Depois de ficar dois meses na prisão, a cantora gospel Tania Levy, acusada de matar o marido em São Pedro (SP)[/url], afirmou que viu “a mão de Deus” durante o tempo que ficou na penitenciária. Em entrevista ao G1, a artista de 38 anos contou detalhes sobre o período de detenção, falou sobre a relação com a vítima e a acusação de assassinato, além da dificuldade para retomar a carreira enquanto responde ao processo de homicídio. (veja no vídeo acima os trechos da entrevista).
O marido de Tania Levy, o guarda municipal Eliel Silveira Levy, morreu em 2013. O corpo dele foi encontrado no porta-malas de um carro incendiado. Após quase dois anos de investigação, a cantora foi presa no dia 16 de julho de 2015. Ela estava em uma casa no Jardim Ibirapuera, em Piracicaba (SP). Segundo a advogada da artista, a polícia trabalha com a hipótese de crime passional.
Tania teve habeas corpus concedido pela Justiça na última quinta-feira (17). Pelo menos 20 quilos mais magra após o período na cadeia, ela afirmou que a prisão a fez perder a “ingenuidade” e que se apoiou na religião para superar as dificuldades e a solidão na penitenciária. A cantora afirma que recebeu um “aviso” de que seria solta.
‘Envolvido com crime’
A suspeita da polícia de que Tania estaria envolvida na morte do marido surgiu logo depois que o corpo do guarda municipal foi encontrado. De acordo com a artista gospel e com a advogada Manuela Guedes, que acompanhou a entrevista nesta segunda-feira (21), a polícia trabalha com a hipótese de que a cantora matou o marido depois de descobrir uma relação extraconjugal.
Além de dizer que é inocente, a cantora gospel afirmou à reportagem que, meses antes da morte do guarda municipal, descobriu o envolvimento dele com criminosos e que isso, segundo ela, pode explicar a morte do marido. Tania, no entanto, disse que não poderia dar detalhes sobre quais eram as atividades ilegais do companheiro.
“Ele se envolveu com o crime, inclusive já havia sido preso duas vezes. Tinha gente que queria matá-lo. Eu fiquei com medo de ser alvo desses criminosos também. A polícia também tem que trabalhar com essa hipótese. Meu marido tentou esconder esse envolvimento com o crime, mas acabei descobrindo”, disse.
'Acredito naquilo que canto'
Depois de ser libertada da cadeia, a artista retornou a Piracicaba e agora pretende retomar a carreira interrompida pela prisão e pela acusação de assassinato. Ainda sem saber se vai a julgamento, Tania contou que chegou a ficar com receio de ter que parar de cantar pelo risco de perder a confiança das pessoas no meio evangélico.
"Eu acredito naquilo que eu canto. Eu louvo a Deus porque foi assim que eu fui criada. Eu sou assim. Nós temos que ser aquilo que a gente prega, assim nós podemos ajudar as pessoas também. Tive medo, mas depois decidi seguir em frente por ter a certeza de que eu sou inocente e de que mais cedo ou mais tarde o culpado vai aparecer", disse.
Na época da prisão, a Polícia Civil informou que havia chegado até a cantora através de apurações e coleta de provas. No entanto, Tania contraria a versão da investigação e afirma que não existem provas contra ela. "Eu não deveria ter sido presa porque eu quero ajudar nas investigações. Eu não matei ninguém e vou tentar provar isso", afirmou a cantora.
Fonte: G1
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