Um grupo jihadista ligado ao Estado Islâmico divulgou um vídeo em que mostra a decapitação de um pastor no sul da Tunísia, acusado de colaborar com o exército do país.
Nas imagens, divulgadas na noite de domingo (22), o grupo Jund al-Khilafah ("Exército do Califado", em tradução livre), reivindica o assassinato de Mabruk Sultani, de 16 anos, morto há uma semana.
Os militantes também alertaram a população tunisiana que esse será o destino de todos aqueles que colaborarem com a Guarda Nacional no combate aos terroristas na região montanhosa, que faz fronteira com a Argélia.
A gravação mostra Sultani ajoelhado, com as mãos algemadas nas costas, enquanto era interrogado por um grupo de homens que insistiam para ele admitir que atuava como espião do Exército da Tunísia.
"Esse é o destino de todos aqueles que se somam aos tiranos na Tunísia contra os soldados do Califado", afirma o vídeo, que é finalizado com a decapitação de Sultani.
O relato oficial das autoridades aponta que após a decapitação os jihadistas entregaram a cabeça ao primo da vítima, de 14 anos, que estava com ele nas montanhas de Mghila, e ordenaram que ele a levasse de volta como um aviso aos moradores.
O corpo mutilado de Sultani foi encontrado um dia depois em uma área montanhosa da região de Kaserine, usada desde 2011 como refúgio pelos jihadistas tunisianos e área de treinamento para radicais provenientes de todos os pontos do Sahel, que depois partem para combater pelo EI na Síria e na Líbia.
Cristãos indonésios enfrentam mais violência e o novo presidente permanece calado
Segundo a Anistia Internacional, a execução de seis traficantes de drogas na Indonésia, a primeira ordem desde que o presidente Joko Widodo assumiu o cargo, é um retrocesso para os direitos humanos no país.
Segundo um analista da Portas Abertas: "O novo presidente, suscitou muitas expectativas, especialmente na área dos Direitos Humanos, mas já começou decepcionando os indonésios. Para os cristãos e minorias religiosas, já houve dois incidentes recentes que os afetaram".
O analista informou também que as autoridades da província de Aceh, na ilha de Sumatra, mandaram demolir dez igrejas cristãs e todos os demais locais de reunião, alegando a falta de licenças de construção. "Os atos foram acompanhados de violência, o que fez com que milhares de cristãos fugissem para as províncias vizinhas", disse ele.
Widodo permaneceu em silêncio sobre a questão dos cristãos. Informações locais confirmam que ainda há mais 13 igrejas na lista para serem demolidas. Já houve protestos em frente ao palácio do presidente contra a falta de justiça que o povo está experimentando. A Indonésia ocupa o 47º lugar na Classificação de Perseguição Religiosa 2015. Ore por essa nação.
Extremistas islâmicos estão em todos os cantos da República Centro-Africana
No ano de 2012, os rebeldes do grupo extremista Seleka, que é uma das facções políticas hostis ao governo do presidente François Bozizé, apoiados pela população muçulmana local, tomaram o poder através de uma campanha caracterizada pela violência generalizada em que os cristãos eram alvos específicos.
Em meados de 2013, a anti-Balaka, que é o termo utilizado para identificar as milícias defensoras dos cristãos, formadas na República Centro-Africana, surgiu como um meio de autoproteção, mas seus membros logo começaram a cometer ataques de represália em grande escala contra civis muçulmanos.
Embora a anti-Balaka tenha o objetivo de ajudar os cristãos, não se pode dizer que eles lutam religiosamente, mas sim politicamente. Há relatos de que eles já entraram em conflito com os próprios cristãos, ameaçando inclusive os líderes das igrejas no país.
A Intervenção Internacional só veio em janeiro de 2014, o que levou a ONU a restabelecer a segurança nas cidades, porém o interior africano ficou completamente desprotegido. Enquanto isso, a anti-Balaka continua a dominar o sul e o oeste, sendo que o norte e o nordeste também foram dominados por grupos extremistas. Recentemente, a equipe da Portas Abertas teve acesso às áreas em que os cristãos vivem como reféns. Os analistas de perseguição pediram para que todos entrem em oração por eles, pois a situação não tem sido fácil.