento; a falta de atendimento rápido às vítimas e a aglomeração de muitas pessoas no mesmo corredor”, escreveu a magistrada em sua decisão.
A perícia constatou que o projeto executado não foi o que havia sido aprovado pelo Corpo de Bombeiros.
Laudo do Instituto de Criminalística mostrou que o total de pessoas no local era de 42,8 mil, mas a lotação autorizada pelo Corpo de Bombeiros era de 30 mil. “De fato restou devidamente comprovado nos autos que a superlotação concorreu de forma relevante para as mortes dos quatro jovens e que tal fato era previsível ao réu, responsável pela organização do evento”, anotou a juíza.
Poliselli foi condenado. Flávio Paoliello Machado e Maria Carolina da Silva Winkler foram absolvidos.
COM A PALAVRA, HAROLDO CARDELLA, ADVOGADO DE VALDOMIRO POLISELLI JÚNIOR
“Já interpusemos recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo. A prova constante dos autos é de que a organização do evento respeitou o limite de público de 30 mil pessoas previsto na autorização do Corpo de Bombeiros. Nos autos não há nenhuma prova que houvesse público superior ao mencionado na sentença. A própria documentação de controle de catracas e vendas de ingressos apreendidos logo após o acidente pela polícia militar é no sentido de público inferior ao autorizado no AVCB. Além disso, existe prova nos autos que o fato ocorreu após uma briga pontual na entrada de um dos corredores de acesso à arena o que ocasionou o pisoteamento das vítimas. Assim, não há qualquer relação de negligência ou omissão da organização do evento aguardando assim o provimento do recurso no TJ.”


http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/justica-condena-organizador-de-rodeio-por-morte-de-quatro-pisoteados/

A VITÓRIA SÓ OCORRE EM MEIO A BATALHA


“Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores , por meio daquele que nos amou.” Rm 8:37.
O evangelho de Jesus é um evangelho vitorioso. A Bíblia diz que Deus “sempre nos conduz em triunfo” (II Co.2:14); portanto podemos dizer que o evangelho é triunfo – em termos finais. O apóstolo João declarou que todo o que é nascido de Deus vence o mundo; nascer de Deus faz com que participemos da natureza divina, e Deus é um Deus de vitória; temos. Isto é muito claro nas Escrituras: fomos chamados para vencer!
Mas os ensinos concernentes a isto tem gerado muita polêmica porque nosso conceito de vida vitoriosa está muito distante daquilo que a Bíblia apresenta. Fantasiamos demais, e achamos que seremos totalmente intocáveis, mas a Palavra de Deus não ensina isto. O que ela ensina, e promete, é vitória. Vitória sempre e em todas as circunstâncias. Mas precisamos entender melhor O QUÊ É vitória para nos livramos do triunfalismo exagerado.
Vencer não se trata de ser inatingível, mas de prevalecer sobre o inimigo. Meu propósito é que os cristãos percam a expectativa de uma vitória utópica e passem a compreender a vitória bíblica do ponto de vista de Deus.
Toda vez que eu citava Romanos 8:37, falava de como somos mais que vencedores; mas para mim a idéia de mais que vencedor é que nós não apenas éramos vencedores, mas nos encontrávamos num patamar bem mais alto; ou seja, se ser vencedor já era bom, mais que vencedor era ainda melhor, mais intenso. Um dia, meditando sobre esse versículo, senti o Espírito Santo me fazendo compreendê-lo mais aprimoradamente.
Entendi que na vida espiritual não existe dois patamares de vitória (o do vencedor e o do mais que vencedor). Mais que vencedor significa que, além de vencermos a batalha, ao fim dela seremos ALGUMA COISA A MAIS!. Isso se dá porque no fim de cada batalha não seremos apenas vencedores, mas também teremos sido tratados por Deus em nossa alma!
Chamo de tratamento o amadurecimento que o Senhor produz em nossas vidas em meio às provas e tribulações. Nosso caráter é aperfeiçoado em meio à adversidade. Isto não significa que o crescimento venha somente desta forma. Há muitas formas de crescer espiritualmente: o envolvimento com a Palavra; o ensino e ministração dos mais maduros; nossa vida de oração pessoal e as respostas e experiências que dela decorrem. Há tanta coisa que pode ser mencionada! Mas quando falo de tratamento, refiro-me à forma de Deus tratar com as áreas difíceis de nossas vidas, especialmente aquelas em que não queremos nos deixar ser trabalhados e mudados profundamente.
O contexto da afirmação de que somos mais que vencedores nos mostra isto. O versículo começa dizendo: “MAS EM TODAS ESTAS COISAS”. A palavra “mas” revela que não interessa o que foi mencionado antes, a vitória nos pertence e ela chegará a nós. E a frase “em todas estas coisas” mostra que não somente a vitória virá, mas em meio a que condições ela virá. O que são todas estas coisas a que Paulo se refere?  Eis a resposta segundo o vers 35: perseguição, fome, nudez, perigo, espada. Isto não parece um evangelho onde o crente é intocável! Contudo, não é tampouco a forma como devemos viver, mas algo a que, ocasional e temporariamente, podemos vir a estar sujeitos. O quadro de tribulação certamente será mudado, pois NESTAS COISAS somos mais que vencedores! Deus não nos chamou para viver nelas, mas também nunca disse que elas não tinham a menor possibilidade de ocorrer. Garante, sim, que, confiando Nele, sairemos vencedores sobre essas circunstâncias, vencedores e melhorados, amadurecidos.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Tragédia revela que Movimentos Sociais são verdadeiras Milícias

Com a tragédia ocorrida no Largo do Paissandu em São Paulo, vem à tona uma importante revelação.
Os ditos Movimentos Sociais funcionam como verdadeiras milícias, onde um pequeno grupo de espertalhões explora financeiramente (e politicamente) um imenso número de incautos, que são obrigados a pagar uma taxa para que tenham um lugar onde dormir.
A ocupação do edifício que desabou era comandada pelo Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM), que cobrava até R$ 400 reais de ‘taxa de ocupação’ de sua vasta ‘clientela’.
Tudo indica que o mesmo modus operandi também é utilizado em outros pseudos movimentos sociais, casos do MST e MTST.
Não são na realidade movimentos sociais, funcionam com movimentos de exploração social.
Noutras palavras, milícias organizadas para tirar proveito da desgraça alheia.

https://fotos.jornaldacidadeonline.com.br/uploads/fotos/1525254528_5ae9898036d65.jpeg

A FARSA DOS MOVIMENTOS DOS SEM TETO E SEM TERRA NO BRASIL .

Após o desabamento do prédio no centro de SP , veio as claras algo que já tinhamos informações , porem faltava provas .
A FARSA DOS MOVIMENTOS DOS SEM TETOS E SEM TERRAS DO BRASIL.

Movimento esse dirigido por petralhas bandidos , que fazem dessas bandeiras uma forma de ganharem dinheiro fácil das massas de manobras .
Moradores de prédio ocupado tinham carteirinha com controle de pagamento (Foto: TV Globo/Reprodução)

Moradores do prédio que desabou após incêndio no Largo do 
Paissandu, no Centro de São Paulo, disseram ao GRITOS DE ALERTA  que 
pagavam um aluguel de até R$ 400 para morar no edifício 

ocupado. O dinheiro era usado para pagar as despesas do 
prédio que tinha até porteiro.
O moradores disseram que o prédio era organizado, 
tinha carteirinha de identificação usada para controlar o 
pagamento mensal.
“Todo mundo pagava aluguel, ninguém morava de graça. 
Eu pagava R$ 400 reais”, disse a morador Fabio 
Rodrigues da Silva.
Agora , temos um monte de entulhos com cadáveres , e ninguém desse maldito movimento aparace para ajudar as pessoas , os desabrigados , e nem para fazer o velório dos que morreram por culpa desses POLÍTICOS bandidos .Ex-moradores do prédio que desabou recebem doações enquanto aguardam na rua (Foto: Marcelo Brandt/G1)
Os governos de Lula e Dilma Rousseff o apoio ao que seus ideólogos chamam de “movimentos sociais”, que nada mais são do que grupos organizados para servir de massa de manobra aos interesses políticos radicais. O encarregado de organizar e manter vivos esses grupos é Gilberto Carvalho, que, de sua sala no Palácio do Planalto, atua como um ministro para o caos social. Essa pasta, de uma forma ou de outra, existe em todos os governos populistas da América Latina e se ocupa da cínica estratégia de formar ou adotar grupos com interesses que não podem ser contemplados dentro da ordem institucional, pois implicam o desrespeito às leis e aos direitos constitucionais. Ora são movimentos de índios que reivindicam reservas em áreas de agronegócio altamente produtivas e até cidades inteiras em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, ora são pessoas brancas como a neve que se declaram descendentes de escravos africanos e querem ocupar à força propriedades alheias sob o argumento improvável de que seus antepassados viveram ali. A estratégia de incitar esses grupos à baderna e, depois, se vender à sociedade como sendo os únicos capazes de conter as revoltas é a adaptação moderna do velho truque cartorial de criar dificuldades para vender facilidades.
Brasília assistiu, na semana passada, a uma dessas operações. Alguns índios decidiram impedir que as pessoas pudessem ver a taça da Copa do Mundo, exposta no estádio Mané Garrincha. A polícia tentou reprimir o ato, e um dos silvícolas feriu um policial com uma flechada. Atenção! Isso ocorreu no século XXI, em Brasília, a cidade criada para, como disse o presidente Juscelino Kubitschek no discurso de inauguração da capital, há 54 anos, demonstrar nossa “pujante vontade de progresso (…), o alto grau de nossa civilização (…) e nosso irresistível destino de criação e de força construtiva”. Pobre jK. Mostra uma reportagem desta edição que progresso, civilização e força construtiva passam longe de Brasília. As ruas e avenidas da capital e de muitas grandes cidades brasileiras são território dos baderneiros.
Há três meses, o MST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mandou seus militantes profissionais atacar o Planalto. Gilberto Carvalho foi até a rua, onde, depois de uma rápida conversa, se combinou que Dilma receberia os manifestantes. “O MST contesta o governo, e isso é da democracia”, explicou Carvalho, o pacificador, que, com um dedo de prosa, dissolveu o cerco feroz. O MST é um movimento arcaico, com uma pauta de reforma agrária do século passado em um Brasil com quase 90% de urbanização e 80% da produção dos alimentos consumidos pelos brasileiros vinda da agricultura familiar. Por obsoleto, já deveria ter desaparecido. Mas Carvalho não permite que isso ocorra. O MST faz parte do exército de reserva e precisa estar pronto se convocado. Foi o que se deu na semana passada, quando João Pedro Stedile, um dos fundadores do movimento, obediente ao chamado do momento, atirou: “Só espero que não ganhe o Aécio Neves, porque aí seria uma guerra”. É impossível não indagar: contra quem seria essa guerra? A resposta é óbvia: contra a vontade popular e contra a democracia.