domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cardeal de Los Angeles testemunha sobre casos de pedofilia

O cardeal de Los Angeles, Roger Mahoney, respondeu neste sábado durante mais de três horas e meia a vários advogados sobre sua suposta vinculação em um escândalo de abusos sexuais a menores dentro da Igreja Católica, informou um dos advogados ao jornal Los Angeles Times.

"Relativamente imperturbável", Mahony respondeu ao interrogatório sob juramento após as acusações feitas contra ele que o acusam de ter ocultado tais abusos por parte de outros clérigos.

"Se manteve em calma e aparentemente sereno o tempo todo", disse o advogado Anthony De Marco, que representa um homem que processou a Arquidiocese de Los Angeles pelo abuso que diz ter sofrido do sacerdote em 1987.

Mahony testemunhou várias vezes no passado, mas esta sessão foi a primeira na qual se tratou a recente publicação dos registros internos da Igreja que mostram os nomes dos supostos abusadores.

De Marco se negou a detalhar tanto as perguntas feitas a Mahony como as respostas que o cardeal deu, citando uma ordem de proteção judicial.

No dia 31 de janeiro, o arcebispo de Los Angeles, José Gómez, destituiu Mahony de todos os seus cargos, prelado aposentado dessa arquidiocese, por não ter denunciado algumas das centenas de casos de abusos sexuais de menores cometidos por sacerdotes e pela má gestão dos mesmos.

Em particular, Mahony está relacionado com o caso do padre mexicano Nicolás Aguilar Rivera, da arquidiocese de Los Angeles, que após as denúncias de algumas das vítimas fugiu para o México.

Segundo as acusações, após as denúncias das famílias das vítimas, a Igreja fez de tudo para atrasar a detenção e assim permitiu a fuga de Rivera para o México, que só depois foi suspenso.

Nos relatórios confidenciais publicados pela Arquidiocese aparecem os nomes de 120 sacerdotes relacionados com casos de pedofilia. Nesses relatórios se dizia que a atuação de Mahony foi marcada pela proteção dos padres acusados e por sua intenção de evitar que os casos fossem revelados.

Em 2007, a Igreja Católica americana indenizou mais de 500 vítimas com US$ 660 milhões, após fazer um acordo extrajudicial.

A declaração aconteceu justamente antes de Mahony viajar para a Itália para votar no Conclave que escolherá o próximo papa. Em uma publicação em sua conta no Twitter na sexta-feira passada, Mahony escreveu que seu testemunho aconteceria "apenas poucas horas antes" de sua partida para Roma.
 
 
EFE

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