Pr. Roberto Torrecilhas.
1. Porque Compreender os Temperamentos?
O Ser humano depois da queda do homem tornou-se muito complexo. Ele tem dificuldade de entender o porquê reage às vezes de modo tão indesejado e também o porquê tem, em alguns casos, dificuldades de entender os outros. Compreendendo a si mesmo o homem poderá compreender melhor os outros. E isto facilitará mais o relacionamento. E o meio de compreender a si próprio passa pelo conhecimento do temperamento que possui. Por isso é importante o crente conhecer o seu temperamento, e com o auxílio do Espírito Santo, descobrir as fraquezas e virtudes do temperamento que possui.
2. Cuidados Especiais Quando se Estuda os Temperamentos
Sempre que se estuda os temperamentos devemos ter alguns cuidados que nos ajudarão num entendimento claro e num julgamento correto do assunto. São eles:
• Não tentar discernir o temperamento dos outros
• Não esconder no temperamento que possui, falhas que podem ser reparadas
• Não considerar um temperamento mal e outro bom
• Não entristecer-se com o temperamento que possui e desejar ter nascido com outro temperamento
3. Uma Mudança Inicial Muito Importante
Uma mudança muito importante para o cristão no estudo de temperamento, é mudar sua linguagem a respeito da definição de jeito de ser. Ao denominar o jeito de ser (que sofre influência do temperamento) não se deve dizer que se possui um gênio. Alguém diz: "aquela pessoa possui um gênio bom... ou um gênio ruim, ou ainda, um gênio difícil". Gênio é sinônimo de espírito, de demônio, não de temperamento. O salvo em Jesus possui temperamento e não um gênio.
4. O Que Devemos Saber Inicialmente Sobre Os Temperamentos?
Para um bom andamento do ensino sobre temperamentos há algumas coisas que devemos saber de antemão sobre eles. Vejamos:
• Nenhum temperamento foi criado pelo diabo
• Nenhum temperamento é mal ou bom em si mesmo
• Todos os temperamentos foram criados por Deus
• Todo temperamento possui fraquezas e possui virtudes
• As fraquezas do temperamento podem ser vencidas pelo controle do Espírito Santo
• As virtudes do temperamento podem ser lapidadas e melhoradas pelo controle do Espírito Santo
• Em todas as pessoas há mais que um temperamento, e um que predomina sobre os outros
• O inimigo pode influenciar e trabalhar por meio das fraquezas do temperamento do homem
• O estudo dos temperamentos tem aspectos médicos
• Podemos ser mais felizes quando compreendemos nosso temperamento e o entregamos ao controle do Espírito
5. O Que Se Pode Esperar Deste Ensino Sobre Os Temperamentos?
• Saber o que é o temperamento
• Descobrir qual temperamento é predominante em seu comportamento (modo de ser)
• Despertar-se para uma entrega verdadeira do seu temperamento ao controle do Espírito Santo
• Descobrir que os homens de Deus na Bíblia tiveram fraquezas e forças por causa de seus temperamentos
• Descobrir que o Senhor usou as virtudes dos temperamentos dos seus servos e tratou também das fraquezas
• Descobrir que seu temperamento pode ser uma bênção nas mãos Divinas, se ainda não o está sendo
6. O Que É Temperamento?
O temperamento é a combinação de características congênitas que subconscientemente afetam o procedimento do indivíduo. Isto envolve:
• Gens recebidos de nossos avós e pais
• Uma imprevisibilidade
Em palavras diferentes, temperamento é a natureza do homem, que é formada por fatores hereditários e que se encontram profundamente enraizados na pessoa.
7. Uma Rápida Diferenciação entre Caráter, Personalidade e Temperamento
O caráter é o verdadeiro eu. A Bíblia se refere a ele como a "essência secreta do coração". É o resultado do temperamento natural burilado pela disciplina e educação recebidas na infância, pelos comportamentos básicos, crenças, princípios e motivações.
A personalidade é o sentimento externo de nós mesmos, que pode ser ou não igual ao nosso caráter, dependendo de quão autêntico sejamos.
Em resumo, o temperamento é o que nascemos com ele, o caráter é o nosso temperamento trabalhado pela formação, e a personalidade é a parte externa de nós mesmos.
8. Conheça os Quatro Temperamentos
O homem possui quatro temperamentos básicos. São eles:
• Sanguíneo
• Colérico
• Melancólico
• Fleumático
Estes são os quatro temperamentos básicos com que uma pessoa nasce. Não devemos esquecer-nos que o grau de um temperamento é variável de indivíduo para indivíduo. Por exemplo: Alguém pode ser 40% sangüíneo e 60% melancólico. Ou alguém pode ser 40% sangüíneo, 20% colérico, 25% melancólico e 15% fleumático.
9. As Características Gerais de Cada Um dos Temperamentos
Cada temperamento possui uma característica específica. Vamos observa-las, e depois vamos passar para as virtudes e fraquezas de cada temperamento.
9.1 - Características Gerais do Sangüíneo
1. É exuberante
2. É cordial
3. É eufórico e vigoroso
4. É receptivo por natureza
5. É impressionável
6. Toma decisões na maior parte pelos sentimentos
7. É divertido e contagia os outros
8. É eletrizante e eletriza os outros
9. Sempre tem amigos
10. Sabe sentir as alegrias e dores dos outros com facilidade
11. Possui capacidade de fazer os outros sentir-se importante para ele, e de fato o é
12. Gosta de estar rodeado de pessoas das quais ele é a vida do grupo
13. Geralmente fala antes de pensar
14. É franco e sua franqueza costuma desarmar aqueles com quem fala
15. Sua vida parece excitante e extremamente feliz podendo causar "inveja" em temperamentos mais tímidos
16. Seus modos amistoso e falante fazem parecer mais confiante em si do que na realidade o é
17. Sua amabilidade, sua energia o ajudam a vencer os momentos difíceis da vida
18. Geralmente são bons oradores, conferencistas, vendedores e se saem bem lidando com o público
9.2 - Características Gerais do Colérico
1. É vivaz e ativo
2. É prático e voluntarioso
3. É muitas vezes auto-suficiente e muito independente
4. É tendente a ser decidido e teimoso
5. Tem facilidade em tomar decisões para si mesmo e para os outros
6. Floresce na atividade. Ama as atividades e não precisa ser estimulado, ao contrário ele se estimula
7. Possui muitos planos e idéias, e invariavelmente ambições infindáveis
8. Não vacila sob a pressão do que os outros possam pensar
9. Não se amedronta diante das adversidades, ao contrário, elas parecem encoraja-lo
10. Possui uma firmeza inabalável
11. Freqüentemente obtém sucesso onde outros fracassam
12. É insistente
13. A natureza emocional do colérico, freqüentemente é área menos desenvolvida
14. Ele não se compadece com facilidade dos outros
15. Geralmente não demonstra compaixão com espontaneidade
16. Não se sente à vontade com as lágrimas dos outros
17. Pouco aprecia coisas ligadas a artes, seu valor das coisas está mais no prático
18. É habilidoso em perceber oportunidades e sabe fazer, em geral, uso delas
19. Se tem uma meta pode esmagar indivíduos que lhe estejam bloqueando
20. Muitas vezes é considerado um oportunista
21. Invariavelmente se utiliza das pessoas para atingir seus fins
22. Por causa da sua auto-suficiência se sente muito capaz
23. Geralmente é extrovertido, porém menos que o sangüíneo
9.3 - Características Gerais do Melancólico
1. É geralmente classificado como "hostil e sombrio
2. É um dos mais ricos temperamentos
3. É bem dotado de percepção
4. É analítico
5. É abnegado
6. É perfeccionista
7. É inclinado a ser introvertido
8. Sua disposição de espírito é muito variável
9. Ora pode estar muito alegre, nas nuvens
10. Ora pode estar muito abatido, nas profundezas de seus pensamentos
11. Durante estes períodos ele se retrai definitivamente e pode ser muito hostil
12. É um amigo fiel, mas não faz amizades com facilidade
13. Ele não toma iniciativa de se aproximar dos outros, mas espera que os outros o procurem
14. Por causa de ser perfeccionista não gosta de desapontar ninguém, por isto é leal
15. Tende a ser desconfiado com as pessoas que lhe oferecem apreço
16. Possui grande capacidade analítica
17. Vê com antecedência os perigos de qualquer projeto, por isso não se envolve facilmente em projetos
18. Seu humor oscila muito. Ora está muito feliz, ora está muito triste
19. Quando aceita fazer algo o faz com perfeição, porém este trabalho é seguido de grande depressão
20. Encontra grande significado nas tarefas mais difíceis e sacrificiais
21. É inclinado a ser muito correto em tudo, especialmente no que faz
9.4 - Características Gerais do Fleumático
1. É calmo
2. É frio
3. É bem equilibrado
4. A vida para ele é feliz e descompromissada
5. Jamais parece perturbar-se com nada
6. Raramente explode em risos e também em raiva
7. É o único temperamento coerente
8. Debaixo de sua personalidade fria e calma há grande gama de habilidade
9. É eficiente
10. Sente muito mais emoção do que demonstra
11. Aprecia as belas artes
12. Não lhe falta amigos, pois gosta do convívio social
13. Consegue fazer os outros rirem, mas ele mesmo não solta um sorriso
14. Possui uma incrível capacidade de achar algo engraçado nos outros
15. Possui ótima memória e sua mente é organizada
16. Não gosta muito do jeito desorganizado do sangüíneo
17. Sente uma enorme alegria em jogar um balde de água fria nos planos
18. Tende a ser um espectador da vida e não se envolve em projetos com facilidade
19. Sempre diz: "alguém devia fazer alguma coisa", mas ele mesmo não faz
20. Quando se envolve, o que é raro, o faz com eficiência
21. É geralmente simpático e de bom coração
22. É também habilidoso para promover paz e conciliação
As Forças e Fraquezas dos Quatro Temperamentos
Agora que já observamos algumas características dos quatro temperamentos precisamos avançar no assunto e conhecer as forças e fraquezas de cada um. Uma advertência! Não seja precipitado julgando que já conhece seu temperamento com base nas características gerais que observou. Temperamento é algo que as vezes está oculto. Vá em frente e analise com calma e com o auxílio do Espírito Santo.
10. As Forças dos Quatro Temperamentos
10.1 - As Virtudes (forças) do Sangüíneo
1. Ele é apreciador da vida, interessa-se por tudo a sua volta
2. É otimista e crê em meio as maiores adversidades
3. É cordial com todos
4. Vive no presente
5. Esquece com facilidade o passado e não pensa muito no futuro
6. Se entusiasma com as pequenas coisas e também com as grandes
7. Se o projeto em que está fracassou estará pronto para começas outro
8. Tem afeição genuína para com as pessoas, é amistoso por natureza
9. Aprecia muito fazer novas amizades e gosta de estar perto das pessoas
10. Sente-se inquieto quando alguém não está feliz e quer faze-lo sentir-se feliz
11. Possui um coração terno e compassivo
12. É o mais sensível as necessidades dos outros
13. É sincero na exposição dos seus sentimentos
14. Ele ama e esquece alguém mais depressa do que qualquer outro temperamento
15. A alegria do sangüíneo tem enriquecido o mundo com um sabor especial
10.2 - As Virtudes (forças) do Colérico
1. É autodisciplinado
2. É autodeterminado
3. É muito confiante em sua própria capacidade - não acha que não vai conseguir
4. É geralmente ousado (corajoso para empreender esforços)
5. É ativo, ama a atividade, porém dá significado a atividade em que está envolvido
6. Força de vontade firme
7. Possui capacidade de seguir em um projeto acirradamente, determinantemente
8. Possui firme propósito de conclusão das tarefas iniciadas
9. Ele acha que seus planos são os melhores, mas seu êxito se deve a determinação
10. Se sente extremamente feliz quando trabalha num projeto
11. Só pensa em termos práticos. Tudo para ele tem que ter valor utilitário
12. Possui forte tendência para liderança
13. Aceitará prontamente a liderança como também se apresentará para liderar
14. É otimista, pois confia em sua própria capacidade o que não o faz desanimar com facilidade
15. Tem gosto pelo que é desafiante
16. Não tem medo de situações difíceis nem de grandes desafios, estes o estimulam ainda mais
17. Possui sentimento pioneiro
18. Não vê, como outros temperamentos, problemas, se concentra no objetivo final
19. Tem confiança que vencerá qualquer dificuldade sejam quais forem
20. A adversidade não o esmorece
21. É alguém de objetivos
10.3 - As Virtudes (forças) do Melancólico
1. É tendente a grande inteligência
2. Possui uma grande sensibilidade para as artes e valores da vida
3. É sensível emocionalmente e por meio de seus sentimentos produz grandiosas análises da vida
4. É adepto entusiasmado do pensamento criativo
5. Possui grande gosto por invenções, descobertas e produção criativa
6. Possui fortes tendências perfeccionistas
7. Possui elevado padrão de qualidade
8. Não aceita uma tarefa que outros fizeram ou ele próprio sem elevado padrão de perfeição
9. Possui grande capacidade de analisar o passado e tirar lições para si
10. Prevê, como nenhum outro temperamento os problemas existentes em um projeto
11. É analítico por natureza
12. Parece ser contra todos e tudo, mas em verdade está vendo problemas com antecedência
13. Possui um gosto por detalhes. Para ele os detalhes são um banquete
14. Possui excelente capacidade para matemática, engenharia, eletrônica, artes e profissões minuciosas
15. São amigos fiéis. Não fazem muitos amigos, mas aos que tem, é fiel a toda prova
16. Cumpre tarefas e prazo com grande precisão e são fiéis ao que prometem fazer como tarefa
17. Não aprecia a evidência. Trabalha mais e melhor quando está só. Não é dado a reconhecimento publico
18. Encontra nas tarefas mais difíceis grande realização e significado
19. Não é desperdiçador de palavras
20. Raramente expões suas idéias e opiniões e quando o faz, será sempre preciso e resumido
21. Por ser profundamente analítico merece ser ouvido
10.4 - As Virtudes (forças) do Fleumático
1. Imperturbável bom humor
2. Uma incrível capacidade de não deixar o infortúnio prevalecer
3. Sabe como ninguém como achar graça em alguma coisa, temperando o ambiente com descontração
4. É altamente qualificado para ser um bom conselheiro
5. Para ele é fácil ouvir os outros em seus problemas, o que é difícil para o sangüíneo e colérico
6. É digno de confiança
7. Cumpre suas obrigações e gosta de cumprir horários
8. É prático e eficiente
9. Trabalha bem sob pressão
10. É analítico e procura um meio fácil de resolver uma situação
11. Trabalha bem e produz em situações apertadas e difíceis que aos outros levariam ao fracasso
12. Também preza a perfeição das coisas. Se alegra com as coisas bem feitas
13. É zeloso e possui um elevado padrão de qualidade
14. É metódico. Ele vê na organização uma maneira de ganha tempo na vida
11. As Fraquezas dos Quatro Temperamentos
Observamos as forças dos quatro temperamentos. Quando controladas pelo Espírito Santo estas forças aparecem e fazem da pessoa uma bênção no mundo. Agora observemos as fraquezas dos temperamentos. Lembre-se que o Espírito Santo, quando permitido pelo homem, opera grande auxílio e controle das fraquezas. Ao ver as fraquezas do seu temperamento não se ponha em desânimo, mas conte com a ajuda do Espírito.
11.1 - As Fraquezas do Sanguíneo
1. Freqüentemente ele é pouco prático e desorganizado
2. É agitado e turbulento
3. É geralmente indisciplinado
4. É pusilânime
5. Está pronto a correr em toda direção sem analisar o quadro todo
6. Tem uma incrível dificuldade de dizer não
7. Adora agradar
8. Não conhece suas limitações
9. É perito em começar as coisas e não termina-las
10. Não é um observador de horários
11. Tende a se esquecer com certa facilidade de compromissos e decisões que tomou
12. É fraco em sua vontade. Decide rápido, mas nem sempre mantém a decisão
13. Não é homem leal e resoluto
14. É egoísta e cada vez mais tende a falar muito de si mesmo e de suas qualidades e feitos
15. Possui uma instabilidade emocional
16. Desanima com facilidade, mesmo sendo um temperamento alegre. Isto se deve a emotividade
17. Tende a desculpar-se sempre de suas fraquezas
18. Sente pena de si mesmo - Autocomiseração
19. Sua natureza ardente pode leva-lo a explodir em ira, mas depois de tê-lo feito esquecerá de tudo
20. Se arrepende com facilidade e prontamente pedirá perdão
21. No campo espiritual o Sangüíneo se arrepende inúmeras vezes pelo mesmo pecado
22. É o temperamento mais tendente a lascívia devido a sua instabilidade emocional
23. É de vontade fraca
As maiores necessidades espirituais básicas do Sr. Sangüíneo são:
1. Abstinência ou autocontrole
2. Paciência
3. Fé
4. Paz
5. Bondade
11.2 - As Fraquezas do Colérico
1. Insensibilidade com os outros - Não se importa de verdade com as pessoas
2. Ira
3. Impetuosidade
4. Auto-suficiência
5. Seus sonhos são muito mais importantes do que tudo
6. Tem uma disposição violenta - muito de sua energia é gerada por esta disposição
7. Explode com facilidade em ira e guarda rancor
8. Sabe-se que é muito vingativo
9. É tendente a ter úlcera (antes dos 40 anos)
10. Entristece o Espírito Santo com sua amargura, ira e rancor
11. Existe uma estranha crueldade no Colérico que o faz passar por cima de todos para atingir seu objetivo
12. Tende a infligir regras para atingir seus objetivos
13. Sua vontade forte o faz lançar-se em muitas iniciativas e se arrepende posteriormente
14. Mas é obstinado e será capaz de continuar até o fim
15. Dificilmente pedirá desculpas e ter que pedir perdão é algo que definitivamente não lhe agrada
16. Muitas vezes falará coisas cruéis, sarcásticas e mordazes (ofensas grosseiras e refinadas)
17. Sua ira nem sempre se manifesta em explosão mais de modo elaborado
18. Por ser autoconfiante pequenas vitórias lhe são verdadeiros castelos de orgulho
19. É arrogante e prepotente e os outros tendem a detesta-lo por isso
20. Embora seja de fato capaz, sua arrogância tende causar antipatia nos outros
21. O colérico vendo a antipatia dos demais, tende a concluir que nada do que faz está satisfazendo os outros
22. Sua disposição auto-suficiente faz com que ele não necessite de ninguém, nem mesmo de Deus
23. Tende a considerar que suas realizações compensem seus erros na trajetória na conquista de seus objetivos
De todos os temperamentos, é o que provavelmente tenha o maior número de necessidades espirituais. Estas necessidades basicamente são:
1. Amor
2. A Paz
3. A bondade
4. A paciência
5. A humildade
6. A benevolência
11.3 - As Fraquezas do Melancólico
1. É egocêntrico em extremo
2. É extremamente inclinado à auto-análise
3. Preocupam-se excessivamente pela sua condição física
4. Tudo que atinge o melancólico é de importância capital para ele. Tudo mesmo
5. Tende a ser hipocondríaco
6. Sua característica egocêntrica pode lhe arruinar a vida
7. Sua natureza sensível leva-o a se ofender com grande facilidade
8. É inclinado a ser desconfiado e dado a "suposições desfavoráveis"
9. Em casos agudos desenvolve um complexo de perseguição
10. Por ser analítico e perfeccionista tende com facilidade a ser pessimista
11. Se concentra muito mais nos problemas do que na vitória
12. Um problema para ele pesa muito mais do que o bem conquistado
13. Ele acha que o resultado final de um projeto não corresponderá o esperado
14. Analisa quase tudo com base nas decepções do passado e tende a concluir que irá se decepcionar de novo
15. Esta visão pessimista o torna inseguro e temeroso porque não deseja se decepcionar
16. Tende a ser crítico como nenhum outro temperamento
17. Espera sempre a perfeição dos outros e se zanga quando não é correspondido nisto
18. Faz tempestades num copinho d'água, pois um detalhe se torna para ele um gigante
19. Tende a considerar os outros que não estão nos seus elevados padrões de perfeição como seres inferiores de mente, e por isso tende ao desprezo dos seus semelhantes
20. Ele é muito crítico com os outros, mas mais ainda consigo mesmo
21. Escolhe muito no namoro, pois analisa o (a) pretendente por meio dos seus elevados padrões de perfeição
22. Muda de humor como ninguém. Ora feliz, ora depremidíssimo
23. Em períodos difíceis fica sombrio e infeliz, o que lhe é muito perigoso
24. Pelo seu desalento, aparentemente sem razão, causa irritação nos outros
25. Ele será evitado por outros nestes momentos e sua natureza sensível o abaterá mais ainda
26. Esta disposição sombria está relacionada com seu egocentrismo. O melancólico deveria dar mais atenção ao louvor à pessoa de Deus. Ele terá no louvor a cura para seu egocentrismo
27. Ele foge da realidade pela prática do devaneio
28. Se prende ao passado para se aliviar do presente, e isto lhe leva a mais perigos da alma
29. A fuga lhe é constante e tal atitude lhe paralisa toda a vontade
30. Tem forte inclinação a ser vingativo
31. Dentro de si mesmo julga muito difícil perdoar a ofensa recebida
32. Exteriormente parece calmo e sossegado, mas interiormente é turbulento e uma animosidade às vezes insana reside nele
33. Pode alimentar este desejo de vingança por muito tempo, mesmo não colocando em prática
34. Ele pode destruir um projeto lindo que ele concorde só porque alguém do grupo ou líder o ofendeu alguma vez no passado
35. Se não controlado pelo Espírito, o que resulta num dos mais habilidosos e produtivos temperamentos, tenderá a desenvolver um comportamento neurótico, desanimado que nem se diverte, nem é tolerado pelos outros
Os melancólicos devem se lembrar que muitos dos mais importantes personagens da Bíblia foram notoriamente melancólicos. As necessidades espirituais básicas dos melancólicos são:
1. O amor
2. A alegria
3. A paz
4. A bondade
5. A fé
6. O autocontrole
11.4 - As Fraquezas do Fleumático
1. É moroso
2. É indolente
3. Parecem quase sempre "arrastando o pé", pois se sente ressentido em ser forçado à ação
4. Faz o mínimo necessário, pois sua falta de motivação é notória
5. Não tem iniciativa. Não porque não seja capaz, mas porque considera trabalho excessivo
6. É capaz de provocar à ira de quem o quer incentivá-lo
7. Para um sanguíneo entusiasmado, se mostra indiferente e gélido. Para um melancólico pessimista se mostra otimista e enerva melancólico. Para o colérico cheio de projetos derrama um balde de água fria.
8. É egoísta, mas com o passar dos tempos aprende a disfarçar seu egoísmo
9. É obstinado. Rejeita mudanças ao seu redor, pois o forçará a sair do lugar e mexer-se
10. É indeciso. Não por falta de inteligência, mas por considerar que seu plano é mais adequado
11. Sua indecisão se deve também ao fato que ele não deseja pagar o preço em se envolver em algo que pode dar errado ou que lhe exigirá muito de si
12. É tendente a crítica, mas se reserva a faze-la publicamente, mas sim em ambiente fechado
As maiores necessidades do Sr. Fleumático consiste em:
1. Amor
2. Bondade
3. Docilidade
4. Temperança
5. Fé
12. O Homem Cheio do Espírito Santo
Ser cheio do Espírito Santo é uma necessidade não somente pelo fato de que precisamos do Poder Sobrenatural para uma vida de testemunho cristão, mas também pelo fato de que os temperamentos possuem fraquezas que não podem ser superadas apenas pela força de vontade
Na visão do Senhor Deus o homem não precisa sofrer pelas ciladas que as fraquezas dos temperamentos causam. Ele preparou um meio de superar tais faltas, vencendo-as pelo Enchimento do Espírito. Um homem cheio do Espírito não conhece as fraquezas do temperamento que possui. Em lugar deles, recebe nove forças absolutamente novas e espirituais que lhe garantirão plena força. Os nove gomos do fruto do Espírito são, sem substituto, o remédio Divino e eficaz para as fraquezas dos Temperamentos.
O homem deve compreender que se não entregar o controle de sua vida (Temperamento) para o Espírito Santo, poderá viver uma vida hipócrita, com máscaras, infeliz e, sobretudo improdutiva. É de suma importância que o Espírito Santo assuma o controle da vida do crente. Maravilhosos benefícios estão esperando o crente que deseja ser Cheio do Espírito Santo.
O Temperamento Cheio do Espírito Santo
Ser cheio do Espírito Santo, não é somente recebe o poder sobrenatural para operação de maravilhas em Nome do Senhor ou autoridade para testemunhar de modo magnífico. Ser cheio do Espírito é, sobretudo encher-se das qualidades e forças do Espírito Santo que devem demonstrar que somos de Cristo e não somente falamos em Nome dele. Ser cheio do Espírito é manifestar ao mundo as características do caráter de Cristo. Ser cheio é permitir que através de nós o mundo veja a pessoa bendita do Senhor Jesus.
1. Ser cheio do Espírito é um mandamento para todos - Efésios 5:17-21
Todos os crentes devem ser cheios do Espírito Santo. Não é opção, é mandamento.
2. Ser cheio do Espírito não é a mesma coisa que senti-lo
Podemos sentir o Espírito Santo. Especialmente quando Ele se move na igreja. Mas sentir o Espírito Santo e ser cheio Dele são fatos separados. Sentir diz respeito à alegria de perceber, espiritualmente Sua presença e atuação. Ser cheio diz respeito a ser um instrumento humano para demonstrar ao mundo como Jesus Cristo é. Sentir é herança dos filhos. Ser cheio implica em uma atuação ao mundo e às pessoas.
Alguém deve ser considerado cheio do Espírito Santo não quando demonstra sentir a presença Dele, mas quando apresenta o fruto do Espírito em sua vida diária.
3. Ser cheio do Espírito Santo é ver em si mesmo as fraquezas do temperamento serem vencidas
Como já foi observado, a fraqueza de cada temperamento pode ser vencida pelo controle do Espírito Santo. Para cada fraqueza do Colérico o Espírito Santo tem uma maravilhosa virtude para compensar e vencer a fraqueza.
Ser cheio do Espírito é o modo maravilhoso que o Senhor Deus escolheu para imprimir no crente a personalidade de Seu Filho Jesus. Nascemos do primeiro Adão e carregamos todos os seus defeitos e virtudes. Agora Deus quer que sejamos semelhantes ao segundo Adão, e espera de forma especial que tenhamos as virtudes deste segundo Adão que é Cristo.
4. Ser Cheio do Espírito Santo é manifestar o Fruto do Espírito
É pelo fruto que se conhece a árvore. Isto nos ensinou o Senhor Jesus. Se formos de Cristo então todos esperarão frutos dignos da árvore a que pertencemos.
Ser Cheio do Espírito é possuir este fruto. É não ser uma figueira seca, mas, com fruto. Fruto que demonstra a todos nossa origem.
Para Cada Fraqueza do Temperamento um Gomo do Fruto do Espírito
Para o Sr. Colérico é difícil amar ao próximo e se interessar genuinamente por ele. Pleno do Espírito, o se. Colérico receberá e cultivará a virtude do gomo especial do Fruto do Espírito que é o amor.
Para o Sr. Melancólico é difícil crer com facilidade em alguém ou em algo. Porém para este temperamento está reservado o gomo especial da fé (Fidelidade).
Para o ser. Sanguíneo é extremamente difícil manter-se disciplinado e ordeiro. Para ele está reservado o gomo especial do Domínio Próprio.
Para o Sr. Fleumático que se sente ressentido e infeliz na maioria do tempo, lhe está guardado o presente especial do gomo da Alegria.
Para cada fraqueza do temperamento há um gomo especial do Fruto do Espírito.
Deixando o Espírito Santo Encher Sua Vida
Deixe o Espírito Santo enche-lo neste momento tão especial.
Para que isto aconteça observe atentamente o caminho que a Santa Palavra de Deus oferece para que sejamos plenos do Espírito Santo, conforme Efésios 5:17-21.
1. Não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão...
O uso do vinho indica um entenebrecimento do entendimento. Um embotamento do sentido. Uma obstrução do pensamento e da vontade.
O crente não deve se envolver com nada que lhe cause o mesmo efeito. O crente não deve-se permitir a embriagar-se com nada que lhe tire os propósitos Divinos em sua vida.
2. Falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais...
Mais uma vez nos fica claro a importância de uma atitude de louvor. Deus escolheu o louvor como modo de ser Cheio do Espírito. Isto não é maravilhoso? Não é bom? Está ao alcance de todos. Todos podem louvar a Deus em seus corações e assim ser Cheio do Espírito Santo.
3. Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai...
Um coração grato está mais perto de ser Cheio do Espírito do que um coração murmurante.
4. Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.
Estar sujeito aos irmãos e irmãs dentro da Igreja de Cristo é surpreendentemente um meio de ser Cheio do Espírito Santo.
Três Atitudes que o Crente Deve Prestar Atenção para ser Cheio do Espírito Santo
1. A Vontade do Crente deve ser vencida por Deus
A vontade do crente deve ser vencida pelo Senhor. O crente deve pedir ao Senhor para quebrar sua vontade. A vontade humana deve estar completamente disposta a submeter-se ao propósito do Senhor. Caso contrário, o vaso não será cheio. Eis o combate espiritual!
2. A Necessidade de um quebrantamento
Um coração quebrantado não será rejeitado quando pedir algo ao Senhor
3. Uma Decisão determinada
Quem deseja ser Cheio do Espírito Santo deve estar consciente que haverá oposição espiritual constante. Há necessidade de decisão firme, determinada e sem volta. Certamente o Senhor ajudará e concederá o Enchimento do Espírito Santo ao que pede.
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
sábado, 13 de dezembro de 2008
A Igreja Perseguida
No mundo inteiro, cristãos são presos, torturados e até mortos por professarem sua fé em Cristo. A Missão Portas Abertas estima que existam mais de 500 pessoas presas por causa de sua fé cristã em países como Peru, China, Vietnã, Irã, Arábia Saudita, Sudão, Egito, Turquia e Colômbia. Imagine como isso se dá na prática.
Na maioria desses países, os cristãos não podem se reunir como igreja para cultuar a Deus. Muitas vezes, as reuniões são feitas às escondidas, em locais subterrâneos ou de forma muito discreta. Em muitos casos, esses cristãos são perseguidos pela própria família, que os ameaçam de expulsão caso não neguem sua fé. Em alguns países há liberdade religiosa, mas não se pode fazer proselitismo, ou seja, tentar convencer alguém a mudar sua crença. Assim, o evangelismo é proibido.
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Perda da vida, família e bens materiais.
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Expulsão da família e da sociedade
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Queimaduras estupros e apedrejamentos
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Fuga para as montanhas, fome e frio
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Na maioria desses países, os cristãos não podem se reunir como igreja para cultuar a Deus. Muitas vezes, as reuniões são feitas às escondidas, em locais subterrâneos ou de forma muito discreta. Em muitos casos, esses cristãos são perseguidos pela própria família, que os ameaçam de expulsão caso não neguem sua fé. Em alguns países há liberdade religiosa, mas não se pode fazer proselitismo, ou seja, tentar convencer alguém a mudar sua crença. Assim, o evangelismo é proibido.
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Perda da vida, família e bens materiais.
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Expulsão da família e da sociedade
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Queimaduras estupros e apedrejamentos
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
Fuga para as montanhas, fome e frio
Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
CELEBRANDO COM CELEBRAÇÃO A CEIA DO SENHOR
Há mais vida cristã com qualidade quando celebramos a Ceia do Senhor.
1. O QUE ACONTECE QUANDO CELEBRAMOS A CEIA DO SENHOR
Podemos celebrar a Ceia do Senhor com diferentes e excludentes práticas:
Hipótese 1: nada acontece
Muitas vezes,a celebração da Ceia do Senhor não tem qualquer sentido para a vida. Participamos dela, mas nada acontece. Tudo não passou de um ritual (pobre ou solene) sem significado existencial.
Hipótese 2: transubstanciação
Quando um Católico Romano participa da Ceia ("Eucaristia"), ele diz acreditar que os elementos (pão e vinho) são miraculosamente transformados no que quimicamente não são: corpo e sangue de Jesus Cristo. É por esta razão que o participante não tem contato físico com os elementos, por terem sido transformados em corpo e sangue de Jesus Cristo.
Hipótese 3: consubstanciação
Quando um luterano participa da Ceia ele diz acreditar que os elementos (pão e vinho) passam a conter a presença real de Jesus Cristo, embora mantenham suas propriedades químicas.
Hipótese 4: celebração
Para os batistas e outros grupos evangélicos, a participação na Ceia do Senhor é uma recordação da morte/ressurreição e da volta de Jesus Cristo para tornar plena a sua presença.
Esta doutrina (que recebe o nome de "Ceia memorial") foi desenvolvida por Zwinglio e incorporada desde cedo pelos batistas. Entendemos que ela é sustentada pelos textos bíblicos sobre a Ceia do Senhor. Os elementos (pão e vinho) continuam sendo o que são. Quando os tomamos, celebramos Jesus, recordando Sua morte- ressurreição e orando por Sua volta. Este é o sentido dos textos bíblicos sobre a Ceia.
2. RECORDANDO O NOVO TESTAMENTO (Lucas 22.14-20 e correlatos, 1Coríntios 11.17-34a)
[Lucas 22.14-20 e correlatos: Mateus 26 e Marcos 14]
Quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos reclinaram-se à mesa. E lhes disse:
-- Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer. Pois eu lhes digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus. [Lucas 22.14-16]
Recebendo um cálice, ele deu graças e disse:
-- Tomem isto e partilhem uns com os outros. Pois eu lhes digo que não beberei outra vez do fruto da videira até que venha o Reino de Deus. [Lucas 22.17-18]
Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo:
-- Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim. [Lucas 22.19]
Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, [Lucas 22.20a] deu graças e o ofereceu aos discípulos [Mateus 26.27a], dizendo:
-- Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês. [Lucas 22.20b] Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de meu Pai. [Mateus 26.27b-29] Todos beberam. [Marcos 14.23]
Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. [Marcos 14.26]
[1Coríntios 11.17-34a]
(17) Entretanto, nisto que lhes vou dizer não os elogio, pois as reuniões de vocês mais fazem mal do que bem.
(18) Em primeiro lugar, ouço que, quando vocês se reúnem como igreja, há divisões entre vocês, e até certo ponto eu o creio. (19) Pois é necessário que haja divergências entre vocês, para que sejam conhecidos quais dentre vocês são aprovados.
(20) [Em segundo lugar] quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, (21) porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga. (22) Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm? Que lhes direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não!
(23) [Por isto, eu lhe digo que] recebi do Senhor o que também lhes entreguei: Que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão (24) e, tendo dado graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim”. (25) Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isso sempre que o beberem, em memória de mim”.
(26) Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha.
(27) Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. (28) Examine-se cada um a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. (29) Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. (30) Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. (31) Mas, se nós tivéssemos o cuidado de examinar a nós mesmos, não receberíamos juízo. (32) Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo.
(33) Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. (34a) Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se reunirem, isso não resulte em condenação.
3. PARA QUE HAJA CELEBRAÇÃO
Para que a celebração da Ceia do Senhor mereça este nome (celebração), devemos ter em prática alguns cuidados:
1. Devemos saber que Jesus celebrou a primeira Ceia. Ela deve ser celebrada em memória de Jesus, como uma forma de recordarmos sua vida/morte por nós.
2. Devemos nos lembrar das palavras instituidoras de Jesus, segundo Quem pão é memória (passado); vinho é promessa (futuro). Participar da Ceia é participar intensamente da vida, colocada entre o passado e o futuro. Jesus veio (passado); Jesus voltará (futuro).
3. Devemos celebrar de modo digno a Ceia do Senhor.
3.1. Devemos celebrar nossas divergências (entre os membros da igreja), desde que apontem para a nossa convergência (em Cristo), nunca para a divisão.
Nossas divergência só podem subsistir no plano das idéias, nunca envolvendo/separando/desrespeitando pessoas. Por religião se deve brigar, ainda mais dentro do mesmo corpo (a igreja).
3.2. Nossas diferenças devem ser convites à humildade (somos todos iguais), jamais à distinção (como se não fôssemos todos iguais). Na igreja as pessoas só valem pelo que são, não pelo que têm (recursos intelectuais ou financeiros).
3.3. Nossa celebração é um convite à fraternidade.
Todo o contexto da instrução paulina tem a ver com problemas em relação à fraternidade, que se encontrava ameaçada até mesmo na celebração da Ceia.
Neste texto de Paulo, os coríntios são disciplinados por falharem no teste prático da fé, que é o amor efetivo uns pelos outros. Toda vez que celebramos a Ceia como um convite a acertarmos em nós o que precisa ser acertado. "Examine-se cada um a si mesmo" (verso 28) -- eis a síntese do apóstolo Paulo.
4. PARA QUE A CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR NOS FAÇA BEM (!Coríntios 11.17):
1. Devemos ansiar pela Ceia do Senhor.
Devemos participar da Ceia com emoção, porque é um momento de reflexão (o que seria de mim sem Jesus?) e de proclamação: quando testemunhamos a morte de Jesus, convidamos o mundo a vir para Jesus.
2. Devemos dar graças a Deus (como Jesus mesmo fez) pelo sacrifício de Jesus.
Celebração é alegria. Quando celebramos a Ceia com tristeza, ficamos fracos, doentes e derrotados. A Ceia é a afirmação da alegria da salvação.
A cruz nos torna membros da nova aliança, pela qual a salvação se dá pela graça, não pelo mérito que vem do cumprimento à Lei.
3. Devemos anunciar a volta de Jesus.
A história de Jesus não acabou. Tem mais história pela frente.
4. Devemos cultivar a fraternidade.
Este é o sentido do discernimento do corpo (igreja) do Senhor (verso 29). Na Ceia, somos todos iguais. Nela somos lembrados que somos todos iguais.
Somos realmente membros da nova aliança quando abrimos mão do preconceito, seja ele racial, sexual ou social.
1. O QUE ACONTECE QUANDO CELEBRAMOS A CEIA DO SENHOR
Podemos celebrar a Ceia do Senhor com diferentes e excludentes práticas:
Hipótese 1: nada acontece
Muitas vezes,a celebração da Ceia do Senhor não tem qualquer sentido para a vida. Participamos dela, mas nada acontece. Tudo não passou de um ritual (pobre ou solene) sem significado existencial.
Hipótese 2: transubstanciação
Quando um Católico Romano participa da Ceia ("Eucaristia"), ele diz acreditar que os elementos (pão e vinho) são miraculosamente transformados no que quimicamente não são: corpo e sangue de Jesus Cristo. É por esta razão que o participante não tem contato físico com os elementos, por terem sido transformados em corpo e sangue de Jesus Cristo.
Hipótese 3: consubstanciação
Quando um luterano participa da Ceia ele diz acreditar que os elementos (pão e vinho) passam a conter a presença real de Jesus Cristo, embora mantenham suas propriedades químicas.
Hipótese 4: celebração
Para os batistas e outros grupos evangélicos, a participação na Ceia do Senhor é uma recordação da morte/ressurreição e da volta de Jesus Cristo para tornar plena a sua presença.
Esta doutrina (que recebe o nome de "Ceia memorial") foi desenvolvida por Zwinglio e incorporada desde cedo pelos batistas. Entendemos que ela é sustentada pelos textos bíblicos sobre a Ceia do Senhor. Os elementos (pão e vinho) continuam sendo o que são. Quando os tomamos, celebramos Jesus, recordando Sua morte- ressurreição e orando por Sua volta. Este é o sentido dos textos bíblicos sobre a Ceia.
2. RECORDANDO O NOVO TESTAMENTO (Lucas 22.14-20 e correlatos, 1Coríntios 11.17-34a)
[Lucas 22.14-20 e correlatos: Mateus 26 e Marcos 14]
Quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos reclinaram-se à mesa. E lhes disse:
-- Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer. Pois eu lhes digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus. [Lucas 22.14-16]
Recebendo um cálice, ele deu graças e disse:
-- Tomem isto e partilhem uns com os outros. Pois eu lhes digo que não beberei outra vez do fruto da videira até que venha o Reino de Deus. [Lucas 22.17-18]
Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo:
-- Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim. [Lucas 22.19]
Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, [Lucas 22.20a] deu graças e o ofereceu aos discípulos [Mateus 26.27a], dizendo:
-- Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês. [Lucas 22.20b] Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de meu Pai. [Mateus 26.27b-29] Todos beberam. [Marcos 14.23]
Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. [Marcos 14.26]
[1Coríntios 11.17-34a]
(17) Entretanto, nisto que lhes vou dizer não os elogio, pois as reuniões de vocês mais fazem mal do que bem.
(18) Em primeiro lugar, ouço que, quando vocês se reúnem como igreja, há divisões entre vocês, e até certo ponto eu o creio. (19) Pois é necessário que haja divergências entre vocês, para que sejam conhecidos quais dentre vocês são aprovados.
(20) [Em segundo lugar] quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, (21) porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga. (22) Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm? Que lhes direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não!
(23) [Por isto, eu lhe digo que] recebi do Senhor o que também lhes entreguei: Que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão (24) e, tendo dado graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim”. (25) Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isso sempre que o beberem, em memória de mim”.
(26) Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha.
(27) Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. (28) Examine-se cada um a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. (29) Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. (30) Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. (31) Mas, se nós tivéssemos o cuidado de examinar a nós mesmos, não receberíamos juízo. (32) Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo.
(33) Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. (34a) Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se reunirem, isso não resulte em condenação.
3. PARA QUE HAJA CELEBRAÇÃO
Para que a celebração da Ceia do Senhor mereça este nome (celebração), devemos ter em prática alguns cuidados:
1. Devemos saber que Jesus celebrou a primeira Ceia. Ela deve ser celebrada em memória de Jesus, como uma forma de recordarmos sua vida/morte por nós.
2. Devemos nos lembrar das palavras instituidoras de Jesus, segundo Quem pão é memória (passado); vinho é promessa (futuro). Participar da Ceia é participar intensamente da vida, colocada entre o passado e o futuro. Jesus veio (passado); Jesus voltará (futuro).
3. Devemos celebrar de modo digno a Ceia do Senhor.
3.1. Devemos celebrar nossas divergências (entre os membros da igreja), desde que apontem para a nossa convergência (em Cristo), nunca para a divisão.
Nossas divergência só podem subsistir no plano das idéias, nunca envolvendo/separando/desrespeitando pessoas. Por religião se deve brigar, ainda mais dentro do mesmo corpo (a igreja).
3.2. Nossas diferenças devem ser convites à humildade (somos todos iguais), jamais à distinção (como se não fôssemos todos iguais). Na igreja as pessoas só valem pelo que são, não pelo que têm (recursos intelectuais ou financeiros).
3.3. Nossa celebração é um convite à fraternidade.
Todo o contexto da instrução paulina tem a ver com problemas em relação à fraternidade, que se encontrava ameaçada até mesmo na celebração da Ceia.
Neste texto de Paulo, os coríntios são disciplinados por falharem no teste prático da fé, que é o amor efetivo uns pelos outros. Toda vez que celebramos a Ceia como um convite a acertarmos em nós o que precisa ser acertado. "Examine-se cada um a si mesmo" (verso 28) -- eis a síntese do apóstolo Paulo.
4. PARA QUE A CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR NOS FAÇA BEM (!Coríntios 11.17):
1. Devemos ansiar pela Ceia do Senhor.
Devemos participar da Ceia com emoção, porque é um momento de reflexão (o que seria de mim sem Jesus?) e de proclamação: quando testemunhamos a morte de Jesus, convidamos o mundo a vir para Jesus.
2. Devemos dar graças a Deus (como Jesus mesmo fez) pelo sacrifício de Jesus.
Celebração é alegria. Quando celebramos a Ceia com tristeza, ficamos fracos, doentes e derrotados. A Ceia é a afirmação da alegria da salvação.
A cruz nos torna membros da nova aliança, pela qual a salvação se dá pela graça, não pelo mérito que vem do cumprimento à Lei.
3. Devemos anunciar a volta de Jesus.
A história de Jesus não acabou. Tem mais história pela frente.
4. Devemos cultivar a fraternidade.
Este é o sentido do discernimento do corpo (igreja) do Senhor (verso 29). Na Ceia, somos todos iguais. Nela somos lembrados que somos todos iguais.
Somos realmente membros da nova aliança quando abrimos mão do preconceito, seja ele racial, sexual ou social.
TRINDADE: UMA CERTEZA ESSENCIAL
1. INTRODUÇÃO
Quando nos propomos a meditar sobre as doutrinas essenciais da fé cristã, precisamos apresentar, como uma das primeiras, a da Trindade divina, para que possamos compreender a própria natureza da experiência cristã.
Comecemos por afirmar que a doutrina da Trindade é exclusiva do Cristianismo. O Judaísmo, de quem ficamos com as suas Escrituras como primeiro volume das nossas, que tem dois: o primeiro e o segundo Testamentos. O Judaísmo e o Islamismo, que são monoteístas, não são trinitários. A propósito, uma das grandes dificuldades para a aceitação de Jesus por parte dos judeus era precisamente a sua afirmação de que era um com o Pai.
Esta exclusividade encontra outra característica: a palavra "Trindade" não aparece na Bíblia, mas nela está contido claramente o ensino segundo o qual Deus é uma unidade em três pessoas, três pessoas que são completamente divinas em si mesmas.
Não dá para compreender a Trindade apenas com o esforço racional, embora devamos usar a razão para entender algo tão complexo. Talvez alguns se perguntem: por que nos preocuparmos com um assunto desta natureza?
A razão é que a doutrina da Trindade é essencial para a fé cristã, especialmente porque sem ela teremos de reduzir Jesus Cristo à condição de ser humano, e isto inviabiliza a redenção. Teremos que reduzir o Espírito Santo a apenas um vento divino, nunca como uma pessoa da Trindade com divindade própria e função própria.
Até mesmo para uma compreensão da oração, precisamos da Trindade. A quem oramos? A oração é á mais importante corporificação da idéia da Trindade, uma vez que oramos ao Pai, em nome do Filho, contando com a interpretação do Espírito Santo.
Se não temos a palavra "Trindade" na Bíblia, a realidade um Deus completo em três pessoas está claramente presente ao longo de suas páginas. Nós vamos nos fixar em apenas um texto, que contém um conjunto de frases proferidas pelo próprio Jesus (conforme João 14).
Antes, porém, precisamos recordar alguns equívocos acerca da Trindade.
2. VISÕES ERRADAS SOBRE A TRINDADE
A Trindade como conceito sempre desafiou a mente dos cristãos desde os primórdios. Por esta razão, muitos debates foram travados, muitas dúvidas foram respondidas, embora ainda permaneçam ensino incompatíveis.
Vamos nos ocupar brevemente de * destas visões equivocadas.
1. Ao longo dos séculos, um dos equívocos acabou tomando o nome de unitarianismo, corrente que reúne todos aqueles que se recusam a aceitar a existência de três pessoas formando a Trindade. Para eles, só existe uma pessoa divina. A maior dificuldade dos unitarianos consiste em aceitar a divindade de Jesus. São unitarianos todos aqueles, por exemplo, que admitem existir vários salvadores, não apenas um, vários caminhos, não apenas um. Jesus é um homem a ser seguido, não um Deus a ser adorado
Esta visão esbarra nas afirmações de Jesus em João 10.30: Eu e o Pai somos um. Se aceitamos a Bíblia e a própria palavra de Cristo, não temos como não afirmar a divindade do Pai e a divindade do Filho.
2. Um desvio sedutor, preconizado por cristãos como Tertuliano (século 3) e Hegel (século 19), ensina que cada época tem uma das pessoas da Trindade como agente. O Antigo Testamento foi a era do Pai. O Novo Testamento foi a dispensação do Filho. Agora, estamos na era do Espírito Santo.
Onde está o equivoco? Esta visão, chamada de econômica, não afirma que cada pessoa da Trindade é inteiramente Deus e eterna, preexistindo à sua manifestação.
3. A defesa do monoteísmo levou alguns, como os monarquianistas do período pós-apostólico, a pensarem a Trindade como sendo uma só pessoa com diferentes nomes, atributos e atividades. A palavra Deus abarca toda estas diferenças.
O equivoco está em negar o fato que Jesus Cristo é uma pessoa, como Ele mesmo se apresentou. O equivoco consiste em negar que o Espírito Santo é da mesma natureza do Pai e do Filho.to.
4. O extremo está no triteísmo, que é a crença que o Pai, o Filho e o Espírito Santo não formam uma unidade, mas são três pessoas completamente distintas, constituindo-se em três deuses.
Este ensino não encontrou formulação explícita, mas pode ser derivada de visões bem claras ao longo da história. O termo também é empregado pelos adversários da Trindade para indicar seu erro como triteísta.
5. Uma visão com muitos simpatizantes é o adocionismo, segundo a qual Jesus Cristo é um filho adotivo de Deus, adotado por ocasião do seu batismo ou por ocasião de sua morte ou ressurreição. Jesus, portanto, é alguém que se tornou Deus, significando que também podemos sê-Lo.
Apesar de atraente, esta visão não tem amparo na Bíblia, que afirma que Jesus é o Alfa e o Ômega, portanto pré-existe ao prorio Jesus encarnado, nascido de uma Virgem pelo Espírito Santo.
3. AFIRMANDO A TRINDADE
Quando lemos a Bíblia, diferentemente dessas visões, nós vemos as três pessoas da Trindade em ação.
Quando Gênesis fala do Deus criador, não fala apenas do Pai mas da Trindade. Façamos o homem à nossa imagem e semelhança (Gênesis 1.26) -- está bem nas primeiras páginas das Escrituras Sagradas. Quando o Evangelho de João fala da dádiva do Filho, mostra claramente o plano de Deus, por meio do Pai e do Filho.
A Trindade divina, portanto, é formada por três pessoas, que desfrutam da mesma eternidade, da nesma natureza e da mesma substância. Quando entra em ação na história, cada pessoa da Trindade continua plenamente divina. Assim, por exemplo, o Espirito Santo, por exemplo, nao é um gás divino que enche o crente, mas o próprio Deus habitando conosco.
A Trindade mantém a unidade de Deus, em que cada pessoa é completamente Deus. Mesmo que num determinado período da história, uma das pessoas tome a proeminência, cada um conserva a plenitude de sua divindade, sem qualquer mudança de sua essência.
Para entender a Trindade, o ensino de Jesus em João 14 é bastante revelador.
1. Jesus Cristo é o caminho para o Pai. O diálogo com seus discípulos traz esta afirmação clara. E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (versos 4-6).
Enquanto na terra, Jesus se subordinou ao Pai. A Sua vontade era a do Pai. Quando ainda estava no conselho celeste, Ele não teve dúvidas em abrir mão da Sua divindade para que pudessem ser salvos (Filipenses 2.1-6).
2. Conhecemos o Pai conhecendo a Jesus Cristo. Quem o vê vê o Pai. Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto (vrso 7).
3. O Pai e o Filho formam uma unidade. Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. (versos 10a, 11). Jesus esclarece aindamais esta unidade, quando afirma, mais adiante, que tudo quanto o Pai tem Lhe pertence (João 16.15).
Por constituírem uma unidade, o Pai realiza sua obra salvadora por meio do Filho. As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras (verso 10b).
4. O Espírito Santo é um presente do Pai e do Filho para nós. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco (verso 16). Este Espírito já está conosco, convencendo-nos do erro e nos mantendo de pé. Ele habita conosco (verso 17).
5. Cada Pessoa da Trindade tem funções específicas. A do Pai é coordenar, a do Filho é salvar e a do Espírito Santo é defender.poderosamente e ensinar convincentemente. (João 16.8-11). As três pessoas conjugam esforços para a realização do propósito divino. O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito (verso 26).
Esta divisão nós a vemos claramente na oração. Devemos pedir ao Pai em nome do Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (verso 14). O apóstolo Paulo complementa, quando garante que Jesus intercede e o Espírito Santo interpreta as nossas orações.
4. CONCLUSÃO
Assim, quando dizemos que amamos a Deus, amamos a Trindade divina. A recomendação do Filho é bastante precisa: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele (verso 21).
Quando A amamos, nós realizamos a sua obra. Podemos realizar as obras da Trindade. Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai (verso 12). Nossas obras serão maiores num sentido quantitativo (não qualitativo) porque serão desenvolvidas em meio a situações bem diferentes das de Jesus e porque alcancaremos mais pessoas diretamente do que Ele e seus discípulos alcançaram..
Quando nos propomos a meditar sobre as doutrinas essenciais da fé cristã, precisamos apresentar, como uma das primeiras, a da Trindade divina, para que possamos compreender a própria natureza da experiência cristã.
Comecemos por afirmar que a doutrina da Trindade é exclusiva do Cristianismo. O Judaísmo, de quem ficamos com as suas Escrituras como primeiro volume das nossas, que tem dois: o primeiro e o segundo Testamentos. O Judaísmo e o Islamismo, que são monoteístas, não são trinitários. A propósito, uma das grandes dificuldades para a aceitação de Jesus por parte dos judeus era precisamente a sua afirmação de que era um com o Pai.
Esta exclusividade encontra outra característica: a palavra "Trindade" não aparece na Bíblia, mas nela está contido claramente o ensino segundo o qual Deus é uma unidade em três pessoas, três pessoas que são completamente divinas em si mesmas.
Não dá para compreender a Trindade apenas com o esforço racional, embora devamos usar a razão para entender algo tão complexo. Talvez alguns se perguntem: por que nos preocuparmos com um assunto desta natureza?
A razão é que a doutrina da Trindade é essencial para a fé cristã, especialmente porque sem ela teremos de reduzir Jesus Cristo à condição de ser humano, e isto inviabiliza a redenção. Teremos que reduzir o Espírito Santo a apenas um vento divino, nunca como uma pessoa da Trindade com divindade própria e função própria.
Até mesmo para uma compreensão da oração, precisamos da Trindade. A quem oramos? A oração é á mais importante corporificação da idéia da Trindade, uma vez que oramos ao Pai, em nome do Filho, contando com a interpretação do Espírito Santo.
Se não temos a palavra "Trindade" na Bíblia, a realidade um Deus completo em três pessoas está claramente presente ao longo de suas páginas. Nós vamos nos fixar em apenas um texto, que contém um conjunto de frases proferidas pelo próprio Jesus (conforme João 14).
Antes, porém, precisamos recordar alguns equívocos acerca da Trindade.
2. VISÕES ERRADAS SOBRE A TRINDADE
A Trindade como conceito sempre desafiou a mente dos cristãos desde os primórdios. Por esta razão, muitos debates foram travados, muitas dúvidas foram respondidas, embora ainda permaneçam ensino incompatíveis.
Vamos nos ocupar brevemente de * destas visões equivocadas.
1. Ao longo dos séculos, um dos equívocos acabou tomando o nome de unitarianismo, corrente que reúne todos aqueles que se recusam a aceitar a existência de três pessoas formando a Trindade. Para eles, só existe uma pessoa divina. A maior dificuldade dos unitarianos consiste em aceitar a divindade de Jesus. São unitarianos todos aqueles, por exemplo, que admitem existir vários salvadores, não apenas um, vários caminhos, não apenas um. Jesus é um homem a ser seguido, não um Deus a ser adorado
Esta visão esbarra nas afirmações de Jesus em João 10.30: Eu e o Pai somos um. Se aceitamos a Bíblia e a própria palavra de Cristo, não temos como não afirmar a divindade do Pai e a divindade do Filho.
2. Um desvio sedutor, preconizado por cristãos como Tertuliano (século 3) e Hegel (século 19), ensina que cada época tem uma das pessoas da Trindade como agente. O Antigo Testamento foi a era do Pai. O Novo Testamento foi a dispensação do Filho. Agora, estamos na era do Espírito Santo.
Onde está o equivoco? Esta visão, chamada de econômica, não afirma que cada pessoa da Trindade é inteiramente Deus e eterna, preexistindo à sua manifestação.
3. A defesa do monoteísmo levou alguns, como os monarquianistas do período pós-apostólico, a pensarem a Trindade como sendo uma só pessoa com diferentes nomes, atributos e atividades. A palavra Deus abarca toda estas diferenças.
O equivoco está em negar o fato que Jesus Cristo é uma pessoa, como Ele mesmo se apresentou. O equivoco consiste em negar que o Espírito Santo é da mesma natureza do Pai e do Filho.to.
4. O extremo está no triteísmo, que é a crença que o Pai, o Filho e o Espírito Santo não formam uma unidade, mas são três pessoas completamente distintas, constituindo-se em três deuses.
Este ensino não encontrou formulação explícita, mas pode ser derivada de visões bem claras ao longo da história. O termo também é empregado pelos adversários da Trindade para indicar seu erro como triteísta.
5. Uma visão com muitos simpatizantes é o adocionismo, segundo a qual Jesus Cristo é um filho adotivo de Deus, adotado por ocasião do seu batismo ou por ocasião de sua morte ou ressurreição. Jesus, portanto, é alguém que se tornou Deus, significando que também podemos sê-Lo.
Apesar de atraente, esta visão não tem amparo na Bíblia, que afirma que Jesus é o Alfa e o Ômega, portanto pré-existe ao prorio Jesus encarnado, nascido de uma Virgem pelo Espírito Santo.
3. AFIRMANDO A TRINDADE
Quando lemos a Bíblia, diferentemente dessas visões, nós vemos as três pessoas da Trindade em ação.
Quando Gênesis fala do Deus criador, não fala apenas do Pai mas da Trindade. Façamos o homem à nossa imagem e semelhança (Gênesis 1.26) -- está bem nas primeiras páginas das Escrituras Sagradas. Quando o Evangelho de João fala da dádiva do Filho, mostra claramente o plano de Deus, por meio do Pai e do Filho.
A Trindade divina, portanto, é formada por três pessoas, que desfrutam da mesma eternidade, da nesma natureza e da mesma substância. Quando entra em ação na história, cada pessoa da Trindade continua plenamente divina. Assim, por exemplo, o Espirito Santo, por exemplo, nao é um gás divino que enche o crente, mas o próprio Deus habitando conosco.
A Trindade mantém a unidade de Deus, em que cada pessoa é completamente Deus. Mesmo que num determinado período da história, uma das pessoas tome a proeminência, cada um conserva a plenitude de sua divindade, sem qualquer mudança de sua essência.
Para entender a Trindade, o ensino de Jesus em João 14 é bastante revelador.
1. Jesus Cristo é o caminho para o Pai. O diálogo com seus discípulos traz esta afirmação clara. E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (versos 4-6).
Enquanto na terra, Jesus se subordinou ao Pai. A Sua vontade era a do Pai. Quando ainda estava no conselho celeste, Ele não teve dúvidas em abrir mão da Sua divindade para que pudessem ser salvos (Filipenses 2.1-6).
2. Conhecemos o Pai conhecendo a Jesus Cristo. Quem o vê vê o Pai. Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto (vrso 7).
3. O Pai e o Filho formam uma unidade. Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. (versos 10a, 11). Jesus esclarece aindamais esta unidade, quando afirma, mais adiante, que tudo quanto o Pai tem Lhe pertence (João 16.15).
Por constituírem uma unidade, o Pai realiza sua obra salvadora por meio do Filho. As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras (verso 10b).
4. O Espírito Santo é um presente do Pai e do Filho para nós. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco (verso 16). Este Espírito já está conosco, convencendo-nos do erro e nos mantendo de pé. Ele habita conosco (verso 17).
5. Cada Pessoa da Trindade tem funções específicas. A do Pai é coordenar, a do Filho é salvar e a do Espírito Santo é defender.poderosamente e ensinar convincentemente. (João 16.8-11). As três pessoas conjugam esforços para a realização do propósito divino. O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito (verso 26).
Esta divisão nós a vemos claramente na oração. Devemos pedir ao Pai em nome do Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (verso 14). O apóstolo Paulo complementa, quando garante que Jesus intercede e o Espírito Santo interpreta as nossas orações.
4. CONCLUSÃO
Assim, quando dizemos que amamos a Deus, amamos a Trindade divina. A recomendação do Filho é bastante precisa: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele (verso 21).
Quando A amamos, nós realizamos a sua obra. Podemos realizar as obras da Trindade. Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai (verso 12). Nossas obras serão maiores num sentido quantitativo (não qualitativo) porque serão desenvolvidas em meio a situações bem diferentes das de Jesus e porque alcancaremos mais pessoas diretamente do que Ele e seus discípulos alcançaram..
CRUCIFICAÇÃO: 7 RAZÕES DA CRUZ
A cruz é o centro da fé. A cruz é a graça inaugurada.
A cruz deve ser o centro de nossa vida, se queremos que a graça nos seja suficiente.
Há um hino que afirma: "Eu amo a mensagem da cruz". E que mensagem é esta?
1. A cruz nos mostra que nosso pecado nos separa de Deus.
Isaías disse aos seus contemporâneos: "as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá" (Isaías 59.2).
Na verdade, esta era a situação da humanidade até Jesus fincar no Calvário a cruz e morrer nela. Aprendemos na Bíblia que o nosso pecado original nos separa totalmente de Deus, até que nos arrependamos. Também aprendemos que o nosso pecado atual se nos separa de Deus, até que o confessamos e somos perdoados.
2. A morte de Jesus na cruz foi uma necessidade, para pôr fim à ira de Deus, que alcançou plenamente seu objetivo: o de nos permitir a paz com Deus.
Com isto, a "ira de Deus" (a rejeição divina ao pecado humano) foi aplacada (tornada sem efeito, pela própria vontade e providência de Deus). Por isto, "quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (João 3.36). Na cruz, "Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus" (Efésios 5.2). Desde então, "tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5.1).
3. Na cruz Deus se identifica conosco.
O Pai se torna humano e sofre a nossa dor. A morte do Filho foi algo real e não uma representação.
Jesus no jardim Getsêmani, orando, é Deus se identificando conosco. Choramos? Jesus chorou. Tememos? Jesus temeu. Sentimo-nos abandonados? Jesus se sentiu abandonado. Somos atacados, açoitados, magoados? Jesus foi atacado, açoitado, magoado.
O Deus que se inclina, como aprendemos no Antigo Testamento (Daniel 9.18), se identifica com a nossa dor. A explicação para o sofrimento humano, como o experimentado por Jesus e por todos os seres humanos, não é uma explicação: é uma vivência divina. Deus viveu o nosso drama. Ter um Deus que sofre conosco é a mensagem da cruz.
4. Devemos morrer em Jesus, aceitando o seu sacrifício por nós.
Na cruz, "Deus ofereceu [Jesus Cristo] como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça" (Romanos 3.25a).
Aceitamos seu sacrifício quando confessamos o nome de Jesus como nosso Salvador (renúncia) e Senhor (compromisso). O que devemos é, "por meio de Jesus", oferecer "continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome" (Hebreus 13.15).
5. Devemos nos santificar permanentemente.
"Fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas". Por isto, "se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus" (Hebreus 10.10, 26-27).
6. Devemos dizer que está doendo quando está doendo.
Diante da história de cruz, devemos ter a mesma atitude de Jesus diante do sofrimento. Ele, que pediu "passe-me" e disse que estava pronto, enfrentou o sofrimento, experimentando-o e gritando que doía.
7. O Deus que abandonou Jesus não nos abandona; logo, podemos confiar nEle, buscar por Ele, esperar nEle.
Por um instante, Deus abandonou Jesus por causa do nosso pecado, mas aquele abandono se tornou vicário e não somos mais abandonados. Depois, Deus providenciou o cuidado pleno para Jesus, com seu corpo sendo perfumado, até ter ressuscitado e levado ao céu, onde está exaltado à direita de Deus, intercedendo por nós.
Então, tudo podemos em Jesus (Filipenses 4.13).
A cruz deve ser o centro de nossa vida, se queremos que a graça nos seja suficiente.
Há um hino que afirma: "Eu amo a mensagem da cruz". E que mensagem é esta?
1. A cruz nos mostra que nosso pecado nos separa de Deus.
Isaías disse aos seus contemporâneos: "as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá" (Isaías 59.2).
Na verdade, esta era a situação da humanidade até Jesus fincar no Calvário a cruz e morrer nela. Aprendemos na Bíblia que o nosso pecado original nos separa totalmente de Deus, até que nos arrependamos. Também aprendemos que o nosso pecado atual se nos separa de Deus, até que o confessamos e somos perdoados.
2. A morte de Jesus na cruz foi uma necessidade, para pôr fim à ira de Deus, que alcançou plenamente seu objetivo: o de nos permitir a paz com Deus.
Com isto, a "ira de Deus" (a rejeição divina ao pecado humano) foi aplacada (tornada sem efeito, pela própria vontade e providência de Deus). Por isto, "quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (João 3.36). Na cruz, "Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus" (Efésios 5.2). Desde então, "tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5.1).
3. Na cruz Deus se identifica conosco.
O Pai se torna humano e sofre a nossa dor. A morte do Filho foi algo real e não uma representação.
Jesus no jardim Getsêmani, orando, é Deus se identificando conosco. Choramos? Jesus chorou. Tememos? Jesus temeu. Sentimo-nos abandonados? Jesus se sentiu abandonado. Somos atacados, açoitados, magoados? Jesus foi atacado, açoitado, magoado.
O Deus que se inclina, como aprendemos no Antigo Testamento (Daniel 9.18), se identifica com a nossa dor. A explicação para o sofrimento humano, como o experimentado por Jesus e por todos os seres humanos, não é uma explicação: é uma vivência divina. Deus viveu o nosso drama. Ter um Deus que sofre conosco é a mensagem da cruz.
4. Devemos morrer em Jesus, aceitando o seu sacrifício por nós.
Na cruz, "Deus ofereceu [Jesus Cristo] como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça" (Romanos 3.25a).
Aceitamos seu sacrifício quando confessamos o nome de Jesus como nosso Salvador (renúncia) e Senhor (compromisso). O que devemos é, "por meio de Jesus", oferecer "continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome" (Hebreus 13.15).
5. Devemos nos santificar permanentemente.
"Fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas". Por isto, "se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus" (Hebreus 10.10, 26-27).
6. Devemos dizer que está doendo quando está doendo.
Diante da história de cruz, devemos ter a mesma atitude de Jesus diante do sofrimento. Ele, que pediu "passe-me" e disse que estava pronto, enfrentou o sofrimento, experimentando-o e gritando que doía.
7. O Deus que abandonou Jesus não nos abandona; logo, podemos confiar nEle, buscar por Ele, esperar nEle.
Por um instante, Deus abandonou Jesus por causa do nosso pecado, mas aquele abandono se tornou vicário e não somos mais abandonados. Depois, Deus providenciou o cuidado pleno para Jesus, com seu corpo sendo perfumado, até ter ressuscitado e levado ao céu, onde está exaltado à direita de Deus, intercedendo por nós.
Então, tudo podemos em Jesus (Filipenses 4.13).
1Pedro 1.3-9, 4.12-19: O PODER DAS PROVAÇÕES
1.
INTRODUÇÃO
Vivendo numa sociedade anti-cristã, os leitores da 1 Epístola de Pedro estavam sendo maltratados por chefes perversos (2.18), chateados por cônjuges incrédulos (3.1,6), ridicularizados por vizinhos e amigos céticos (4.14) e ameaçados pela perseguição religiosa (4.12-18) capitaneada em nível mundial pelo imperador Nero.
Apesar disso, aqueles cristãos deviam viver exultantes, com alegria indizível e cheia de glória (v. 9). É assim que devemos nos portar, os cristãos de hoje. Nossa situação se assemelha aqueles cristãos, a quem Pedro chamou de estranhos ao mundo, por ter recebido a salvação (quando o mundo continua perdido) e por ser diferente a sua forma de encarar a adversidade (ao recebê-la como parte da vida).
Pedro expõe a força e a fraqueza das provações.
1Pedro 1
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada nos céus para vós, que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo; na qual exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por várias provações, para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória, alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.
A alegria do cristão deriva do fato de sermos escolhidos por Deus; de sermos estranhos neste mundo, uma vez que não somos propriedades deste mundo que geme, mas membros da família de Deus que exulta; de sermos santificados pelo Espírito Santo; de sermos lavados no sangue de Jesus, nosso Cristo e Senhor; de sermos objetos da misericórdia de Deus o Pai; de termos nascido de novo; de termos uma viva esperança, porque garantida pela ressurreição e ascensão de Jesus Cristo, e de termos uma herança viva, que jamais perece, porque guardada no céu.
Este conteúdo, com todas as suas conseqüências na vida do cristão, só pode provocar nele exultação, que não é um sorriso apenas, mas uma alegria "escandalosa", como a de uma torcida quando seu time faz um gol.
2. A NATUREZA DA PROVAÇÃO
A Bíblia usa duas palavras para uma mesma idéia: tentação e provação querem, intercambiavelmente, se referir a uma prova ou teste por que passa o crente.
2.1. Ser tentado x cair em tentação
Há uma diferença entre
. ser tentado/provado, que em si não é pecado, pois o próprio Jesus o foi, mas não pecou.
Não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. (Hb 4.15)
. e cair em tentação ou fracassar na prova, que é pecado
Não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. (Mt 6.13)
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26.41).
2.2. Tipos de tentação
Podemos, pois, falar em quatro tipos de tentações/provações:
PROVAÇÕES NATURAIS
Tratam-se de adversidades decorrentes de quebras, conscientes (costumes atentatórios à saúde; infrações de regras do bem-viver ou de trânsito) ou inconscientes (que são infrações a leis desconhecidas) da natureza, contra as quais temos que lutar e usar, quando possível, para o nosso crescimento. Não podem ser atribuídas a Deus ou a Satanás.
[Deus] faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. (Mt 5.45b)
Entre as leis, há as leis sociais de uma sociedade decaída e carecida da glória e da graça de Deus. Quando o cristão as quebra, pode pagar um preço. Elas são uma decorrência da fidelidade a Deus e infidelidade ao mundo. Em certo sentido, elas são naturais para os que buscam viver em santidade. As provações mencionadas em 1Pedro 1 estão nesta categoria.
Não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse. (1Pd 4.12)
PROVAÇÕES HUMANAS
Tratam-se de ações de outras pessoas, com força de sedução sobre nós, sejam intencionais (como no caso de todos os tipos de pornografia, para a qual a indústria e um comércio) ou não-intencionais (assumidos como estilos de vida). Paulo fala deste tipo de tentação/provação. O erro de uma pessoa pode nos seduzir e se nos constitui em fonte de tentação/provação.
Se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão; e olha por ti mesmo, para que também tu não sejas tentado (Gl 6.1)
Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana. (1Co 10.13a)
PROVAÇÕES SATÂNICAS
Tratam-se de tentações demoníacas intencionais, para nos seduzir ou como um esforço dele de medir forças com Deus, como no caso de Jó.
Por isso também, não podendo eu esperar mais, mandei saber da vossa fé, receando que o tentador vos tivesse tentado, e o nosso trabalho se houvesse tornado inútil. (1Ts 3.5)
Jesus foi objeto deste esforço destruidor do mal.
[Jesus] esteve no deserto quarenta dias sentado tentado por Satanás. (Mc 1.13)
Não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4.15)
Só as provações de origem satânica podem adequadamente ser chamadas de tentações.
Ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele a ninguém tenta. Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (Tg 1.13-14)
PROVAÇÕES DIVINAS
Tratam-se de testes à nossa fé, para nosso crescimento, enviados por Deus. Deus fez isto com Abraão, quando lhe pediu Isaque. Deus fez com Paulo, quando não lhe retirou o espinho da carne.
Seja qual for a procedência, a promessa bíblica é que jamais virá sobre um servo fiel uma provação/tentação maior que ele possa suportar.
Fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados [provados] acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar (1Co10.13)
O Senhor sabe livrar da tentação os piedosos e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados. (2Pd 2.9)
3. O PODER DA PROVAÇÃO
Na 1 Epístola de Pedro, aprendemos que, seja qual for a procedência da provação, ela tem uma utilidade e uma duração. Quando não motivada pelo pecado próprio, ela é um privilégio e nos ajuda a entender um pouco de como Deus nos trata.
3.1. A utilidade das provações (1.7)
As provações servem a duas finalidades.
Para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1.7)
ELAS SERVEM PARA NOS PROVAR A FÉ.
As dificuldades da vida são o teste, a prova, da fé. Mesmo aquelas que não foram enviadas diretamente por Deus (e apenas permitidas), Ele as integra em seu plano soberano para nos ajudar no fortalecimento da fé.
ELAS SÃO INSTRUMENTO PARA A GLÓRIA DE DEUS
Embora Deus no-las mande para este fim, elas servem para a glória de Deus.
Naol nos esqueçamos que Deus é soberano, mas não arbitrário, que Ele não joga conosco, embora tenha seus propósitos que visam sempre o bem do ser humano.
3.2. A duração das provações
Na qual [a salvação] exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por várias provações (1.6)
A provação não é para sempre, mas por um pouco de tempo, por mais que nos pareça uma eternidade. É verdade que, por vezes, vem sobre nós como uma torrente volumosa.
A cessação do sofrimento está garantida no céu (1.4). O presente deve ser comparado com a eternidade.
Mesmo no contexto das provações, devemos e podemos exultar, porque não exultamos na dificuldade, mas na salvação. Não podemos esquecer que fomos alcançados por tão grande salvação.
3.3. O privilégio de quem é fiel a Cristo
1Pd 4.12-16
Regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis.
Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus.
Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome.
É um privilégio passar pela provação decorrente da fidelidade a Cristo (4.13) e uma tristeza passar por ela por causa de nossa infidelidade (v.15)
Quando a adversidade é provocada pelo pecado, só cabe o arrependimento, para um novo começo. Quando trazida pela falta de sabedoria de vida, só cabe o discernimento da melhor forma de viver e por-se a caminho.
4. O melhor livramento
Deus nos livra das tentações, mas não nos livra de passar por elas. Deus nos livra das tentação, fazendo-nos triunfar sobre elas (2.9)
4. CONCLUSÃO
O poder de que fala Pedro é o poder da esperança, de uma esperança viva, que produz frutos na vida do crente.
Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam. (Tg 1.12)
INTRODUÇÃO
Vivendo numa sociedade anti-cristã, os leitores da 1 Epístola de Pedro estavam sendo maltratados por chefes perversos (2.18), chateados por cônjuges incrédulos (3.1,6), ridicularizados por vizinhos e amigos céticos (4.14) e ameaçados pela perseguição religiosa (4.12-18) capitaneada em nível mundial pelo imperador Nero.
Apesar disso, aqueles cristãos deviam viver exultantes, com alegria indizível e cheia de glória (v. 9). É assim que devemos nos portar, os cristãos de hoje. Nossa situação se assemelha aqueles cristãos, a quem Pedro chamou de estranhos ao mundo, por ter recebido a salvação (quando o mundo continua perdido) e por ser diferente a sua forma de encarar a adversidade (ao recebê-la como parte da vida).
Pedro expõe a força e a fraqueza das provações.
1Pedro 1
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada nos céus para vós, que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo; na qual exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por várias provações, para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória, alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.
A alegria do cristão deriva do fato de sermos escolhidos por Deus; de sermos estranhos neste mundo, uma vez que não somos propriedades deste mundo que geme, mas membros da família de Deus que exulta; de sermos santificados pelo Espírito Santo; de sermos lavados no sangue de Jesus, nosso Cristo e Senhor; de sermos objetos da misericórdia de Deus o Pai; de termos nascido de novo; de termos uma viva esperança, porque garantida pela ressurreição e ascensão de Jesus Cristo, e de termos uma herança viva, que jamais perece, porque guardada no céu.
Este conteúdo, com todas as suas conseqüências na vida do cristão, só pode provocar nele exultação, que não é um sorriso apenas, mas uma alegria "escandalosa", como a de uma torcida quando seu time faz um gol.
2. A NATUREZA DA PROVAÇÃO
A Bíblia usa duas palavras para uma mesma idéia: tentação e provação querem, intercambiavelmente, se referir a uma prova ou teste por que passa o crente.
2.1. Ser tentado x cair em tentação
Há uma diferença entre
. ser tentado/provado, que em si não é pecado, pois o próprio Jesus o foi, mas não pecou.
Não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. (Hb 4.15)
. e cair em tentação ou fracassar na prova, que é pecado
Não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. (Mt 6.13)
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26.41).
2.2. Tipos de tentação
Podemos, pois, falar em quatro tipos de tentações/provações:
PROVAÇÕES NATURAIS
Tratam-se de adversidades decorrentes de quebras, conscientes (costumes atentatórios à saúde; infrações de regras do bem-viver ou de trânsito) ou inconscientes (que são infrações a leis desconhecidas) da natureza, contra as quais temos que lutar e usar, quando possível, para o nosso crescimento. Não podem ser atribuídas a Deus ou a Satanás.
[Deus] faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. (Mt 5.45b)
Entre as leis, há as leis sociais de uma sociedade decaída e carecida da glória e da graça de Deus. Quando o cristão as quebra, pode pagar um preço. Elas são uma decorrência da fidelidade a Deus e infidelidade ao mundo. Em certo sentido, elas são naturais para os que buscam viver em santidade. As provações mencionadas em 1Pedro 1 estão nesta categoria.
Não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse. (1Pd 4.12)
PROVAÇÕES HUMANAS
Tratam-se de ações de outras pessoas, com força de sedução sobre nós, sejam intencionais (como no caso de todos os tipos de pornografia, para a qual a indústria e um comércio) ou não-intencionais (assumidos como estilos de vida). Paulo fala deste tipo de tentação/provação. O erro de uma pessoa pode nos seduzir e se nos constitui em fonte de tentação/provação.
Se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão; e olha por ti mesmo, para que também tu não sejas tentado (Gl 6.1)
Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana. (1Co 10.13a)
PROVAÇÕES SATÂNICAS
Tratam-se de tentações demoníacas intencionais, para nos seduzir ou como um esforço dele de medir forças com Deus, como no caso de Jó.
Por isso também, não podendo eu esperar mais, mandei saber da vossa fé, receando que o tentador vos tivesse tentado, e o nosso trabalho se houvesse tornado inútil. (1Ts 3.5)
Jesus foi objeto deste esforço destruidor do mal.
[Jesus] esteve no deserto quarenta dias sentado tentado por Satanás. (Mc 1.13)
Não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4.15)
Só as provações de origem satânica podem adequadamente ser chamadas de tentações.
Ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele a ninguém tenta. Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (Tg 1.13-14)
PROVAÇÕES DIVINAS
Tratam-se de testes à nossa fé, para nosso crescimento, enviados por Deus. Deus fez isto com Abraão, quando lhe pediu Isaque. Deus fez com Paulo, quando não lhe retirou o espinho da carne.
Seja qual for a procedência, a promessa bíblica é que jamais virá sobre um servo fiel uma provação/tentação maior que ele possa suportar.
Fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados [provados] acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar (1Co10.13)
O Senhor sabe livrar da tentação os piedosos e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados. (2Pd 2.9)
3. O PODER DA PROVAÇÃO
Na 1 Epístola de Pedro, aprendemos que, seja qual for a procedência da provação, ela tem uma utilidade e uma duração. Quando não motivada pelo pecado próprio, ela é um privilégio e nos ajuda a entender um pouco de como Deus nos trata.
3.1. A utilidade das provações (1.7)
As provações servem a duas finalidades.
Para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1.7)
ELAS SERVEM PARA NOS PROVAR A FÉ.
As dificuldades da vida são o teste, a prova, da fé. Mesmo aquelas que não foram enviadas diretamente por Deus (e apenas permitidas), Ele as integra em seu plano soberano para nos ajudar no fortalecimento da fé.
ELAS SÃO INSTRUMENTO PARA A GLÓRIA DE DEUS
Embora Deus no-las mande para este fim, elas servem para a glória de Deus.
Naol nos esqueçamos que Deus é soberano, mas não arbitrário, que Ele não joga conosco, embora tenha seus propósitos que visam sempre o bem do ser humano.
3.2. A duração das provações
Na qual [a salvação] exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por várias provações (1.6)
A provação não é para sempre, mas por um pouco de tempo, por mais que nos pareça uma eternidade. É verdade que, por vezes, vem sobre nós como uma torrente volumosa.
A cessação do sofrimento está garantida no céu (1.4). O presente deve ser comparado com a eternidade.
Mesmo no contexto das provações, devemos e podemos exultar, porque não exultamos na dificuldade, mas na salvação. Não podemos esquecer que fomos alcançados por tão grande salvação.
3.3. O privilégio de quem é fiel a Cristo
1Pd 4.12-16
Regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis.
Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus.
Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome.
É um privilégio passar pela provação decorrente da fidelidade a Cristo (4.13) e uma tristeza passar por ela por causa de nossa infidelidade (v.15)
Quando a adversidade é provocada pelo pecado, só cabe o arrependimento, para um novo começo. Quando trazida pela falta de sabedoria de vida, só cabe o discernimento da melhor forma de viver e por-se a caminho.
4. O melhor livramento
Deus nos livra das tentações, mas não nos livra de passar por elas. Deus nos livra das tentação, fazendo-nos triunfar sobre elas (2.9)
4. CONCLUSÃO
O poder de que fala Pedro é o poder da esperança, de uma esperança viva, que produz frutos na vida do crente.
Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam. (Tg 1.12)
Classificação de países por perseguição
Classificação de países por perseguição
1º semestre 2008
1 Coréia do Norte
2 Arábia Saudita
3 Irã
4 Maldivas
5 Butão
6 Iêmen
7 Afeganistão
8 Laos
9 Uzbequistão
10 China
11 Eritréia
12 Somália
13 Turcomenistão
14 Comores
15 Paquistão
16 Catar
17 Vietnã
18 Chechênia
19 Egito
20 Zanzibar
21 Iraque
22 Azerbaijão
23 Líbia
24 Mauritânia
25 Mianmar
26 Sudão (Norte)
27 Omã
28 Cuba
29 Brunei
30 Índia
31 Argélia
32 Nigéria (Norte)
33 Djibuti
34 Turquia
35 Kuweit
36 Sri Lanka
37 Tadjiquistão
38 Emirados Árabes Unidos
39 Jordânia
40 Marrocos
41 Belarus
42 Palestina
43 Etiópia
44 Síria
45 Barein
46 Tunísia
47 Indonésia
48 Bangladesh
49 Quênia (Nordeste)
50 Colômbia (Áreas de conflito)
1º semestre 2008
1 Coréia do Norte
2 Arábia Saudita
3 Irã
4 Maldivas
5 Butão
6 Iêmen
7 Afeganistão
8 Laos
9 Uzbequistão
10 China
11 Eritréia
12 Somália
13 Turcomenistão
14 Comores
15 Paquistão
16 Catar
17 Vietnã
18 Chechênia
19 Egito
20 Zanzibar
21 Iraque
22 Azerbaijão
23 Líbia
24 Mauritânia
25 Mianmar
26 Sudão (Norte)
27 Omã
28 Cuba
29 Brunei
30 Índia
31 Argélia
32 Nigéria (Norte)
33 Djibuti
34 Turquia
35 Kuweit
36 Sri Lanka
37 Tadjiquistão
38 Emirados Árabes Unidos
39 Jordânia
40 Marrocos
41 Belarus
42 Palestina
43 Etiópia
44 Síria
45 Barein
46 Tunísia
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48 Bangladesh
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50 Colômbia (Áreas de conflito)
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