“O principal é fazer do principal a coisa principal”
(autor desconhecido)
Viajo constantemente para ministrar, entre outros temas, sobre finanças nas igrejas por onde Deus tem me enviado. O que tenho encontrado pelo Brasil a fora são coisas tão assustadoras que pedi coragem a Deus para escrever este texto sem ofender a quem quer que seja, mas servindo de benção para quem deste texto tomar conhecimento no sentido de cuidarem melhor das coisas de Deus e dos homens e mulheres de Deus que hoje dedicam suas vidas ao ministério da Palavra.
Também preciso deixar claro que a igreja onde hoje tenho a honra de estar pastor (Primeira Igreja Batista em Jaguariúna/SP – PIBJ) me trata com muita dignidade, respeito, carinho, amor e sempre que podem suprindo as minhas necessidades.
O que tenho visto por esse Brasil a fora é algo que precisa ser repensado pela liderança de nossas igrejas. Desde a falta de cuidado com aquilo que é Sagrado ao nosso Deus como onde guardar os recipientes que servimos a Ceia do Senhor (bandejas, toalhas, cálices) até onde orientamos o povo depositar as ofertas e dízimos do Senhor. O povo de Deus muitas vezes convive com situações que na verdade demonstra a falta de zelo de pastores e líderes da área financeira da igreja com as coisas que são de Deus. Quantos membros de igrejas convivem diariamente com os recipientes usados para a celebração da Ceia do Senhor jogados debaixo de um púlpito de velho ou em armários onde se tem de tudo e depois o pastor enche a boca para chamar o povo para participar da mesa do Senhor. Há igrejas que oferecem ao povo envelopes para as ofertas e para os dízimos feitos de um material feio onde nem mesmo uma carta para um parente e amigo alguém tem coragem de enviar. Se a oferta é para Deus, se o dízimo é do Senhor precisamos oferecer ao povo um envelope digno do Senhor e não o que muitas igrejas estão oferecendo por aí. É vergonhoso muitos pastores desejarem que o povo ofereça o melhor para Deus enquanto que a própria igreja está oferecendo o pior.
E quando falamos em gasofilácios (aquela urna onde o povo é chamado para depositar a sua oferta e o seu dízimo) misericórdia! Já fui a igrejas que o gasofilácio era uma mistura de resto de cadeira com caixote de maça, em algumas igrejas o gasofilácio é tão pequeno que as pessoas deixam de ofertar ou de entregar o dízimo porque não o enxergam ou porque ficam com vergonha de ficar lá na frente insistindo para o dinheiro ou o envelope entrar na abertura medíocre feita na parte superior do mesmo. Se pastores e o pessoal de finanças tratam dessa forma as coisas que no culto servem para guardar o dinheiro que o povo entrega para Deus ou se usam de pouco caso para com os recipientes da Ceia do Senhor imagina como deve funcionar as demais coisas da igreja? É isso que o povo da igreja e os visitantes ficam se perguntando. E o pior é que muitos pastores ficam questionando porque a igreja não cresce, porque lutam com dificuldades financeiras o tempo todo?
Outra crueldade que tenho visto é a forma que tesoureiros e o pessoal de finanças tratam seus pastores. Infelizmente muitas igrejas deixam de serem abençoadas porque tratam o homem de Deus ou os homens e mulheres que dedicam ao ministério da Palavra de uma forma vergonhosa. O certo numa igreja é que o pessoal de finanças priorize seus pastores que precisam cuidar de suas famílias e depois sim cuidar das outras coisas igreja. Há tesoureiros que se acham donos do dinheiro de Deus e por isso pagam todas as contas da igreja e se sobrar é que repassam a ajuda ministerial de seus pastores. ISSO ESTÁ ERRADO! A prioridade das finanças da igreja é honrarem seus pastores. Não é possível uma igreja dar o resto para seus pastores. Os pastores têm seus compromissos e precisam ter sua ajuda ministerial no dia combinado para que seu nome seja honrado na cidade e com isso a igreja seja sempre bem vista aos olhos do povo. Há igreja que quando tem dinheiro no caixa sobrando paga o pastor até adiantado, mas no mês de sufoco deixa o pastor e família em segundo plano. ISSO NÃO É DE DEUS! Nenhum compromisso financeiro é mais importante numa igreja do que a ajuda ministerial daqueles que servem na obra do Senhor. Uma empresa prioriza a folha de pagamento do pessoal para depois cuidar das demais coisas e porque a igreja deixaria de honrar o homem ou a mulher de Deus em detrimento a qualquer outro compromisso?
O sustento pastoral é algo que demonstra o grau de amor e compromisso da igreja para com os eleitos de Deus para dedicarem a obra que é d´Ele. O que tenho visto no Brasil é que uma grande maioria dos pastores vivem com dificuldades porque falar sobre sustento pastoral é o mesmo que advogar em causa própria e isso é deprimente. Aos tesoureiros, pessoal de finanças e aos diáconos (que devem cuidar de seus pastores) quero sugerir que vocês cuidem com carinho, amor e acima de tudo com responsabilidade do homem de Deus que está sob seus cuidados nessa área. Se sua igreja está crescendo é preciso que a ajuda ministerial do homem de Deus ou da mulher de Deus que serve ao Senhor em sua igreja cresça até o nível ideal financeiramente falando. É da igreja a responsabilidade de oferecer além da ajuda ministerial o plano de saúde, fundo ministerial (11%), férias, 13° da ajuda ministerial e uma moradia digna ao pastor e família. Algumas igrejas pagam mais ao pastor auxiliar do que ao titular proporcionalmente falando. Isso é justo?
Que esta reflexão seja oportuna no sentido de abençoar sua igreja e seu ministério. Se você entende que este texto poderá abençoar igrejas e pastores pelo Brasil a fora divulgue-o em seus email´s e em sua rede social.
Que Deus abençoe as igrejas, nossos pastores e as inúmeras equipes financeiras que administram as igrejas de Cristo pelo mundo a fora.
ESCREVA PARA O PASTOR PIERRE E CONTE SUAS EXPERIÊNCIAS.
Pr. Pierre Perensin
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