Menino de 13 anos foi sequestrado em Ceilândia quando comprava balas.
Usuário da rede indicou local do cativeiro após ver publicação na internet.
Publicação no Facebook ajuda família a encontrar menino
sequestrado em Ceilândia (Foto: Reprodução)
A divulgação de informações no Facebook sobre um sequestro ocorrido em
Ceilândia ajudou no resgate de um menino de 13 anos. Octávio Costa de
Matos desapareceu na manhã da segunda (24) e foi encontrado no fim da
tarde de quinta (27). O local do cativeiro foi descoberto depois que um
usuário da rede social viu a foto e telefonou para a família.
Foram mais de 30 mil compartilhamentos no Facebook em três dias. A
família e amigos também confeccionaram 2 mil cartazes e 30 mil folhetos
com fotos e contatos e gravaram mensagem que foi divulgada em um carro
de som.
Octávio tinha ido a uma padaria, a 300 metros de sua casa, no Setor O,
em Ceilândia, para comprar balas. Um homem apontou uma faca e levou o
menino para uma casa na QNR. No local, o agente policial Wediniz Mendes
Sales, que é amigo da família, afirmou ter encontrado uma arma de fogo.
Ainda não se sabe quem é sequestrador e qual o motivo do crime. Até o
início da tarde desta sexta não havia sido feito o boletim de ocorrência
devido à greve da Polícia Civil. “Precisamos registrar o caso na
delegacia para poder encaminhar o menino para exame de corpo de delito.
Só com um laudo do IML saberemos se houve algum tipo de abuso”, afirma
Sales.
De acordo com o pai de Octávio, Francisco Matos, o menino foi
encontrado com um corte no pé e reclamava de muita dor. Ele disse ter
sido orientado pela polícia a não fazer muitas perguntas ao filho no
momento, para não deixar o menino ainda mais abalado. Ele tem um atraso
mental, segundo o pai. Octávio tem 13 anos e cursa a 5ª série.
“Aos poucos vamos conversar com ele. A dor de perda foi muito grande,
foram três dias de angústia. Ainda bem que muita gente ajudou. Fizemos
cartazes e folhetos, passamos carro de som, publicamos no Facebook”, diz
Matos, que tem outros três filhos menores que Octávio.
G1/GRITOS DE ALERTA