quarta-feira, 9 de maio de 2012

Grupo de igreja batista é detido por orar em frente à Casa Branca

Pastor Wiley Drake.
Quando o ativista chinês Chen Guangcheng fugiu da prisão domiciliar algumas semanas atrás, e chegou até a embaixada americana, a maior parte da imprensa mundial noticiou que a façanha era incrível por ele ser cego. Pouca, ou nenhuma atenção foi dada ao fato de que os motivos de sua prisão foram ele ser um ativista contra os abortos feitos pelo governo e declarar-se cristão.
Na última quinta-feira, um grupo de membros da Igreja Batista do Sul de Buena Park, Califórnia, viajou até a capital Washington. Seu objetivo era participar do Dia Nacional de Oração, celebrado nos EUA, bem como participar da Conferência de Oração mensal do Congresso norte-americano.
No dia seguinte, eles separaram um momento especial de intercessão pela vida de Chen, que agora busca sair da China por meios legais. Mas acabaram sendo presos por isso.
O pastor Wiley Drake, que liderava o grupo afirmou durante uma entrevista por telefone no sábado: “Vamos voltar a Washington. Eu vou voltar para a Casa Branca e orar ali novamente”.
Drake disse que ele, o pastor Pat Mahoney e três mulheres de sua igreja estavam ajoelhados ao lado da cerca do jardim da Casa Branca, orando, quando agentes de segurança chegaram.
Eles os interromperam e disseram que deveriam sair, pois não era permitido ficarem naquele local. Mesmo dizendo que estavam ali para orar, Drake, Mahoney, Gwyn Epeppard, 56, Tina Whittington, 37, e Sarah Maher, 23, foram presos.
“Nosso sentimento é que, em comparação ao que Chen Guangcheng sofreu na cadeia… o que fizemos foi o mínimo comparado ao sacrifício dele”, disse Drake. Ele diz esperar que o presidente Barack Obama e a Secretária de Estado, Hillary Clinton, concedam asilo político a Guangcheng.
Mesmo tendo ficado algumas horas preso, Drake insiste: “Nós não acreditamos ter violado qualquer lei”. O caso de Chen segue sem uma resposta final. Ele foi levado ao Hospital Chaoyang em Pequim, para o tratamento de uma lesão sofrida no pé durante sua fuga, onde permanece internado.
Inicialmente, ele dizia que desejava permanecer na China para estudar Direito, e um acordo entre Washington e Pequim levou à sua liberação. Porém, depois de ser internado em um hospital, ele mudou de ideia, dizendo-se ameaçado, e passou a solicitar autorização para se radicar nos EUA, onde também tem convite para estudar.
Traduzido e adaptado de Ocregister.com


Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/grupo-de-igreja-batista-e-detido-por-orar-em-frente-a-casa-branca/#ixzz1uKUC1eVv

Serra e Haddad polarizam comentários nas redes sociais; mais da metade dos pré-candidatos é alvo de críticas

Os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra, e pelo PT, Fernando Haddad, polarizam os comentários sobre a corrida eleitoral paulistana em redes sociais, conforme estudo encomendado pela empresa Scup, especializada em monitoramento de internet.
O levantamento isolou posts sobre os cinco pré-candidatos na corrida eleitoral paulistana mais mencionados no Twitter, Facebook, Google Notícias e em blogs das plataformas Wordpress e Blogger. Foi analisada uma amostra de 12,5 mil postagens de um universo total de mais de 30 mil menções, entre os dias 1º e 15 de abril deste ano.

São Paulo: Os pré-candidatos mais comentados nas redes sociais

De acordo com o levantamento, Serra e Haddad são mencionados quase com a mesma frequência nas redes sociais analisadas: em 38% e 37% do total de comentários. Chalita, Netinho e Soninha dividem o restante das menções.
O estudo também classificou o teor dos comentários em "positivo", "negativo" ou "neutro" em relação ao pré-candidato mencionado. A conclusão foi que Serra, Netinho de Paula (PCdoB) e Soninha Francine (PPS) receberam mais comentários negativos, enquanto Haddad e Chalita têm mais postagens classificadas como neutras. Veja os resultados abaixo.
A analista de mídia social responsável pelo estudo, Mariana Oliveira, afirma que esse tipo de pesquisa é um bom termômetro da imagem dos candidatos e já foi usado por muitas campanhas para definir estratégias de marketing direto.
“Nas redes sociais, o eleitor dá insights sobre o que precisa ser respondido ou reforçado na campanha. É como uma pesquisa qualitativa – e de graça, ainda por cima, feita pela equipe do candidato”, diz Oliveira.

Pré-candidatos nas redes sociais: análise dos comentários negativos



Nas postagens negativas relacionadas a Serra, os assuntos mais frequentes foram críticas genéricas à candidatura pelo PSDB e aos apoios do prefeito Gilberto Kassab e do governador Geraldo Alckmin recebidos pelo tucano (437 posts).
Em segundo lugar estão referências a corrupção – incluindo ligações do PSDB com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e denúncias do livro “A Privataria Tucana” (204). O nome do pré-candidato aparece também associado ao senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e ao deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), pivôs de escândalo no período.
O terceiro assunto mais comentado, em 136 posts negativos, envolve a desaprovação pela saída da Prefeitura de São Paulo para disputar o governo do Estado em 2010 e especulações sobre nova candidatura de Serra ao Planalto em 2014.

O que mais rendeu críticas ao nome do petista no período analisado são os apoios da ex-prefeita Marta Suplicy (279 comentários) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (260 comentários) ao pré-candidato.
Em 273 entradas, Haddad é associado a denúncias de corrupção – na maioria das vezes, ao nome do deputado cassado José Dirceu (PT-SP).
Em 231 comentários o assunto é a gestão de Haddad no ministério da Educação, em sua maioria atacando a organização do Enem (Ensino Nacional do Ensino Médio). Além destes, em outros 107 posts a crítica é diretamente ao que ficou conhecido como “kit gay”, material anti-homofobia distribuído pelo ministério da Educação em escolas públicas no Ensino Fundamental.

As críticas mais frequentes a Chalita têm relação com os livros publicados pelo pré-candidato, identificados com a corrente "autoajuda" (187 comentários).
Críticas à candidatura pelo PMDB ou às mudanças de partido do pré-candidato foram tema de 83 comentários. Chalita foi eleito vereador pelo PSDB em 2008 e deputado federal pelo PSB em 2010; em 2011, filiou-se ao PMDB.
Em 45 comentários negativos, ainda, internautas questionaram o posicionamento do pré-candidato com relação ao aborto ou à interrupção de gravidez de fetos anencéfalos, objeto de julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) no início do mês. Católico, Chalita não se pronunciou sobre o caso.

Nos comentários negativos sobre Netinho, o tema agressão é o mais frequente, em 245 posts. O pré-candidato já foi acusado de agredir a ex-mulher, em 2005, e uma aeromoça, quatro anos antes. Em 2009, foi obrigado na Justiça a indenizar um repórter de TV, também em um caso de agressão.
Em 187 comentários, as críticas foram ao partido e à candidatura de Netinho por um partido comunista. Netinho é vereador pelo PCdoB e se candidatou ao Senado em 2010 pelo mesmo partido.
Outros 16 comentários negativos se referem ao programa de TV apresentado pelo pré-candidato. No último dia 25 de fevereiro, Netinho estreou o “Programa da Gente” na Rede TV!. Até 2010, ele esteve à frente do “Show da Gente” no SBT.

Críticas à candidatura de Soninha à prefeitura e a seu partido integram a maior parte dos comentários negativos, em 91 posts.
Em 81 comentários negativos, o nome de Soninha é associado ao também pré-candidato José Serra e ao PSDB. Vereadora desde 2004, Soninha foi nomeada subprefeita da Lapa em 2009, na gestão de Gilberto Kassab, e desde 2011 dirige da Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), órgão do governo do Estado.
Nos demais comentários negativos, a pré-candidata é associada a denúncias de corrupção (48), ao uso de drogas (27) e acusações de nepotismo (22), referindo-se a cargos ocupados pelas filhas no governo do Estado de São Paulo.

Arma de campanha

O sociólogo Sérgio Amadeu da Silveira, pesquisador do tema e membro do CGIbr (Comitê Gestor da Internet no Brasil), diz que as redes sociais podem ser “fulminantes” na campanha política porque notícias e denúncias podem tomar proporções muito maiores com a repercussão na Internet.
“Principalmente em cidades grandes ou verticalizadas, onde a campanha não acontece tanto na rua, a opinião pública acaba se formando pela Internet”, afirma Amadeu.
Por esse motivo, segundo ele, são poucos os candidatos que ignoram o espaço das redes sociais. A maioria prefere usar perfis virtuais apenas para distribuir material de campanha, mas alguns já olham para os comentários na Internet com um elemento para definir estratégias de marketing.
“Um candidato não pode falar ‘Twitter não me atinge’, porque afeta a imagem dos políticos, sim. Ataques podem acontecer, vão acontecer, e os candidatos têm que estudar melhor como responder”, diz Amadeu.

Alcance dos comentários sobre os pré-candidatos no Twitter*

  • *Alcance dos 15 perfis que mais mencionam o pré-candidato, em número de seguidores no Twitter

Outro lado

Procurados pelo UOL, os pré-candidatos comentaram os resultados do estudo por meio de suas assessorias.
"A única conclusão que emerge da pesquisa é a alta relevância de Serra nas redes sociais. Ele foi vanguardista em seu uso e é o político brasileiro mais identificado com elas”, diz a nota da assessoria de José Serra, que ainda destacou que o pré-candidato tem “quase um milhão de seguidores no Twitter”

Bater boca com internauta é estratégia errada, diz analista

A assessoria de Fernando Haddad disse que as redes sociais, principalmente Twitter e Facebook, terão atenção especial durante a campanha.
“Com relação ao estudo, ele foi feito num momento de pré-campanha, quando há pouca divulgação sobre a eleição municipal de outubro. Esse quadro sofrerá mudanças na medida em que haja maior conhecimento do público sobre Fernando Haddad e sua trajetória”, diz a nota.
Em nota, a assessoria de imprensa de Netinho afirma que “nem tudo que está nas redes sociais é a verdade”.
“As redes sociais expressam opiniões progressistas como também as opiniões mais conservadoras e preconceituosas, sendo um espaço plural que, ao mesmo tempo em que democratiza as ideias e opiniões, preserva a identidade de indivíduos e grupos dos mais diversos interesses, inclusive escusos como racistas, homofônicos e pedófilos”, informa o texto enviado pela assessoria de Netinho.



Em nota, Soninha Francine disse ter se surpreendido com a repercussão negativa de um comentário irônico sobre Demóstenes Torres e disse que sabe ter mais menções negativas do que positivas nas redes.

"Uma das razões é bastante mensurável: os tuiteiros governistas ou simpatizantes (...) são muito numerosos, muito mais organizados e muito, muito atuantes. Como eu sou de oposição, eles têm uma simpatia toda especial por mim... O mundo das redes sociais é como briga de torcidas organizadas: tem muita visibilidade, faz muito barulho, mas representa um pedaço bem delimitado da população, e não ela toda."
A equipe de Chalita não comentou o estudo, mas informou que durante a campanha uma equipe deve ser destacada para a interação nas redes sociais:
“Antes, falava-se muito da importância do cabo eleitoral em uma campanha. Ele continua importante, mas há outros mecanismos de chegarmos ao cidadão como Facebook, Twitter e blogs. Pretendemos ampliar nossa atuação na internet."
 

Imagens da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo

 
Foto 75 de 75 - 8.mai.2012 - Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT Fernando Haddad participou de um Seminário sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, no Sindicado dos Engenheiros em São Paulo, na noite desta terça-feira. O evento integra o projeto "Conversando com São Paulo", organizado pelo partido para a elaboração do programa de governo. Haddad prometeu programa de educação de tempo integral na capital paulista Mais Paduardo / Futura Press

Após pressão de extremistas islâmicos, autoridades fecham igrejas na Indonésia

Duas igrejas católicas e uma protestante foram fechadas na Indonésia. O governo local alega que eles não têm a licença de construção. No entanto, na verdade o fechamento das igrejas foi resultado direto dos protestos de islâmicos radicais

Os protestos iniciados por uma ala de radicais islâmicos resultou no fechamento de três igrejas cristãs na província de Aceh, a única na Indonésia onde a lei islâmica (sharia) foi decretada.

De acordo com os radicais, as igrejas eram ilegais e eles exigiram – fazendo ameaças - a intervenção das autoridades. Para fechar as igrejas, o governo local usou como pretexto o argumento de que os templos não tinham a licença de construção, necessária para sua utilização. Um dos três prédios é uma pequena capela católica histórica, que existe há quase 40 anos e que recebe dezenas de fiéis durante os cultos.

Apesar de estar em uma área de maioria muçulmana, a província de Aceh sempre foi caracterizada por um forte "espírito de tolerância" e este é o "primeiro caso" de intervenção das autoridades contra os lugares de culto da minoria cristã.

A Igreja Católica Napagaluh, na verdade, é um "pequeno prédio histórico", uma capela de oração - undung-undung na língua local - que foi inaugurada em 1974 e é frequentada por dezenas de fiéis a cada semana para orações. Em 38 anos nunca houve quaisquer incidentes, protestos ou tensões com os moradores locais, que são de maioria muçulmana.

O fechamento é resultado de uma longa série de protestos promovidos nos últimos meses por movimentos extremistas islâmicos da região. Entre eles o Fórum Muçulmano Singkil, que acusa a "proliferação" de igrejas cristãs na região. Em particular, eles acusam a construção de 27 casas de oração, quando, segundo um "acordo consensual" feito em 2001 entre cristãos e muçulmanos, há apenas uma igreja permanente e quatro undung-undung (capelas de oração).

Na Indonésia, as minorias religiosas, como os cristãos, experimentam discriminação em serviços públicos, como a negação da emissão de certidão de nascimento, casamento e carteira de identidade. A sociedade indonésia, em geral agitada por muçulmanos fundamentalistas, apresenta uma tolerância cada vez menor às pessoas que abandonam o islamismo para seguir outra religião.

Fonte: Missão Portas Abertas

Pastores feridos: o difícil caminho da auto-aceitação e do recomeço

Encontrar o equilíbrio no ministério não é tarefa fácil. Que o digam os ex-pastores ou pastores afastados do púlpito que passam a exercer outras atividades ou profissões depois de um período servindo à igreja.

Desânimo, solidão, insegurança, medo e dúvida. Uma estranha combinação de sensações passou a atormentar José Nilton Lima Fernandes, hoje com 41 anos, a certa altura da vida. Pastor evangélico, ele chegou ao púlpito depois de uma longa vivência religiosa, que se confunde com a de sua trajetória. Criado numa igreja pentecostal, Nilton exerceu a liderança da mocidade já aos 16 anos, e logo sentiria o chamado – expressão que, no jargão evangélico, designa aquele momento em que o indivíduo percebe-se vocacionado por Deus para o ministério da Palavra. Mas foi numa denominação do ramo protestante histórico, a Igreja Presbiteriana Independente (IPI), na cidade de São Paulo, que ele se estabeleceu como pastor. Graduado em Direito, Teologia e Filosofia, tinha tudo para ser um excelente ministro do Evangelho, aliando a erudição ao conhecimento das Sagradas Escrituras. Contudo, ele chegou diante de uma encruzilhada. Passou a duvidar se valeria mesmo a pena ser um pastor evangélico. Afinal, a vida não seria melhor sem o tal “chamado pastoral”?

As razões para sua inquietação eram enormes. Ordenado pastor desde 1995, foi justamente na igreja que experimentou seus piores dissabores. Conheceu a intriga, lutou contra conchavos, desgastou-se para desmantelar o que chama de “estrutura de corrupção” dentro de uma das igrejas que pastoreou. Mas, no fim de tudo isso, percebeu que a luta fora inglória. José Nilton se enfraqueceu emocionalmente e viu o casamento ir por água abaixo. Mesmo vencendo o braço-de-ferro para sanar a administração de sua igreja, perdeu o controle da vida. A mulher não foi capaz de suportar o que o ministério pastoral fez com ele. “Eu entrei num processo de morte. Adoeci e tive que procurar ajuda médica para me restabelecer”, conta. Com o fim do casamento, perdeu também a companhia permanente da filha pequena, uma das maiores dores de sua vida.

Foi preciso parar. No fim de 2010, José Nilton protocolou uma carta à direção de sua igreja requisitando a “disponibilidade ativa”, uma licença concedida aos pastores da denominação. Passou todo o ano de 2011 longe das funções ministeriais. No período, foi exercer outras funções, como advogado e professor de escola pública e de seminário. “Acho possível servir a Jesus, independentemente de ser pastor ou não”, raciocina, analisando a vida em perspectiva. “Não acredito mais que um ministério pastoral só possa ser exercido dentro da igreja, que o chamado se aplica apenas dentro do templo. Quebrei essa visão clerical”. Reconstruindo-se das cicatrizes, Nilton casou-se novamente. E, este ano retornou ao púlpito, assumindo o pastoreio de uma igreja na zona leste de São Paulo. Todavia, não descarta outro freio de arrumação. “Acho que a vida útil de um líder é de três anos”, raciocina. “É o período em que ele mantém toda a força e disposição. Depois, é bom que esse processo seja renovado”. É assim que ele pretende caminhar daqui para frente: sem fazer do pastorado o centro ou a razão da sua vida.

Encontrar o equilíbrio no ministério não é tarefa fácil. Que o digam os ex-pastores ou pastores afastados do púlpito que passam a exercer outras atividades ou profissões depois de um período servindo à igreja. Uma das maiores denominações pentecostais do país, a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), com seus 30 mil pastores filiados – entre homens e mulheres –, registra uma deserção de cerca de 70 pastores por mês desde o ano passado. Os números estão nas circulares da própria igreja. Não é gente que abandona a fé em Cristo, naturalmente; em sua maioria, os religiosos que pedem licença ou desligamento das atividades pastorais continuam vivendo sua vida cristã, como fez José Nilton no período em que esteve afastado do púlpito. É que as pressões espirituais e as demandas familiares e pessoais dos pastores, nem sempre supridas, constituem uma carga difícil de suportar ao longo doa anos. Some-se a isso os problemas enfrentados na própria igreja, as cobranças da liderança, a necessidade de administrar a obra sob o ponto de vista financeiro e – não raro – as disputas por poder e se terá uma ideia do conjunto de fatores que podem levar mesmo aquele abençoado homem de Deus a chutar tudo para o alto.

A própria IPI, onde José Nilton militou, embora muito menor que a Quadrangular – conta com cerca de 500 igrejas no país e 690 pastores registrados –, teria hoje algo em torno de 50 ministros licenciados, número registrado em relatório de 2009. Pode parecer pouco, mas representa quase dez por cento do corpo de pastores ativos. Caso se projete esse percentual à dimensão da já gigantesca Igreja Evangélica brasileira, com seus aproximadamente 40 milhões de fiéis, dá para estimar que a defecção dos púlpitos é mesmo numerosa. De acordo com números da Fundação Getúlio Vargas, o número de pastores evangélicos no país é cinco vezes maior do que a de padres católicos, que em 2006 era de 18,6 mil segundo o levantamento Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais. Porém, devido à informalidade da atividade pastoral no país, é certo que os números sejam bem maiores.

FERIDOS QUE FEREM
O chamado pastoral sempre foi o mais valorizado no segmento evangélico. Por essa razão, é de se estranhar quando alguém que se diz escolhido por Deus para apascentar suas ovelhas resolva abandonar esse caminho. Nos Estados Unidos, algumas pesquisas tentam explicar os principais motivos que levam os pastores a deixar de lado a tarefa que um dia abraçaram. Uma delas foi realizada pelo ministério LifeWay, que, por telefone, contatou mil pastores que exerciam liderança em suas comunidades eclesiásticas. E o resultado foi que, apesar de se sentirem privilegiados pelo cargo que ocupavam (item expresso por 98% dos entrevistados), mais da metade, ou 55%, afirmaram que se sentiam solitários em seus ministérios e concordavam com a afirmação “acho que é fácil ficar desanimado”. Curiosamente, foram os veteranos, com mais 65 anos, os menos desanimados. Já os dirigentes das megaigrejas foram os que mais reclamaram de problemas. De acordo com o presidente da área de pesquisas da Life Way, Ed Stetzer – que já pastoreou diversas igrejas –, a principal razão para o desânimo pode vir de expectativas irreais. “Líderes influenciados por uma mentalidade consumista cristã ferem todos os envolvidos”, aponta. “Precisamos muito menos de clientes e muito mais de cooperadores”, diz, em seu blog pessoal.

Outras pesquisas nos EUA vão além. O Instituto Francis Schaeffer, por exemplo, revelou que, no último ano, cerca de 1,5 mil pastores têm abandonado seus ministérios todos os meses por conta de desvios morais, esgotamento espiritual ou algum tipo de desavença na igreja. Numa pesquisa da entidade, 57% dos pastores ouvidos admitiram que deixariam suas igrejas locais, mesmo se fosse para um trabalho secular, caso tivessem oportunidade. E cerca de 70% afirmam sofrer depressão e admitem só ler a Bíblia quando preparam suas pregações. Do lado de cá do Equador, o nível de desistência também é elevado, ainda mais levando-se em conta as grandes expectativas apresentadas no início da caminhada pastoral pelos calouros dos seminários. “No começo do curso, percebemos que uma boa parte dos alunos possui um positivo encantamento pelo ministério. Mais adiante, já demonstram preocupação com alguns dilemas”, observa o diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, o pastor batista Lourenço Stélio Rega. Ele estima que 40% dos alunos que iniciam a faculdade de teologia desistem no meio do caminho. Os que chegam à ordenação, contudo, percebem que a luta será uma constante ao longo da vida ministerial – como, aliás, a própria Bíblia antecipa.

E, se é bom que o ministro seja alguém equilibrado, que viva no Espírito e não na carne, que governa bem a própria casa, seja marido de uma só mulher (ou vice-versa, já que, nos tempos do apóstolo Paulo não se praticava a ordenação feminina) e tantos outros requisitos, forçoso é reconhecer que muita gente fica pelo caminho pelos próprios erros. “O ministério é algo muito sério” lembra Gedimar de Araújo, pastor da Igreja Evangélica Ágape em Santo Antonio (ES) e líder nacional do Ministério de Apoio aos Pastores e Igrejas, o Mapi. “Se um médico, um advogado ou um contador erram, esse erro tem apenas implicação terrena. Mas, quando um ministro do Evangelho erra, isso pode ter implicações eternas.”

Desde que foi criado, há 20 anos, em Belo Horizonte (MG), como um braço do ministério Servindo Pastores e Líderes (Sepal), o Mapi já atendeu milhares de pastores pelo país. Dessa experiência, Gedimar traça quatro principais razões que podem ser cruciais para a desmotivação e o abandono do ministério. “Ativismo exagerado, que não deixa tempo para a família ou o descanso; vida moral vacilante, que abre espaço para a tentação na área sexual; feridas emocionais e conflitos não resolvidos; e desgaste com a liderança, enfrentando líderes autoritários e que não cooperam”, enumera. Para ele, é preciso que tanto os membros das igrejas quanto as lideranças denominacionais tenham um cuidado especial com os pastores. “Muitos sofrem feridas, como também, muitas vezes, chegam para o ministério já machucados. E, infelizmente, pastor ferido acaba ferindo”.

Quanto à responsabilidade do próprio pastor com o zelo ministerial, Gedimar é taxativo: “É melhor declinar do ministério do que fazê-lo de qualquer jeito ou por simples necessidade”. A rede de apoio oferecida pelo Mapi supre uma lacuna fundamental até mesmo entre os pastores – a do pastoreio. “É preciso criar em torno do ministro algumas estruturas protetoras. É muito bom que o líder conte com um grupo de outros pastores onde possa se abrir e compartilhar suas lutas; um mentor que possa ajudá-lo a crescer e acompanhamento para seu casamento e família e, por fim, ter companheiros com quem possa desenvolver amizades e relacionamentos saudáveis e sólidos”, enumera.

EXPECTATIVAS

Juracy Carlos Bahia, pastor e diretor-executivo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB), sediada no Rio de Janeiro, conhece bem o dilema dos colegas que, a certa altura do ministério, sentem-se questionados não só pelos outros, mas, sobretudo, por si mesmos. Ele lida com isso na prática e sabe que o preço acaba sendo caro demais. “Toda atividade que envolve vocação, como a do professor, a do médico ou a do pastor, é vista com muita expectativa. Quando se abandona esse caminho, é natural um sentimento de inadequação”. Para Bahia, o desencantamento com o ministério pastoral é fruto também do que entende como frustrações no contexto eclesiástico. Há pastores, por exemplo, que julgam não ter todo seu potencial intelectual utilizado pela comunidade. “Às vezes, o ministro acha que a igreja que pastoreia é pequena demais para seus projetos pessoais”, opina. Isso, acredita Bahia, estimula muitos a acumularem diversas funções, além das pastorais. “Eu defendo que os pastores atuem integralmente em seus ministérios. Porém, o que temos visto são pastores-advogados, pastores-professores, enfim, pastores que exercem outras profissões paralelas ao púlpito”, observa.

No entender do dirigente da OPBB, esse acúmulo de funções mina a energia e o potencial do obreiro para o serviço de Deus. A associação reúne aproximadamente dez mil pastores batistas e Bahia observa isso no seio da própria entidade: “Creio que metade deles sofra com a fuga das atividades pastorais para as seculares”. Contudo, ele acredita que deixar o ministério não é algo necessariamente negativo. “A pessoa pode ter se sentido vocacionada e, mais adiante na vida, por meio da experiência, das orações e interação com outros pastores, é perfeitamente possível chegar à conclusão que a interpretação que fez sobre seu chamado não foi adequada e sim emotiva”.

Quando, já na meia idade, casado e com dois filhos, ingressou no Seminário Presbiteriano do Norte (SPN), na capital pernambucana, Recife, Francisco das Chagas dos Santos parecia um menino de tanto entusiasmo. Nem mesmo as críticas de parentes para que buscasse uma colocação social que lhe desse mais status e dinheiro o desmotivou. “A igreja, para mim, é a melhor das oportunidades de buscar e conhecer meu Criador para que, pela graça, eu continue com firmeza a abrir espaço em meu coração para que ele cumpra sua vontade em mim, inclusive no ministério pastoral”, anotou em sua redação para o ingresso no SPN, em 1998. Ele formou-se no curso, foi ordenado pastor em 2003 e dirigiu igrejas nas cidades de Garanhuns e Saloá.

Hoje, aos 54 anos, Francisco trabalha como servidor público no Instituto Agronômico de Pernambuco. Ainda não curou todas as feridas e ressentimentos desde que, em 2010, entregou seu pedido de desligamento da denominação. Ele lamenta o tratamento recebido pelos seus superiores enquanto foi pastor. “Minha opinião sobre igreja não mudou. Nunca planejei um dia pedir licença ou despojamento do ministério. Mas entendo que somos o Corpo de Cristo, e, se uma unha dói, todos nós estamos doentes”, pondera. “Não é possível ser pastor sem pensar em restaurar vidas – e existem muitas vidas precisando de conserto, inclusive entre nós, pastores”.

A vida longe dos púlpitos ainda não foi totalmente sublimada e Francisco sabe bem que será constantemente indagado sobre sua decisão de deixar o ministério. “A impressão é que você deixou um desfalque, que adulterou ou algo parecido”, observa. Ele não considera voltar a pastorear pela denominação na qual se formou, porém não consegue deixar de imaginar-se como pastor. “Uma vez pastor, pastor para sempre”, recita, “muito embora as pessoas, em geral, acreditem que seja necessário um púlpito.”

Porta de saída
Pesquisa realizada nos Estados Unidos traçou um panorama dos problemas da atividade pastoral...

70% dos pastores admitem sofrer de depressão e estresse
80% deles sentem-se despreparados para o ministério
70% afirmam só ler a Bíblia quando precisam preparar seus sermões
40% já tiveram casos extraconjugais
30% reconhecem ter reduzido as próprias contribuições às igrejas após a crise financeira

... e avaliou as consequências disso:

1,5 mil pastores deixam o púlpito todos os meses
5 mil religiosos buscavam emprego secular no ano de 2009, mais do que o dobro do que ocorria em 2005
2 a 3 anos de ministério é o tempo médio em que os pastores deixam suas igrejas, sendo em direção a outras denominações ou não.

Fontes: Cristianismo Hoje, Barna Group, Christian Post, The Wall Street Journal, Instituto Francis A. Schaeffer e Instituto Jetro

OS MATADORES DE CRISTÃOS ESTÃO AI - Igreja só será reaberta se aceitar a construção de uma mesquita ao lado

Membros da Igreja Yasmin em culto ao ar livre.
O prefeito de Bogor, Diani Budiarto, cidade localizada na Indonésia, fez uma proposta para os líderes da Igreja Yasmin: só vai aceitar reabrir o templo, fechado em abril de 2010, se eles autorizarem a construção de uma mesquita ao lado do templo.
Os membros se manifestaram de maneira positiva em relação a proposta, mas o porta-voz do ministério, Bona Sigalingging, informou que a prefeitura nunca entrou em contato com eles.
De qualquer forma, se o acordo for aceito, a congregação formada por cerca de 300 pessoas voltarão a ter um local para congregarem. “Vamos pensar positivamente sobre a proposta feita pelo prefeito de construir uma mesquita ao lado da nossa igreja, assim ocorre no caso da Catedral e a mesquita de Istiqlal [que ficam lado a lado em Jacarta]“, disse Bona.
Desde o fechamento os fiéis da Igreja Yasmin se reúnem em casas ou realizam cultos do lado de fora do templo. A ideia pode ser a grande solução para conter os problemas no país de maioria islâmica.
“Uma mesquita construída ao lado do templo da Igreja Yasmin é também uma implementação da lei que diz que o país deve manter a unidade em meio à diversidade”, disse Albert Hasibuan, do Conselho Consultivo Presidencial Indonésio (Wantimpres).
Albert terá uma reunião com o prefeito de Bogor para poder definir sobre o caso, pois ele acredita que essa proposta é uma solução nova e promissora.
Com informações Portas Abertas


Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/igreja-so-sera-reaberta-se-aceitar-a-construcao-de-uma-mesquita-ao-lado/#ixzz1uN3UxJlv

AGORA VIROU BAGUNÇA - PAGUE E RECEBA A SUA UNÇÃO .

(NÃO PROCURE FAMA , PROCURE E BUSQUE PELO ESPIRITO SANTO DE DEUS , ELE VAI TE CONDUZIR A VERDADEIRA UNÇÃO SOBRE SUA VIDA.)
Eu tomei conhecimento desse cartaz e fiquei indignado.
A anos a fio , somos levados a provas , capacitação , formação de caráter , etc, etc, etc , para depois ,por Deus recebermos o óleo da unção.
Estou  indignado com isso que vejo nesse informativo abaixo .


    SERIA ESSA A FORMA CORRETA DE SE FAZER UMA CONSAGRAÇÃO .

    COMO EU OUÇO QUANDO VOU NA FEIRA .

    LEVA UMA BACIADA E SÓ PAGA UM REAL .

    É O FINAL DOS TEMPOS MESMO.


    MISERICORDIA.

    OBS. NÃO ESTOU FALANDO DE NENHUM DESSES QUE ESTÃO NA FOTO , E SIM DA FORMA COM QUE ESTA SENDO OFERECIDO ESSE TIPO DE CONSAGRAÇÃO QUE PARA MIM NÃO RESOLVE NADA.

Marco Feliciano quer retirar programa do ar após declaração na MTV




O pastor e deputado federal Marco Feliciano se mostrou indignado com o programa PC na TV apresentado por PC Siqueira na MTV.

Na edição do dia 3 de maio o apresentador comentou sobre uma igreja católica do Estado do Paraná que foi pichada dizendo para seus telespectadores que enviassem fotos de outros templos que fossem pichados.

Feliciano afirmou que vai entrar com uma representação junto ao Ministério Público para que o programa seja retirado do ar e também está pedindo uma retratação da emissora. Ele também prometeu mobilizar as bancadas evangélica e católica no Congresso para que também se posicionem contra o programa.

“Como venho alertando, existe um movimento que milita contra as bases da nossa sociedade, e para tanto, atacam sem dó nem piedade o cristianismo, se nos calarmos o que virá a seguir?”, escreveu o deputado em seu site.

Diante da ameaça do pastor, PC Siqueira usou seu Twitter para dizer que vai se retratar no próximo programa e que a edição da semana passada já foi retirada do ar. “Ah, o @pcnatv da semana passada foi retirado do ar sob ameaças de um deputado cristão que assumiu que estou incentivando pichação de igrejas”, escreveu o apresentador.

Em outras postagens escritas nesta segunda-feira (7) o jovem também assumiu que não curte pichação e que estava sendo irônico ao pedir que seus telespectadores enviassem fotos com pichações feitas em igrejas.

“No próximo programa pedirei desculpas pela piada. Eu nem curto pichação na verdade. Pra variar, cristãos incapazes de entender sarcasmo”, alfinetou PC Siqueira.


FONTE . PORTAL CREIO

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...