quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Igreja Universal distribui 30 toneladas de alimentos para desabrigados da chuva em Moçambique


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Igreja Universal distribui 30 toneladas de alimentos para desabrigados da chuva em MoçambiqueDiversas cidades em Moçambique estão sendo castigadas pelas fortes chuvas que assolam o sul do país. Por causa das cheias que atingiram a região, mais de 100 famílias ficaram desabrigadas apenas em Maputo, capital do país.
Diante dessa situação, a Igreja Universal do Reio de Deus iniciou uma campanha junto com a Associação Beneficente Cristã (ABC) e com a Rede de Comunicação Miramar (RCM) para arrecadar alimentos de primeira necessidade para os desabrigados. O objetivo inicial do projeto foi arrecadar 30 toneladas de alimentos.
O presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, David Simango, elogiou a atitude de igreja: “Quando vi o movimento pela televisão, um dia antes de recebermos a doação, fiquei maravilhado e logo percebi que iria superar as nossas previsões. A nossa expectativa inicial era de quantidades muito humildes”, afirmou.
Simango agradeceu à igreja e disse ainda que, como as doações superaram suas expectativas, os donativos poderão ser compartilhados com outras regiões e ajudar ainda mais pessoas: “Esta oferta não será usada somente para as vítimas de Maputo, mas também para apoiar os nossos irmãos em outras províncias onde houve cheias. Em nome de todos os beneficiários, agradeço pelo gesto nobre e humanitário. Este é o exemplo de solidariedade”.
Segundo o site Arca Universal, o responsável pela Igreja Universal em Moçambique, bispo João Leite, também ressaltou que as doações poderão ajudar outras regiões e afirmou que a igreja se mobilizou para as doações diante do sofrimento das vítimas das chuvas. Ele afirmou ainda que a campanha irá continuar: “Sentimo-nos muito felizes porque superamos as nossas expectativas. O que doamos não será apenas para os que estão afetados na cidade de Maputo, mas também para os que estão passando pela mesma situação em outras províncias. E para esta semana, temos uma meta de 100 toneladas”, finalizou.
Fonte: Gospel+

Pastor lamenta a morte de Whitney Houston e rapper pede oração pela cantora no Grammy

A cantora Whitney Houston, que foi encontrada morta em seu apartamento no último dia 11, foi uma das artistas de maior sucesso em todo mundo. Houston começou a cantar quando criança no coral da Igreja New Hope, em Newark, no estado de New Jersey, EUA.
O pastor da igreja, Joe A. Carter, lamentou durante seu sermão no culto do último domingo a morte da ex-fiel. “Nossos corações estão partidos”, disse o religioso aos presentes, entre os quais, segundo a revista People, haviam muitos fãs da cantora. “Nunca vou me esquecer dela, aqui em pé na igreja, de ouvi-la cantando os louvores de Jesus Cristo”, completou Carter.
Whitney foi considerada um dos maiores ícones da música pop e emplacou inúmeros sucessos, como os hits românticos I Have Nothing e I Will Always Love You.
A cantora chegou a entrar no livro do recordes por causa dos diversos prêmios que ganhou. Foram dois Emmy Awards, seis Grammy, 30 Billboard Music Awards, 22 American Music Awards, entre outros prêmios. No total, a cantora conquistou 415 troféus.
No domingo (12), dia seguinte ao falecimento da cantora, aconteceu também a cerimônia do 54º Grammy, onde Whitney Houston foi lembrada e homenageada diversas vezes. De acordo com o The Christian Post um dos momentos mais emocionantes da noite foi quando o rapper LL Coo pediu a todos os presentes na plateia que fizessem uma oração pela cantora.
Ela foi homenageada também por Jennifer Hudson, que fez uma emocionante interpretação de I Will Always Love You.
Fonte: Gospel+

Conheça o testemunho de Kris Hofferber, que escapou de um aborto após ter sido concebida em um estupro incestuoso: “Fui criada por Deus”

Conheça o testemunho de Kris Hofferber, que escapou de um aborto após ter sido concebida em um estupro incestuoso: “Fui criada por Deus”O testemunho de uma mulher, que nasceu de um estupro incestuoso, foi contado no LifeSiteNews e tem causado enorme repercussão. Kristi Hofferber afirmou que foi criada num lar cristão, feliz, e apenas com o incômodo de saber que era adotada.
Após completar 30 anos de idade, perguntou a seus pais adotivos sua história, e ficou chocada ao saber que seu pai biológico estuprava sua filha adolescente e dessa relação incestuosa, ela nasceu. Ao todo, foram seis gravidezes, com cinco abortos, e apenas a gravidez de Kristi foi mantida até o fim, quando ela foi levada para adoção. “Fiquei muda! Precisei usar todas as minhas forças para não perder meu autocontrole. Antes, eu tinha uns dez questionamentos na cabeça; agora eu tinha centenas”, conta ela.
Após absorver sua história, Kristi passou a fazer pesquisas na internet para descobrir a localização de sua mãe biológica e encontrá-la. “Minha mãe biológica ficou muito surpresa que eu tivesse escolhido procurá-la mesmo depois de saber a verdade sobre meu pai biológico. Foi nesse ponto que revelei para ela minha fé e como eu me sentia sobre quem eu era. Ele pode ter o mesmo DNA que eu tenho, mas quem me criou foi Deus. Não importa as circunstâncias, é a vontade e propósito de Deus que eu fosse concebida. Não quero nada de meu pai biológico, nem nunca vou querer”, confessa Kristi.
Sobre as discussões em torno do aborto, Kristi afirma ser contrária à ideia de que o aborto pode ser praticado em casos de estupro: “Encolho-me de medo quando alguém diz que é pró-vida, menos nos casos de estupro e incesto. Então dou um passo à frente e digo: ‘Peraí. Fui concebida em incesto, e sou tão humana quanto você’”.
Kristi, que é casada com um pastor evangélico, afirma que mesmo em circunstâncias adversas, Deus tem propósitos: “A opção do aborto permitiu que meu pai biológico punisse meus inocentes irmãos e irmãs com a morte. Isso é errado de muitos modos. Deus tem um plano para toda criança individual, inclusive as crianças que, como eu, foram concebidas em incesto e estupro. Fazer um aborto como escolha legal machuca a todos os envolvidos. Conforme meu testemunho revela, Deus pode pegar algo ruim e transformá-lo num oportunidade para fazer coisas miraculosas. Recebi o dom da vida numa circunstância difícil e acredito que toda criança concebida merece o mesmo, sem exceção”.
O ativista pró-vida Julio Severo comentou o testemunho de Kristi afirmando que “se você se vê como ‘pró-vida’ exceto em casos de estupro e incesto, você terá de olhar Kristi Hofferber nos olhos e dizer a ela que a mãe dela deveria tê-la abortado”.
Fonte: Gospel+

Whitney Houston era evangélica? Conheça suas músicas gospel, vídeos, seu filme cristão e sua história de sucesso

Whitney Houston era evangélica?

Afilhada da cantora gospel Aretha Franklin e filha de outra cantora evangélica, Cissy Houston, Whitney Elizabeth Houston começou cantando hinos cristãos e foi descoberta para a música pop pelo produtor Clive Davis, quando se apresentava numa casa noturna ao lado de sua mãe. Dois anos depois, em 1985, lançou seu primeiro álbum, “Whitney Houston”, e vendeu 25 milhões de cópias, tornando-se assim o álbum de estreia mais vendido de todos os tempos por uma artista feminina. O sucesso do lançamento foi impulsionado por famosas canções como “How Will I Know” e “The Greatest Love of All” (“O Maior Amor de Todos”), que é considerada uma das músicas gospel com maior sucesso de sua carreira.
Assista abaixo ao vídeo com a tradução da canção “The Greatest Love of All”

Músicas de Whitney Houston são sucesso

Em 1987, a cantora que já era sucesso em todo o mundo, estabeleceu um recorde insuperável ao lançar seu segundo trabalho, “Whitney”, tornando-se a primeira cantora a alcançar o topo da Billboard já no lançamento do álbum.
Sua consciência social a levou, em 1989, a criar a fundação “Whitney Houston for Children”, organização sem fins lucrativos voltada às crianças.
Em 1991, emocionou os Estados Unidos ao interpretar o hino nacional norte-americano durante o SuperBowl, a grande final do futebol americano. Na ocasião foi muito aplaudida por todos os presentes no estádio e a gravação da música vendeu 1 milhão de cópias, com toda a renda revertida para instituições de caridade.
Sua estreia no cinema em 1992 também foi considerada marcante pela crítica. Em “O Guarda Costas” ela deu vida à personagem protagonista. O tema do filme a fez se tornar dona de outro recorde: o single “I Will Always Love You”, que se tornou o mais vendido por uma artista feminina na história da música.
Em 1994 venceu o Grammy de melhor álbum do ano, prêmio que foi alcançado principalmente por sua interpretação da trilha sonora de “O Guarda Costas”, e cantou na festa de encerramento da Copa do Mundo de Futebol. Na ocasião, entrou de mãos dadas com Pelé.
Não foram poucas as músicas gospel de Whitney Houston. O clássico hino cristão norte-americano “Amazing Grace” (Maravilhosa Graça, em tradução livre) foi cantada pela cantora em diversas oportunidades. Abaixo você pode ver um vídeo de Whitney Houston cantando a música gospel durante um evento ligado ao filme “O Guarda Costas”. A gravação é de 1994 e foi feita no “Radio City Music Hall”. A música começa aos 2 minutos e 14 segundos:
É considerada a artista mais premiada de todos os tempos, com prêmios por suas gravações de música Gospel, R&B e Pop, segundo o Guiness Book. Sua lista de premiações inclui 2 Emmy Awards, 6 Grammy Awards, 30 Billboard Music Awards e 22 American Music Awars. A extensa lista de premiações totalize 415 prêmios conquistados ao longo de toda sua carreira.
Em 1998 gravou ao lado de Mariah Carey o tema do filme “O Príncipe do Egito”, música que no Brasil, foi regravada pela cantora Soraya Moraes e diversos outros artistas gospel e seculares. Assista abaixo ao clipe do dueto:

Whitney Houston e as drogas

Porém, se profissionalmente sua carreira parecia inabalável, sua vida pessoal passou a fazê-la entrar em polêmicas. Seu casamento com o também cantor Bobby Brown foi marcado por desentendimentos e escândalos. Chegou a afirmar que seu envolvimento com as drogas foi causado pela depressão e infelicidades no matrimônio.
A decadência passou a ser visível, e no ano 2000 assumiu publicamente a necessidade de reabilitação, e foi internada em clínicas para restaurar sua saúde. Nessa fase, a cantora passou a se atrasar para ensaios e shows, e se apresentar rouca e desafinada. Alguns shows de sua turnê mundial naquele ano foram cancelados.
A cantora lembrou com felicidade do apoio que sua mãe, Cissy Houston, deu enquanto passava por problemas com drogas, “Ela disse: ‘Não vou perder você para o mundo, para Satã, quero minha filha de volta’”.
Em 2009, ano de lançamento de seu último álbum de estúdio, declarou que permanecia lutando contra o vício, e que sabia que seria uma luta constante: “Não acredito que não vá sentir nunca mais o desejo de usar essas drogas. Só basta um minuto para tirar esses pensamentos da minha cabeça! Oro e eles se vão”, afirmou. Veja fotos recentes de Whitney Houston.
Assista ao vídeo legendado da faixa título “I Look To You” (“Eu olho para Ti”):

Whitney Houston: Música Nova

Na noite anterior à sua morte, com a voz bastante rouca, Whitney Houston teve uma música nova em seu repertório, ela cantou o hino cristão “Yes, Jesus Loves Me” (“Sim, Jesus me ama”, em tradução livre), em sua última apresentação. A letra é de autoria de Anna Barlett Warner e a melodia foi composta só dois anos após sua criação, em 1862, por William Batchelder Braddury.
Alguns sites gospel brasileiros chegaram a publicar que como a cantora cantou essa música na noite antes de sua morte, ela teria se convertido novamente. Porém Whitney Houston sempre confessou ser cristã e sempre cantou diversas músicas gospel em seus álbuns e shows, a noite anterior não foi diferente.

Whitney Houston – On My Own: Álbum novo em CD

Há ainda um álbum que a cantora vinha desenvolvendo, intitulado “On My Own”, que poderá ser lançado ainda em 2012 em CD, DVD e/ou download MP3. Whitney Houston deixou uma filha, Bobbi Cristina Brown, fruto de seu casamento com Bobby Brown, que durante um show ontem 12/02, em Southaven, nos Estados Unidos, declarou o que sentia com a perda: “Primeiro, gostaria de dizer que amo todos vocês. Segundo, queria dizer que eu amo você, Whitney. É a coisa mais difícil do mundo estar nesse palco hoje”.

Sparkle: Novo filme de Whitney Houston

Recentemente, a cantora decidiu participar das gravações do filme Sparkle, uma refilmagem do clássico de 1976. Essa readaptação foi dirigida pelo bispo evangélico T.D. Jakes, da megaigreja cristã, Potter’s House. O roteiro do filme conta a história de cantoras que enfrentam problemas por causa do envolvimento com as drogas, um drama enfrentado pela própria Whitney.
“Estamos profundamente entristecidos com o falecimento trágico e prematuro de Whitney Houston. Recentemente fomos abençoados por trabalhar com ela na refilmagem de Sparkle. Nós pedimos que todos se juntem a nós em orações pela família de Whitney e peçam que Deus lhes dê força e os console para enfrentar esses momentos devastadores. No ápice de sua carreira, Whitney foi incomparável, sua voz moldou toda uma geração. Ela deixou para trás um legado na música e no cinema… Ela fará muita falta a todos nós”, afirmou o bispo Jakes ao Los Angeles Times.
O filme, que será lançado em Agosto nos Estados Unidos, será a primeira obra póstuma de Whitney, e o produtor afirma que a participação da cantora foi muito boa: “Eu não tenho ideia do impacto que a morte dela terá em Sparkle, mas eu vi uma versão ainda não finalizada do filme ontem, e ela estava fantástica nele”.
Fonte: Gospel+

Missionária afirma ter ido a um motel com o diabo e conta seu testemunho

Missionária afirma ter ido a um motel com o diabo e conta seu testemunhoUma missionária, conhecida como Neuzilene, contou em entrevista ao jornal “A Tribuna” seu testemunho de reconciliação com o evangelho e afirmou que foi ao motel com o diabo.
Neuzilene, que havia sido criada num lar evangélico, tinha se desviado do evangelho quando teve o suposto encontro com o diabo. Ela conta em seu testemunho que só se reconciliou quando estava doente com tuberculose.
Em seu relato ao jornal, disse que o encontro era um programa, e que não conseguia olhar para o rosto do “cliente”. Segundo ela, só descobriu que se tratava do diabo quando houve uma “explosão” e, ao chamar a equipe do motel, uma funcionária “que era desviada da Assembleia de Deus”, contou do que se tratava.
O blogueiro Danilo Fernandes, do site Genizah, comentando o testemunho da missionária, critica a história e afirma que “a indústria do testemunho cabuloso nas igrejas evangélicas é um circo de horrores”.
Confira abaixo o testemunho da missionária Neuzilene, publicado no jornal “A Tribuna”:
“Estive face a face com o Diabo dentro de um motel. Tudo começou quando eu fui para um shopping em Belo Horizonte.
Eu estacionei o carro e veio aquele homem de terno e gravata. Mas eu não conseguia ver o rosto dele.
Ele se aproximou e me disse que eu era uma loira muito bonita. Respondi, seca, ‘obrigado’. E me convidou: ‘Você quer sair comigo?’ Eu disse que o meu cachê era alto (não revelou o valor) e ele disse que me pagava.
Então, entrei no carro dele. Mas eu não conseguia olhar para o seu rosto, enquanto seguíamos para um motel, que na época só tinha uma entrada que também servia de saída dos veículos. Ele escolheu a suíte. Nós entramos e eu fui para o banheiro.
Enquanto eu tomava banho, ouvi uma explosão. Me enrolei na toalha, saí do banheiro e a suíte estava cheia de fumaça preta. E aquele mau cheiro de podre, terrível. Tapei meu nariz e percorri o quarto perguntando: ‘Cadê você? Cadê você?’. Eu já quase me sufocando com aquela fumaça, liguei para a portaria, perguntando se o homem que estava comigo havia saído, e me disseram que não.
Então, eu disse que estava acontecendo alguma coisa e o gerente, acompanhado de duas funcionárias, foi até o quarto. Quando eu abri a porta, eles também sentiram o mau cheiro, quase se sufocaram e constataram que o carro não estava na garagem. Uma das funcionárias, que era desviada da Assembleia de Deus, mandou que eu sentasse e me disse: ‘Olha, você ia ter um pacto de sangue com o próprio demônio. Mas Deus fez com que ele explodisse aqui dentro’. Comecei a chorar e não sabia mais o que falar.”
-Missionária Neuzilene

Igrejas Evangélicas crescem na França em tempos de crise

Na França, a cada dez dias uma nova igreja evangélica abre as portas, de acordo com dados do CNEF (Conselho Nacional dos Evangélicos da França).

A cena, comum para a maioria dos brasileiros, é novidade na França, que viu a fé neopentecostal crescer nos últimos anos, impulsionada pela crise econômica.

Na França, a cada dez dias uma nova igreja evangélica abre as portas, de acordo com dados do CNEF (Conselho Nacional dos Evangélicos da França). Essa é a corrente religiosa que mais se expande no país e a com o maior número de praticantes.

“A primeira razão é simplesmente a necessidade de esperança”, opina Sébastien Fath, sociólogo das religiões especializado no protestantismo e autor de Do gueto à rede – O protestantismo evangélico na França e do recém lançado Nova França Protestante – Desenvolvimento e crescimento no século XXI.

O contexto de crise, que atinge a sociedade francesa, tem por consequência um certo número de patologias sociais, como a solidão. O Estado não pode fazer tudo, as prestações sociais e capacidades de intervenção são em geral fragilizadas, pois há menos dinheiro público. A igreja evangélica responde às necessidade que o Estado não se encarrega mais”, avalia o sociólogo, que enfatiza o caráter otimista do discurso evangélico, em um país onde o pessimismo é grande.

Embora o sociólogo defenda que haja fiéis também nas classes mais favorecidas, ele admite que a religião vem atraindo proporcionalmente mais jovens e imigrantes, principalmente chineses, coreanos e originários das antigas colônias francesas na África. Em dezembro, 24,2 % dos jovens estavam desempregados.

“Muitos franceses estão desencorajados diante da crise e da globalização. Há uma certa depressão e uma necessidade de perspectiva,” diz Fath. Já para Étienne L’Hermenault, batista e presidente do CNEF, órgão criado há menos de dois anos, o sucesso das igrejas evangélicas é reflexo de uma sede por religiosidade. “A crise não é simplesmente financeira, mas também moral. Há um cansaço, de uma sociedade que perdeu muitas referências e que busca valores”, argumenta.

Fath defende que o retorno da religiosidade está ligado à crise do discurso político. “Os franceses estão decepcionados com a política. O país que, durante muito tempo exportou pensamento político, se desencantou com as soluções políticas, há 15 ou 20 anos atrás”, avalia.

Conversão

Longe do anonimato das ruas, nas manhãs de domingo na entrada da Église Réformée de Belleville a recepção é calorosa e personalizada.

“É a proximidade entre nós, os pastores, e nossos fiéis que faz a força do movimento evangélico”, afirma Amos Ngoua Mouri, pastor da Communauté Évangélique la Bonne Nouvelle, no norte de Paris.

Open in new windowMais da metade dos evangélicos franceses tinha outra religião. “Essas igrejas se apresentam de uma maneira adaptada às formas de comunicaçãocontemporânea, enquanto as tradicionais utilizam ainda modelos históricos e ultrapassados. As evangélicas recrutam”, explica Frédéric Rognon, professor de filosofia das religiões na Faculdade de Teologia Protestante de Estrasburgo, na França.

L’Hermenault, também presidente da Faculdade Livre de Teologia Evangélica de Vaux sur Seine, principal instituição para a formação de novos pastores franceses, anuncia que o objetivo é alcançar a meta de uma igreja para cada 10 mil habitantes, ao invés dos atuais uma para cada 30mil.

Ao todo, são 2308 igrejas em território francês, que abrigam o ainda discreto número de 600 mil evangélicos. Desde 1950, eles são nove vezes mais numerosos, em um país onde apenas 5% da população se declara praticante de alguma religião.

Fé pública, questão privada
Na igreja evangélica Paris Bastille é possível ver os vídeos do último culto no iPhone e acompanhar o blog do pastor. Outros atrativos são as visitas em casa, os grupos de estudo e as atividades de inserção específicas para jovens, crianças, mães, casais ou idosos. À vontade com a revolução digital, para Fath, esse estilo litúrgico é mais adaptado à cultura dos jovens que a tradicional missa católica.

“O lado da expressão pública da fé dos evangélicos, quase publicitário, choca numa cultura francesa que relega a religião ao domínio privado”, afirma, garantindo que as coisas estão mudando no país da laicidade. O pastor camaronês Mouri confirma que o movimento evangélico é mais reconhecido no espaço público, embora ainda seja uma minoria.

A presença dos mulçumanos teria sido a primeira abertura para a naturalização da expressão religiosa em lugares públicos. “Há um retorno da visibilidade da fé mesmo entre os católicos. A procissão do 15 de agosto em Paris pela ‘Ascenção da Virgem’ é um dos exemplos disso. Algo que não poderíamos imaginar, há 20 anos atrás”, cita.

Missionários latinos

Pastores brasileiros têm cruzado o oceano para conquistar essa nova terra. “Nós sabemos que hoje a rede evangélica é transnacional. Há uma presença brasileira de protestantes na França. A Igreja Universal do Reino de Deus foi fundada em Paris já há alguns anos e também outras igrejas neopentecostais”, afirma mesmo sem poder contabilizar esse fluxo.

“Não é comparável com a ligação que existe com a América do Norte, mas isso deve se desenvolver”, dizem. Para eles, missionários latinos têm boa reputação entre os franceses, além de brasileiros, pastores espanhóis e portugueses também são populares, como Nuno Pedro, português que faz cultos para oito mil pessoas todos os domingos na megachurch Charisma, em Saint-Denis, periferia de Paris.

Fonte: Opera Mundi e O Diário

Missão Kairós: levando o Evangelho à África


Missão Kairós: levando o Evangelho à África
Neste mês, voluntários da missão Kairós concluíram a construção da primeira igreja no Senegal, país africano fechado ao Evangelho, onde 96% da população é muçulmana. Apesar de muito esforço, renúncia e doação, os 12 missionários que atuam no país pela Kairós há 15 anos necessitam de apoio, e esperam por você.

O presidente fundador da missão Kairós, Waldemar Carvalho, acaba de chegar da viagem de um mês em terras africanas e traz novidades do continente tão pouco alcançado pelo Evangelho. O seu trabalho é realizar o pastoreio de campo, além de supervisionar, motivar, direcionar e apoiar os missionários. Nessa viagem ele levou nove voluntários do Brasil para ajudar na construção da igreja no Senegal. Visitou ainda a Guiné-Bissau e Cabo Verde, onde a Kairós também atua.

“Levei uma equipe de nove pessoas para construir a igreja, todos brancos. A concepção do africano é que o branco paga e só o negro trabalha, pois foram subjugados pela colonização e até hoje possuem essa cultura. Começamos a construção, a carregar peso, a trabalhar. Outra característica cultural é que o idoso é muito respeitado e não trabalha. E me respeitavam por causa da minha idade. Observavam que eu cheguei ao grupo para também trabalhar. Ficavam olhando e observando. E aos poucos começaram a ajudar. Perguntei ao líder se eles tinham contratado ou convidado alguém. Para minha surpresa, todos eles eram muçulmanos e estavam ajudando voluntariamente, mesmo sem falarem a mesma língua. Cinco missionárias locais faziam o trabalho de intérprete. Com esse vínculo, começamos a fazer culto e todos aceitaram a Jesus! Sem pregar uma palavra, só no relacionamento, só em vivermos juntos”, comemora o pastor.

O pastor explica que o trabalho não pára por aí e não podemos deixá-los sozinho. “A Bíblia ensina esse principio. Não sei como uma igreja pode ser igreja e não fazer missões. Essa é a razão para a qual a igreja existe. Mas líderes têm agido de forma diferente. O que sobra vai para missões, mas como não sobra nada, o campo padece. Deus está abrindo as portas em países muçulmanos, os chamados não-alcançados. O que estamos fazendo?”, exorta o presidente da Kairós.

O trabalho no Senegal começou com o Centro de Saúde, que hoje é referência no país e atende mais de 200 pessoas por dia. O local é bem estruturado, com médicos e enfermeiros, o que tem dado respeito e oportunidade aos missionários para levarem o Evangelho entre os muçulmanos. “Por exemplo, o filme Jesus é assistido o dia inteiro por quem está na sala de espera, na língua deles (francês e wolof). Temos também uma Escola de Alfabetização, através da qual ganhamos as crianças e os pais para Cristo. Assim começa a igreja!”, conta o pastor Waldemar.

Guiné-Bissau
O trabalho começou com muita dificuldade e poucas conversões: 8 a 10 por ano. Hoje acontecem batismos a cada três meses com até 180 pessoas. Deus está abrindo as portas para a entrada do Evangelho. Eles atuam através da Escola de Alfabetização, que ajuda muito o primeiro contato com as famílias. São seis escolas e 700 alunos que recebem ajuda diariamente. Vão construir um Centro Médico. A Kairós conseguiu estabelecer igrejas grandes nesse país, apesar dos desafios. Apenas em uma determinada região são 27 etnias, todas falam uma língua diferente.
Segundo o pastor Waldemar, a defasagem de missionários diante da abertura do Evangelho nessa parte do mundo é grande. Há igrejas reunidas embaixo de pé de manga porque as pessoas não têm onde se reunirem.

Em Guiné-Bissau também há a necessidade de construir três templos até maio, época em que começam as chuvas na região. Segundo os missionários, há muitas conversões, porém poucas pessoas para discipular os novos convertidos. “Ao mesmo tempo em que comemoramos essa oportunidade, que nunca tivemos, nos preocupa a falta de obreiros – homens, mulheres e famílias. Imagine ver a necessidade das pessoas ao seu lado, te procurando pedindo ajuda, e você não pode atender mais. Isso causa um desgaste mental e emocional muito grande”, explicam.

O Pastor Waldemar é bastante enfático ao frisar: “O primeiro inimigo da volta de Cristo é o diabo, o segundo - é duro e triste de dizer - mas é a liderança eclesiástica fora da visão, a própria igreja que não faz o seu trabalho. Aqueles que usam o dinheiro apenas ou prioritariamente para construir e enriquecer templos. O diabo não quer deixar a igreja sair, porque enquanto isso ele estará reinando livremente. Deus estabeleceu a igreja para fazer missões. Voltemos ao livro de Atos”, convoca.
Mais informações: www.missaokairos.com.br
Por Lorena Fraga
Redação CPADNews