quarta-feira, 1 de junho de 2011

Marta Suplicy, Senador evangélico Marcelo Crivella e líder da Associação de Gays se reunem e criam novo texto da PLC 122

Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel De acordo com a relatora do texto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), Marta Suplicy, uma das principais mudanças será no artigo que pune a discriminação ou preconceito pela orientação sexual. A nova redação, segundo a relatora, vai prever punição apenas àqueles que induzirem a violência.
- O projeto contemplou a todos os que estavam ali: o Toni Reis, da ABGLT, o senador Demóstenes, que queria dar constitucionalidade ao projeto, e o senador Crivella, que queria a proteção aos pastores e à liberdade de expressão – explicou a senadora.
O ponto que causou a maior polêmica na discussão do projeto foi a liberdade de expressão dos religiosos, que alegavam que qualquer manifestação contra a homossexualidade poderia ser caracterizada como discriminação ou preconceito. Uma emenda chegou a ser acrescentada pela relatora ao texto para garantir essa liberdade, mas o projeto acabou retirado da pauta da CDH no último dia 12 para maior discussão.
De acordo com Crivella, não é necessário prever no projeto a punição à discriminação contra os homossexuais porque isso já é contemplado no Código Penal, com a previsão do crime de injúria. Segundo o senador, o novo texto está sendo elaborado com base em uma proposta alternativa de sua autoria, que puniria a discriminação em hipóteses especificadas.
- Qualquer discriminação de acesso ao comércio, de direito no trabalho ou qualquer ato de violência praticado contra a orientação sexual seria punida pela lei – explicou o senador.
Discordâncias
Crivella afirmou que o projeto em discussão é novo e que poderá “enterrar” de vez o PLC 122.
- Acredito que a gente consiga enterrar o PLC 122. Eu tenho firmes esperanças de que nós vamos enterrá-lo a sete palmos. Tenho esperança também de que possamos fazer uma lei boa como essa que eu propus, que não é uma lei só para o homossexual. Ela também pune os crimes contra heterossexual – explicou.
Marta Suplicy, no entanto, disse que o texto não representa um novo projeto, e sim alterações ao PLC 122 nos pontos em que havia maior resistência.
- Eu pedi para ele [Crivella], em homenagem à [ex-deputada] Iara Bernardi, que fez o projeto original, e à [ex-senadora] Fátima Cleide, que ficou cinco anos aqui no Senado, que mantivéssemos o projeto original com todos os adendos, tirando algumas coisas que eram do original. Isso eu acho que foi contemplado.
Aumento de penas
Ainda segundo a senadora, por sugestão de Demóstenes e Crivella, o novo texto vai incluir o aumento de penas para crimes já previstos no Código Penal, como homicídio e formação de quadrilha, quando resultantes de atos contra a orientação sexual. Marta disse que o texto está sendo colocado em “palavras jurídicas” e que representará um grande avanço, se houver consenso.
- Comemorar, só na hora que eles olharem a redação final e concordarem, mas acho que o avanço foi extraordinário e eu estou muito feliz – concluiu.

G+

“Leio a Bíblia de manhã e à noite. E dou aulas de cristianismo, às vezes”, diz estrela do rock


Apesar de fazer shows cantando músicas até sobre necrofilia, o rock star de 63 anos ora duas vezes ao dia
“Leio a Bíblia de manhã e à noite. E dou aulas de cristianismo, às vezes”, diz estrela do rock
Em uma entrevista recente ao Jornal da Tarde, Alice Cooper, músico de 63 anos falou sobre drogas, música e hobbys. Mas o cantor também revelou que ora duas vezes ao dia e que eventualmente dá aulas de cristianismo.
Tudo isso seria normal se o rock star não cantasse canções que contrariam os ensinamentos bíblicos, em algumas delas ele fala até de necrofilia (excitação sexual decorrente da visão ou do contato com um cadáver), mas para ele “não tem nada na Bíblia que proíba alguém de ser um rock star.”
Sempre que o cantor sobe ao palco ele se transforma em um personagem, suas performances no palco inspiraram grandes artistas como a banda Kiss e Marilyn Mayson.
Apesar de sua aparência e letras liberais ele afirma ao jornal que não contrata músicos que usam drogas. “Eu não vou contratar alguém que usa drogas. Porque quando formos entrar em turnê, ele vai ser um problema. Não estou falando de beber uma cerveja. Isso não é problema para ninguém. Mas se você está numa banda grande, estar bêbado sempre não funciona no show. Não dá.”
O músico que não bebe há 30 anos conta que tomou a decisão de abandonar o vício quando viu seus amigos morrendo, Jim Morrison e Jimmy Hendrix. Nessa hora o repórter pergunta como ele é fora dos palcos e a resposta é surpreendente.
“Sou um cristão normal. Quando eu for para São Paulo, você vai ver. Vou fazer compras, jogar uma partida de golfe. O que acontece é que, quando eu viro Alice Cooper, preciso me tornar um vilão. Sou como o Darth Vadder, do Guerra nas Estrelas, ou como o Hannibal Lecter, de O Silêncio dos Inocentes. Eles são vilões. Eu adoro fazer essa transformação.”
Interessado nessa história o repórter pergunta se dá para ser um rock star e ter uma religião. “Dá, sim. Sou protestante. Não existe nada na Bíblia que diga que você não pode ser um cantor de rock’n’roll. Entendo que Deus me deu um talento e espera que eu o use. O meu show não tem nada de anticristo. Muito pelo contrário, acho até bem cristão.”
Alice Cooper revela que na igreja tem pessoas que não gostam de suas atitudes, mas a maioria o enxerga como mais um cristão. “Existem advogados cristãos, médicos cristãos. Sou um cantor de rock cristão. Sempre oro antes dos shows. Oro todos os dias. Leio a Bíblia de manhã e à noite. E dou aulas de cristianismo, às vezes. Meu pai era pastor, meu avô também. Isso é algo de família.”
Fonte: Gospel Prime
Com informações Jornal da Tarde

DESCULPA ESFARRAPADA OU VERDADE - Site da ABGLT convoca para ato de queima da Bíblia; entidade diz que foi “hackeada”


Em seguida, a mensagem defendia que "um livro homofóbico como este não deve existir em um mundo onde a diversidade é respeitada."
Site da ABGLT convoca para ato de queima da Bíblia; entidade diz que foi “hackeada”
No que a entidade classifica como um “ataque hacker”, um aviso postado na tarde desta terça-feira (31) no site da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) convocava simpatizantes a um evento em Brasília, supostamente programado para amanhã (1), em que seriam queimados exemplares da Bíblia.
Na primeira versão publicada na seção de “eventos nacionais” da página virtual, o texto dizia que “em frente a Catedral, nós ativistas LGBTT iremos queimar um exemplar da ‘Bíblia Sagrada’”. Em seguida, a mensagem defendia que “um livro homofóbico como este não deve existir em um mundo onde a diversidade é respeitada.”
Por fim, o autor da postagem, que se indentificava como “João Henrique Boing, ativista GLSBTT”, conclamava o público para seu suposto ato: “Amanhã iremos queimar a homofobia. Compareça”.
Após o anúncio gerar comentários raivosos no Twitter, uma nova versão do aviso foi postado. O texto dizia: “Queimando a Homofobia: aglomeração as 14h na porta da catedral. Tragam livros religiosos, em prol da diversidade”.
Às 20h40, esse trecho continuava publicado no site da instituição, uma das mais atuantes no processo que culminou com a aprovação da união estável entre homossexuais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 5 de maio.
Segundo Toni Reis, presidente da associação, tudo não passou de um ataque de hackers. “Não somos nós que estamos publicando esse tipo de coisa. Temos respeito total pelas religiões. A Bíblia é para ser respeitada”, disse ele, que afirmou ter teólogos no corpo diretivo da entidade.
A liderança gay, que se uniu ao seu companheiro logo após a decisão no Supremo, explicou que já entrou em contato com as autoridades policiais de Curitiba, cidade sede da ABGLT, para registrar a modificação ilegal de sua página virtual. “Estamos até cogitando tirar o site do ar”, assumiu.
Toni pediu “mil desculpas” aos que se sentiram ofendidos com a postagem. “Estamos tentando verificar quem é o autor desse tipo de ataque. É alguém muito mal intencionado. As pessoas que são homofóbicas não param de nos atacar.”
Segundo ele, esta não foi a primeira vez que hackers teriam entrado na página da entidade. Há dois meses, explica ele, foi publicada a seguinte mensagem na página eletrônica: “Bolsonaro para presidente do Brasil”, em referência ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que protagonizou inúmeros ataques aos movimentos gays nos últimos tempos em Brasília.
Fonte: UOL

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EXEMPLO DE VIDA - Aos cem anos de idade, aposentada volta à escola para ler e escrever

  • Aposentada de cem anos aprende a ler e escrever
 em Londrina (PR) Aposentada de cem anos aprende a ler e escrever em Londrina (PR)
A aposentada Isolina Mendes Campos viveu um século sem conseguir ler e escrever. Agora decidiu reverter a situação. Aos cem anos de idade, a vovó estudante é um dos 45 matriculados no curso de alfabetização de jovens e adultos da Escola Municipal Moacyr Camargo Martins, em Londrina (PR).
De acordo com a diretora da escola, Regina Pierotti, a presença da aluna centenária despertou a admiração dos mais jovens."Ela é perseverante, tem vontade de aprender. Faz questão de chamar o professor para uma explicação mais detalhada", diz a diretora.
Isolina ingressou no curso em 1998, mas teve de deixar as aulas por problemas de saúde. Agora, em plena forma, resolveu voltar. “Quero dar o exemplo a quem está pensando em estudar”, afirma a aposentada. E a disposição dela não para nos estudos. Ela garante que, se a idade permitisse, procuraria um emprego. “Não gosto de ficar parada”, conta.
Um dos filhos de Isolina, o motorista aposentado Raimundo Xavier Mendes, 62, leva a mãe para a aula período noturno. Ele conta que ela gosta de manter a independência sempre e faz questão de ter um lugar só seu na casa, apesar de os dois viverem juntos. E afirma estar feliz com a admiração que o gesto da mãe despertou na escola e no bairro onde moram.

FONTE  UOL

SERÁ QUE O KIT GAY REALMENTE FOI BANIDO ? SERÁ ?

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    Ou a suspensão foi temporária para diminuir a pressão sobre o governo no caso Palocci?

    Conforme publicou o Portal G1, na tarde desta sexta-feira (27), em São Paulo, o Ministro da Educação Fernando Haddad disse que o MEC vai avaliar se a base do material (kit gay) já produzido será mantida.
    Segundo o MEC mais de 6 mil escolas no país onde há registro de bullying ‘homofóbico’ e elas deverão receber a nova versão do kit gay ainda este ano.

    Satisfação à ABGLT

    No mesmo dia (25) do anúncio do veto do kit gay a Secretaria-Geral da Presidência da República convidou a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT) para tratar do assunto na próxima terça-feira (31).
    A notícia deixou animado o Presidente da ABGLT, Toni Reis, que disse:
    — Achei de bom tom terem chamado a ABGLT para a reunião em Brasília. Vamos dialogar. Tudo na política dá para reverter. Não vejo o atual governo como homofóbico — afirma, salientando a necessidade de ações de defesa da população LGBT por parte do Estado.

    Kit gay no Plano governamental

    A produção do material ‘didático’ está prevista no Plano Nacional de Cidadania e Direitos Humanos LGBT, página 32, item 1.4.6, conforme abaixo:


    O kit gay e o caso Palocci

    Há quem diga que em troca do apoio das bancadas religiosas contra uma CPI que pretende investigar o súbito enriquecimento do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, o Palácio do Planalto decidiu não mais distribuir o kit gay.
    A tal CPI já havia colhido algumas assinaturas, todavia, diante da suspensão (que agora se sabe, foi temporária) do kit gay alguns parlamentares da bancada religiosa, que já haviam assinado o requerimento de convocação de Palocci, retiraram as assinaturas.

    Volta tudo a ser como era antes

    Com as declarações do ministro de que o material PODERÁ ser refeito, é possível notar que a atitude de suspensão foi realmente uma estratégia para se evitar mais confusão na porta do Planalto.
    Ao que tudo indica, o governo vai realmente levar adiante esse material, até por que está previsto no planejamento  governamental. São 180 itens no Plano. Se o governo  recuar neste embate, como levará adiante os demais projetos da agenda gay?
    A pressão sobre a bancada evangélica tem que ser aumentada.


    Com informações do Blog Julio Severo e G1.
     

HAKANI E O INFANTICÍDIO NO BRASIL


HAKANI, Uma menina chamada sorriso.
Hakani nasceu no Amazonas, em 1995, filha de uma índia suruwaha. Seu nome significa sorriso e seu rosto estava sempre iluminado por um sorriso radiante e contagioso. Nos primeiros dois anos de sua vida ela não se desenvolveu como as outras crianças – não aprendeu a andar nem a falar. Seu povo percebeu e começou a pressionar seus pais para matá-la. Seus pais, incapazes de sacrificá-la, preferiram se suicidar, deixando Hakani e seus 4 irmãos órfãos.

A responsabilidade de sacrificar Hakani agora era de seu irmão mais velho. Ele levou-a até a capoeira ao redor da maloca e a enterrou, ainda viva, numa cova rasa. O choro abafado de Hakani podia ser ouvido enquanto ela estava sufocada debaixo da terra.

Em muitos casos, o choro sufocado da criança continua por horas até cair finalmente um profundo silêncio – o silêncio da morte. Mas para Hakani, esse profundo silêncio nunca chegou. Alguém ouviu seu choro, arrancou-a do túmulo, e colocou nas mãos de seu avô, que por sua vez levou-a para sua rede. Mas, como membro mais velho da família, ele sabia muito bem o que a tradição esperava dele.

O avô de Hakani tomou seu arco e flecha e apontou para ela. A flechada errou o coração, mas perfurou seu ombro. Logo em seguida, tomado por culpa e remorso, ele atentou contra a própria vida, ingerindo uma porção do venenoso timbó. Para Hakani, ainda não era a hora de cair o profundo silêncio; mais uma vez ela sobreviveu.

Hakani, tinha apenas dois anos e meio de idade e passou a viver como se fosse uma amaldiçoada. Por três anos ela sobreviveu bebendo água de chuva, cascas de árvore, folhas, insetos, a ocasionalmente algum resto de comida que seu irmão conseguia para ela. Além do abandono, ela era física e emocionalmente agredida. Com o passar do tempo Hakani foi perdendo seu sorrido radiante e toda sua expressão facial. Mesmo assim o profundo silêncio não caiu sobre ela. Finalmente foi resgatada por um de seus irmãos, que a levou até a casa de um casal de missionários que por mais de 20 anos trabalhava com povo suruwahá.

Esse casal logo percebeu que Hakani estava terrivelmente desnutrida e muito doente. Com cinco anos de idade ela pesava 7 quilos e media apenas 69 centímetros. Eles começaram a cuidar de Hakani como se ela fosse sua própria filha. Eles cuidaram dela por um tempo na floresta, mas sabiam que sem tratamento médico ela morreria. Para salvar sua vida, eles pediram ao governo permissão para levá-la para a cidade.

Em apenas seis meses recebendo amor, cuidados e tratamento médico, Hakani começou a andar e falar. Aquele sorriso radiante voltou a iluminar seu rosto. Em um ano seu peso e sua altura simplesmente dobraram. Hoje Hakani tem 12 anos, adora dançar e desenhar. Sua voz, antes abafada e quase silenciada, hoje canta bem alto – uma voz pela vida.

O que é Infanticídio?
Popularmente usado para se referir ao assassinato de crianças indesejadas, o termo infanticídio nos remete a um problema tão antigo quanto a humanidade, registrado em todo o mundo através da história.

A violência contra as crianças é uma marca triste da sociedade brasileira, registrada em todas as camadas sociais e em todas as regiões do país. No caso das crianças indígenas, o agravante é que elas não podem contar com a mesma proteção com que contam as outras crianças, pois a cultura é colocada acima da vida e suas vozes são abafadas pelo manto da crença em culturas imutáveis e estáticas .

A cada ano, centenas de crianças indígenas são enterradas vivas, sufocadas com folhas, envenenadas ou abandonadas para morrer na floresta. Mães dedicadas são muitas vezes forçadas pela tradição cultural a desistir de suas crianças. Algumas preferem o suicídio a isso.

Muitas são as razões que levam essas crianças à morte. Portadores de deficiência física ou mental são mortas, bem como gêmeos, crianças nascidas de relações extra-conjugais, ou consideradas portadoras de má-sorte para a comunidade. Em algumas comunidades, a mãe pode matar um recém-nascido, caso ainda esteja amamentando outro, ou se o sexo do bebê não for o esperado. Para os mehinaco (Xingu) o nascimento de gêmeos ou crianças anômalas indica promiscuidade da mulher durante a gestação. Ela é punida e os filhos, enterrados vivos.

É importante ressaltar que não são apenas recém-nascidos as vítimas de infanticídio. Há registros de crianças de 3, 4, 11 e até 15 anos mortas pelas mais diversas causas.

Em certas comunidades, aumentam os casos entre mães mais jovens. Falta de informação, falta de acesso às políticas públicas de educação e de saúde, associadas à absoluta falta de esperança no futuro, perpetuam essa prática.

“As crianças indígenas fazem parte dos grupos mais vulneráveis e marginalizados do mundo, por isso é urgente agir a nível mundial para proteger sua sobrevivência e direitos (...)”

Relatório do Centro de Investigação da UNICEF, em Florença, Madrid, fevereiro de 2004

Infanticídio nas comunidades indígenas do Brasil
Enquanto faltam dados confiáveis, muitas das mortes por infanticídio são mascaradas nos dados estatísticos como morte por desnutrição ou causas inespecíficas.

Um dos primeiros desafios na erradicação do infanticídio é o levantamento de dados confiáveis. A tendência do governo é tentar minimizar o problema. Para o coordenador de assuntos externos da FUNAI, Michel Blanco Maia e Souza, os casos de infanticídio não merecem maior atenção do governo. “Não temos esses números, mas acredito que sejam casos isolados.”

Com base no Censo Demográfico de 2000, pesquisadores do IBGE constataram que para cada mil crianças indígenas nascidas vivas, 51,4 morreram antes de completar um ano de vida, enquanto no mesmo período, a população não-indígena apresentou taxa de mortalidade de 22,9 crianças por cada mil. A taxa de mortalidade infantil entre índios e não-índios registrou diferença de 124%. O Ministério da Saúde informou, também em 2000, que a mortalidade infantil indígena chegou a 74,6 mortes nos primeiros 12 meses de vida. Curiosamente, nas notícias do IBGE e do Ministério da Saúde não há qualquer explicação da causa mortis.

Muitas das mortes por infanticídio vêm mascaradas nos dados oficiais como morte por desnutrição ou por outras causas misteriosas (causas mal definidas - 12,5%, causas externas - 2,3%, outras causas - 2,3%).

Segundo a pesquisa de Rachel Alcântara, da UNB, só no Parque Xingu são assassinadas cerca de 30 crianças todos os anos. E de acordo com o levantamento feito pelo médico sanitarista Marcos Pellegrini, que até 2006 coordenava as ações do DSEI-Yanomami, em Roraima, 98 crianças indígenas foram assassinadas pelas mães em 2004. Em 2003 foram 68, fazendo dessa prática cultural a principal causa de mortalidade entre os yanomami.

A prática do infanticídio tem sido registrada em diversas etnias, entre elas estão os uaiuai, bororo, mehinaco, tapirapé, ticuna, amondaua, uru-eu-uau-uau, suruwaha, deni, jarawara, jaminawa, waurá, kuikuro, kamayurá, parintintin, yanomami, paracanã e kajabi.


“Não existem dados precisos... O pouco que se sabe sobre esse assunto provém de fontes como missões religiosas, estudos antropológicos ou algum coordenador de posto de Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) que repassa as informações para a imprensa, antes que elas sejam enviadas ao Ministério da Saúde e lá se transformem em “mortes por causas mal definidas” ou “externas”. Marcelo Santos, em “Bebês Indígenas Marcados para Morrer” (Revista Problemas Brasileiros, SESC-SP, maio-junho/2007)

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...