sexta-feira, 11 de março de 2011

Apoio internacional pode ser mais efetivo aos cristãos no Oriente Médio


   
UNIÃO EUROPEIA - A discussão gerada pela declaração feita pela União Europeia que condena a perseguição religiosa, levantou uma discussão de fatos recentes de intolerância religiosa mundial. Os ataques no Iraque, Filipinas e Paquistão entraram em pauta e mostram uma ausência da Europa, e também de governos como os Estados Unidos, nos casos e que ocasionaram um desconforto severamente criticado.

Nas últimas semanas, na versão preliminar de uma declaração que condena a violência anticristã no Oriente Médio e Ásia, o Conselho de Assuntos Exteriores da EU acatou com as críticas e incluiu os cristãos no documento (leia mais aqui).

Ataques contra cristãos

Nos últimos dois anos, violentos ataques contra os cristãos nos países dominados pelo islamismo no Oriente Médio se intensificaram, e populações cristãs que no passado estavam florescendo em países tais como Iraque estão em perigo de desaparecerem à medida que mais pessoas fogem. Da mesma forma o Egito e o Paquistão têm sofrido violências sancionadas pelo governo.

Na cidade de Belém, que no passado era uma das mais antigas populações cristãs do mundo, apenas uma fração do antigo número de cristãos permanece. Em 1947, 75% da população de Belém eram cristãos, mas o número diminuiu para 23% em 1998 devido à “emigração”, de acordo com o prefeito da cidade em 2005. Tanto muçulmanos quanto cristãos estão emigrando, disse Victor Batarseh, “mas é mais evidente entre os cristãos, pois eles já são uma minoria”.

Hoje, os cristãos compõem menos de 4% da população da Margem Ocidental. Os especialistas predizem que a atual população de cerca de 12 milhões de cristãos no Oriente Médio poderá definhar para menos de 6 milhões em 2025.

(Des)Casos

No Paquistão, o governador do Punjab foi assassinado por pedir que Asia Bibi, a cristã sentenciada à morte por blasfêmia contra o islamismo, fosse perdoada. O assassino de Salman Taseer, seu guarda-costas Malik Mumtaz Qadri, disse que foi a oposição de Taseer à lei antiblasfêmia que incitou seu ato. Apesar do ato ter sido condenado pelo governo e autoridades internacionais, de acordo com as reportagens, Qadri foi recebido pelos apoiadores com uma chuvarada de pétalas de rosas ao entrar no tribunal para seu julgamento.

Nas Filipinas, seis pereceram num ataque à bomba no dia de Natal numa igreja católica na ilha de Jolo e uma série de ataques à bomba na véspera de Ano Novo no Iraque deixou dois mortos e pelo menos 13 feridos.

Segundo Nina Shea, diretora do Centro de Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, disse para a FoxNews.com, não somente os ministros da UE estão sendo criticados, mas também o governo americano. Ela acredita que as populações cristãs do mundo estão sofrendo em parte devido a uma falta de ação decisiva por parte do governo dos Estados Unidos.

Shea disse que quando o governo de Obama enviou uma mensagem de condolência depois de um ataque à bomba contra uma igreja no Iraque em 31 de outubro — o qual deixou 58 mortos e pelo menos 78 feridos — era uma mensagem que continha “uma condolência geral para os iraquianos que nem chegou a mencionar a palavra ‘cristãos’ ou ‘igrejas’, muito embora tivesse sido um culto lotado de domingo para cristãos que foi explodido”, lamenta.






Fonte: Voz dos Mártires

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