Mateus 7.2
O
que seria então um ‘remédio’ contra o veneno da língua?
Podemos
receitar duas doses para curar isso:
1º-
Ignore o fofoqueiro e suas conversas, pois o que deseja é confusão.
2º-
Encare a situação e tire a limpo se for algo que compromete sua moral.
Quanto
mais assunto você der, mais o fofoqueiro alcança seu objetivo, por isso é bom
primeiro ignorar. Se o problema persiste, então é a hora de perguntar o que
acontece e de onde tira as conversas. Alguns fofoqueiros desanimarão na
primeira tentativa, outros não suportarão a segunda. Ambos são fracos e
covardes.
A
bíblia condena a fofoca orientando para “não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás
contra a vida do teu próximo” (Levítico 19.16) e alerta que “o mexeriqueiro revela o segredo; portanto,
não te metas com quem muito abre os lábios” (Provérbios 20.19).
Vamos continuar refletindo à luz
do texto de Tiago 3.1-12:
1ª medida – Tropeço: v.2 “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo”
A primeira medida da língua é um tropeço ou
obstáculo pequeno que pode fazer a pessoa tombar ao chão. Interessante que
ninguém tropeça num grande bloco de granito, mas pequena brita pode fazer cair
por terra. A língua é um tropeço quando falamos algo que poderia ficar sem
dizer.
Antes de falar a pessoa sabe que pode guardar sua
língua. Contudo, depois que solta a fala, não tem como retornar de volta.
Semelhante a quem joga sabão sobre o chão molhado é preciso tomar cuidado com
quem fala demais porque é escorregadio e perigoso.
Você já tropeçou em sua língua?
Guarde as
palavras somente para quando for necessário!
2ª medida - Freio: v.3 “Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos
obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro”
A segunda medida da língua é o freio ou o momento em
que a pessoa tem que começar a se esforçar para soltar mais a língua, como se
esticasse o órgão para conseguir falar. É neste ponto que o ‘sinal vermelho’
acende e a consciência tem a última oportunidade de parar o erro que começou.
Se não frear agora, pode se tornar como um carro desgovernado morro abaixo.
Você já tentou em frear sua língua?
Resista a
vontade de falar!
3ª medida - Leme: v.4 “Observai,
igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um
pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro”
A terceira medida é comparada ao pequeno leme de um
grande navio. A função do leme é guiar a direção correta. Isso mostra que o que
falamos direciona nossas vidas.
Quem fala muito de futebol, quem conversa muito com
política, televisão e tantos outros assuntos, acaba se envolvendo
demasiadamente com o que fala, pois “a boca fala do
que está cheio o coração” (Mateus 12.34).
O fofoqueiro, entretanto não tem direção em sua
vida. Vive querendo conduzir a vida alheia. Com isso acaba seguindo os passos
errados das pessoas que persegue.
Como você tem guiado sua língua?
O que você
fala conduz a sua vida!
4ª medida - Fogo: v.5,6 “Assim, também a
língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha
põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de
iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina
o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência
humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno”
A quarta medida é comparada a uma fagulha de fogo
que pode provocar grande destruição. Uma palavra é algo tão pequeno como uma
fagulha, mas pode ter consequências incontroláveis. As palavras são como uma
caixa de fósforo que guarda o fogo e depois de acesos os palitos não se pode
mais conter seus efeitos.
Quando você sente aquela vontade de falar o que vêm
na ‘ponta da língua’ este fogo está se acendendo e quando você solta a palavra,
o fogo consome quem estiver perto.
Você já sentiu a língua queimar com vontade de
falar?
Cuidado para
não provocar incêndios!
5ª medida - Indomável: v.7,8 “Pois toda
espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada
pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar;
é mal incontido, carregado de veneno mortífero”
A quinta medida da língua é ‘indomável’. Pense bem,
se já passou pelas medidas do tropeço e caiu; do freio e não se controlou; do
leme e não se guiou e do fogo e não se conteve, quando chega aqui a língua já
não tem controle mais.
O texto declara que todos os animais são domáveis,
contudo a língua não tem sido domada pelo ser humano. A arte de domar animais
exige paciência e muito treinamento. Do mesmo modo, para domar a língua é
preciso se treinar, colocar limites e se esforçar muito.
Uma estratégia que aconselho para domar a língua é
cantar um hino de louvor, meditando na
letra de um cântico para se distrair e tentar esquecer o que deseja falar e
mudar de assunto assim que possível com uma “palavra
seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a
cada um” (Colossenses 4.6).
Você tem domado sua língua?
6ª medida - Fonte: v.10,11 “De uma só boca
procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas
sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o
que é amargoso?”
A sexta medida se compara a uma fonte. A fonte é
onde brota água. Esta se mistura facilmente e absorve sabor. Desta maneira, não
há meio termo. Ou é boa ou ruim, pois “um
pouco de fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5.9).
O profeta Eliseu certa vez curou uma fonte de água
amarga jogando um pouco de sal (II Reis 2.21). Muitas vezes nossas
palavras estão faltando este ‘sal da terra’ que cura para temperar nossas palavras.
Falar do Evangelho e compartilhar a Palavra é uma maneira garantida de manter a
boca ocupada com coisas edificantes.
A água depois que sai da fonte não retorna nunca
mais. Assim também é a palavra que sai da boca e nunca mais tornará de volta.
Então é preciso muito cuidado antes de falar, pois depois de dito e ouvido, os
efeitos surgirão naturalmente.
Que tipo de palavras têm fluído de sua boca?
Procure dizer
palavras que edificam quem ouve!
7ª medida - Fruto: v.12 “Acaso, meus
irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte
de água salgada pode dar água doce”
A sétima medida da língua mostra que nossas palavras
dão fruto. Cada semente dá um tipo de fruto e no seu tempo. Então devemos ter muito
cuidado com as palavras que estamos plantando porque certamente colheremos de
acordo com elas. E “não vos
enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também
ceifará” (Gálatas 6.7). Quem semeia confusão
colhe contenda. Quem semeia bênção colhe edificação.
O fofoqueiro vive semeando contendas, espalhando
conversas que cruzam e aumentam passando de um por um até a confusão estar
formada. Depois o fofoqueiro se faz de vítima e diz que não entendeu ou
desmente tudo.
O que você tem semeado e colhido?
Semeie bênçãos
para colher vitórias!
Cuidado com a língua!
-CONCLUSÃO:
Tiago
4.11,12
Para
a língua há uma solução. Guardá-la na boca. Cada um cuide de sua vida. Deus deu
a cada um dois ouvidos e uma só boca para que “seja
pronto para ouvir, tardio para falar” (Tiago 1.19).
Além
disso devemos orar pedindo “SENHOR, livra-me dos lábios mentirosos, da língua enganadora”
(Salmos 12.2)
e “põe guarda,
SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” (Salmos 141.3).
1ª
medida – Tropeço: está tropeçando em suas palavras?
2ª
medida - Freio: precisa se controlar mais?
3ª
medida – Leme: falta guiar melhor o que diz?
4ª
medida – Fogo: está acendendo incêndios?
5ª
medida – Indomável: não tem mais limites?
6ª
medida – Fonte: tem jorrado vida ou morte?
7ª
medida – Fruto: tem colhido bênçãos ou confusão?
Consagre seus lábios para ser usado pelo
Senhor!