O encerramento da fronteira de Rafah entre o Egito e
Israel como consequência do ataque terrorista de ontem ao longo da fronteira e
que "juntou" obrigatoriamente as forças egípcias e israelitas no combate ao
terrorismo deixou os palestinianos irritados, chegando o próprio movimento
terrorista do Hamas a classificar a medida como uma "punição
colectiva".
Os palestinos, tão amigos dos terroristas,
demonstram agora muita preocupação com o fecho da fronteira, alegando que isso
irá impedir os esforços para levantar as restrições egípcias impostas aos
residentes da Faixa de Gaza.
Entretanto, o Hamas e outros grupos palestinos já
descartaram alegações sobre um provável envolvimento dos terroristas da Faixa de
Gaza no ataque de ontem à noite e que resultou na morte de 16 soldados egípcios.
O Hamas destacou centenas de polícias para a fronteira
com o Egito, de forma a impedir que terroristas entrem na Faixa de Gaza vindos
do Sinai.
Segundo um oficial representante do Hamas, o governo do
movimento terrorista também deu ordens para o fecho de todos os túneis
subterrâneos ao longo da fronteira e fará todos os eforços para ajudar na
identificação dos terroristas.
E, como não
poderia deixar de ser, o governo dos terroristas do Hamas e alguns grupos
palestinos já acusam Israel de um possível envolvimento no ataque, com o
objetivo de levantar uma barreira entre os palestinos e o Egito.
O
Hamas insiste que nenhum dos terroristas que levaram a cabo o ataque no Sinai
vinha de Gaza, não revelando contudo quem eles suspeitam estar por trás do
ataque terrorista.
ISRAEL ATACA OS TERRORISTAS E EVITA UMA
PROVÁVEL GRANDE TRAGÉDIA
O ataque deu-se
ontem à noite, quando um grupo de terroristas atacou uma base egípcia, matando
15 soldados. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), os atacantes eram
provavelmente beduínos residentes no Sinai e que faziam parte de uma célula
terrorista baseada na península do Sinai. Seis terroristas foram mortos na troca
de tiros.
Depois do ataque
aos egípcios, os terroristas, desenvolvendo um ataque sofisticado e ambicioso,
infiltraram-se em Israel, após terem roubado 2 jeeps armados aos egípcios.
Um dos veículos,
provavelmente armadilhado, explodiu ao atravessar a fronteira de Kerem Shalom,
ponto de passagem entre Israel, o Egito e a Faixa de Gaza. Alguns terroristas
conseguiram entretanto escapar de um segundo veículo antes de o mesmo ser
destruído por um ataque aéreo. Os terroristas entraram então em Israel e
envolveram-se num tiroteio com as forças israelitas.
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ARMAS CAPTURADAS AOS
TERRORISTAS |
Ninguém ficou
ferido do lado israelita. Segundo a IDF, era provável que os terroristas
tentassem sequestrar um soldado israelita ou infiltrarem-se numa comunidade
próxima para atacarem os residentes.
As forças de
Israel - IDF - informaram que o ataque não esteve ligado a um ataque aéreo
israelita pela manhã contra uma célula terrorista da jihad global que estava na
última fase de planear um ataque contra Israel ao longo da fronteira egípcia. O
ataque aéreo matou um terrorista e feriu um outro gravemente.
O ministro
israelita para a Defesa, Ehud Barak, elogiou a IDF por ter impedido o ataque e
apelou ao novo governo egípcio para trabalhar imediatamente de forma a restaurar
o controle sobre o Sinai.
"O modus
operandi dos terroristas realça mais uma vez a necessidade de uma acção
determinada por parte dos egípcios de forma a restaurar a segurança e evitar
actividades terroristas no Sinai," - afirmou Barak.
O presidente
egípcio entretanto avisou que "este ataque covarde não ficará sem resposta.
Os que cometeram este crime pagarão caro por ele."
PREOCUPAÇÃO ISRAELITA
Israel
preocupa-se cada vez mais com a presença de operacionais da jihad global na
península do Sinai e com as suas ligações aos terroristas palestinianos na Faixa
de Gaza. Fontes militares acrescentaram que esses elementos da jihad estavam a
tomar vantagem da instabilidade regional, especialmente no Egito e na Síria,
para criarem infraestruturas que podem ser usadas para atacar Israel.
Segundo a IDF,
as células terroristas consistem de palestinos oriundos de Gaza, bem como de
operacionais de países árabes de todo o Médio Oriente.
Na semana
passada o "gabinete israelita para o contra-terrorismo" apelou aos turistas
israelitas para deixarem imediatamente o Sinai e regressarem a Israel, em função
de informações dos serviços secretos de que terroristas planeavam sequestrar
israelitas na península do Sinai.
Shalom, Israel!