sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O SISTEMA CONHECIDO COMO OITAVO REI .



O TERMO "ABYSSOS": UMA CHAVE FUNDAMENTAL

Entender de onde virá o oitavo rei nos parece fundamental para uma melhor compreensão de todo o contexto de Apocalipse 17. As Escrituras mostram que a besta que "era", "não é" e "há de subir do abismo", surgirá do abismo (abyssos). O termo grego abyssos é apenas encontrado no Novo Testamento e se aplica ao local onde se encontram presos alguns anjos ou demônios, com alguma possibilidade de que também contenha algumas pessoas. É muito improvável e até desprovido de coerência que se aplique a um Império ou reino.
O termo grego "abyssos" é encontrado nove vezes no Novo Testamento. Dessas nove vezes, oito se referem a uma dimensão de prisão para anjos e demônios [Lucas 8:31, Apocalipse 9:1, 9:2, 9:11, 11:17, 17:8, 20:1, 20:3]. Por exemplo, é do "abismo" que sairão os seres espirituais que atormentarão aqueles que não são de Cristo durante a grande tribulação [Apocalipse 9:1-11] e também o lugar onde satanás será preso durante mil anos [Apocalipse 20:1-3].
A única exceção da aplicação desse termo para anjos e demônios, se encontra em Romanos 10:7, onde Paulo indica que Cristo, ao morrer na cruz, esteve no abyssos por alguns momentos, antes de ressuscitar.
"...Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo)" [Romanos 10:7]
Então Paulo, ao utilizar o termo "abyssos", mostra que o Salvador esteve ali durante o período em que permaneceu morto, ou, ao menos, durante parte desse período. Por outro lado, quando Paulo escreve "tornar a trazer dentre os mortos a Cristo", parece abrir uma brecha para que alguns seres humanos mortos possam estar no abyssos, em vez de no "hades", que é o termo grego comumente usado no Novo Testamento para descrever o local onde estão os mortos. Mas essa possibilidade é apenas uma cogitação e nos parece muito improvável.
Se formos coerentes com a aplicabilidade do termo no Novo Testamento, onde a utilização do termo se aplica ao lugar onde estão trancafiados seres espirituais e onde o Salvador esteve durante algum tempo nas horas entre Sua morte e ressurreição, devemos considerar firmemente que o termo em Apocalipse 17:8-11 se aplica a um ser espiritual da maldade e não a um ser humano. Porém, ao mesmo tempo, as Escrituras apresentam a figura de um "homem do pecado" ou "filho da perdição", ou seja, o anticristo, como a pessoa que executará os intentos do mal nos dias tribulacionais [II Tessalonicenses 2:3-11].
Nesse artigo buscamos entender essas questões e o que parece apontar para uma interação entre o ente espiritual que sairá do abismo e um homem, cuja ferida mortal será sarada, maravilhando grande parte da população mundial.

EM QUE TEMPO JOÃO ESTAVA?

Outra chave importante para uma melhor compreensão de Apocalipse 17 se refere ao tempo em que João estava ou foi levado enquanto recebia aquela revelação específica.
Em nosso primeiro artigo, seguimos a linha interpretativa de que, quando João ouviu a explicação do anjo, descrevendo os tempos de Apocalipse 17:8-11 (passado, presente e futuro), ele o estava fazendo sob a ótica de sua própria realidade naquele momento, ou seja, ele estava escrevendo sob a perspectiva temporal de alguém que estava no ano 90 d.C. aproximadamente. Um entendimento mais simples e direto da passagem de Apocalipse 17:8-11, nos leva a essa conclusão.
No entanto, na mesma passagem é descrito, logo no começo, que João é transportado a um deserto, onde lhe é mostrada a figura de uma mulher prostituta montada numa besta [Apocalipse 17:3]. Realmente, o texto parece indicar que João foi a outro lugar e também a outro tempo. Então surge a pergunta: Afinal, em que tempo ou época estava João no momento da revelação de Apocalipse 17?
Algumas palavras do anjo nos mostram uma transferência de João a um tempo futuro. Ele descreve aquela mulher a João como aquela com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra seembebedaram com o vinho da sua prostituição.
Quer dizer, João vê a mulher, que é o sistema religioso prostituído, já em seus últimos momentos, quando já havia se prostituído com os reis e embebedado os habitantes da terra. Isso parece indicar que João, naquele momento, estava vendo as coisas sob uma ótica final, muito provavelmente levado à época da última geração, a qual veria os acontecimentos finais e a destruição da própria Grande Babilônia por meio dos dez chifres [Apocalipse 17:16-17].
No entanto, se seguirmos fielmente a narrativa de todo o texto, atentos aos tempos verbais empregados, chegaremos à conclusão que nem todo o capítulo descreve a presença do anjo e de João no futuro.
Analisemos por partes. Nos primeiros dois versículos, o anjo faz uma apresentação do que iria mostrar a João. Já no trecho seguinte [Apocalipse 17:3-6], o próprio texto diz que há um transporte de João para outro lugar e, como já explicamos, pelas formas verbais usadas, para um tempo futuro, onde a Grande Babilônia, personificada na mulher prostituta, já havia alcançado o clímax de suas atividades e se aproximava de sua destruição.
No entanto, no versículo 8, há um tempo verbal que indica, para quem ler o texto sem preconceitos, que a explicação que começa a ser dada a João é posterior ao momento em que João tinha visto aquela cena anterior no deserto. Fica a clara impressão que João já não estava mais visualizando a cena da mulher montada na besta e, consequentemente, havia voltado ao seu próprio tempo e lugar, em 90 d.C. aproximadamente. Vejamos:
"A besta que viste [tempo passado: João já tinha visto a besta] foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá. Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada [tempo presente: em 90 d.C a mulher já estava assentada sobre sete montes] [Apocalipse 17:8-9]
O texto acima mostra que João havia visto a besta, mas não parece mostrar que ainda a continuava vendo. Os tempos verbais usados na passagem diferenciam muito bem a noção de passado e presente, pois no versículo 9 o anjo diz que a mulher "está assentada" sobre sete montes. No presente de João (aproximadamente 90 d.C.), realmente a mulher estava assentada sobre os sete montes.
Sem dúvidas, como mostra claramente Apocalipse 17:18, essa mulher se refere a Roma, Império dominante na época de João e que depois tomou características religiosas, personificando através da alegoria da mulher assentada na besta, o sistema religioso prostituído assentado sobre o sistema político, formando uma só figura, tendo Roma como ponto de referência naquele tempo de João e propagando-se por todos os povos, multidões, nações e línguas até o tempo do fim [Apocalipse 17:15].
Veja outros trechos que indicam a ideia de que João já não estava mais no cenário da visão inicial, pois são textos que diferenciam claramente os tempos passado e presente de João no século I:
"E disse-me: As águas que viste [tempo passado: João já tinha presenciado na visão], onde se assenta [tempo presente - já existia no século I] a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas"[Apocalipse 17:15]
"E a mulher que viste [tempo passado - João já tinha presenciado na visão] é a grande cidade [tempo presente - já existia no século I] que reina sobre os reis da terra" [Apocalipse 17:18]
Até mesmo o fato de o anjo explicar a João que os dez chifres eram dez reis que ainda não tinham recebido reino, parece indicar fortemente que João havia voltado ao seu próprio tempo e já não estava mais naquela cena futura, onde a mulher havia sido mostrada no deserto com o seu cálice de abominações e imundícia já repleto [Apocalipse 17:4].
O correto entendimento desses tempos de Apocalipse 17 é fundamental para uma apropriada compreensão de todo o texto. Afirmar que João esteve toda aquela revelação em seu próprio tempo ou toda a revelação no futuro imediatamente anterior à destruição da Grande Babilônia é ir a extremos que podem levar a interpretações incorretas.
Seguir a linha de tempo indicada no próprio texto, através das formas temporais usadas, nos parece a linha mais prudente a ser adotada. No contexto da besta que sai do abismo (abyssos), também denominado de "oitavo rei" nos parece coerente afirmar que o anjo falava a João sob um prisma temporal de sua própria época.
"Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo. E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição"[Apocalipse 17:9-11]
Então, com relação à besta que subirá do abyssos, de acordo com esse entendimento, quando João ouve do anjo a forma verbal "era", se referia a um tempo anterior a 90 d.C. Quando ele ouve "não é", então se refere ao tempo presente em 90 d.C e quando ele ouve que "há de subir do abismo" ou "virá", se refere a um futuro posterior a 90 d.C.
Sob esse prisma, os cinco reis que caíram, já tinham caído na época de João, no século I. Um existia naquele preciso momento. Outro, o sétimo, viria, mas duraria pouco tempo. Então, surgiria do abismo o oitavo, que é dos sete. O termo "é dos sete" parece indicar que o oitavo pertence à mesma estirpe ou natureza dos sete ou até mesmo é, literalmente, um dos sete, o qual esteve em plena atividade, foi lançado no abismo e de lá retornará. Cremos que devemos manter a mente aberta para essas duas possibilidades.

AFINAL, QUEM SAI DO ABISMO?

Apenas para lembrar um dos argumentos contra essa visão preterista, a revelação apocalíptica mostra claramente que a besta reunirá os exércitos do mundo no Armagedom e que essa mesma besta será derrotada por Cristo em Sua gloriosa vinda [Apocalipse 19:11-18, II Tessalonicenses 2:8-9]... A menos que alguém mostre que isso ocorreu com Domiciano, então a tese preterista não pode ser considerada.
Então, se não se trata de uma sequencia de imperadores romanos da época de João, levando em consideração a hipótese que o anjo lhe estivesse apresentando os fatos sob a ótica temporal de 90 d.C, a que se referem esses sete reis e o oitavo, que sobe do abismo e que "é" ou "procede" dos sete?
Como já apontamos, não cremos que se trate de impérios, reinos ou formas de governo, como tem sido defendido por muitos durante séculos. O termo usado em Apocalipse 17:8-11 para "reis" ou "rei" é "basileus", o qual se refere à pessoa que exerce o poder. Não se refere a império ou reino. No mesmo texto, versículos mais adiante, quando o anjo explica sobre os dez chifres e os seus reinos, essa diferença entre "rei" e "reino/império" fica mais clara:
"E os dez chifres que viste são dez reis [basileus], que ainda não receberam o reino [basileia], mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta" [Apocalipse 17:12]
Levando em consideração à quase total aplicação do termo "abyssos" como um local destinado à prisão de seres espirituais da maldade, sejam anjos ou demônios, e que de lá sairá o oitavo rei, um ente e não um império, é sensato pensar que o anjo, caso a perspectiva de tempo seja realmente 90 d.C, estivesse apresentando a João os sete principados que tem regido o poder humano desde os primórdios até o tempo do fim, quando um deles surgirá do abismo, após a saída do sétimo principado.
Talvez, um ser espiritual da maldade cuja capacidade de interagir fisicamente com a humanidade tenha feito com que fosse necessária sua prisão no abyssos até aquele momento tribulacional no fim...

RELAÇÃO PRINCIPADO/REI/REINOS

Por trás desse mundo material que vemos, com suas leis, governos, princípios e culturas, há um mundo espiritual, o qual exerce influencia direta sobre nosso mundo. Isso fica claramente exposto nas Escrituras.
O que caracteriza o agir das forças espirituais da maldade é o desejo de subjugar todo o mundo, deturpar a criação do Eterno Pai e fazer com que todos os homens se prostrem diante deles. Para isso usam o engano, mas também manipulam a sede de poder de alguns líderes que visam ter um domínio mundial. Sabemos muito bem que a autoridade sobre o planeta foi dada pelo Criador ao homem [Gênesis 1:28]. Então, para interagir com o mundo material e conseguir seus objetivos de destruição, adoração e engano, as hostes do mal necessitam influenciar homens.
Se passearmos durante a história, poderemos identificar esses possíveis sete principados e os homens ou conjunto de homens que poderiam ter sido usados por eles. Ao menos, alguns estão claramente revelados nas Escrituras! Em Daniel 10:20 está claramente mostrada a relação entre esses principados espirituais e os homens/impérios que têm se levantado no mundo. Também, fica mostrado que quando um principado assume seu poder, o outro é afastado. Em outras palavras, o principado anterior "cai" ou é retirado para que outro entre em cena.
Então, quem são esses sete "reis", dos quais cinco já tinham caído em 90 d.C., um existia, outro viria por um pouco de tempo, até que se manifestasse o oitavo vindo do "abyssos"? A seguir daremos uma relação, a qual é fruto apenas de uma cogitação nossa baseada nos relatos bíblicos e na própria história. São principados que, cremos, têm regido o mundo desde os primórdios do pecado humano e têm usado homens ou cargos para seus objetivos.
Pedimos encarecidamente que a relação que daremos a seguir não seja tomada como verdade absoluta, mas como um esforço para tentar estabelecer essa sequência histórica. Podemos estar equivocados nessa relação, mas o que chamamos a atenção é para o fato inegável, à luz das Escrituras, de que por trás dos grandes impérios que tem intencionado o domínio mundial, há um principado espiritual.
Todos esses homens que citaremos e os seus reinos ou culturas, tinham como objetivo a conquista da centralização do poder em suas respectivas épocas e conseguiram um relativo êxito em seus intentos até o momento de caírem. É como se os principados tivessem tentado o completo domínio e adoração mundial várias vezes na história, mas só sendo isso permitido pelo Altíssimo durante os três anos e meio da Grande Tribulação, quando esse último principado, encarnado ou espiritualmente conectado a um homem, conhecido como "anticristo", fará guerra contra os santos e os vencerá, terá poder sobre toda tribo, e língua, e nação, sendo adorado por todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro [Apocalipse 13:7-8].
Segue a possível lista de atuação desses principados ao longo da história e os homens ou conjunto de homens que, por serem inteligentes, corajosos e com sede de poder, foram influenciados, manipulados ou guiados por eles:

1º PRINCIPADO REI [INSTRUMENTO HUMANO: CAIM] O primeiro principado espiritual teria começado a agir, cremos, logo após a entrada do pecado no mundo. Caim seria o líder influenciado por esse primeiro principado. É o principado do mundo pré-diluviano. Caim foi o primeiro homicida e também o primeiro a construir uma cidade [Gênesis 4:1-24]. As cidades se transformaram, tempos depois, nos centros de poder de onde surgiriam os grandes impérios.
Foi da geração de Caim que saíram as principais invenções e progressos humanos na época pré-diluviana, um progresso, ao que tudo indica, influenciado por forças do mal e afastado do Criador. Caim tinha as principais características dos grandes imperadores que viriam depois e foi o semeador das principais premissas que os impérios posteriores, até os nossos dias, seguem.

2º PRINCIPADO REI [INSTRUMENTO HUMANO: NINRODE] Após o Dilúvio, Ninrode, neto de Cam, começou a ser "poderoso na terra" [Gênesis 10:8] e iniciou a construção das principais cidades da Mesopotâmia antiga [Gênesis 10:9-12]. Também, ao que tudo indica, liderou a construção da Torre de Babel, para reunir a todos sob um mesmo domínio. Ninrode é o elo entre o mundo pré-diluviano e o império babilônico, que surgiria tempos depois.
Logo após o Dilúvio, o Altíssimo havia ordenado que Noé e seus descendentes frutificassem, se multiplicassem e enchessem a terra. Porém, os homens em Babel, cidade construída por Ninrode, disseram: "Eia, edifiquemos nósuma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra" [Gênesis 11:4].
Cremos que o segundo principado espiritual teve ali sua atuação e o surgimento de várias línguas (idiomas) e culturas impossibilitou, durante séculos, a concretização do intento das hostes espirituais da maldade, de ter um domínio e adoração mundial total.

3º PRINCIPADO REI [INSTRUMENTO HUMANO: NABUCODONOZOR] Esse rei foi o líder do primeiro grande império que objetivou subjugar todo o mundo. Nabucodonozor liderou sobre o maior reino jamais visto na Terra, e a ele era atribuído o título de "reis dos reis" [1]. O Império Babilônico tem uma importância espiritual tão grande que a mulher prostituta de Apocalipse 17 é denominada de "Grande Babilônia" e faz parte da estátua sonhada pelo próprio Nabucodonozor, sonho interpretado por Daniel [Daniel 2:1-49]. Cremos que ali atuou o terceiro principado.
Também, Nabucodonozor expressa o elo entre Ninrode e o primeiro grande Império, o babilônico. Antes do Império Babilônico surgir, Ninrode, centenas de anos antes, havia lançado os alicerces desse Império, ao construir Babel e as principais cidades da Mesopotâmia Antiga.

4º PRINCIPADO REI [INSTRUMENTO HUMANO: REIS DO IMPÉRIO MEDO-PERSA] Logo após a saída do principado da Babilônia, entra em ação o principado da Medo-Pérsia. Apesar de não ter uma figura central relacionada a esse império, como por exemplo, Nabucodonozor na Babilônia ou Alexandre na Grécia, a relação entre esse império e um principado espiritual específico fica claríssima em Daniel 10:13 e Daniel 10:20.
A expansão do domínio persa era tão grande, que na estátua sonhada por Nabucodonozor, o tórax, parte mais ampla do corpo masculino, é usado para descrever esse império. No ápice de seu poderio, após a conquista do Egito, o Império Medo-Persa abrangia aproximadamente oito milhões de quilômetros quadrados e estava presente em três continentes: África, Ásia e Europa [2]

5º PRINCIPADO REI [INSTRUMENTO HUMANO: ALEXANDRE] Após a saída do principado da Pérsia, seguiu-se esse principado da Grécia. Esse momento profético em que um principado sai e outro ocupa seu lugar foi revelado a Daniel por um anjo [Daniel 10:20]. No caso da Grécia, diferentemente do principado da Pérsia, apenas Alexandre o Grande se destaca como seu expoente.
Alexandre é considerado o mais célebre conquistador do mundo antigo. Conquistou em poucos anos o maior e mais rico império jamais visto na época. Apenas cessou as suas conquistas e sede de poder devido a sua morte precoce, aos 32 anos.

6º PRINCIPADO REI [INSTRUMENTO HUMANO: CÉSARES] É o principado que atua após a saída do principado da Grécia. Quando o anjo diz a João "um existe", sob a ótica temporal que estamos analisando, estaria referindo-se ao tempo dos césares e ao principado que estava sobre o Império Romano.

7º PRINCIPADO REI [INSTRUMENTO HUMANO: HITLER] Após a queda política do Império Romano, jamais se levantou no mundo um império ou um líder com o intuito de conquistar todo o mundo ou dominá-lo para si, até a terceira década do século XX. Adolph Hitler tinha o claro propósito de dominar o mundo e de instaurar uma Nova Era sobre o planeta. A célere expansão de seu "reino" (reich) e sua rápida queda indica, sob essa ótica interpretativa, a breve duração do reinado do sétimo rei / principado.

8º PRINCIPADO REI [INSTRUMENTO: O ANTICRISTO] Logo, na hipótese que estamos expondo, o "oitavo rei" seria um desses sete principados mostrados ou, até mesmo, outro principado que, de alguma forma, por seu gênero ou atuação na hierarquia dos seres espirituais, tem relação com os sete anteriores. A esse principado, trancafiado no abismo (abyssos), lhe será permitido sair desse local de prisão, recebendo o poder de atuação por 42 meses, através da incorporação ou operação em um homem, chamado por Paulo de "filho da perdição" [II Tessalonicenses 2:3]. O anticristo, entendemos, será o instrumento humano desse principado, porém numa dimensão e profundidade jamais vista...

O PRINCIPADO DA GRANDE TRIBULAÇÃO E O ANTICRISTO

Cremos que, quando o último principado surja, vindo do abismo, ele começará a interagir com o homem que dará a canalização material para seus objetivos. Esse homem é o filho da perdição, o anticristo. Entendemos que, diferentemente dos casos anteriores, não se tratará apenas de uma influencia ou manipulação de um principado sobre um líder, mas, nesse caso, uma espécie de profunda união espiritual, mental e até física entre esse ser e o filho da perdição, o anticristo.
Entendemos que essa é a razão porque o Apocalipse trata esse homem como "cabeça" em Apocalipse 13:3 e o principado também como "cabeça" em Apocalipse 17:9-11. Assim como o filho da perdição é chamado de "besta" [Apocalipse 13:14, Apocalipse 19:20], ao mesmo tempo em que o ser que sobe do abismo também recebe esse tratamento em Apocalipse 17:8. Entre o anticristo e o principado que subirá do abismo existirá uma união que vai mais além do que podemos imaginar.
Um claro exemplo dessa junção entre principado/anticristo está exposto nesta passagem:
"E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará" [Apocalipse 11:7]
No texto acima, que narra a perseguição da besta às duas testemunhas, vemos que a besta que sobe do abismo (abyssos), faz guerra, vence e mata as duas testemunhas. Já vimos que o mais coerente é afirmar que quem sai do abismo é um principado espiritual. Porém, esse principado fará isso através de seu instrumento humano, o filho da perdição ou antimessias. Os dois, principado e filho da perdição, formarão um só corpo. São considerados, no Apocalipse, uma só "besta".
Se os sete principados que atuaram na história apenas influenciavam os líderes, reis ou impérios já citados, no caso desse oitavo, que surge do abismo, parece haver uma permissão divina para que haja uma incorporação ou encarnação real no corpo de um homem, constituindo-se assim a "cura da chaga mortal" desse homem, tal como descrito em Apocalipse 13:3 e 13:12.
Vejamos os textos que falam da "ferida mortal" do homem do pecado, o anticristo:
"E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio. E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta" [Apocalipse 13:1-3]
"E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada" [Apocalipse 13:12]
Entendemos que não há como afirmar categoricamente se a ferida de morte ou chaga mortal do anticristo seja um estado de morte, de simulacro de morte ou até mesmo de um estado da quase morte... Particularmente, cremos que seja um estado de quase morte. Cremos que essa "cura", a qual maravilhará grande parte do mundo, exceto os filhos do Criador, se dará precisamente no momento em que houver essa união entre o principado saído doabyssos e esse líder mundial preste a morrer.
Podemos dizer que a cura da ferida mortal do anticristo será a concretização no mundo físico da libertação do principado vindo do abismo no mundo espiritual. As pessoas virão essa cura e se maravilharão [Apocalipse 17:8, Apocalipse 13:3]
Paulo revela que a vinda do filho da perdição será "segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira" [II Tessalonicenses 2:9]. Curar a "ferida mortal" desse grande líder ou, até mesmo, simular ou forjar a sua "ressurreição", sem dúvidas, se encaixa nesse cenário apontado por Paulo.
Nessa hipótese apresentada, então, o último principado surge do abismo e se incorpora ou encarna no filho da perdição, fazendo com que de forma surpreendente a "chaga mortal" mortal desse homem seja curada, causando com isso a admiração mundial e o começo da adoração a esse homem/principado.

O QUE DETÉM ESSA MANIFESTAÇÃO DO OITAVO PRINCIPADO REI

Paulo, em sua segunda carta aos tessalonicenses, ensina que há algo/alguém que detém a manifestação plena do mistério da injustiça e do homem do pecado, o anticristo. 
Ao constatar, através do atual artigo, que a besta que surge do abismo muito provavelmente é um principado espiritual, o entendimento de que um anjo do Altíssimo esteja impedindo essa manifestação ganha ainda mais força ao interpretar o conjunto das revelações escatológicas.
As próprias Escrituras afirmam que cabe a determinados anjos ter a guarda do abyssos e que esse abismo tem uma "chave" para abrir e fechar sua porta [Apocalipse 9:1- Apocalipse 20:1]. A besta apenas emergirá do abismo quando receber a permissão divina para fazê-lo. Cremos que as revelações de Paulo em II Tessalonicenses 2:6-7 devem ser entendidas sob esse prisma.

CONCLUSÃO

Então, baseados em tudo o que vimos, cremos que em determinado momento, um líder mundial muito conhecido sofrerá uma "ferida mortal". No entanto, existe a possibilidade que já a tenha sofrido no momento em que você esteja lendo este artigo. Não sabemos. Os textos não permitem afirmar categoricamente tratar-se apenas de um estado de quase morte ou de um simulacro de morte. Tampouco permitem definir quando ocorrerá essa ferida.
O que fica patente é que, logo no começo da Grande Tribulação ou até mesmo pouco antes dela, um principado espiritual vindo do abismo, o "oitavo" e que pertence ou procede dos sete anteriores que têm atuado no mundo, interagirá com esse líder humano de uma forma jamais vista, fazendo com que sua chaga mortal seja sarada e com que toda a terra, excetuando os filhos do Eterno, fique maravilhada e os homens comecem a adorar o filho da perdição, sendo levados a isso pelo falso profeta [Apocalipse 13:14-15].
Esperamos que este artigo sirva de alguma maneira para trazer uma reflexão sobre o tema. Não queremos que ele seja tomado como verdade absoluta, mas como um incentivo para que prossigamos em nosso caminho de conhecer e meditar nas verdades reveladas.
Que estejamos alerta, vigiando e orando em todo momento, pois se aproxima o maior de todos os enganos que este mundo já presenciou. Talvez, não ocorra da forma que descrevemos neste artigo, mas certamente ocorrerá. Quem ama a Verdade de nosso Pai jamais será enganado.



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