Nas últimas semanas, na versão preliminar de uma declaração que condena a violência anticristã no Oriente Médio e Ásia, o Conselho de Assuntos Exteriores da EU acatou com as críticas e incluiu os cristãos no documento (leia mais aqui). Ataques contra cristãos Nos últimos dois anos, violentos ataques contra os cristãos nos países dominados pelo islamismo no Oriente Médio se intensificaram, e populações cristãs que no passado estavam florescendo em países tais como Iraque estão em perigo de desaparecerem à medida que mais pessoas fogem. Da mesma forma o Egito e o Paquistão têm sofrido violências sancionadas pelo governo. Na cidade de Belém, que no passado era uma das mais antigas populações cristãs do mundo, apenas uma fração do antigo número de cristãos permanece. Em 1947, 75% da população de Belém eram cristãos, mas o número diminuiu para 23% em 1998 devido à “emigração”, de acordo com o prefeito da cidade em 2005. Tanto muçulmanos quanto cristãos estão emigrando, disse Victor Batarseh, “mas é mais evidente entre os cristãos, pois eles já são uma minoria”. Hoje, os cristãos compõem menos de 4% da população da Margem Ocidental. Os especialistas predizem que a atual população de cerca de 12 milhões de cristãos no Oriente Médio poderá definhar para menos de 6 milhões em 2025. (Des)Casos No Paquistão, o governador do Punjab foi assassinado por pedir que Asia Bibi, a cristã sentenciada à morte por blasfêmia contra o islamismo, fosse perdoada. O assassino de Salman Taseer, seu guarda-costas Malik Mumtaz Qadri, disse que foi a oposição de Taseer à lei antiblasfêmia que incitou seu ato. Apesar do ato ter sido condenado pelo governo e autoridades internacionais, de acordo com as reportagens, Qadri foi recebido pelos apoiadores com uma chuvarada de pétalas de rosas ao entrar no tribunal para seu julgamento. Nas Filipinas, seis pereceram num ataque à bomba no dia de Natal numa igreja católica na ilha de Jolo e uma série de ataques à bomba na véspera de Ano Novo no Iraque deixou dois mortos e pelo menos 13 feridos. Segundo Nina Shea, diretora do Centro de Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, disse para a FoxNews.com, não somente os ministros da UE estão sendo criticados, mas também o governo americano. Ela acredita que as populações cristãs do mundo estão sofrendo em parte devido a uma falta de ação decisiva por parte do governo dos Estados Unidos. Shea disse que quando o governo de Obama enviou uma mensagem de condolência depois de um ataque à bomba contra uma igreja no Iraque em 31 de outubro — o qual deixou 58 mortos e pelo menos 78 feridos — era uma mensagem que continha “uma condolência geral para os iraquianos que nem chegou a mencionar a palavra ‘cristãos’ ou ‘igrejas’, muito embora tivesse sido um culto lotado de domingo para cristãos que foi explodido”, lamenta.
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TÓQUIO - A costa nordeste do Japão foi sacudida nesta sexta-feira por um terremoto com magnitude de 8,9 graus na escala Richter que gerou uma tsunami de dez metros que arrastou carros e construções nas cidades litorâneas perto do epicentro. Segundo a polícia, entre 200 e 300 corpos já foram encontrados. É o maior tremor já registrado na história do país, que mantém dados sobre abalos há 140 anos. De acordo com o embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão, não há registro de brasileiros mortos ou feridos na tragédia. Segundo ele, há 254 mil brasileiros no país, mas a maioria se concentra em Tóquio. O maremoto atingiu o estado americano do Havaí, no Pacífico, e a Indonésia.
A capital japonesa também foi afetada pelo tremor, mas não foi devastada pela onda gigante como outras cidades. O alerta de tsunami se estende do México à América do Sul, mas a maior preocupação é com as ilhas do Pacífico. No Japão, há temor em relação às usinas nucleares e uma delas foi colocada em estado de emergência após uma falha no sistema de resfriamento.
Áudio: brasileiro que mora há quase 20 anos em Tóquio relata o susto
O terremoto aconteceu às 14h46m (2h46m no horário de Brasília). O epicentro foi localizado a 24 quilômetros de profundidade e a 130 quilômetros a leste da cidade de Sendai. O abalo foi seguido por uma série de réplicas, entre elas uma com uma magnitude de 7,4 graus.
Em Tóquio, os prédios oscilaram violentamente. A cidade ficou sem transporte público, com os serviços de telefone celular instáveis e algumas construções em chamas.
Após o tremor, a tsunami arrasou tudo o que encontrou em sua passagem pela costa japonesa, incluindo casas, carros, prédios incendiados e embarcações. Cerca de quatro milhões de casas estão sem energia elétrica em Fukushima.
As imagens da televisão pública NHK mostraram inundações em vários povoados da costa japonesa. A emissora mostrou uma coluna de água arrastando escombros em uma zona agrícola costeira perto da cidade de Sendai, onde há uma população de um milhão de pessoas.
A televisão também exibiu imagens de embarcações, carros e caminhões flutuando na água depois de uma tsunami ter atingido a cidade de Kamaichi, no norte do país. Também foi vista fumaça elevando-se sobre uma zona industrial na área de Isogo, em Yokohama. Já a prefeitura de Wakayama ordenou a retirada de 20 mil pessoas depois de emitir alertas de tsunami.
Epicentro já foi atingido por terremoto de 8,1 graus A costa nordeste do Japão, chamada de Sanriku, já sofreu o impacto de terremotos e tsunamis no passado. Na quarta-feira foi registrado um terremoto de 7,2 graus na região.
Em 1933, um terremoto de magnitude de 8,1 graus na área causou cerca de 3 mil mortes, e no ano passado algumas instalações pesqueiras sofreram danos depois de uma tsunami provocada por um terremoto no Chile.
Os tremores são comuns no Japão, uma das áreas com maior atividade sísmica do mundo e mais preparada para os abalos. No país ocorrem cerca de 20% dos terremotos de magnitude 6 ou superior que ocorrem no mundo.
FONTE O GLOBO