Em entrevista ao Portas Abertas o jogador relembra o tempo que esteve jogando no Uzbequistão.
“Ser cristão no Uzbequistão não é nada fácil”, diz Rivaldo
O jogador Rivaldo concedeu uma entrevista para o site do Portas Abertas lembrando do tempo em que esteve jogando pelo Bunyodkor, time de Uzbequistão, o 9º país de maior perseguição contra cristãos.
Na entrevista ele relembra os momentos que passou naquele país e como
percebeu que falar de Jesus publicamente era proibido. “Teve um
episódio, em que ganhamos a copa do Uzbequistão e usei uma camisa com os
dizeres ‘Jesus number 1′ (Jesus, número 1) quando vi no site, eles
haviam apagado o nome “Jesus” e falaram que não poderia mais fazer
aquilo”.
Assim que se mudou para Uzbequistão, Rivaldo que é cristão tentou
fazer alguns cultos em casa, mas acabou sentindo no coração o desejo de
frequentar uma igreja local. Na entrevista ele relata que não só ele
como outros jogadores brasileiros também passaram a congregar com
cristãos uzbequistaneses.
Foi com este contato que ele pode perceber como é difícil ser cristão
em um país de maioria muçulmana. “Ser cristão no Uzbequistão não é nada
fácil, para mim não foi tão difícil por ser uma pessoa conhecida, mas
para eles, é duro”, diz.
Leia a entrevista na íntegra:
Rivaldo, você tem conhecimento sobre a perseguição e intolerância religiosas?
Com certeza.
Você já ouviu falar da Portas Abertas durante suas passagens
por diversos países, principalmente no período que morou no UZBEQUISTÃO
jogando pela Bunyodkor? O que conheceu da Portas Abertas nestes locais?
Tive conhecimento pela internet. Foi pelo site da Portas
Abertas que fiquei sabendo que o Uzbequistão era o 9º país mais
perseguido do mundo.
O que conheceu da igreja no UZBEQUISTÃO, pois o país ocupa o
9º lugar na Classificação de Países por Perseguição? Teve contato com os
cristãos locais?
Quando cheguei lá, comecamos a fazer culto em casa, mas, senti
em meu coração que deveria participar de uma igreja local, que eu
deveria ser testemunha de Jesus aos uzbeques, e foi o que fiz, eu e
todos os brasileiros começamos a participar de uma igreja local. Foi um
tempo maravilhoso!
Você já foi proibido de expressar sua fé publicamente?
Fui, e no Uzbequistão, mesmo. Teve um episódio, em que ganhamos a copa
do Uzbequistão e usei uma camisa com os dizeres “Jesus number 1” (Jesus,
número 1) quando vi no site, eles haviam apagado o nome “Jesus” e
falaram que não poderia mais fazer aquilo, mas continuei fazendo. Não
por palavras mas por atitudes.
O que sentiu por ser cristão em um país de maioria muçulmana?
Teria algum testemunho relacionado à restrição religiosa para
compartilhar?
Ser cristão no Uzbequistão não é nada fácil, para mim não foi
tão difícil por ser uma pessoa conhecida, mas para eles, é duro. Sei que
Jesus nos levou até lá para sermos luz, testemunhas vivas. O mais
emocionante foi ter convivido com cristãos locais. Ver a alegria deles
por estarmos lá… A esperança de que Jesus não tinha se esquecido deles.
O que você acredita ser a maior necessidade para a minoria cristã no Uzbequistão?
Liberdade de expressar sua fé. Liberdade de ouvir um louvor. Liberdade de ler a palavra de Deus.
Você já tentou aproximação para falar do amor de Deus para jogadores de outras religiões? Qual foram as reações?
Respeito muito as pessoas, não sou aquela pessoa de impor a minha
opinião. Falo de Jesus através das minhas atitudes, e da minha maneira
de ser. E sei que muitos deles foram impactados.
Em quais situações você acha que se deve abrir mão de professar publicamente sua fé?
Tenho certeza de que em nenhum momento. Nunca negarei a Jesus. É por Ele e para Ele que vivo.
G1/GRITOS DE ALERTA