Quinhentos nômades muçulmanos invadiram uma aldeia cristã na Nigéria. Eles queimaram todas as casas e mataram todos os animais. Depois cercaram a igreja Internacional do Santo Cristo e a derrubaram. Um dos moradores disse que os assassinos avisaram que estavam fazendo aquilo por que os cristãos eram seus inimigos.
Um dos sobreviventes do massacre, Kingsley Ezugwu, falando ao jornal Vanguard explica como foi. “Estava saindo da casa quando ouvi o toque do sino da comunidade. Caminhava com meu amigo quando cerca de 40 Fulani armados com armas e facões vieram contra nós. Mataram meu amigo e atiraram em mim várias vezes, mas erraram. Alguns deles me agrediram com os facões até que eu perdi a consciência”, lembra.
A aldeia de Ukpabi Nimbo, no estado sulista de Enugu, já foi vítima de ataques similares antes, mas esse a destruiu completamente. De acordo com o Movimento Jovem Igbo, os membros da etnia Fulani, na maioria criadores de gado, são muçulmanos radicais. Eles mataram mais de 700 nigerianos nos últimos 10 meses.
Ao total, foram sete aldeias cristãs atacadas na região por um total de 500 muçulmanos fulani. Mesmo assim, o governo não tomou medidas para detê-los. O brigadeiro-general Rabe Abubakar, falando em nome do Ministério de defesa na Nigéria, limitou-se a dizer que as forças de segurança “estão investigando os assassinatos”.
Não se sabe ainda se esses ataques têm ligação com a atuação do grupo radical Boko Haram, que tenta transformar o norte da Nigéria num califado e eliminar os cristãos, seguindo orientações do Estado Islâmico. A etnia Igbo, que é maioria no sul do pais é majoritariamente cristã. Com informaçõesShoebat