Os cristãos turcos estão enfrentando perseguições crescentes Imagem redimensionadadesde que o presidente Recep Tayyip Erdogan (foto) assumiu seu papel de líder islâmico. A nova determinação assinada por ele é o confisco de 50 igrejas siríacas, incluindo o mosteiro de Mor Gabriel, um dos mais antigos centros religiosos do mundo, datado do século IV.

O siríaco é um dialeto do aramaico, muito utilizado durante o primeiro milênio em todo o Oriente Médio e a Ásia. As igrejas siríacas são cristãs, ligadas à tradição ortodoxa.

A decisão de desapropriação, assinada por Erdogan, foi levada a cabo pela Direção Turca de Assuntos Religiosos (Diyanet), e ocorreu na província de Mardin.

Segundo a imprensa do país, o governador de Mardin foi obrigado a transferir as igrejas, mosteiros, cemitérios e outros ativos da comunidade siríaca para o tesouro nacional da Turquia, que por sua vez transferiu a propriedade para o Diyanet.

A Fundação que administra o Mor Gabriel, construção com 1600 anos de idade, tentou recursos jurídicos para interromper a transferência dos registros de escrituras dos locais de adoração cristã.

Desde que o referendo nacional concedeu um poder quase absoluto sobre a Turquia, Erdogan tem avançado sobre os direitos religiosos de todas as minorias do país. No ano passado, foram desapropriadas seis igrejas (católicas, protestantes e ortodoxas), em Diyarbakir. Uma delas tinha cerca de 1.700 anos.

“O governo não assumiu essas propriedades para protegê-las”, reclama Ahmet Guvener, pastor da Igreja Protestante de Diyarbakir. “Fizeram isso para fechá-las”.

Em abril deste ano, o presidente turco transformou em mesquita a Hagia Sophia – ou Santa Sofia – que no século 6 era um dos mais importantes locais de culto cristão do mundo. Há temores que ele faça o mesmo com todos os templos cristãos do país. 

Fonte: Gospel Prime com informações de CBN