Os parlamentares evangélicos estão preparando uma marcha pela vida em Brasília e uma ação contra o ministro Gilberto Carvalho, tratado como inimigo após suas declarações sobre uma necessidade, no entender dele, de o governo travar uma disputa ideológica contra os evangélicos.
O descontentamento ficou claro nas declarações do senador Magno Malta, que afirmou não mais aceitar o ministro como interlocutor da presidente nos assuntos a serem tratados com a bancada evangélica no Congresso Nacional. “Somos gente boa só no processo eleitoral? Queremos uma agenda oficial com a presidente Dilma para que nos escute, porque este não deve ser o comportamento de um ministro”, afirmou o senador, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Mesmo com a divulgação de uma nota por parte do ministro Gilberto Carvalho, em que afirmou ter sido mal interpretado e que gostaria de uma parceria do governo com as igrejas, a insatisfação dos evangélicos permaneceu a mesma, e agora, o Palácio do Planalto busca agendar uma reunião entre os parlamentares evangélicos, que ajudaram a eleger a presidente, e o ministro, para que a situação fique esclarecida, de acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”.
Porém, em discurso na tribuna do senado, Magno Malta afirmou que nenhum parlamentar da Frente Evangélica, seja deputado ou senador, irá ao encontro: “Ele que venha aqui. Essa história da cadeira alta e do salto… Desça, rapazinho, daí. Se quiser falar, é aqui”, esbravejou o senador, referindo-se ao ministro Carvalho.
Depois de uma reunião entre o deputado federal João Campos, presidente da Frente Parlamentar Evangélica, e o senador Magno Malta, ficou decidido que entregarão um documento à presidente Dilma Rousseff lembrando-a de seu compromisso assumido em campanha de que durante seu governo, o tema aborto permaneceria como é tratado pela atual legislação.
A Frente Parlamentar Evangélica recuou e irá receber hoje, 15/02, o ministro Gilberto Carvalho para ouvi-lo a respeito da polêmica instalada entre governo e evangélicos. “Não somos conservadores, pelo contrário, o cristão é flexível, pois sabe perdoar. Continuou com minhas convicções e não altero uma palavra no que já falei, porém, vamos receber o Ministro como servos de Deus, como homens de boa vontade e representantes de uma sociedade que não aceita mudanças de costumes sem um debate maduro e consistente. Volto a reafirmar os evangélicos do Brasil não precisam de interlocutores”, frisou o senador Malta.
Fonte: Gospel+
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
CRISTÃO QUE SE PREZA NÃO COMPRA E NEM CONSOME RED BULL - Red Bull satiriza milagre de Jesus em comercial
Mais um comercial divulgado na TV e também na internet incomodou cristãos do Brasil. Dessa vez é a propaganda do energético Red Bull que mostra Jesus andando sobre as águas e ensinando aos seus discípulos que na verdade está pisando sobre pedras.
Com o nome de “Nazaré” a peça publicitária de pouco mais de 30 segundos mostra Jesus em um barco com dois discípulos, se mostrando cansado ele se levanta e começa a andar sobre as águas. Pedro questiona como ele consegue andar e o segundo discípulo explica que o Mestre tinha tomado Red Bull, mas Jesus diz que não foi aquilo e que ele estava pisando em pedras.
Os evangélicos se revoltaram e estão fazendo campanhas para que a marca retire o comercial do ar. O pastor Rogério Silva, na Assembleia de Deus Ministério New Life, em Campinas, comentou o caso: “Negar os milagres de Jesus ridicularizando-o é uma afronta a comunidade cristã e um desafio ao próprio Deus”, disse ele para o blog Sandoval O Protestante.
No bog Assem-Bereia de Deus o autor comenta o comercial e diz que o vídeo ridiculariza a imagem de Cristo, mas os evangélicos não vão aos tribunais protestar contra isso, como fazem os militantes gays quando se sentem ofendidos com os dizeres da Palavra de Deus.
“Jesus não deixará de ser Jesus por causa de um fracassado espiritual que burlou esse infeliz comercial. Os crentes não deixarão de pregar Cristo como Senhor e Salvador por causa da existência de pessoas inimigas do Evangelho”, escreve.
Mas mesmo sem protestar na justiça o autor do A-BD pede respeito e que os autores do vídeo revejam suas atitudes. “Além de cristãos, somos cidadãos e exigimos respeito, assim como eles também querem. Nossa fé não é abalada por causa de comerciais inúteis como este, e nossa fé é intocável”.
Assistas ao comercial:
Com o nome de “Nazaré” a peça publicitária de pouco mais de 30 segundos mostra Jesus em um barco com dois discípulos, se mostrando cansado ele se levanta e começa a andar sobre as águas. Pedro questiona como ele consegue andar e o segundo discípulo explica que o Mestre tinha tomado Red Bull, mas Jesus diz que não foi aquilo e que ele estava pisando em pedras.
Os evangélicos se revoltaram e estão fazendo campanhas para que a marca retire o comercial do ar. O pastor Rogério Silva, na Assembleia de Deus Ministério New Life, em Campinas, comentou o caso: “Negar os milagres de Jesus ridicularizando-o é uma afronta a comunidade cristã e um desafio ao próprio Deus”, disse ele para o blog Sandoval O Protestante.
No bog Assem-Bereia de Deus o autor comenta o comercial e diz que o vídeo ridiculariza a imagem de Cristo, mas os evangélicos não vão aos tribunais protestar contra isso, como fazem os militantes gays quando se sentem ofendidos com os dizeres da Palavra de Deus.
“Jesus não deixará de ser Jesus por causa de um fracassado espiritual que burlou esse infeliz comercial. Os crentes não deixarão de pregar Cristo como Senhor e Salvador por causa da existência de pessoas inimigas do Evangelho”, escreve.
Mas mesmo sem protestar na justiça o autor do A-BD pede respeito e que os autores do vídeo revejam suas atitudes. “Além de cristãos, somos cidadãos e exigimos respeito, assim como eles também querem. Nossa fé não é abalada por causa de comerciais inúteis como este, e nossa fé é intocável”.
Assistas ao comercial:
FINAL DOS TEMPOS - Pastor é acusado de estuprar criança de 2 anos
Uma menina de dois anos teria sido estuprada por um pastor evangélico no último sábado (29) por volta das 15h, na cidade de Antônio João, distante cerca de 402 quilômetros de Campo Grande.
Conforme o registro policial, o pastor é investigado por estupro de vulnerável. A mãe, que relatou o caso para a polícia, disse que a menina estava na casa da avó quando o pastor, que era de confiança da família, buscou a criança para passear.
Após passar a tarde com o pastor, a mãe foi buscar a menina na casa da avó e a levou para dar banho . Durante a higienização, a criança reclamou de dores nas partes íntimas e contou para a mãe que teria brincado muito de “cavalinho”.
Desconfiada, a mãe perguntou para a menina como teria sido a brincadeira e a criança relatou a conjunção carnal. O delegado responsável pelas investigações pediu um exame médico na criança para comprovar o abuso.
O pastor está solto e só poderá ser indiciado depois do resultado do exame.
VIA GRITOS DE ALERTA
informações de midia max
Conforme o registro policial, o pastor é investigado por estupro de vulnerável. A mãe, que relatou o caso para a polícia, disse que a menina estava na casa da avó quando o pastor, que era de confiança da família, buscou a criança para passear.
Após passar a tarde com o pastor, a mãe foi buscar a menina na casa da avó e a levou para dar banho . Durante a higienização, a criança reclamou de dores nas partes íntimas e contou para a mãe que teria brincado muito de “cavalinho”.
Desconfiada, a mãe perguntou para a menina como teria sido a brincadeira e a criança relatou a conjunção carnal. O delegado responsável pelas investigações pediu um exame médico na criança para comprovar o abuso.
O pastor está solto e só poderá ser indiciado depois do resultado do exame.
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informações de midia max
PERSEGUIÇÃO NO MUNDO - CRISTÃOS MORTOS
"Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome... Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." (Mateus 24:9 e 13)
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A mensagem do Evangelho está acabando com “Templo da Prostituição” na Índia
Existe na Índia uma prática conhecida como devadasi, que é um templo para prostituição, em que mulheres são dedicadas à deusa Yellamma e obrigadas e se prostituírem. A prática consiste na exploração de mulheres e tem servido de último recurso para os pais desesperados por uma benção dos deuses.
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Porém a mensagem do Evangelho está destruindo essa prática no país. Ao terem contato com a mensagem transmitida pelo cristianismo, essas mulheres têm transformado suas vidas e se tornado grandes testemunhas de Cristo.
De acordo com a publicação cristã Charisma, o Evangelho está ganhando muita força e se difundindo rapidamente entre as servas dessa trágica prática.
De acordo com a Junta de Missões Mundiais a devadasi é uma prática que oficialmente foi banida do país há 30 anos, mas que mesmo assim permanece. Até hoje muitas mulheres são consideradas casadas com a deusa e forçadas a viver como prostitutas ao atingirem a maturidade. Sendo, inclusive, proibidas de se casar com um homem depois disso.
Em face a essa situação muitos cristãos estão trabalhando para levar a mensagem do Evangelho a essas mulheres.
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INF. G+
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Porém a mensagem do Evangelho está destruindo essa prática no país. Ao terem contato com a mensagem transmitida pelo cristianismo, essas mulheres têm transformado suas vidas e se tornado grandes testemunhas de Cristo.
De acordo com a publicação cristã Charisma, o Evangelho está ganhando muita força e se difundindo rapidamente entre as servas dessa trágica prática.
De acordo com a Junta de Missões Mundiais a devadasi é uma prática que oficialmente foi banida do país há 30 anos, mas que mesmo assim permanece. Até hoje muitas mulheres são consideradas casadas com a deusa e forçadas a viver como prostitutas ao atingirem a maturidade. Sendo, inclusive, proibidas de se casar com um homem depois disso.
Em face a essa situação muitos cristãos estão trabalhando para levar a mensagem do Evangelho a essas mulheres.
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Pastor e esposa são presos na Coréia do Sul por espancarem os filhos e os deixar morrer de fome
O pastor de uma igreja evangélica clandestina em Seul, na Coreia do Sul, e sua esposa foram presos após confessarem ter espancado mortalmente seus três filhos numa suposta tentativa de expulsar demônios dos corpos das crianças.
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As três crianças, uma menina de 10 anos e os dois meninos de oito e cinco anos, foram agredidos com cinturões e mata-moscas, 39 vezes de manhã e outras tantas vezes à tarde. As investigações mostraram ainda que as crianças não tinham comida no estômago e estavam cheias de hematomas, segundo informou um porta voz da polícia à agência de notícias AFP.
O pastor e sua esposa foram presos depois que um familiar descobriu os corpos das crianças já em decomposição em uma casa, que era usada como igreja pelo pastor, no distrito de Boseong, no sudoeste do país. De acordo com a polícia as três crianças foram encontradas com as cabeças rapadas e com os pais de joelhos diante delas.
O pastor garantiu que seus atos foram cometidos “segundo as Escrituras”.
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As três crianças, uma menina de 10 anos e os dois meninos de oito e cinco anos, foram agredidos com cinturões e mata-moscas, 39 vezes de manhã e outras tantas vezes à tarde. As investigações mostraram ainda que as crianças não tinham comida no estômago e estavam cheias de hematomas, segundo informou um porta voz da polícia à agência de notícias AFP.
O pastor e sua esposa foram presos depois que um familiar descobriu os corpos das crianças já em decomposição em uma casa, que era usada como igreja pelo pastor, no distrito de Boseong, no sudoeste do país. De acordo com a polícia as três crianças foram encontradas com as cabeças rapadas e com os pais de joelhos diante delas.
O pastor garantiu que seus atos foram cometidos “segundo as Escrituras”.
Polêmico Pastor Ricardo Gondim anuncia que não faz mais parte do “Movimento Evangélico”: “Não desejo me sentir parte de uma igreja que perde credibilidade”
O pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda, anunciou em seu site, através de um artigo, que está rompendo com o Movimento Evangélico. Narrando suas experiências religiosas desde adolescência, quando abandonou o catolicismo inquieto pelo que chamou de “dogmas” da igreja romana, o pastor falou sobre o que o fez romper com a Igreja Presbiteriana e com a Assembleia de Deus, exemplificando cada caso.
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Agora, se dizendo sem saber para onde ir, afirma que está querendo “apenas experimentar a liberdade prometida nos Evangelhos” e que não abandonará sua vocação de pastor e continuará servindo na Betesda.
Os motivos listados por Gondim em seu artigo reclamam da transformação do evangelho em negócio, e se diz “incapaz de tolerar” a transformação da fé em negócio. “Não posso aceitar, passivamente, que tentem converter os cristãos em consumidores e a igreja, em balcão de serviços religiosos. Entendo que o movimento evangélico nacional se apequenou. Não consegue vencer a tentação de lucrar como empresa. Recuso-me a continuar esmurrando as pontas de facas de uma religião que se molda à Babilônia”, acusa o pastor.
A falta de afinidade com os grandes líderes evangélicos nacionais também é colocada como uma questão de peso e decisiva para o rompimento: “Não consigo admirar a enorme maioria dos formadores de opinião do movimento evangélico (principalmente os que se valem da mídia). Conheço muitos de fora dos palcos e dos púlpitos. Sei de histórias horrorosas, presenciei fatos inenarráveis e testemunhei decisões execráveis”, afirma o pastor, sem citar nomes.
Em mais uma crítica direta à teologia da prosperidade, que tem sido priorizada em diversas denominações, o pastor Gondim afirma que a igreja se tornou inútil ao pregar essa mensagem: “No momento em que o sal perde o sabor para nada presta senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não desejo me sentir parte de uma igreja que perde credibilidade por priorizar a mensagem que promete prosperidade. Como conviver com uma religião que busca especializar-se na mecânica das “preces poderosas”? O que dizer de homens e mulheres que ensinam a virtude como degrau para o sucesso? Não suporto conviver em ambientes onde se geram culpa e paranoia como pretexto de ajudar as pessoas a reconhecerem a necessidade de Deus”.
Um texto publicado pelo jornalista Paulo Lopes, atribuído a José Geraldo Gouvêa, ateu declarado, afirma que “Gondim não tem para onde ir, a não ser os braços do ateísmo”. O autor do texto afirma se identificar com o pastor, “uma espécie de Leonardo Boff evangélico”, fazendo menção ao ex-frei e crítico ferrenho da Igreja Católica.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Tempo de Partir”, do pastor Ricardo Gondim:
INF. GOSPEL +
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Agora, se dizendo sem saber para onde ir, afirma que está querendo “apenas experimentar a liberdade prometida nos Evangelhos” e que não abandonará sua vocação de pastor e continuará servindo na Betesda.
Os motivos listados por Gondim em seu artigo reclamam da transformação do evangelho em negócio, e se diz “incapaz de tolerar” a transformação da fé em negócio. “Não posso aceitar, passivamente, que tentem converter os cristãos em consumidores e a igreja, em balcão de serviços religiosos. Entendo que o movimento evangélico nacional se apequenou. Não consegue vencer a tentação de lucrar como empresa. Recuso-me a continuar esmurrando as pontas de facas de uma religião que se molda à Babilônia”, acusa o pastor.
A falta de afinidade com os grandes líderes evangélicos nacionais também é colocada como uma questão de peso e decisiva para o rompimento: “Não consigo admirar a enorme maioria dos formadores de opinião do movimento evangélico (principalmente os que se valem da mídia). Conheço muitos de fora dos palcos e dos púlpitos. Sei de histórias horrorosas, presenciei fatos inenarráveis e testemunhei decisões execráveis”, afirma o pastor, sem citar nomes.
Em mais uma crítica direta à teologia da prosperidade, que tem sido priorizada em diversas denominações, o pastor Gondim afirma que a igreja se tornou inútil ao pregar essa mensagem: “No momento em que o sal perde o sabor para nada presta senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não desejo me sentir parte de uma igreja que perde credibilidade por priorizar a mensagem que promete prosperidade. Como conviver com uma religião que busca especializar-se na mecânica das “preces poderosas”? O que dizer de homens e mulheres que ensinam a virtude como degrau para o sucesso? Não suporto conviver em ambientes onde se geram culpa e paranoia como pretexto de ajudar as pessoas a reconhecerem a necessidade de Deus”.
Um texto publicado pelo jornalista Paulo Lopes, atribuído a José Geraldo Gouvêa, ateu declarado, afirma que “Gondim não tem para onde ir, a não ser os braços do ateísmo”. O autor do texto afirma se identificar com o pastor, “uma espécie de Leonardo Boff evangélico”, fazendo menção ao ex-frei e crítico ferrenho da Igreja Católica.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Tempo de Partir”, do pastor Ricardo Gondim:
Não perdi o juízo. Minha espiritualidade não foi a pique. Minhas muitas tarefas não me esgotaram. Entretanto, não cessam os rótulos e os diagnósticos sobre minha saúde espiritual. Escrevo, mas parece que as minhas palavras chegam a ouvidos displicentes. Para alguns pareço vago, para outros, fragmentado e inconsistente nas colocações (talvez seja mesmo). Várias pessoas avisam que intercedem a Deus para que Ele me acuda.VIA GRITOS DE ALERTA
Minha peregrinação cristã está, há muito, marcada por rompimentos. O primeiro, rachei com a Igreja Católica, onde nasci, fui batizado e fiz a Primeira Comunhão. Em premonitórias inquietações não aceitava dogmas. Pedi explicações a um padre sobre certas práticas que não faziam muito sentido para mim. O sacerdote simplesmente deu as costas, mas antes advertiu: “Meu filho, afaste-se dos protestantes, eles são um problema!”.
Depois de ler a Bíblia, decidi sair do catolicismo; um escândalo para uma família que se orgulhava de ter padres e freiras na árvore genealógica – e nenhum “crente”. Aportei na Igreja Presbiteriana Central de Fortaleza. Meus únicos amigos crentes vinham dessa denominação. Enfronhei em muitas atividades. Membro ativo, freqüentei a escola dominical, trabalhei com outros jovens na impressão de boletins, organizei retiros e acampamentos. No cúmulo da vontade de servir, tentei até cantar no coral – um desastre. Liderei a União de Mocidade. Enfim, fiz tudo o que pude dentro daquela estrutura. Fui calvinista. Acreditei por muito tempo que Deus, ao criar todas as coisas, ordenou que o universo inteiro se movesse de acordo com sua presciência e soberania. Aceitei tacitamente que certas pessoas vão para o céu e para o inferno devido a uma eleição. Essa doutrina fazia sentido para mim até porque eu me via um dos eleitos. Eu estava numa situação bem confortável. E podia descansar: a salvação da minha alma estava desde sempre garantida. Mesmo que caísse na gandaia, no último dia, de um jeito ou de outro, a graça me resgataria. O propósito de Deus para minha vida nunca seria frustrado, me garantiram.
Em determinada noite, fui a um culto pentecostal. O Espírito Santo me visitou com ternura. Em êxtase, imerso no amor de Deus, falei em línguas estranhas – um escândalo na comunidade reverente e bem comportada. Sob o impacto daquele batismo, fui intimado a comparecer à versão moderna da Inquisição. Numa minúscula sala, pastores e presbíteros exigiram que eu negasse a experiência sob pena de ser estigmatizado como reles pentecostal. Ameaçaram. Eu sofreria o primeiro processo de expulsão, excomunhão, daquela igreja desde que se estabelecera no século XIX. Ainda adolescente e debaixo do escrutínio opressivo de uma gerontocracia inclemente, ouvi o xeque mate: “Peça para sair, evite o trauma de um julgamento sumário. Poupe-nos de sermos transformados em carrascos”. Às duas da madrugada, capitulei. Solicitei, por carta, a saída. A partir daquele momento, deixei de ser presbiteriano.
De novo estava no exílio. Meu melhor amigo, presidente da Aliança Bíblica Universitária, pertencia a Assembleia de Deus e para lá fui. Era mais um êxodo em busca de abrigo. Eu só queria uma comunidade onde pudesse viver a fé. Cedo vi que a Assembleia de Deus estava engessada. Sobravam legalismo, politicagem interna e ânsia de poder temporal. Não custou e notei a instituição acorrentada por uma tradição farisaica. Pior, iludia-se com sua grandeza numérica. Já pastor da Betesda eu me tornava, de novo, um estorvo. Os processos que mantinham o povo preso ao espírito de boiada me agrediam. Enquanto denunciava o anacronismo assembleiano eu me indispunha. A estrutura amordaçava e eu me via inibido em meu senso crítico. A geração de pastores que ascendia se contentava em ficar quieta. Balançava a cabeça em aprovação aos desmandos dos encastelados no poder. Mais uma vez, eu me encontrava numa sinuca. De novo, precisei romper. Eu estava de saída da maior denominação pentecostal do Brasil. Mas, pela primeira vez, eu me sentia protegido. A querida Betesda me acompanhou.
Agora sinto necessidade de distanciar-me do Movimento Evangélico. Não tenho medo. Depois de tantas rupturas mantenho o coração sóbrio. As decepções não foram suficientes para azedar a minha alma, sequer fortes para roubar a minha fé. “Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso”.
Estou crescentemente empolgado com as verdades bíblicas que revelam Jesus de Nazaré. Aumenta a minha vontade de caminhar ao lado de gente humana que ama o próximo. Sinto-me estranhamente atraído à beleza da vida. Não cesso de procurar mentores. Estou aberto a amigos que me inspirem a alma.
Então por que uma ruptura radical? Meus movimentos visam preservar a minha alma da intolerância. Saio para não tornar-me um casmurro rabugento. Não desejo acabar um crítico que nunca celebra e jamais se encaixa onde a vida pulsa. Não me considero dono da verdade. Não carrego a palmatória do mundo. Cresce em mim a consciência de que sou imperfeito. Luto para não permitir que covardia me afaste do confronto de meus paradoxos. Não nego: sou incapaz de viver tudo o que prego – a mensagem que anuncio é muito mais excelente do que eu. A igreja que pastoreio tem enormes dificuldades. Contudo, insisto com a necessidade de rescindir com o que comumente se conhece como Movimento Evangélico.
1. Vejo-me incapaz de tolerar que o Evangelho se transforme em negócio e o nome de Deus vire marca que vende bem. Não posso aceitar, passivamente, que tentem converter os cristãos em consumidores e a igreja, em balcão de serviços religiosos. Entendo que o movimento evangélico nacional se apequenou. Não consegue vencer a tentação de lucrar como empresa. Recuso-me a continuar esmurrando as pontas de facas de uma religião que se molda à Babilônia.
2. Não consigo admirar a enorme maioria dos formadores de opinião do movimento evangélico (principalmente os que se valem da mídia). Conheço muitos de fora dos palcos e dos púlpitos. Sei de histórias horrorosas, presenciei fatos inenarráveis e testemunhei decisões execráveis. Sei que muitas eleições nas altas cupulas denominacionais acontecem com casuísmos eleitoreiros imorais. Estive na eleição para presidente de uma enorme denominação. Vi dois zeladores do Centro de Convenções aliciados com dinheiro. Os dois receberam crachá e votaram como pastores. Já ajudei em “cruzadas” evangelísticas cujo objetivo se restringiu filmar a multidão, exibir nos Estados Unidos e levantar dinheiro. O fim último era sustentar o evangelista no luxo nababesco. Sou testemunha ocular de pastores que depois de orar por gente sofrida e miserável debocharam delas, às gargalhadas. Horrorizei-me com o programa da CNN em que algumas das maiores lideranças do mundo evangélico americano apoiaram a guerra do Iraque. Naquela noite revirei na cama sem dormir. Parecia impossível acreditar que homens de Deus colocam a mão no fogo por uma política beligerante e mentirosa de bombardear outro país. Como um movimento, que se pretende portador das Boas Novas, sustenta uma guerra satânica, apoiada pela indústria do petróleo.
3. No momento em que o sal perde o sabor para nada presta senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não desejo me sentir parte de uma igreja que perde credibilidade por priorizar a mensagem que promete prosperidade. Como conviver com uma religião que busca especializar-se na mecânica das “preces poderosas”? O que dizer de homens e mulheres que ensinam a virtude como degrau para o sucesso? Não suporto conviver em ambientes onde se geram culpa e paranoia como pretexto de ajudar as pessoas a reconhecerem a necessidade de Deus.
4. Não consigo identificar-me com o determinismo teológico que impera na maioria das igrejas evangélicas. Há um fatalismo disfarçado que enxerga cada mínimo detalhe da existência como parte da providência. Repenso as categorias teológicas que me serviam de óculos para a leitura da Bíblia. Entendo que essa mudança de lente se tornou ameaçadora. Eu, porém, preciso de lateralidade. Quero dialogar com as ciências sociais. Preciso variar meus ângulos de percepção. Não gosto de cabrestos. Patrulhamento e cenho franzido me irritam . Senti na carne a intolerância e como o ódio está atrelado ao conformismo teológico. Preciso me manter aberto à companhia de gente que molda a vida, consciente ou inconsciente, pelos valores do Reino de Deus sem medo de pensar, sonhar, sentir, rir e chorar. Desejo desfrutar (curtir) uma espiritualidade sem a canga pesada do legalismo, sem o hermético fundamentalismo, sem os dogmas estreitos dos saudosistas e sem a estupidez dos que não dialogam sem rotular.
Não, não abandonarei a vocação de pastor. Não negligenciarei a comunidade onde sirvo. Quero apenas experimentar a liberdade prometida nos Evangelhos. Posso ainda não saber para onde vou, mas estou certo dos caminhos por onde não devo seguir.
Soli Deo Gloria
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