A disputa do controle da CGADB vem arrastando uma série de processos judiciais para posse e cancelamento de posse e Bastos sentiu na pele como é este processo.

Imagem redimensionadaVárias liminares garantiram que ele assuma o cargo, porém ele sempre foi impedido de atuar como tesoureiro. Hoje, após novas eleições, ele já tem um documento pronto que tira dele toda e qualquer responsabilidade sobre o que foi decidido a respeito das finanças da CGADB nesses últimos anos.

O vídeo que mostra o pastor sendo impedido de entrar na tesouraria tem circulado pelas redes sociais, mas ele é de 2013. “Até hoje não assumi nada. Quem faz tudo é o segundo tesoureiro a mando do José Wellington”, garante ele em entrevista exclusiva ao JM Notícia.

“Estou protocolando documentos para que qualquer situação futura do Ministério Público ou questionamento de qualquer pessoa, eu não movimentei, não paguei, não comprei… não tem nada com assinatura minha”, disse ele que participa das reuniões, mas não tem nenhuma ligação com as decisões tomadas.

Amizade com Samuel Câmara
O maior problema que impediu Ivan Bastos de assumir o cargo para qual foi eleito foi a relação de amizade que ele mantém com o pastor Samuel Câmara.

Segundo ele, o pastor José Wellington tentou um acordo durante uma Assembleia Geral Ordinária que foi realizada em Maceió, propondo que ele rompesse ligações com Câmara, seu principal opositor dentro da CGADB.

“Eu acho que função não impede amizade”, disse Bastos que não aceitou romper laços com o presidente da Igreja-Mãe. “De lá pra cá começou essas palhaçadas, mas eu não sou o primeiro vários tesoureiros também sofreram. Quem não anda na cartilha deles, eles tiram fora”.

Processo eleitoral da CGADB
Questionado sobre as novas eleições da CGADB, marca por processos e liminares que impediram a posse dos eleitos, o presidente da CONFRATERES diz que não ficou surpreso.

“Eu não encaro nem como surpresa, isso já é comum por parte do pastor José Wellington desobedecer às leis. Hoje quem preside a convenção geral é o pastor Abiezer Apolinário”, denuncia. “O pastor José Wellington é comandado por ele”, completou Bastos citando o presidente da Comissão Jurídica.

Para Ivan Bastos, as eleições da CGADB não poderiam ter acontecido pelo impedimento da justiça, mas seguindo os conselhos jurídicos de Apolinário, as eleições aconteceram.

“Isso é uma vergonha para nós assembleianos da Convenção Geral. Mas pela falta de temor a justiça, esse pessoal não obedece a justiça, isso a tudo a mando de Abiezer Apolinário”, disse Ivan Bastos.

Para o pastor esses problemas de disputa pelo controle da convenção não irão manchar a história da Igreja Assembleia de Deus, por outro lado manchará sim a imagem da CGADB como instituição.

O pastor Ivan Bastos também comentou a declaração do deputado Paulo Freire, irmão do pastor Wellington Júnior que chamou os pastores de “canalhas” por serem contra a eleição de José Wellington Júnior.

“Me senti ofendido sim, mesmo vindo de uma pessoa que não tem moral”, criticou Bastos lembrando do envolvimento do parlamentar com a chamada Máfia do Asfalto, que teria recebido R$ 125 mil reais em propina. “Eu fiquei indignado com aquilo”, completou.

Denúncia de fraude na CGADB
Em parte da entrevista o pastor Ivan Bastos fez uma denúncia gravíssima de que teria encontrado indícios de corrupção dentro da CGADB.

“Um dos motivos de eu não estar participando da tesouraria é que eu descobri fraudes na eleição de 2013, tem situações de lavagem de dinheiro em 2013 e muita coisa. E tem documentos que provam”, denunciou.

Entre os casos estão o pagamento de passagens e hospedagens duplicados, uma empresa de turismo que não recebeu pelos seus serviços e nos documentos da convenção constava como pago e outros casos.

“Quando viram que eu sabia de muita coisa pensaram: ‘Não dá pra você ficar aqui’. Mas do pouquinho que eu fiquei eu já comecei a pegar documentos e tomar conhecimento do que acontecia”, terminou.

Outra denúncia que feita por Ivan Bastos é sobre uma representação contra ele em nome do pastor Sebastião Rodrigues, presidente da COMADEMAT (Convenção das Assembleias de Deus no Estado de Mato Grosso), Porém o pastor não tinha conhecimento dessa ação, pois usaram seu nome sem seu consentimento.

O documento pedia a exclusão da CONFRATERES, porém o pastor Presidente das Assembleias de Deus em Mato Grosso não tinha conhecimento de que seu nome fora usado para tal.

Fonte: JM Notícia