Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Silas Malafaia disse que 50% dos homossexuais foram violados quando eram crianças.
O pastor Silas Malafaia concedeu uma entrevista falando sobre sua visão a respeito da militância LGBT no Brasil e afirmou que existe uma manipulação de números e argumentos em defesa da prática homossexual. Ao jornal Folha de São Paulo, chamou os ativistas gays de “malandros” e disse que a maioria das mortes de homossexuais é resultado de desavença entre eles. “50 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, 260 são gays. Mais do que gays, foram mulheres, crianças, negros. Um homossexual pode ser assassinado por homofobia, por briga de amor e por assalto. Os malandros ativistas pegam todo este número para inflar. Se um hetero ganha um soco e um homossexual ganha um soco, a lei deve ser igual pra todos”, afirmou. Sua teoria a respeito da escolha pela homossexualidade aponta para um estímulo na infância: “Perto de 50% dos homossexuais foram violados quando crianças ou adolescentes. É provado. Mas tem também os que são por opção. Se é estatística eu vou deitar. 66% das lésbicas e 70% e uns quebradinhos dos homens gays já se apaixonaram pelo sexo oposto [...] Ninguém nasce homossexual. A criança quando nasce tem uma predisposição para herdar características biológicas do sexo que veio”, argumentou o pastor. Malafaia aproveitou para, novamente, se posicionar radicalmente contra adoção de crianças por casais gays: “Eu acredito que uma criança deve ser criada por um homem e uma mulher. Eu não estou falando da minha crença, estou falando da civilização humana. Se querem inventar um novo paradigma para a sociedade humana, eu não sou obrigado. Eu não estou falando de religião. É um jogo. É uma ideologia para mudar o paradigma da sociedade”, criticou. Questionado pela reportagem se existiria uma “conspiração gay” para mudar a sociedade e seus princípios, Malafaia respondeu que sim: “Existe uma ideologia e eu provo. Eles querem acabar com o dia dos pais e das mães, é o dia do cuidador. Então tem que acabar com o Natal por que tem criança que não ganha presente? Papo furado. Ideologia. É pra substituir, detonar a família tradicional. E eu tenho o direito de ser contra, porque ela perturba a sociedade”. Aborto Para o pastor Silas Malafaia, o argumento de que a legalização do aborto evitaria mortes de gestantes que optam pela clandestinidade é relativo: “É uma manipulação danada. Questão de saúde é a da mulher que aborta e que tem nove vezes mais propensão ao suicídio, onze vezes mais propensão a abortar novamente, quatro vezes mais propensão à internação psiquiátrica. Sabe o que é o aborto? Fruto da promiscuidade e da irresponsabilidade do ser humano. Sabe quem fala do aborto? Quem não foi abortado. Sabe a diferença entre você e o feto? O tempo e a nutrição. Isso é falácia. Vamos trabalhar no preventivo para ensinar meninas e rapazes”, propôs o pastor. Crítica A jornalista Morris Kachani, que entrevistou o pastor, comentou o encontro e as teses de Malafaia de maneira crítica, e afirmou que ele prega uma “guerra”. “A impressão mais forte num embate de opinião com o pastor Silas Malafaia é de impotência, ele parte de um princípio que considera uma verdade absoluta, inquestionável, mas quando perguntado se podemos chamá-lo de fundamentalista sua resposta imediata é não. Seu discurso maniqueísta remete a uma guerra, de um lado os defensores do modelo judaico-cristão de sociedade com sua moral e a família como base, e do outro a esquerda demoníaca que inclui o grupo LGBT, que não mede esforços para o derrubar”, opinou Kachani. Confira a entrevista abaixo: Incrustada no bairro da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, fica a igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo onde fui entrevistar o pastor Silas Malafaia. Um edifício suntuoso todo trabalhado em mármore com equipamentos de som e vídeo de ponta e uma plateia onde cabem até 8 mil pessoas sentadas. Uma obra faraônica que custou algo em torno dos 30 milhões de reais. O pastor Silas diz defender o Estado laico, mas levanta uma contradição posto que afirma que o paradigma que rege nossa sociedade é judaico-cristão, e que portanto alguns temas como o casamento gay, aborto, legalização de drogas, adoção por casais homossexuais, destituem a família baseada na moral tradicional e devem ser combatidos com fervor. “Nós evangélicos somos a favor do Estado laico. Mas uma coisa é a religião, outra é a ideologia cristã. O Estado é laico mas o povo não é laicista. O mundo ocidental é um modelo judaico-cristão. De onde vêm os direitos humanos, a proteção à vida, a monogamia, a escola pública? Judaico-cristão. De onde vem o moderno direito? Das leis de Moisés. Ué, vamos jogar fora então?” Quanto às manchetes dos jornais após o tweet bombástico em que pressionou a candidata Marina a mudar seu programa de governo para gays, o pastor nega qualquer relação direta com a candidata do PSB e acredita numa armação contra ela – um cavalo de Tróia dentro do próprio partido. O imbroglio acabou envolvendo o desligamento do coordenador do grupo LGBT do PSB, Luciano de Freitas. “Os caras armaram um cavalo de Tróia pra Marina. Esse é o jogo, dizer que Marina é conduzida por pastores. Mas ela tem vôo próprio. Eu tenho muitas divergências com Marina. Não se pode querer que todos ajam e pensem como você. Ninguém consegue impor tudo que quer, e isso que acho que tá faltando para o movimento gay. Nenhum segmento da sociedade impõe tudo que quer. Certo? Pra nós casamento é macho e fêmea”. O senhor só vota nela no segundo turno? Eu sou amigo do pastor Everaldo. Eu dei a minha palavra que votaria no Everaldo. Antes do furacão Marina, Everaldo sozinho marcou 4 pontos na pesquisa. Nós lideranças pensamos que se a gente ajudar, ele chega a 7 ou 8 e se isso acontecer ele se torna uma balança no segundo turno para uma agenda de interesses no jogo político democrático. Só que Marina atropelou Dilma, Aécio. Marina tem um viés político que não tem nada a ver com o Evangelho. Qual a sua relação com a Marina? Na minha vida toda eu encontrei com a Marina uma única vez num congresso em Porto Seguro em 2002, onde ela seria apresentada como candidata. A única vez que falei com Marina na minha vida. Nunca mais falei com ela nem pelo telefone. A Marina tem o pastor dela, o pastor Sostenes, que morreu de câncer, uma morte estúpida. Ele a orientava como pastor, não como orientador político. Marina é evangélica mas não tem nenhuma linha em seu plano de governo que venha beneficiar algum pensamento evangélico. E nós não estamos reclamando sobre isso. O IBGE em 2010 disse que 22% do eleitorado é evangélico. Hoje chegamos a 25%, 27%. Somando-se os católicos praticantes que chegam a 25% a 30%, somos a maioria. Católicos e evangélicos têm uma ideologia parecida em se tratando de drogas, casamento gay e drogas. O que aconteceu? Eu desafio a Dilma e o Aécio a defenderem o casamento gay. * Quanto ao Templo de Salomão, recentemente inaugurado pela Igreja Universal, Malafaia aplaude a iniciativa mas enxerga com reticência a conduta de Edir Macedo. O que você acha do Templo de Salomão? É um templo muito bonito. Agora não venham me dar uma ênfase que a Bíblia não dá, de que o misticismo ali é melhor. Estola de sacerdote, usar o quipá judaico, isso não está na Bíblia. Paulo detona o rito judaizante. Quanto a construir um templo bonito eu aplaudo, mas querer dar um status quo que não está na Bíblia, não. Eu tenho pontos de divergências com a Igreja Universal e com o Edir Macedo. Mas eles tem um trabalho fenomenal quanto a recuperar pessoas. O Edir Macedo escreveu um livro que se chama “Plano de poder”, onde ele afirma ter um grande projeto de nação, que essa é a vontade de Deus. Eu acredito no caminho natural. Eu sou contra o discurso de que temos que eleger um presidente evangélico. A igreja não está aqui pra eleger presidente ou governador, a igreja está aqui para fazer a diferença na terra e levar às pessoas o evangelho na terra. Nós não temos partido evangélico. Tem evangélico em tudo que é partido. Por que somos livres até pra discordarmos entre nós. * No passado o pastor Silas Malafaia apoiou o PT, inclusive apareceu no programa eleitoral de Lula em 2002. Mas ao detectar que “eles não perderam o DNA da esquerda”, questiona: “ Olha o programa do PT, o controle do conteúdo da mídia. Que papo é esse? Isso é coisa de comunista.” O senhor afirma que o PT foi o governo mais corrupto que o Brasil já teve. Perto do PT o Collor é batedor de carteirinha! Eu ia apoiar o candidato Lindberg Farias, mas depois que o PT começou com a sua perseguição, igual faz nazista, comunista, pra tentar me calar, mudei… Eles estão utilizando a Receita Federal de maneira covarde, como procedimento da pressão. Mas foi o PT? O PT. Isso, vem de cima. Vem do alto. Pra tentar me calar. Por que eu fui o responsável junto com a liderança por colocar 70 mil pessoas em Brasília no dia 6 de junho do ano passado e dizer pra meter na cadeia esta cambada de ladrões que são os mensaleiros. 30 dias depois abriram os procedimentos fiscais. E hoje nós temos evangélicos em tudo que é repartição. Me disseram: “pastor, ordem de cima pra te desmoralizar, pra detonar e arrebentar com tuas duas entidades e calar tua voz”. Modelos nazistas, comunistas, eles sabem muito bem como fazer. Veja o livro de Tuma Jr., “Assassinato de Reputações”, ele me cita lá antes desse episódio. Tema de maior polêmica que circunda o pastor Silas Malafaia é o projeto de lei complementar 122/06 para criminalizar a homofobia, que ele se orgulha de ter derrotado no Congresso. Sem se assumir homofóbico, diz que se os ativistas gays criassem uma cartilha contra a intolerância ele aprovaria, só que o que fazem “é pra ensinar homossexualismo pra criança de seis anos”. “50 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, 260 são gays. Mais do que gays, foram mulheres, crianças, negros. Um homossexual pode ser assassinado por homofobia, por briga de amor e por assalto. Os malandros ativistas pegam todo este número para inflar. Se um hetero ganha um soco e um homossexual ganha um soco, a lei deve ser igual pra todos”. Você escolhe ser gay? Perto de 50% dos homossexuais foram violados quando crianças ou adolescentes. É provado. Mas tem também os que são por opção. Se é estatística eu vou deitar. 66% das lésbicas e 70 % e uns quebradinhos dos homens gays já se apaixonaram pelo sexo oposto. Estes são bissexuais. Então tem que definir uma lei específica pra bissexuais, heteros e homos. Onde nós vamos chegar? Ninguém nasce homossexual. A criança quando nasce tem uma predisposição para herdar características biológicas do sexo que veio. Como em uma cruzada antigay que tem por missão defender os valores cristãos da família, Malafaia é radicalmente contra adoção de crianças por casais gays. “Eu acredito que uma criança deve ser criada por um homem e uma mulher. Eu não estou falando da minha crença, estou falando da civilização humana. Se querem inventar um novo paradigma para a sociedade humana, eu não sou obrigado. Eu não estou falando de religião. É um jogo. É uma ideologia para mudar o paradigma da sociedade”. Existe uma conspiração gay? Existe uma ideologia e eu provo. Eles querem acabar com o dia dos pais e das mães, é o dia do cuidador. Então tem que acabar com o Natal por que tem criança que não ganha presente? Papo furado. Ideologia. É pra substituir, detonar a família tradicional. E eu tenho o direito de ser contra, porque ela perturba a sociedade. Mas você acha que eles são um risco real? Filha, eu nunca vi ninguém conquistar nada de uma vez. Olha o que eles estão pregando, a redução da maioridade da responsabilidade sexual, o que abre as portas para a pedofilia. Jean Willys prega que uma criança pode fazer opção de mudança de sexo sem autorização dos pais. Sabe que uma criança não consegue diferenciar entre sugestão, informação e ordenança? Daqui a pouco vem um estudioso com uma pesquisa dos quintos do inferno dizendo que uma criança de 12 anos já é responsável pela sua escolha sexual. Por que você acha que o Império Romano foi destruído? Promiscuidade. O senhor é contra a legalização da prostituição também? Claro. Sou contra casamento gay, aborto… se legalizarmos tudo da sociedade, ela se autodestrói. Quando questionado sobre a legalização das drogas em vários Estados dos EUA, país que ele admira por ser um exemplo de democracia, respondeu com sua ironia característica, onde seu timbre de voz alcança agudos inesperados: “Deixa a América liberar. Os traficantes da Colômbia estão rindo. O cara começa com drogas leves e depois a turma que vende cocaína, vende crack. Eu quero saber se o cigarro e a bebida que são liberados beneficiou a sociedade ou não. A repressão não acaba, mas inibe”. O cigarro é um bom exemplo, as leis de prevenção diminuíram em 20 % o consumo. Diferente do cigarro é o efeito da bebida. O que a bebida produz, o dano à sociedade, é 10 vezes maior. Ninguém está falando da liberação da drogas, mas da legalização. A guerra às drogas gera mais dano do que a droga em si. Eu tô desconfiado que traficante vai é botar grana. Libera tudo pra ver onde vai parar a sociedade. Então vamos legalizar tudo que é lixo moral da sociedade, ela se autodestrói. O senhor é a favor da internação compulsória para viciados em drogas? Não. Se um viciado em drogas entra num estado, comprovado, onde ele perdeu o domínio próprio, perdeu o referencial moral total, aí sim. Por que aí é pra proteção da sociedade. Mas muitos evangélicos são a favor, inclusive a bancada evangélica. Nós evangélicos somos a favor de que a pessoa se interne quando queira. Se um pastor ou deputado defende isso, ele não entende nada de livre arbítrio que tá aqui neste livro [apontando a Bíblia]. E a legalização do aborto, que é uma questão de saúde pública? É uma manipulação danada. Questão de saúde é a da mulher que aborta e que tem nove vezes mais propensão ao suicídio, onze vezes mais propensão a abortar novamente, quatro vezes mais propensão à internação psiquiátrica. Sabe o que é o aborto? Fruto da promiscuidade e da irresponsabilidade do ser humano. Sabe quem fala do aborto? Quem não foi abortado. Sabe a diferença entre você e o feto? O tempo e a nutrição. Isso é falácia. Vamos trabalhar no preventivo para ensinar meninas e rapazes. Na própria bíblia o adultério consta como pecado e não vejo os evangélicos defendendo a criminalização do adultério como defendem estas questões. E quem disse que somos a favor da criminalização do homossexualismo, da prostituição e do adultério? Mas aborto é uma vida independente. O ser humano é tão covarde que ele faz do outro uma coisa, a coisificação da vida. Protege-se capim, passarinho, mico leão dourado, que são crimes inafiançáveis, e os caras pregam matar uma vida. Eu tenho vergonha. A argumentação lógica não é o forte de Malafaia, dados científicos são usados para balizar as crenças fundamentadas na moral cristã, mas quando contra argumentado com outros dados científicos ele questiona a manipulação de tais pesquisas. “Eu sou um pregador muito prático. Não sou pregador de pensamentos filosóficos.” Em seu discurso o pastor demonstra um largo acervo de citações, alguns um tanto contraditórios como quando utiliza o linguista Noam Chomsky para defender a teoria criacionista. (http://www.chomsky.info/articles/20051006.htm) “A palavra tem o poder de criar. A nossa boca é um retrato da nossa alma. O poder da palavra. Um dos maiores cientistas, intelectuais, Noam Chomsky, diz que a palavra é inata ao homem. O que quebra a teoria da evolução”. Noam Chomsky defende o criacionismo? Não sei, mas é uma paulada na teoria da evolução. Em um artigo de 2005 o linguista americano Noam Chomsky, durante o governo Bush, criticou o ensino do design inteligente, análogo ao criacionismo, nas escolas americanas. Chomsky afirma no artigo que a hostilidade ao pensamento científico coloca o mundo em risco. Com um discurso que beira a paranoia de uma conspiração em que a esquerda e os gays querem destruir a sociedade, os valores e a família, ele vê nos evangélicos a missão de salvar a sociedade. Qual a relação entre a constituição e a Bíblia? Numa sociedade livre as pessoas têm o direito de basear suas convicções políticas em qualquer processo de raciocínio, seja Marx, Platão, Confúcio, Gramsci ou Jesus Cristo. O que a esquerda malandra faz? Quando você vem com a ideologia que tá permeada no mundo ocidental-cristão, diz que é religião. Por que a ideologia de Karl Marx vale mais que a de Cristo? A de Karl Marx está falida e a de Jesus está de vento em popa. Mas Karl Marx não é um pensador da economia, da política e da sociedade? E eles defendem luta de classe. Eles vão para o debate democrático segundo o que eles creem, nós também. Desigualdade social é uma coisa, dizer que não tem que ter patrão é outra. Promover luta de classe é outra. A esquerda queria combater a democracia contra a ditadura? Conversa. Quem são os ideólogos do PT? Seguidores de Gramsci. Gramsci diz: ganhe o Estado pelo voto e depois controle ele. Querem controlar a imprensa, querem a igreja do PT, o supremo do PT, a receita federal do PT. Acabou o Brasil. Consultei o professor Álvaro Bianchi, livre-docente do Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), autor do livro “O laboratório de Gramsci” (São Paulo: Alameda, 2008), sobre a citação feita pelo pastor: “Há duas inverdades nessa declaração. A primeira é afirmar que os ideólogos do PT são seguidores de Gramsci. A segunda é dizer que Gramsci aconselhava ganhar o Estado e depois controlá-lo. Não existe essa afirmação em nenhum de seus escritos nem nada sequer parecido. Gramsci escrevia contra a chamada pequena política, aquela que se reduz às conspirações palacianas, às pequenas manobras parlamentares, à despolitização da atividade governativa, à troca de cargos por votos e à corrupção dos ideais. Hoje as três candidaturas presidenciais majoritárias, estão imersas nessa pequena política.” A impressão mais forte num embate de opinião com o pastor Silas Malafaia é de impotência, ele parte de um princípio que considera uma verdade absoluta, inquestionável, mas quando perguntado se podemos chamá-lo de fundamentalista sua resposta imediata é não. Seu discurso maniqueísta remete a uma guerra, de um lado os defensores do modelo judaico-cristão de sociedade com sua moral e a família como base, e do outro a esquerda demoníaca que inclui o grupo LGBT, que não mede esforços para o derrubar. Fonte: G+ Folha de São Paulo VIA GRITOS DE ALERTA |
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quinta-feira, 11 de setembro de 2014
ENTREVISTA COM O PASTOR SILAS MALAFAIA
Cantora gospel de 16 anos diz ter sido estuprada por produtor musical
Geslyane Piassa, de 16 anos, estava desaparecida há cinco dias após uma reunião com o seu produtor musical.
A cantora gospel Geslyane Piassa, de 16 anos, foi encontrada em uma praça próxima ao aeroporto de Goiânia (GO), no último sábado (6), após passar cinco dias desaparecida. A adolescente foi encontrada enrolada em um cobertor e vestindo roupas de homem. Desorientada, ela tinha várias marcas de agulhas nos braços e afirma ter sido estuprada por usuários de drogas. Em entrevista à Rede Record, a adolescente relatou que saiu de casa para uma reunião com seu produtor musical. Ela afirma que ao chegar ao local da reunião bebeu água oferecida pelo produtor, e que em seguida começou a se sentir tonta e foi levada pelo produtor para um motel. Confusa, ela afirma que não se lembra direito do ocorrido, mas relata ter sido abusada por usuários de drogas na rua. A polícia afirma que já considera o produtor musical e um amigo como suspeitos, mas que ainda não pediu à Justiça a prisão preventiva de ninguém. A delegada responsável pelo caso explica que a adolescente, aparentemente, foi drogada por alguém e que ela será ouvida quando se recuperar psicologicamente, acompanhada por uma psicóloga. Apesar de ter relatado ter saído para se encontrar com o produtor, com quem gravou um CD recentemente, a mãe da adolescente, Eliane Licatta, afirma que ela saiu de casa dizendo que ia a um salão de beleza. O pai da cantora, Ivo Piassa, afirma ela não tinha nenhum vício ou briga com alguém. Os pais afirmaram ainda que a filha não tinha um namorado e nunca deu sinais de que queria fugir. Fonte: Gospel + |
ALERTA TOTAL - ABORTO SERÁ IMPLANTADO NO BRASIL CASO A DILMA GANHE AS ELEIÇÕES.
A União dos Juristas Católicos de São Paulo (UJUCASP) prevê que após as eleições, na eventualidade da reeleição da presidente Dilma Rousseff, os brasileiros serão surpreendidos com uma nova portaria do Ministério da Saúde regulamentando o aborto nos hospitais conveniados com o SUS.
A advertência foi realizada durante a reunião ordinária da entidade, que ocorreu na manhã de segunda-feira, 9.
Segundo o Dr. Ives Gandra Martins, presidente da entidade católica que atualmente reúne 80 sócios entre desembargadores, juízes e advogados, “não devemos nos iludir com a revogação da portaria 415 por parte do Governo Federal, que pressionado pela má repercussão política da medida, atuou em modo de evitar desgaste político eleitoral”.
Existem atualmente em trâmite no Congresso Legislativo cerca de seis diferentes projetos de lei que visam regulamentar a matéria do aborto no Brasil. Em parte, o efeito político negativo se deu porque a Portaria 415 do Ministério da Saúde foi baixada a revelia do debate que ocorre no Legislativo. “Na eventualidade de ser veiculada nova portaria após as eleições, os projetos em tramitação no Congresso Nacional simplesmente perderão relevância em face do fato consumado, sem passar pelo necessário debate público”, explicou o jurista.
Escolas e hospitais católicos e evangélicos correm risco de extermínio
Outro tema que foi levantado durante o encontro foi os efeitos do Decreto 8.242, da presidente Dilma Rousseff, sobre as escolas, universidades, hospitais e demais instituições privadas não lucrativas, e que, pelo seu caráter assistencial, gozam do direito constitucional de imunidade de taxas e impostos, tais como IPTU, IPI, ICMS e Imposto de Renda.
Segundo os juristas, o decreto presidencial dificulta a aplicação destes direitos constitucionais, colocando em risco a existência dessas instituições que, sem essas imunidades tributárias, não conseguem sobreviver. O resultado final é o prejuízo do bem-estar social da população carente, maior beneficiária dos serviços prestados por essas instituições que atuam, sobretudo, nos setores da educação e da saúde.
Segundo o Dr. Sergio Arcury, ex-presidente da Ação Paulista de Estabelecimentos de Ensino Médio, cerca de 6 mil instituições de ensino tiveram que fechar as suas portas, nos últimos anos, em todo o Brasil.
Além disso, quase todas as Santas Casas atualmente sobrevivem subsidiadas pelos Governos Estaduais, já que o Governo Federal há 19 anos não atualiza os valores pagos pelo SUS pelos procedimentos realizados nos hospitais conveniados. Significa dizer que as Santas Casas de Misericórdia recebem hoje, por qualquer cirurgia que realizam, o mesmo valor que recebiam há duas décadas.
Na visão dos juristas, O decreto 8.242 também atenta contra a democracia, já que substitui o Congresso Nacional na edição de lei complementar para definir os limites do gozo das imunidades tributárias. (MR)
Cresce o número de judeus que abandonam a França e partem para Israel
“Minha amiga acaba de ir embora com toda a família. Agrediram o seu pai, de 80 anos, na rua, e ela disse: ‘Até aqui chegamos’”, conta ao EL PAÍS um judeu de Paris, que prefere ficar no anonimato.
Joël Mergui, presidente do Consistório Israelita da França, não duvida de que haja um antissemitismo crescente e certo ataque à liberdade religiosa, gerando dúvidas sobre o futuro na França. “Muitos consideram que este já não é seu lugar”, acrescenta Roger Cukierman, presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França. Philip Carmel, conselheiro do Congresso Judaico Europeu, relativiza: “Os que vão embora são apenas 1%. Os demais 99% acreditam que o país lhes oferece um futuro, sim”.
Na França, com a maior comunidade judaica do continente (600.000 cidadãos), a migração para Israel disparou, a ponto de este se tornar o país que mais cidadãos envia neste ano. Em 2012, apenas 2.000 judeus franceses partiram para Israel. Já em 2013, a cifra subiu para 3.280. Nos oito primeiros meses deste ano, 4.566 fizeram a aliyah (migração), segundo o ministério israelense de Integração. Isso é quase o dobro das migrações oriundas da Rússia ou dos Estados Unidos.
A última pesquisa da Agência de Direitos Fundamentais da UE, de novembro passado, mostrou que 76% dos judeus europeus acreditam que a sua situação se agravou nos últimos cinco anos. Um em cada três sofreu uma agressão física. Os insultos, a perseguição e a violência não são casos isolados. E muito menos na França.
A crise econômica é, sem dúvida, uma razão fundamental para a fuga. “O futuro é incerto e, sobretudo, os jovens procuram se desenvolver profissionalmente”, diz Zvi Tal, ministro plenipotenciário da embaixada de Israel em Paris. Em algumas reportagens televisivas feitas ultimamente pela imprensa francesa em Israel, boa parte das famílias ouvidas admite que o antissemitismo também as estimulou a partir.
A internet, concordam as fontes consultadas em Paris, favoreceu a desinibição na propagação de mensagens antissemitas. O Governo francês, muito criticado recentemente por proibir dois protestos violentos nos quais houve gritos antissionistas e antissemitas, está analisando com Israel formas de controlar o fenômeno digital. Mas o maior temor tem a ver com o jihadismo e com os combatentes europeus que retornam radicalizados da Síria. Mais de 800 franceses se envolveram no conflito, e alguns já se tornaram tristemente famosos por seus atos terroristas. Mehdi Nemmouche, francês de 29 anos, supostamente matou quatro pessoas em maio no Museu Judaico de Bruxelas. Agora, sabe-se que ele foi o carcereiro de quatro jornalistas franceses que estiveram até abril como reféns do Estado Islâmico.
Nemmouche, já extraditado para a Bélgica, é, segundo seus antigos reféns, um homem muito violento e antissemita, que prometia “arrastar os judeuzinhos pelas tranças” antes de massacrá-los. Seu herói é Mohamed Merah, outro ex-combatente francês, acusado de matar sete pessoas há dois anos em Toulouse, entre eles um professor e três crianças de uma escola judaica.
A comunidade muçulmana francesa é de seis milhões de pessoas. “É uma pena que, em vez de aproveitar a convivência de comunidades tão grandes para estabelecer um diálogo na Europa, só tenha sido possível estender o conflito do Oriente Próximo para cá”, diz com pesar o rabino Rivon Krygier, de Paris.
EL PAÍS
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