Hoje em dia é quase normal ouvirmos de alguns obreiros a seguinte frase .
DEUS ME CHAMOU PARA VIVER DA OBRA .
Como se isso fosse o passaporte para não fazer mais nada , abandonar o serviço , deixar sua família passando fome , seus entes queridos na maior das dificuldades .
Conheço pessoas que por falta de conhecimento , e por serem tendenciosos a essa facilidade , mergulhou de cabeça no contexto de que o obreiro é digno de seu salário e hoje estão arrebentados , sem família , endividados .
Conhecemos aqueles que usurpam do dinheiro dos dízimos e ofertas para aseu bel prazer em carrões , mansões , fazendões etc .
E na realidade esses recursos era para serem utilizados no socorro dos sem pai e mãe , das viuvai , dos necessitados .
A muitos que sendo pastores de igrejas pequenas , lançam sobre eles um peso extremo , onde os forçam a sustenta los .
Jesus trabalhava , Paulo trabalhava , Pedro etc .
A Bíblia apresenta Deus como divindade ativamente trabalhadora, que fez os seres humanos como trabalhadores à sua imagem. Jesus era carpinteiro antes de se tornar um pregador itinerante. Paulo combinou seu trabalho apostólico com a confecção de tendas assim como muitos outros homens e mulheres.
Mas o que as Escrituras Sagradas nos ensinam a respeito do valor do trabalho?
O valor do trabalho para Deus
A pergunta que devemos responder neste ponto é a seguinte: benção ou maldição? Você já ouviu a expressão de que o trabalho é um mal necessário? Parece-me que está ligado à nossa mente que trabalhar é um fardo, um peso e o quanto antes nos livrarmos disto melhor.
O trabalho (assim como o estudo) faz parte indispensável do plano de Deus para a humanidade. Através dele, cumprimos a ordem divina de “ter domínio” sobre toda a criação. Isto está claro em Gn. 1. 27-28 e 2.15.
Porém, muitos associam o trabalho à maldição devido ao que está em Gn 2.19: “No suor do rosto comerás o teu pão...”. Samuel Escobar comenta que por causa da queda da humanidade no pecado é que a fadiga, a idolatria e o sofrimento vieram a ser associados ao trabalho. Não era assim antes da queda, mas já Deus já havia preparado o trabalho para o homem no Éden.
Deus olha pelo trabalhador, toda injustiça contra ele se transforma em clamor diante do Senhor conforme Tg 5.4 “Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos”.
Lembremos também que em Ef. 6. 5-9 somos exortados no sentido de que Ele recebe nosso trabalho como oferta agradável de serviço. O trabalho é importante para Deus porque através dele, refletimos Sua imagem e glória.
Sabemos ainda, que Deus “trabalha para aquele que nele espera”. O Senhor continua trabalhando.
O valor do trabalho para nós
O trabalho para nós torna-se, portanto, uma questão de obediência e de plena realização dos propósitos de Deus em nossas vidas. Somos inseridos no propósito e na imagem de Deus quando trabalhamos.
Vamos tentar responder uma segunda questão nesta reflexão: emprego ou vocação? Um trabalho significativo é dom de Deus e não um castigo como já vimos anteriormente.
Aqueles que exercem impacto e relevância através do trabalho são os que descobrem sua vocação. Isso é dom de Deus. Todos temos as condições de exercer nossa vocação. Precisamos encontrar esse valor em nosso trabalho, pais ensinam filhos a trabalhar desde cedo, onde há filhos “folgados” certamente há pais “afogados”.
Todo trabalho honesto é digno, através dele temos sustento conforme Sl 128.2 “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem”. Ainda em I Tm 5.18 lemos “O trabalhador é digno do seu salário”.
Há desvios quando tentamos buscar em outra fonte nosso sustento, como por exemplo, jogos de azar, onde para um ganhar, muitos tem que perder. Significa que não cremos que Deus é quem nos sustenta.
Há dois erros na interpretação do valor do trabalho para nós. Primeiro o não querer trabalhar, o que a Palavra chama de preguiça Pv. 19.15 “A preguiça faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer fome”. Paulo nos exorta em 2 Ts 3.10 “Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma”.
O segundo desvio é o excesso de trabalho. Trago a memória a mensagem sobre finanças na ótica de Deus e tentarei resumir com I Tm 6.8 “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes”. A palavra chave é contentamento. Lembremo-nos que até mesmo Deus descansou ao sétimo dia, estava contente com o que fez.
O trabalho tem um grande valor para nós. Precisamos redescobrir o trabalho como vocação através de uma vida disciplinada e recompensadora, baseada no trabalho honesto.
O valor do trabalho para o Reino
É através do trabalho que exercemos toda a potencialidade de expansão do Reino de Deus entre nós. Passamos cerca de um terço, ou mais, do nosso tempo no trabalho, seja fora ou dentro de casa, ou ainda nos estudos. A pergunta a ser respondida aqui é: Secular ou sagrado?
Essa é uma dúvida comum e perigosa na história da Igreja. A Reforma nos ensinou sobre o sacerdócio universal de todos os santos. Igreja significa "chamados para fora". O sacerdócio pós-Cristo não é exercido na Igreja (templo) mas pela Igreja (corpo) onde ela estiver (fora). Aqui o valor do trabalho ganha a dimensão para o Reino, pois é veículo de testemunho e prática de justiça. Todo trabalho deve ser conSAGRADO a Deus.
Fomos designados para sermos sal da terra e luz do mundo e para fazermos diferença em todo ambiente que estivermos. É oportunidade de testemunho e evangelismo. Não é privilégio de ministérios específicos, pois cada casa é uma igreja e cada membro do corpo de Cristo é um ministro onde estiver (casa, escritório, loja, fazenda, ruas etc.).
E aqui uma palavra especial para os aposentados. Pesquisas mostram que pessoas que se mantêm ocupados com atividades úteis e produtivas vivem mais. Temos o melhor projeto para vocês: restauração de vidas. É a oportunidade de se dedicarem na diaconia, na oração, nas visitas, no Reino.
Não sou contra pastores e líderes receberem sua ajuda de custo da igreja , desde que isso não represente para a congregação um peso , uma obrigação injusta .
Pois se a congregação tem condições , ótimo , se não , por favor obreiro , vai entregar uns curriculun nas empresas , e deixa DEUS fazer o que tem que ser feito , afinal , devemos ser ministro da liberdade e não colocador de cangas nas ovelhas , a fim de arrancar sua pele em nosso bem próprio .
EQUIPE GRITOS DE ALERTA COM INFORMAÇÕES INSTITUTO JETRO .