O delegado da 79º DP (Jurujuba), Henrique Pessoa, preso na quarta-feira (3) por atirar contra um homem após uma audiência no V Juízado Especial Cível, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, conseguiu liberdade provisória na madrugada desta quinta-feira (4). De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ), a liberdade foi concedida durante o plantão judiciário. Alexandre Dumans, que defende o delegado, disse que ele deve ser solto após a chegada de um oficial de justiça, nesta manhã.
Segundo a polícia, Henrique Pessoa disparou um tiro que atingiu no abdômen um dos integrantes do grupo de fiéis da igreja Geração Jesus Cristo. O disparo foi feito após uma audiência entre o delegado e um dos fiéis, identificado apenas como Russo, que é processado por Henrique Pessoa por danos morais. A audiência foi acompanhada por outros fiéis e por policiais civis, que acompanhavam o delegado.
Segundo a defesa do delegado, Henrique decidiu processar esse e outros integrantes do grupo religioso depois que essas pessoas passaram a difamá-lo em redes sociais, desde 2008. O delegado é um dos responsáveis pela investigação do Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), e teria pedido a prisão do pastor que lidera o movimento, Tupirani da Hora Lores.
Ainda segundo a defesa do delegado, o pastor foi investigado e preso em 2010, acusado de quebrar um Centro Espírita no Catete.
"Desde então ele vem sendo atacado nas redes sociais e existem várias ações do delegado contra os integrantes dessa igreja", disse.
Na audiência, não houve conciliação entre as partes, segundo a defesa. Na saída, um grupo de 20 fiéis teria agredido o delegado que revidou para se defender. Durante a confusão, ele deu um tiro para o chão e atingiu Carlos Gomes, de 27 anos.
Henrique Pessoa foi agredido na cabeça e socorrido no Hospital Copa D'or, mas passa bem. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Carlos Gomes foi socorrido e o quadro dele é estável.
Testemunhas contaram ao G1 que depois de disparar contra os integrantes da igreja o delegado foi agredido por várias pessoas que estavam no Shopping Cidade Copacabana onde fica localizado o juizado. Ele foi socorrido e retirado pelos policiais civis que o acompanhavam. Um cinegrafista amador gravou o momento em que ele deixa o shopping (veja vídeo ao lado).
Segundo informações do pastor Tupirani da Hora Lores, o delegado já moveu cerca de 10 ações judiciais contra fiéis da igreja. Ele disse que não entende porque o delegado não foi preso em flagrante.
"Isso é um absurdo, ele me agrediu e depois atirou contra os meus fiéis. Por que ele não foi preso em flagrante? Um PM chamado Jacó estava no local e abandonou o local do crime para acompanhar o delegado. Ele saiu de carro e agora tá no hospital? Como pode?" afirmou o pastor.
G1 VIA GRITOS DE ALERTA
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