Presidente lutará pela reeleição no pleito de outubro (Foto: Valter Campanato/ABr)
Para veicular propaganda, em 2013, o Governo Federal gastou R$ 2,3 bilhões. O valor, segundo levantamento da Folha de S. Paulo, é o maior já registrado desde 2000, quando começou a ser divulgado esse tipo de dado. Até o atual recorde estabelecido pela presidente Dilma Rousseff (PT), o maior gasto havia sido em 2009, sob o então presidente Lula (PT), com R$ 2,2 bilhões.
As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto. Os números foram corrigidos pelo IGPM.
Em relação ao ano de 2012, o gasto do Governo Federal com propaganda aumentou 7,4% acima da inflação oficial do período, que foi de 5,91%, segundo o IPCA.
Os valores incluem toda a administração pública direta e indireta. Quando são considerados só os órgãos e entidades da administração direta, o total de 2013 foi de R$ 761,4 milhões, o que se configura como um recorde também da última década e meia.
E de 2012 para 2013, os gastos totais do governo com pessoal, custeio e investimento subiram 7,2%, já descontada a inflação do período.
A Secretaria argumentou, por meio da assessoria, que “em 2013 o Governo Federal apresentou novas campanhas de utilidade pública voltadas à prevenção de acidentes de trânsito, de combate ao uso do crack e de lançamento do programa Mais Médicos”.
Além disso, o governo também justifica o aumento com o fato de que “um terço do crescimento do volume publicitário de 2013 foi puxado pelas ações dos Correios, [empresa] que completou 350 anos em 2013”.
A Secom também acha que os dados “não representam necessariamente gastos efetivamente realizados”. Segundo a publicação, as discrepâncias são mínimas.
Os bilhões gastos colocam o governo na quarta colocação do ranking dos maiores anunciantes brasileiros em 2013. No topo da lista estão a Unilever (R$ 4,6 bilhões), Casas Bahia (R$ 3,4 bilhões) e o laboratório Genomma (R$ 2,5 bilhões).
O levantamento ainda mostra que quando se observa o tipo de veículo preferido pelo governo, a TV ganha com 65% do total. Rádio, jornal, revista e internet ficaram com 7,6%, 7%, 6,3% e 6% do bolo, respectivamente.

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