Tudo começou no início de 2010, quando a filha de Jeremias foi a um posto de saúde em Carauari e quase foi abusada sexualmente por um agente de saúde. “Inconformado, Jeremias foi à delegacia e denunciou o agente, que é irmão de uma conselheira tutelar. Essa mulher, provavelmente, ficou irritada e revidou na mesma moeda com o meu filho,” conta o pai do missionário.
Ainda de acordo com Roberto, depois desse episódio, Jeremias bateu em suas filhas, gêmeas de oito anos, devido o mau comportamento das meninas em sala de aula. De alguma maneira essa conselheira ficou sabendo e denunciou o pastor para as autoridades.
“Ele foi preso por repreender as filhas e agora vive como um doente mental à base de calmantes,” diz o pai. A família de Jeremias denunciou o caso à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM).
Epitácio Almeida, presidente da Comissão da OAB-AM, esteve em Caruari no começo deste mês e caracterizou o caso de Jeremias como “lastimável”. O advogado relata que o missionário tem marcas de algemas nos punhos e nos tornozelos e que o rapaz de 26 anos foi obrigado a fazer necessidades fisiológicas algemado.
Epitácio diz que o pastor ficou algemado durante cinco meses e, nesse período, começou a apresentar quadros graves de transtornos mentais.
Três médicos do Hospital Geral de Carauari assinaram um laudo onde informam que Jeremias apresenta distúrbio psiquiátrico grave com depressão profunda, transtorno bipolar e intento suicida, e que deveria ser transferido para o Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, em Manaus.
Porém o juiz da cidade, Jânio Tutomu Takeda, que há 18 anos reside no município, não permitiu a transferência.
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