sábado, 26 de dezembro de 2009

A importância de disciplinar os filhos

As conseqüências para os filhos quando os pais são negligentes


A questão da disciplina dentro da família encontra-se bem tratada na Palavra de Deus. E o Novo Testamento até a utiliza para demonstrar como Deus não age diferente dentro de sua própria família espiritual:

Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: "Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho". Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. (Hebreus 12:5-11 NVI, o destaque é meu.)

Esse simples texto da Bíblia que lida com a questão da repreensão e castigo resume muito bem a essência da disciplina. O texto inteiro foi baseado no seguinte versículo de Provérbios: "Meu filho, não despreze a disciplina do SENHOR nem se magoe com a sua repreensão". (Provérbios 3:11 NVI) O Novo Testamento fez assim uma referência bem relevante, pois não há livro em toda a Bíblia que contenha mais orientação sobre disciplina de filhos do que Provérbios.

Um pai da Bíblia que corrigia os filhos — só com palavras

Se Provérbios é um livro que explica muito bem o que é a disciplina, então todos os pais mencionados na Palavra de Deus sabiam aplicá-la? Não. Nem todos os pais da Bíblia corrigiam seus filhos. Alguns escolhiam simplesmente a correção verbal, e nada mais. O sacerdote Eli, por exemplo, criou os filhos no sacerdócio e, quando se tornaram homens, eles cometiam freqüentemente pecados contra Deus. Eles estavam até violando os sacrifícios oferecidos a Deus na casa de Deus:

Os filhos do sacerdote Eli não prestavam e não se importavam com Deus, o SENHOR. Eles não obedeciam aos regulamentos a respeito daquilo que os sacerdotes tinham o direito de exigir do povo. Assim os filhos de Eli tratavam com muito desprezo as ofertas trazidas a Deus, o SENHOR. E para o SENHOR o pecado desses moços era muito grave. (1 Samuel 2:12,13a,17 NTLH)

Eli via os pecados de seus filhos e, como todo pai bonzinho, não ficava em silêncio. Ele sempre abria a boca para dar uma bronca neles.

"Eli já estava muito velho. Ele ouvia falar de tudo o que os seus filhos faziam aos israelitas e também que eles estavam tendo relações com as mulheres que trabalhavam na entrada da Tenda Sagrada. Então Eli disse: — Por que é que vocês estão fazendo essas coisas? Todos me falam do mal que vocês estão praticando. Parem com isso, meus filhos! Eu estou ouvindo o povo do SENHOR Deus dizer coisas terríveis a respeito de vocês! Se uma pessoa peca contra outra, o SENHOR pode defendê-la. Mas quem pode defender aquele que peca contra Deus?" (1 Samuel 2:22-24,25a NTLH, o destaque é meu.)

Há pais que se calam diante de pecados horríveis dos próprios filhos, nem ousando mencionar para eles que parem seu comportamento sexual errado, mas essa fraqueza Eli não tinha. Ele apontava os erros no nariz dos filhos. No entanto, a Palavra de Deus revela claramente a reação dos filhos de Eli às repreensões do pai e a reação do Senhor à desobediência e teimosia deles: "Mas eles não ouviram o pai, pois o SENHOR havia resolvido matá-los." (1 Samuel 2:25b NTLH)

Deus, em seu amor, faz visitações proféticas a Eli

Como sacerdotes do Senhor, tanto Eli quanto seus filhos conheciam muito bem a Palavra de Deus. Mas mesmo assim, os filhos de Eli estavam decididos a desobedecer à Palavra de Deus e ao seu próprio pai, e Eli estava decidido a não disciplinar ninguém — limitando-se no máximo a passar um sermão. Já que todos estavam assim decididos contra as ordens e conselhos da Palavra de Deus, Deus também resolveu decidir: ele decidiu que a solução para os filhos de Eli era a pena de morte.

Apesar de que Eli estava entristecendo muito a Deus pela sua falta de ação, Deus sempre demonstrou misericórdia, na esperança de que Eli pudesse se arrepender e finalmente assumir a postura de um pai que age. Através de mensagens proféticas, Deus deixou bem claro para Eli que ele queria muito mais do que só palavras. Se os filhos teimavam em desobedecer, a obrigação de Eli era, além de repreender, tomar medidas concretas. Foi nesse ponto que Deus mandou um profeta a Eli:

"Então um profeta procurou Eli e lhe deu esta mensagem de Deus, o SENHOR: —Eu me revelei ao seu antepassado Arão quando ele e a sua família eram escravos no Egito. Você sabe que eu os escolhi, entre todas as tribos de Israel, para serem meus sacerdotes, servirem no altar, queimarem incenso e usarem o manto sacerdotal na minha presença. E dei a eles o direito de ficarem com uma parte dos sacrifícios queimados no altar. Por que é que vocês olham com tanta ganância para os sacrifícios e ofertas que eu ordenei que me fossem feitos? Eli, por que você honra os seus filhos mais do que a mim, deixando que eles engordem, comendo a melhor parte de todos os sacrifícios que o meu povo me oferece? Eu, o SENHOR, o Deus de Israel, prometi no passado que a sua família e os seus descendentes me serviriam para sempre como sacerdotes. Mas agora eu digo que isso não vai continuar. Pois respeitarei os que me respeitam, mas desprezarei os que me desprezam. Olhe! Está chegando o tempo em que eu matarei todos os moços da sua família e da família do seu pai para que nenhum homem da sua família chegue a ficar velho. Você passará dificuldades e terá inveja de todas as coisas boas que vou dar ao povo de Israel, mas ninguém da sua família chegará a ficar velho. Deixarei vivo apenas um dos seus descendentes, que será meu sacerdote. Mas ele ficará cego e perderá toda a esperança. E todos os seus outros descendentes morrerão de morte violenta. Hofni e Finéias, os seus dois filhos, morrerão no mesmo dia, e isso será uma prova para você de que o que eu disse é verdade. Escolherei para mim um sacerdote fiel, e ele fará tudo o que eu quero. Darei a ele descendentes que sempre estarão a serviço do rei que eu escolher. E todos os outros descendentes de você que, por acaso, ficarem com vida terão de se curvar diante do rei para pedir dinheiro e comida e implorarão para ajudar os sacerdotes, a fim de terem alguma coisa para comer". (1 Samuel 2:27-36 NTLH)

Deus já havia decidido que a penalidade para as ofensas que os sacerdotes Hofni e Finéias estavam cometendo era a morte. Mas como Eli não queria cumprir sua responsabilidade como pai e como supremo sacerdote de punir severamente as maldades deles, a maldição e pena de morte que estavam sobre Hofni e Finéias cairiam sobre a família inteira de Eli. Deu até usou o menino Samuel para avisar Eli:

"E o SENHOR disse: — Eu vou fazer com o povo de Israel uma coisa tão terrível, que todos os que ouvirem a respeito disso ficarão apavorados. Naquele dia farei contra Eli tudo o que disse a respeito da família dele, do começo até o fim. Eu lhe disse que ia castigar a sua família para sempre porque os seus filhos disseram coisas más contra mim. Eli sabia que eu ia fazer isso, mas não os fez parar. Por isso, juro à família de Eli que nenhum sacrifício ou oferta poderá apagar o seu terrível pecado." (1 Samuel 3:11-14 NTLH)

Depois de tal repreensão divina, um homem sábio se prostraria diante de Deus, agradeceria sua visitação sobrenatural, pediria perdão e se comprometeria diante do Senhor a agir de acordo com a Palavra de Deus, castigando quem merecia ser castigado, mesmo que envolvesse um castigo de pena capital. Mas qual foi a reação de Eli quando Samuel lhe entregou o recado profético?

"Então Samuel contou tudo, sem esconder nada. E Eli disse: — Ele é Deus, o SENHOR. Que ele faça tudo o que achar melhor!" (1 Samuel 3:18 NTLH)

Em outras palavras, Eli quis dizer: "Se Deus quiser agir e fazer o que eu mesmo não estou fazendo, ele pode fazer o que ele quiser, mas eu não vou agir. Que Deus aja sozinho". Como se diz, ele tirou o corpo fora — não aceitando a chance de colaborar com Deus na ordem da família de Deus e na própria família dele! Ele queria simplesmente continuar tratando seus filhos adultos do mesmo jeito que ele vinha tratando-os desde a infância: sem lhes ministrar castigo físico.

Conseqüências da negligência de um pai

Eli evitou sua responsabilidade de castigar, e as maldições sobre Hofni e Finéias se cumpriram, atingindo muito mais do que suas próprias vidas — afetando a nação inteira de Israel. Quando Israel enfrentou seus terríveis inimigos filiteus em batalha — sob a liderança "espiritual" de Hofni e Finéias —, houve grande derrota. Os israelitas descobriram, da pior forma, que estavam sem proteção espiritual:

" — O povo de Israel fugiu dos filisteus! — respondeu o mensageiro. — Foi uma terrível derrota para nós. Além de tudo, os seus filhos Hofni e Finéias foram mortos, e os filisteus tomaram a arca da aliança. Quando ouviu falar na arca, Eli caiu da cadeira para trás, perto do portão da cidade. Ele estava muito velho e gordo. Por isso, quando caiu, quebrou o pescoço e morreu. Eli foi o líder do povo de Israel quarenta anos." (1 Samuel 4:17-18 NTLH)

Eli não se preocupou muito com a morte dos filhos, pois ele já sabia que não havia outro destino para eles. Ele se preocupou mais com o destino da arca. Contudo, se ele tivesse agido energicamente, sua família não receberia maldição nem a arca seria tomada.

Poucos anos depois, praticamente toda a família sacerdotal de Eli foi brutalmente assassinada pelo rei Saul (cf. 1 Samuel 22), cumprindo-se assim a palavra profética dirigida a Eli: "E todos os seus outros descendentes morrerão de morte violenta". (1 Samuel 2:33b). A teimosia de um pai em não punir a teimosia e maldade dos próprios filhos removeu a segurança espiritual que poderia proteger os netos, bisnetos e outros familiares de Eli contra a fúria cega e assassina de Saul anos depois.

O profeta Samuel, em sua infância e juventude, viu tudo o que aconteceu com Eli e seus filhos. Ele viveu no ambiente sacerdotal de Eli, mas a diferença é que Samuel não era filho de Eli.

Ana, uma esposa israelita estéril, havia orado muito a Deus pedindo um filho. Deus respondeu dando-lhe a bênção de conceber Samuel em seu ventre. Depois do nascimento de Samuel, Ana o levou à casa de Deus — onde Eli ocupava a função de supremo sacerdote — e o entregou e consagrou ao serviço de Deus, separando-se fisicamente dele. (Veja 1 Samuel 1)

Do ponto de vista humano, o menino Samuel corria o risco de sofrer o mesmo tipo de deficiência educativa que Eli havia dado a seus próprios filhos — pois os filhos de Eli não sabiam o que era castigo físico. Do ponto de vista divino, tudo o que Ana e seu marido não podiam fazer por seu filho Samuel, Deus daria. Aliás, Deus soberanamente preencheu com sua maravilhosa graça toda a deficiência e má influência de Eli na criação e educação de Samuel.

A graça de Deus não é automática

Mesmo sendo criado sem nenhum castigo físico, Samuel milagrosamente não se tornou o tipo de adulto que eram os filhos de Eli. Samuel viu que a graça de Deus que estava sobre ele o tinha livrado de toda contaminação e dano. Daí ele pode ter concluído que é possível educar crianças sem a aplicação da disciplina física. Sem dúvida alguma, a falta de dano foi obra exclusiva da graça de Deus, porém Samuel pode bem ter pensado que ele poderia "sustentar" essa obra em sua família, sem jamais precisar recorrer a uma surra. A Palavra de Deus fala muito sobre Samuel e sua integridade, mas não fala muito sobre seus filhos, e o pouco que fala revela que eles não herdaram a integridade do pai. Tudo o que a Palavra de Deus diz sobre os filhos de Samuel é:

"Quando envelheceu, Samuel nomeou seus filhos como líderes de Israel. Seu filho mais velho chamava-se Joel e o segundo, Abias. Eles eram líderes em Berseba. Mas os filhos dele não andaram em seus caminhos. Eles se tornaram gananciosos, aceitavam suborno e pervertiam a justiça". (1 Samuel 8:1-3 NVI)

Samuel só tinha dois filhos, e eles eram corruptos — provavelmente porque o pai lhes deu a mesma educação (humanamente deficiente) que recebeu. A graça de Deus que trabalhou na vida de Samuel — sem a necessidade do uso da disciplina física — não trabalhou na vida de seus filhos. A graça de Deus não é uma bênção que nós escolhemos, nem é automática. Deus é que soberanamente escolhe e dá.

Samuel deve ter agido como sua mãe Ana, entregando seus filhos para a graça de Deus, achando que somente isso bastava. O que ele fez não é errado, mas as situações eram distintas. Na criação de Samuel, não havia um pai para discipliná-lo. Na criação dos filhos de Samuel, havia um pai para discipliná-los, porém esse pai tentou um caminho de fé que acabou não funcionando. Seu exemplo serve de lição para nós hoje. Os pais podem e devem entregar seus filhos a Deus e depender da graça de Deus, mas jamais podem deixar de cumprir os mandamentos específicos de Deus sobre educação e correção de filhos. Usar a graça de Deus como desculpa para evitar a responsabilidade da disciplina física é dar um salto no escuro — arriscando mandar os filhos para o mesmo destino e abismo de corrupção dos filhos de Samuel!

O mesmo Deus que em situações especiais concede soberanamente sua graça também orienta o seu povo sobre o método divino de castigo físico para a educação das crianças. A graça de Deus pode agir em situações em que a criança por um motivo ou outro não recebe castigo físico, principalmente na ausência dos pais, mas é arriscado e errado fechar deliberadamente os ouvidos para as orientações de Provérbios e "deixar para a graça de Deus" um trabalho e responsabilidade que Deus deu diretamente aos pais. Deus pode trabalhar quando os pais não estão presentes, exatamente como aconteceu na infância de Samuel, mas quando os pais estão presentes, eles devem agir conforme já está bem claro na Palavra de Deus.

Enquanto formos seres humanos, temos necessidades humanas. Uma dessas necessidades é disciplina, correção e castigo, que fazem parte tanto da família natural quanto da família espiritual. Para ajudar os pais na importante e difícil tarefa da disciplina, Deus nos deixou o Livro de Provérbios, que contém muitas passagens sobre o assunto.

O que a sabedoria de Deus ensinou a Salomão

O Livro de Provérbios na Bíblia foi, em grande parte, escrito por Salomão, filho de Davi. Sendo então o autor principal de Provérbios, como foi então que Salomão conseguiu escrever tanto sobre disciplina física de crianças? Foi por causa do exemplo de seu pai? Foi com o que aprendeu em seu lar na infância?

Salomão não aprendeu princípios de disciplina por experiência própria nem com o que via ao seu redor, pois no próprio lar em que cresceu ele nunca levou uma surra corretiva do pai. Por algum motivo, Davi nunca corrigia a teimosia e desobediência de seus filhos. Ele falhou nessa área. Ele foi um homem justo em muitas áreas, porém a Palavra de Deus mostra seu fracasso no desempenho de seu papel como pai. Quando seu filho Amnom estuprou a própria irmã, a maioria das versões bíblicas se limita a dizer que Davi ficou furioso quando soube da violência sexual, porém a Septuaginta revela muito mais:

"Quando soube disso, o Rei Davi ficou muito irado. Mas Davi não castigou seu filho Amnom. Ele favorecia Amnom porque ele era seu filho mais velho". (2 Samuel 13:21 GW)

"Quando soube do que havia acontecido com Tamar, Davi ficou muito irado. Mas Amnom era seu filho mais velho e também o seu favorito, e Davi não queria fazer nada que deixasse Amnom infeliz". (2 Samuel 13:21 CEV)

Outra passagem da Bíblia revela como Davi agia com seu filho Adonias:

Ora, toda a sua vida seu pai nunca havia sido contra ele ou lhe dito, Por que é que você fez isso? (1 Reis 1:6a BBE)

Mas seu pai nunca, nem uma só vez, o repreendeu dizendo: "Por que você agiu desse jeito?" (1 Reis 1:6a HCSB)

Seu pai o estragou na infância, jamais lhe dando, nem uma só vez, uma bronca. (1 Reis 1:6a MSG)

Talvez Davi não tenha sofrido castigos divinos tão fortes quanto os castigos que Eli recebeu porque Davi estava casado com várias mulheres e não tinha, como rei, tempo para administrar sua imensa família. Tal fraqueza pode não lhe ter custado as maldições que Eli colheu, porém não o livrou de problemas sérios com seus filhos. Seu filho Absalão, que nunca apanhou, tomou o seu trono e quase o matou, agindo com extrema violência, estuprando as concubinas do próprio pai! O caso de Absalão mostra o engano dos que acreditam que só as crianças criadas com disciplina se tornam violentas. O oposto foi verdade no caso de Absalão. Seu irmão Amnom, criado sem nunca levar uma surra, cometeu um ato violento, estuprando a própria irmã!

A chave então para não sofrer problemas semelhantes na família não é seguir a moda de hoje de evitar a disciplina física, mas adotar uma postura equilibrada: uma criança criada de modo violento ou sem castigo físico pode acabar cometendo violências, mas uma criança criada com o uso sábio da disciplina física terá muito mais chance de levar uma vida marcada por um comportamento bom e correto.

Passando toda a sua infância no lar de Davi, vendo Amnom, Absalão e Adonias em seus maus comportamentos, Salomão sabia o que era a falta de disciplina por experiência própria. Aliás, ele sofreu na própria pele as conseqüências da falta de disciplina do lar de seu pai, pois seu mimado irmão Adonias tentou tomar o governo das mãos de Salomão, e papai Davi não fez nada. O mimado Adonias estava disposto a matar Salomão para ficar com o trono.

Salomão também conhecia o caso trágico de Eli, através do que seu pai Davi lhe contava. Davi soube dos problemas internos da família de Eli através do próprio profeta Samuel, que era seu amigo. Assim, através de Davi Salomão conhecia até a situação dos filhos de Samuel.

Talvez seu pai Davi não tenha se importado muito com a falta de castigo físico com que Eli, Samuel e ele mesmo criaram seus filhos porque aquelas gerações de modo geral não educavam crianças de outro jeito. Pelo fato de que grandes líderes espirituais daquela época como Eli, Samuel e Davi não viam nada de errado com a falta de disciplina física na educação de filhos, é bem possível que em Israel a educação sem castigo físico fosse bem mais comum do que se poderia imaginar.

Provavelmente, o próprio Salomão nunca colocou em prática os princípios de disciplina de filhos que ele escreveu em Provérbios quando ele ainda era jovem, muito temente a Deus e não tinha esposa e filhos. Provérbios orienta os homens a ter somente uma esposa[1], porém Salomão teve muitas.[2] Ele desobedeceu.[3] Provérbios é o livro da Bíblia que mais ensina sobre disciplina, porém Roboão, filho de Salomão, seguiu a tradição da família de Davi de filhos mimados e maus.

Mas só porque Salomão não conseguiu obedecer significa que todos os homens de Deus também não conseguirão ter somente uma esposa e educar e corrigir os filhos conforme os excelentes princípios de Provérbios?

O que Deus fala aos pais através de Provérbios

Nas muitas orientações que escreveu sobre correção de filhos, Salomão não foi influenciado por costumes de sua família nem pela cultura ao seu redor. Ele estava sem condições de escrever com base na própria experiência, pois ele e seus irmãos não sabiam o que era receber disciplina do pai. Foi a inspiração direta de Deus que o levou a sustentar a posição não de seu pai nem de sua cultura nem de seu próprio coração, mas de Deus na questão da disciplina física. A sabedoria de Deus o capacitou a entender e ver o que mesmo seu pai e Samuel não viam. Deus, através da sabedoria de Salomão em Provérbios, ensina:

"Aquele que poupa a vara odeia seu filho, mas aquele que o ama tem o cuidado de discipliná-lo". (Provérbios 13:24 NIV)

"Quem se recusa a surrar seu filho o odeia, mas quem ama seu filho o disciplina desde cedo". (Provérbios 13:24 GW)

"Aquele que poupa sua vara [de disciplina] odeia seu filho, mas aquele que o ama o disciplina com diligência e o castiga desde cedo". (Provérbios 13:24 Bíblia Ampliada)

"Os açoites que ferem, purificam o mal; E as feridas alcançam o mais íntimo do corpo." (Provérbios 20:30 TB)

"Os castigos curam a maldade da gente e melhoram o nosso caráter." (Provérbios 20:30 NTLH)

"Os golpes e os ferimentos eliminam o mal; os açoites limpam as profundezas do ser". (Provérbios 20:30 NVI)

"É natural que as crianças façam tolices, mas a correção as ensinará a se comportarem." (Provérbios 22:15 NTLH)

"A estultícia está ligada ao coração do menino, mas a vara da correção a afugentará dele." (Provérbios 22:15 RC)

"A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela". (Provérbios 22:15 NVI)

"Todas as crianças são sem juízo, mas correção firme as fará mudar". (Provérbios 22:15 CEV)

"A crianças por natureza fazem coisas tolas e indiscretas, mas uma boa surra as ensinará como se comportar". (Provérbios 22:15 GNB)

"Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno." (Provérbios 23:13-14 RC)

"Não evite disciplinar a criança; se você a bater nela e castigá-la com a vara [fina], ela não morrerá. Você a surrará com a vara e livrará a alma dela do Sheol (Hades, o lugar dos mortos)". (Provérbios 23:13-14 Bíblia Ampliada)

"Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno". (Provérbios 23:13-14 RA)

"Não deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão. Para dizer a verdade, poderão até livrá-la da morte". (Provérbios 23:13-14 NTLH)

"Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura". (Provérbios 23:13-14 NVI)

"É bom corrigir e disciplinar a criança. Quando todas as suas vontades são feitas, ela acaba fazendo a sua mãe passar vergonha". (Provérbios 29:15 NTLH)

"A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe". (Provérbios 29:15 RA)

"A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe". (Provérbios 29:15 RC)

"Uma surra e um aviso produzem sabedoria, mas uma criança sem disciplina envergonha sua mãe". (Provérbios 29:15 GW)

Contudo, embora favoreça surras com vara, a Palavra de Deus não apóia o excesso e a violência:

"Corrija os seus filhos enquanto eles têm idade para aprender; mas não os mate de pancadas". (Provérbios 19:18 NTLH)

"Castiga teu filho enquanto há esperança, mas para o matar não alçarás a tua alma". (Provérbios 19:18 RC)

"Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo". (Provérbios 19:18 RA)

"Corrija seus filhos antes que seja tarde demais; se você não castigá-los, você os está destruindo". (Provérbios 19:18 CEV)

"Discipline seus filhos enquanto você ainda tem a chance; ceder aos desejos deles os destrói". (Provérbios 19:18 MSG)

Portanto, a Palavra de Deus não aceita nenhum tipo de excesso — nem falta de disciplina, nem surras violentas que colocam a vida da criança em risco.

A falta de disciplina pode representar derrota em muitas áreas para pais cristãos negligentes, que abrem a boca para repreender e mais nada. Embora os meios de comunicação freqüente e insistentemente destaquem os abusos de pais que utilizam a violência no lugar da disciplina, não há espaço igual para alertar o público sobre os perigos da falta de disciplina. Aliás, a elite liberal e esquerdista — dona dos meios de comunicação — escolheu o radicalismo no lugar do bom senso, preferindo apoiar esforços para proibir toda forma de castigo físico em crianças, tornando a falta de disciplina a norma em toda a sociedade.

O ponto preocupante é que se a falta de disciplina em lares cristãos fortes pode provocar grandes prejuízos, o que poderia ocorrer então a uma sociedade inteira que se deixou seduzir pela propaganda enganadora de que toda disciplina física equivale à violência? A Palavra de Deus pode não ter sido escrita por especialistas em psicologia, mas uma Mente Sábia está por traz de sua orientações. Trocar essas orientações por conselhos e leis da moda podem trazer alívio e acomodação no presente, mas também o espectro de um futuro incerto e sombrio, pois não há indivíduo ou sociedade que tenha experimentado sucesso rejeitando as orientações da Palavra de Deus.

Certos entendidos da Bíblia gostam de afirmar que algumas passagens da Bíblia não são mais válidas, porque na opinião deles sua aplicação só tem relevância para a cultura e sociedade do passado. Por exemplo, se Eli e Davi utilizassem a vara para disciplinar seus filhos, esses entendidos concluiriam, conforme seus próprios desejos, que o uso da vara como instrumento de correção no lar tinha uma aplicação cultural para aquela época que hoje não mais tem. Mas a realidade é bem outra, de modo que seria muito interessante ver esses estudiosos se contorcendo para interpretar, contra seus próprios gostos, que a falta de disciplina é uma prática cultural do antigo Israel sem valor para os dias de hoje! Mas esses estudiosos não agem assim. Só quando lhes é conveniente é que eles reinterpretam a Bíblia utilizando o argumento cultural.

A disciplina e os castigos fazem parte da família espiritual e humana

Assim como Deus disciplina seus próprios filhos espirituais, ele também quer que os pais aqui na terra disciplinem seus próprios filhos.

Embora as medidas de Deus contra a teimosia, rebelião e desobediência de seu povo sejam extremamente enérgicas e duras, ele limitou as ações enérgicas dos pais à utilização da vara em casos de necessidade.

No Novo Testamento, o Senhor Jesus se utiliza de repreensões e castigos para lidar com a desobediência de algumas igrejas. Uma das igrejas recebeu a seguinte censura do Senhor:

"No entanto, contra você tenho isto: você tolera Jezabel, aquela mulher que se diz profetisa. Com os seus ensinos, ela induz os meus servos à imoralidade sexual e a comerem alimentos sacrificados aos ídolos. Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua imoralidade sexual, mas ela não quer se arrepender. Por isso, vou fazê-la adoecer e trarei grande sofrimento aos que cometem adultério com ela, a não ser que se arrependam das obras que ela pratica. Matarei os filhos dessa mulher. Então, todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e retribuirei a cada um de vocês de acordo com as suas obras". (Apocalipse 2:20-23 NVI)

Deus cuida de sua família espiritual, educando-a, treinando-a e castigando-a, e ele nos deixou o Livro de Provérbios a fim de que também eduquemos, treinemos e castiguemos nossos filhos. A educação de crianças de Provérbios pode ser resumida num só versículo:

"Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele". (Provérbios 22:6 NTLH)

Com os conselhos sábios de Provérbios, os pais podem treinar seus filhos a andar no caminho do comportamento bom e certo, e até o fim da vida eles praticarão o que aprenderam e evitarão os maus comportamentos.

Ninguém é mais sábio do que Deus em matéria de criação de filhos. Nenhum livro da Bíblia fala tanto de sabedoria quanto Provérbios. E ninguém na terra foi mais sábio do que Salomão, pois sua sabedoria vinha de Deus. Assim, a sabedoria de Deus juntamente com a sabedoria de seu servo Salomão produziram os conselhos mais sábios que os pais precisam para desempenhar a responsabilidade de treinar seus filhos no bom caminho.

Os "sábios" deste mundo — que são verdadeiros tolos diante de Deus — só aceitam o que seus amigos "sábios" ensinam. Mas os verdadeiros sábios aceitam o que a Mente mais sábia do universo ensina em Provérbios.

"O tolo pensa que sempre está certo, mas os sábios aceitam conselhos." (Provérbios 12:15 NTLH)

"Quem anda com os sábios será sábio, mas quem anda com os tolos acabará mal." (Provérbios 13:20 NTLH)

Educação sem castigo físico: na moda desde os tempos de Eli

A propaganda da moda, que segue o método de Eli de conversar e repreender sem usar uma vara, prega que a disciplina física leva a violência aos lares e à vida dos filhos. Hofni, Finéias, Amnom, Absalão e Adonias — onde quer que eles estejam hoje — jamais concordariam com esse tipo de opinião! Eles se tornaram maus e violentos e agora estão pagando um elevado preço, sofrendo castigo eterno. Quem acha que o método de criação e educação de filhos sem castigo físico é invenção moderna superando práticas passadas, não conhece a vida de Eli e Davi. Esse método não foi inventado pelos especialistas de psicologia de hoje. Foi inspirado no coração humano e está em vigor há milhares de anos.

Assim como no caso de Salomão, que não escreveu sobre disciplina baseado nas experiências de infância que teve na casa de seu pai, o autor deste artigo e sua esposa vêm de lares onde os pais não acreditavam na eficácia dos castigos físicos. Acreditavam apenas no método de Eli, jamais tolerando que uma criança levasse uma palmadinha para corrigir atos de teimosia e rebelião. Aliás, num de nossos lares, além de abundantes revistas "especializadas" em criação de filhos com abundantes conselhos psicológicos à la Eli, havia também um manual do Dr. Benjamin Spock, responsável pela moderna rejeição em massa ao uso da disciplina física. Os livros do Dr. Spock são vendidos há mais de meio século — criando pelo menos três gerações inteiras de pais que amam e seguem suas teorias como se fossem tão ou mais sagradas do que todas as orientações do Livro de Provérbios.

Hoje, apesar de toda essa tradição em nossas famílias, acreditamos na Palavra de Deus, que está acima das experiências, tradições, modismos e opiniões humanas — até mesmo de cristãos bem intencionados que são uma bênção em muitas áreas, mas seguem os passos de Davi e Eli quando falam e ensinam sobre criação de filhos. O melhor manual de criação de filhos sempre foi e sempre será a Bíblia, e o maior mestre não é o Dr. Benjamin Spock. É o Autor da Bíblia.

É claro que Deus não aceita abusos de autoridade, porém não é certo utilizar os casos de violência e excessos para anular as orientações do Livro de Provérbios para os pais, pois a Palavra de Deus é clara que é justamente a falta da aplicação de castigos físicos que pode levar as famílias e seus filhos a destinos trágicos. Essas tragédias poderão ter um grande aumento em toda a sociedade, pois a meta do governo é proibir os pais de disciplinar os filhos. Essa proibição inevitavelmente tornará ilegal e crime obedecer às orientações de Deus em Provérbios.

Eli morreu há mais de três mil anos, mas seus seguidores hoje são muitos, principalmente entre educadores, psicólogos e defensores dos "direitos" das crianças. Se estivesse vivo, ele exigiria sua marca registrada do método que muitos psicólogos hoje arrogantemente atribuem a seus próprios conceitos. Ele diria o que é muito comum em nossos dias: "Quero meus direitos! Eu sou o pai desse método! Essa invenção pertence a mim!" Ele poderia até processar os psicólogos por lhe terem roubado a invenção da "disciplina sem castigo físico". Bom então para os psicólogos que Eli não esteja vivo!

Brincadeiras de lado, Eli e seus filhos podem estar sofrendo castigo eterno por não reconhecerem o valor do castigo físico aqui na terra. Pai e filhos podem estar pagando o mesmo preço, por causa de seus pecados. Bem que a Palavra de Deus avisa:

"Não fique com medo de corrigir seus filhos; uma surra não os matará. Uma boa surra, aliás, pode salvá-los de algo pior do que a morte." (Provérbios 23:13-14 MSG)


Pastor Roberto Torrecilhas foi pastor de Julio Severo no inicio da caminhada dele como escritor , na epoca do lançamento do livro O MOVIMENTO HOMOSSEXUAL.


Presente das Trevas

Programa de "Direitos Humanos" de Lula traz aborto e "casamento" gay às vésperas do Natal


Enquanto a população e o Congresso Nacional estão ocupados e distraídos com a estação do Natal e reuniões de família, governo Lula dá um presente para o Brasil.

Em 21 de dezembro de 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, um documento de 121 páginas que faz as seguintes recomendações:

Criação de mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos — como o crucifixo ou a Bíblia — em estabelecimentos públicos.

Inclusão no currículo escolar do ensino da "diversidade religiosa", com destaque especial para as religiões afro-brasileiras como o candomblé.

Criação de uma comissão para investigar os "crimes" cometidos durante a ditadura militar, transformando comunistas armados e mortos em "heróis" e transformando os militares em criminosos.

Modificação do Código Penal para garantir a "descriminalização do aborto".

Defesa de projeto de lei que regulariza o "casamento" de casais homossexuais.

Grupos homossexuais, abortistas, comunistas e religiosos afro-brasileiros estão comemorando o lançamento do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos.

Com o aborto e o "casamento" homossexual sendo tratados oficialmente como "direitos humanos", a população tem o que para comemorar?

Numa sociedade ideal, a defesa da vida dos bebês em gestação seria considerada fundamental. A proteção ao casamento natural contra ameaças à sua existência seria igualmente vista como vital.

Contudo, um governo pervertido insiste em inverter tudo.

Direitos humanos agora viraram desculpa para matar bebês inocentes por meio de leis de aborto.

Direitos humanos agora viraram desculpa para permitir o casamento de dois seres cuja sexualidade não tem nenhuma função e valor para a família e para a sociedade. Pelo contrário, com o reconhecimento da disfunção homossexual como merecedora de "casamento", crianças serão entregues em adoção diretamente na boca dos leões.

Direitos humanos agora viraram desculpa para apoiar, defender e promover o crime e os criminosos.

No Reino Animal, os animais protegem seus filhotes dos predadores. No mundo humano, as crianças estão sendo entregues ao aborto e as que sobreviverem serão entregues aos predadores homossexuais, com as desculpas mais elegantes do governo de Herodes, que tem sede de sangue.

Na calada da noite, o criminoso de máscara tira vantagem da desatenção da vítima, pegando-a de surpresa e dando-lhe pouca oportunidade de reação. Na euforia dos feriados, bem às vésperas da comemoração do nascimento do Salvador Jesus Cristo, o governo Lula entrega para a desprevenida população brasileira seu presente de aborto e "casamento" homossexual.

Verdadeiramente, um presente de Herodes.

Verdadeiramente, um Presente das Trevas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pastor é perseguido por alertar acerca da agenda homossexual

Pastor é perseguido por alertar acerca da agenda homossexual

Julio Severo

RANCHO QUEIMADO, SC, Brasil — Em cidades do interior, poucas são as novidades. O que atrai a atenção são fatos rotineiros como nascimentos, casamentos e mortes. De modo geral, o interior está livre dos grandes problemas das cidades maiores.

Contudo, devido às imposições do programa “Brasil Sem Homofobia”, os tentáculos do governo federal se lançam a todos os cantos do Brasil, dando aos que praticam o homossexualismo ousadia e liberdade de promover a agenda homossexual.

Na localidade de Rancho Queimado, Santa Catarina, um homem conseguiu convencer alguns comerciantes da região a patrocinar seu jornal O Tropeiro. Todos achavam que seria uma publicação normal, para veicular informações do interesse da população.

No entanto, na edição de novembro de 2006, O Tropeiro apresenta o artigo “Diversidade: ser ou não ser? Eis a questão”, onde o autor, com jogo de corpo psico-sociológico, tenta mostrar que o homossexualismo é natural. Como exemplo, ele usa as sociedades pagãs, até mesmo as culturas indígenas, onde não só o homossexualismo religioso era comum, mas também o sacrifício sangrento de crianças, homens e mulheres para as divindades que aprovavam as práticas homossexuais.

O artigo diz: “Para os gregos antigos, antes da cristianização, um homem para ser cidadão tinha de manter relações sexuais com outros homens. Para outras civilizações como algumas tribos ameríndias da América do Norte, um homem manter relações sexuais e viver matrimonialmente com outro não o fazia menor que outros; ao contrário, denotava-lhe uma posição sagrada dentro da tribo”. Essencialmente, o artigo convida os leitores a se questionarem sexualmente e a não aceitarem como normal que um ser um humano seja apenas homem ou mulher.

Na mesma edição, O Tropeiro traz o artigo “Gays abrem o jogo”, que contém muitos “testemunhos” de homossexuais que dizem que suas práticas sexuais são certas. Um deles afirma: “As pessoas que são da igreja querem sempre é curar a gente, como se fosse doença. Eles deviam estar mais preocupados com o que se passa ao redor do que com a vida dos outros”.

Ainda na mesma edição, O Tropeiro entrevista o transexual Luana Cotroffi, que dirige um grupo de militância homossexual que dá atendimento jurídico, psicológico e social às “vítimas” de violência, abuso e discriminação de homofobia. A entrevista explica como o transexual aprendeu a aceitar seu desvio sexual.

Na edição de abril de 2007, na seção de cartas, um leitor declara: “Ser gay é normal. Eu sendo gay sou muito feliz…”

Nessa mesma edição, O Tropeiro utilizou o habitual e enfadonho discurso do preconceito no artigo “As covardes agressões contra homossexuais”, que elogia a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto anti-homofobia da petista Iara Bernardi. (Agora esse projeto está para ser votado no Senado, com o título de PLC 122/2006, ameaçando engolfar as igrejas do Brasil em experiências de perseguição.) O texto, que foi escrito pelo militante homossexual Carlos Matias Cardoso, também apela para certas informações e estatísticas sem metodologia clara para provar que homossexuais são sempre vítimas, como se eles jamais cometessem crimes e assassinatos.

O Pr. Ademir Kreutzfeld, que já vinha preocupado com a propaganda homossexual nas escolas públicas, viu que o jornal estava promovendo questões homossexuais perigosas para a mente inocente e imatura de crianças e adolescentes, ou até mesmo de adultos. E ele ficou triste de ver essas questões patrocinadas por alguns estabelecimentos comerciais. Ele pensou: “Será que esses comerciantes estão conscientes do que estão fazendo? Será que eles realmente querem apoiar a agenda homossexual, que visa a homossexualização da sociedade?”

Kreutzfeld tomou a iniciativa de conferir, ligando para os lojistas e perguntando. Eles ficaram surpresos, pois não sabiam que seu patrocínio havia sido ligado não a um veículo de informação para o bem-estar da população, mas a um jornal de propaganda homossexual. E, muito menos, eles não sabiam que o coordenador do jornal era um ativista homossexual. Constrangidos ao verem seus estabelecimentos associados ao homossexualismo, eles foram cobrar explicação.

Ninguém, em seu juízo perfeito, quer se ver ou estar envolvido com um comportamento sexual que sempre foi antinatural. O Pr. Kreutzfeld, como líder evangélico local, prega o amor e respeito ao pecador, porém jamais confundiu esse amor e respeito com tolerância ao pecado. Ele ama os drogados, mas não o vício deles. Ele ama os adúlteros, mas não o vício deles. E ele ama os homossexuais, mas não o vício deles. Logo, a questão é comportamental.

Como líder responsável, ele não força ninguém a deixar de escolher caminhos e comportamentos errados, mas se esforça para animar sua congregação e outras pessoas a escolherem o que é melhor para si e para suas famílias, à luz dos valores morais e bíblicos. Ele encoraja os pais a cuidar da criação espiritual e moral de seus filhos e faz tudo o que pode para que todos evitem o vício das drogas, adultério, homossexualismo, etc.

A atitude dele era alertar os patrocinadores, que perceberam que haviam caído num grave equívoco, e também colaborar para a proteção da saúde moral de sua localidade. Em Rancho Queimado, não há um só estabelecimento comercial que queira se expor numa publicação de tendência homossexual. Eles já sabem que ter o nome de suas lojas associado à prática do homossexualismo — ou outros vícios — tem conseqüências desfavoráveis aos seus negócios.

Naturalmente, numa sociedade democrática, todos os bons cidadãos têm o direito de livre expressão de encorajar outros cidadãos a evitar vícios e condutas moralmente reprováveis. E é inegável que drogas, prostituição e homossexualidade são vícios que nenhum pai e mãe desejam para seus filhos. Todos querem evitar essas condutas, não promovê-las ou elogiá-las.

Alguns pastores estão agindo enquanto é tempo, pois se o Congresso Nacional aprovar leis anti-homofobia, nenhum líder cristão poderá fazer o que o Pr. Kreutzfeld fez. Contudo, estranhamente, mesmo sem nenhuma lei anti-homofobia aprovada no Brasil, o Pr. Kreutzfeld recebeu um email ameaçador do ativista homossexual, dizendo: “Olha Ademir, só tenho a dizer que perdeste todo o respeito que eu acumulava pela tua pessoa, e que de agora em diante entreguei esta questão para a assessoria jurídica de nossa instituição, que orientou-me a registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia por questões de segurança, pois homofobia é crime”.

Obviamente, o ativista se revoltou com a perda dos patrocinadores para sua propaganda homossexual. E, consultando sua instituição de militantes homossexuais, ele cumpriu sua palavra de jogar a “lei” sobre o pastor, literalmente uma ameaça contra a liberdade de expressão, de consciência e valores religosos.

Sem demora, o Pr. Kreutzfeld recebeu intimação do delegado para comparecer à delegacia local, em 29 de maio de 2007. Na ocasião, foi determinada nova audiência, agora no Fórum da Comarca de Santo Amaro da Imperatriz, SC, às 16h do dia 5 de junho de 2007”.

“Em Sodoma, aja como os sodomitas”. Não é assim que pensa e age o Pr. Kreutzfeld. E por agir diferente, ele está pagando um alto preço por alertar as pessoas que ele ama e respeita. Como ministro do Evangelho, ele jamais conseguiria se esquivar da responsabilidade de alertar as pessoas de sua localidade acerca de vícios como drogas ou homossexualismo. Mesmo que leis ímpias consagrem esses vícios.

O grande problema é que, mesmo antes da aprovação da lei da criminalização da homofobia, os ativistas homossexuais já se sentem à vontade para, sob alegação de crime de homofobia, perseguir homens e mulheres de bem que se opõem à promoção da agenda homossexual na sociedade.

Kreutzfeld, que é pastor da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Rancho Queimado, filiada à IECLB, está sentindo na própria pele essa perseguição. Ele comenta: “O que fiz eu? Apenas dei alguns telefonemas para casas comerciais (10 ao total), alertando que elas estavam, sem nada saber, patrocinando um jornal de ideologia homossexual. Como cristão comprometido com o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, não poderia omitir-me de fazer tal esclarecimento. É natural que não sou ‘homofóbico’. Como cristão amo os pecadores. Também sou um deles. Mas não posso calar diante daquilo que é praticado como pecado”.

Kreutzfeld realmente não pode ficar calado, não só porque a própria Bíblia condena de modo claro e decisivo todas as relações sexuais de homens com homens. Na mesma região onde o ativista conseguiu patrocínio para sua propaganda homossexual, o menino João Rodrigo Coelho, de 13 anos, apareceu morto, com ferimentos no pescoço e lesões no ânus, em 8 de setembro de 2006. (Vitrine Popular, 15/09/2006, pág, 5.) Uma investigação revelou que a vítima, que ao que parece cometeu suicídio, era abusada sexualmente por Néri Brusch, de 38 anos. Contudo, a grande imprensa brasileira, que sempre divulga informações favoráveis aos militantes homossexuais, nada mencionou sobre o menino que sofreu abuso homossexual. A censura politicamente correta está em plena atividade, acobertando tão bem a sujeira e os escândalos homossexuais que mesmo no Google mal se acha o nome do homem que cometia abusos homossexuais contra o garoto João.

Kreutzfeld, consciente de que as práticas homossexuais têm conseqüências, procura não imitar o comportamento omisso e irresponsável da mídia liberal e esquerdista. Para ele, os drogados, as prostitutas e os homossexuais precisam ser ajudados a sair de seu estilo de vida destrutivo. No que depender dele, a promoção de qualquer um desses estilos de vida deve ser impedida, pois toda criança ou adolescente precisa ser protegido da influência nociva de propagandas que aprovam ou encorajam esses vícios.

Entretanto, no que depender dos que promovem essas práticas, cristãos como o Pr. Kreutzfeld devem ser impedidos e criminalizados. É por isso que hoje ele está sendo intimado pela Justiça para apuração de crime. Na mentalidade politicamente correta, homofobia é crime: toda atitude ou opinião contra a promoção do homossexualismo deve ser legalmente ameaçada, intimidada e punida.

Pelas normas do programa “Brasil Sem Homofobia”, é proibida qualquer ameaça, intimidação e castigo legal para quem promove o homossexualismo, mesmo nas escolas. Quem se arrisca a sofrer essas conseqüências agora sãos os pastores e outros cristãos que querem um Brasil Sem Sodomia.

Esse fato real na cidade de Rancho Queimado evidencia a onda de perseguição que ameaça vir sobre o Brasil com a aprovação do PL 122/2006, trazendo conseqüências inimagináveis para aqueles que vivem conforme valores morais, religiosos e bíblicos.

Versão em inglês deste artigo: Brazilian minister persecuted for alerting on the homosexual agenda

Surpresa! PLC 122 é aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado

Enquanto a população está distraída com a novela da enquete do Senado, PLC 122/06 é levado à votação apressada, sem passar por pauta

Julio Severo

Hoje, dia 10 de novembro, foi dia de susto no Congresso Nacional. Foi repentinamente aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado o PLC 122/06, que estava programado para passar por mais duas audiências nessa comissão. Essas duas audiências agora são desnecessárias, pois a senadora petista Fátima Cleide conseguiu colocar o projeto para votação sem comunicar na pauta normal de votação de hoje.

Enquanto a bancada evangélica estava elaborando seus argumentos para os debates das audiências e enquanto o Brasil estava distraído com a enquete do Senado e suas desculpas, Fátima Cleide e seus aliados passaram a perna em todos.

O sistema automático do Senado, que avisa os assinantes das votações a se realizar, nada comunicou ao Brasil.

O esquema de Cleide foi tão ardiloso que até mesmo no Senado os opositores do PLC 122/06 não tinham a mínima consciência de que sua votação ocorreria hoje, descansando tranquilamente na idéia de que havendo mais duas audiências programadas, seria impossível uma votação repentina.

O PLC 122/06 que foi maliciosamente aprovado hoje contém modificações elaboradas juntamente com o Senado Marcelo Crivella, pois em sua forma anterior o projeto estava enfrentando mais dificuldades para avançar. A fim de facilitar seu avanço, a negociação com Crivella adicionou idosos, deficientes e até evangélicos ao projeto, que mesmo assim continua com sua carga explosiva de favorecimento ao homossexualismo e ameaça de perseguição ao direito de livre expressão contra a conduta homossexual.

Se o PLC 122/06 for totalmente aprovado no Congresso, pregações contra o homossexualismo cairão na categoria de “incitação à homofobia”, e mesmo sem nenhuma lei semelhante ao PLC 122/06, pastores e padres já estão sendo ameaçados no Brasil. O Pr. Ademir Kreutzfeld, da Igreja Luterana de Santa Catarina, recebeu uma intimação em 2007 apenas por se opor ao homossexualismo.

O PLC 122/06 seguirá agora para a Comissão de Direitos Humanos e, se a senadora petista prosseguir nas suas ações “honestas”, terça-feira próxima (17 de novembro) haverá mais uma votação surpresa. Mesmo com a população brasileira sendo 99% contra o homossexualismo e mesmo sendo normal que haja debates, é impossível predizer quantos truques na manga Fátima Cleide irá usar para vencer esses “obstáculos”.

Com a ajuda dela, os ativistas homossexuais estão dispostos a usar qualquer manobra para aprovar o PLC 122/06, inclusive adicionando idosos, deficientes e evangélicos e inclusive colocando-o para votação sem pauta e sem a participação democrática de parlamentares que poderiam votar contrariamente aos interesses dos que têm um único objetivo: impor goela abaixo da população a ideologia homossexual.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Em busca do poder temporal

Em busca do poder temporal


Deus diz a Igreja: “Volta pérfida; volta!”


João A. de Souza Filho

Outubro de 2009

Qual a reação de Deus com o que está acontecendo com alguns segmentos da igreja brasileira? Deus está atento, calado, remoendo-se de indignação, ou está agindo? Ou ele “entregou” tais líderes pra que sigam seu próprio destino? Afinal, esta parece ser a tática de Deus, como veremos mais adiante.

O que me leva a escrever, novamente sobre a ganância do poder temporal são os acontecimentos dos últimos dias. Um deputado evangélico das Assembléias de Deus levou a candidata Dilma Rouseff para participar do culto de celebração do aniversário do pastor presidente de certo ministério. Mas, por que a Dilma? E por que uma candidata a presidência da república? Respondo: A ganância do poder temporal, porque, se Dilma ganhar, o nobre deputado, quem sabe, ganhará um cargo político do futuro governo, e os amigos do pastor também. Esse deputado federal pelo Paraná, que estudou na mesma escola teológica que eu estudei deveria entender que a ganância pelo poder temporal tem sido o grande obstáculo e o mortífero veneno que cala a voz profética da igreja. Ao trazer para o púlpito uma pré-candidata o nobre deputado, definitivamente perdeu sua voz profética – se é que tinha algum vigor profético. É melhor deixar a Bíblia de lado e seguir os escritos de Maquiavel.

Nossos professores do passado, verdadeiros homens e mulheres de Deus não merecem tal afronta!

E nem quero entrar no mérito do que representa essa candidata ou do que ela foi no passado. Dizem que foi uma terrorista e tanto! Se o passado de alguém ficou escondido em Cristo, não importa se a pessoa foi guerrilheira, assassina, que tenha cometido os piores delitos. No momento em que está em Cristo, passa a ser nova criatura. Quem sabe ela se arrependeu e mudou? Acho que não, porque depois de aparecer em fotos com pastores, apareceu em fotos com de pais-de-santo. Político é assim: Tem de agradar todo mundo, ainda que não agrade a Deus!

O perigo não está no que Dilma foi no passado nem no que é no presente; o perigo não é ela, mulher inteligente e capaz; o perigo é a igreja. Especialmente a Assembléia de Deus – que perde sua voz profética que no passado foi tão poderosa. O anelo pelo poder tornou a igreja de Roma o que é: Uma força política e econômica opressora. Parece que este é o destino dos grandes monopólios denominacionais.

Graças aos irmãozinhos da Assembléia de Deus minha mãe conheceu a Jesus quando eu tinha oito anos de idade. Passei a frequentar a escola dominical. Fui batizado e chamado para o ministério na mesma denominação. Mas, que tempos aqueles! Em quarenta e cinco anos aquela geração que começou humilde e fiel se desviou e se deixou seduzir pelo poder temporal. O que não faz o poder terreal! Pergunte a Balaão como é que ele se corrompeu!

Mas, não apenas a denominação de que sou membro, mas a maioria das grandes denominações e de igrejas locais de certo porte entraram pelo caminho do poder terreal.

É preciso responder onde Deus está nisso tudo. Quer que eu seja sincero? Deus está longe desses conchavos políticos. Deus está triste? Bem, era assim que se sentia em relação a Israel, sua nação. Ele a chamava de mulher pérfida, traidora, e a deixou seguir seu próprio rumo, mas sempre com um apelo emocional: Volta ó pérfida. Volta para mim! “E não farei cair a minha ira sobre ti, porque eu sou compassivo, diz o Senhor, e não manterei para sempre a minha ira” (Jr 3.23).

Sabe o que é uma pérfida? É a mulher amada, que despreza o amor de seu marido e se entrega nos braços de amantes. Pois assim está a igreja: Achou melhor ficar com amantes do que com aquele que a conquistou e por ela se entregou.

Quando este apelo divino não encontra ressonância, Deus, então, deixa de lado sua amada para que ela caia em si e se arrependa. É mais ou menos assim: Um dia a pérfida cai na real e reflete que vive apanhando, passando fome, com necessidades, e que seu amado não a tratava como o amante a trata. Então, envergonhada, retorna para seu esposo.

Ah! Se pelo menos isso acontecesse com a igreja! Mas, não. Não acontece. Porque Deus não vê a igreja pela ótica denominacional. Ele vê pessoas, gente, a quem chama de ovelhinhas do seu pastoreio. As demais foram surrupiadas pelos lobos devoradores da política, da ganância financeira e do poder temporal.

A verdadeira igreja será vencedora. Essa que aí está e que as pessoas pensam que é igreja, faz tempo que não é mais. Falo sobre isso em A Excelência do Corpo de Cristo.

Deus tem um jeito especial de tratar pastores e políticos evangélicos que amam o poder (parto do pressuposto de que nem todo político evangélico anela a riqueza, a glória, a fama e o poder terreal político): Deus os abandona! Veja como Jesus tocou na moleira do povo religioso. Jesus cita as palavras de Isaías quando respondeu aos discípulos por que falava ao povo por parábolas. Você quer um resumo? Eu falo por parábolas para que esses religiosos que desprezaram a Deus não sejam salvos. Mas, vocês não – disse aos discípulos.

“Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados” (Mt 13.13-15).

Vocês não! Vocês são felizes (Mt 13.16). Esses religiosos se perderão! Nenhum teólogo reformador concorda com o que Jesus falou!

Paulo repetiu para os judeus as mesmas palavras de Isaías e de Jesus em Atos 28 quando os judeus rejeitaram a pregação do evangelho: “Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis. Porquanto o coração deste povo se tornou endurecido; com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os olhos, para que jamais vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, para que não entendam com o coração, e se convertam, e por mim sejam curados” (At 28.26-27). E a quem Paulo disse isso: Aos judeus religiosos e guardiões da lei daqueles dias.

Quer mais alguns textos sobre como Deus vê essa situação? Então vejamos o que Paulo falou aos romanos. Romanos 1.24: “Por isso Deus entregou tais homens...”. Quem entregou tais homens à perdição? O próprio Deus! “Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames...” (Rm 1.26). E ainda: “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes...” (Rm 1.26). Quem eram estes? Pessoas que tinham conhecimento de Deus; que sabiam o que Deus pensava, mas que obstinadamente o desprezaram. Você não acha que alguns desses líderes se encontram na contramão do que Deus quer fazer? Então, diz Deus, deixe-os seguir seus próprios pensamentos. E Deus os deixa de lado para se dedicar ao remanescente fiel.

Mas, o pior ainda virá, porque os que darão ouvidos ao anticristo não serão os ateus, os positivistas e os incrédulos. Quem dará ouvidos ao anticristo serão os teólogos, os pastores líderes de grandes denominações; os que não acolheram a verdade. Veja o que diz Paulo:

“Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2 Ts 2.9-12).

Não acolheram o amor da verdade para serem salvos. E “Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira”.

Então, meus irmãos, vocês que anelam pela justiça e pela verdade, tranqüilizem-se! Deus está no controle! Deus já entregou tais pessoas para que continuem errando e para que se percam!

Quando vocês lerem notícias como essas, saibam de uma coisa: Deus está agindo! Deus soltou as rédeas para que essa gente se perca!

Valha-nos Deus!

Estatuto da aberração: Depois do ECA, esquerda brasileira agora quer Estatuto da Juventude

Perto do Estatuto da Juventude, o Estatuto da Criança e do Adolescente é “coisa de criança”

Julio Severo

Sob a relatoria da Dep. Manuela D’Ávila, do Partido Comunista do Brasil, está tramitando no Congresso Nacional o Estatuto da Juventude (EJ) que, diferente do ECA, cujas políticas de redução dos direitos dos pais e inchamento dos poderes estatais são implícitos, o EJ será mais explícito.

Embora, como o ECA, o EJ seja promovido como uma legislação que vai beneficiar as famílias e os jovens, a verdade é que o EJ vai tratar, entre muitas importantes questões, explicitamente da questão homossexual: em vez de ter liberdade para ajudar seus filhos a sair do homossexualismo, as famílias terão a obrigação, imposta pelo EJ, de assegurar a seus filhos o “direito” de não sair do homossexualismo.

A meta do EJ é simples:

* Menos liberdade de decisão e autoridade para os pais em importantes questões de seus filhos adolescentes.

* Mais liberdade de decisão e autoridade para o Estado e grupos alinhados com as modernas deformidades morais do Estado egocêntrico.

Se a delinqüente legislação radical e moderna do EJ for aprovada, deixará a “antiquada” delinqüência legal do ECA ultrapassada. O EJ é na verdade um tipo de ECA atualizado saindo do armário.
Resposta do Estado aos anseios e necessidades das famílias e do jovens

A sociedade anseia por soluções práticas para os problemas atuais dos jovens, mas tudo o que o Estado nos dá são estatutos. Primeiro, foi o inesquecível Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que, prometendo mil e uma maravilhas, acabou demonstrando ser nada mais do que uma ferramenta de controle estatal sobre as famílias.

Muitas famílias cristãs, movidas pelo bem-estar educacional e espiritual dos filhos, se esforçam para educar os filhos em casa. É exatamente aí que o ECA, que é implementado através dos conselhos tutelares, mostra sua força, oprimindo e ameaçando qualquer pai e mãe que esboce o mínimo desejo de remover os filhos do controle estatal para lhes dar o que o Estado não dá: uma educação escolar de qualidade.

O ECA mina sistematicamente os direitos dos pais e das famílias, em nome da proteção, educação e saúde das crianças e adolescentes.

O ECA não permite que pais façam uso da vara corretiva ou chinelo para disciplinar os filhos, mas dá a assassinos e estupradores menores de idade um surpreendente direito à impunidade. O menor estuprador e assassino não é preso, mas fica sob a proteção do Estado, que o “ressocializará”. Ao completar 18 anos, ele é devolvido à sociedade, com ficha totalmente limpa. Assim, de acordo com a inversão da ética legal estabelecida pelo ECA, pais que usam uma vara para disciplinar a rebeldia de um filho são considerados criminosos, enquanto que estupradores e assassinos menores de idade não podem de forma alguma ser chamados de criminosos.

O ECA é também conhecido por sua omissão. Embora se proclame como defensor das crianças, quem está lutando contra o governo Lula e seus esforços para legalizar o assassinato de crianças em gestação por meio do aborto legal não é o ECA, mas os cristãos pró-vida. O ECA é totalmente omisso na defesa das crianças em gestação diante das insanidades abortistas do governo e de grupos de interesses pró-aborto. O Estado faz uso do ECA somente quando lhe convém. Quando o assunto é controle sobre os pais, o Estado faz uso pleno do ECA. Quando o assunto é aborto legal, o Estado não invoca, com base no ECA ou não, nenhum direito à vida das crianças em gestação.

O ECA é também omisso na proteção às crianças necessitadas de adoção. Todo menino e menina tem direito a um lar saudável com pai e mãe, mas as tentativas de militantes homossexuais expandirem sua agenda ideológica reivindicando um direito anti-natural de adotar crianças não tem encontrado nenhuma resistência do ECA.
O Estatuto da Juventude e suas consequências

Agora, como se não bastasse o ECA, está tramitando no Congresso Nacional o PL 4529/2004, o Estatuto da Juventude. Se aprovado, o EJ imporá os seguintes direitos anti-naturais:
“Direito de não ser discriminado por orientação sexual”. (Capítulo 3, artigo 13.2)

Conseqüência: Sendo aceito como direito, a “orientação sexual” — qualquer inclinação sexual que um jovem sinta (homossexualismo, sexo com objetos, etc.) estará sob proteção estatal, e pais e professores não poderão questionar nem criticar o comportamento escolhido pelo jovem. Se tentarem aconselhar o jovem a mudar de comportamento, pais e professores estarão sujeitos a penalidades criminais. Só não se sabe por quanto tempo ficará fora do menu de aberrações sexuais a “orientação sexual” por crianças, cadáveres ou animais.

A palavra mágica “discriminação” é a chave politicamente correta para usar o Estado para impor leis a favor de tradicionais males sociais e atacar os defensores dos valores da família. Na ordem inversa exigida e imposta pelos que querem a sacralização da imoralidade e a criminalização da moralidade, os pais terão menos direitos sobre seus próprios filhos e os grupos homossexuais terão mais direitos sobre os filhos dos outros.
“O direito à igualdade racial e de gênero compreende a capacitação dos professores dos ensinos fundamental e médio para a aplicação das Diretrizes Curriculares Nacionais no que se refere às questões de promoção da igualdade de gênero e de raça e do combate a todas as formas de discriminação resultantes das desigualdades existentes”. (Capítulo 4, artigo 15.2)

Conseqüência: Além de orientação sexual, a palavra gênero, quando aplicada ao sexo humano, é outro termo fantasia usado para promover a idéia de que existem mais de dois sexos. Apesar de que a natureza só reconhece dois sexos, por força do EJ as escolas serão forçadas a ensinar que todos os tipos de comportamentos sexuais estranhos são normais. As escolas também serão instrumentos para combater todas as opiniões contrárias às novas normas sexuais protegidas pelo Estado. Se uma criança cair sob a influência da lavagem cerebral homossexual nas escolas públicas, os pais nada poderão fazer, sob pena de sofrerem perseguição de grupos homossexuais, seus cúmplices na imprensa esquerdista e um intolerante e autoritário Estado pró-homossexualismo.

Na gíria politicamente correta, “gênero” é o termo usado para substituir a palavra “sexo”, significando que o ser humano não está limitado apenas ao sexo masculino e feminino. O termo “gênero” é propositadamente vago, podendo significar homossexualismo, bissexualidade e muito mais que se queira. Daí, um “direito à igualdade de gênero” implica que qualquer escolha sexual, por mais estranha e bizarra que seja, deverá ganhar a mesma proteção e privilégios que o padrão sexual normal homem e mulher.
Art. 15. O direito à igualdade racial e de gênero compreende a inclusão de temas sobre gênero na formação dos futuros profissionais de educação, de saúde, de segurança pública e dos operadores do direito”. (Capítulo 4, artigo 15.3)

Conseqüência: Todos os funcionários estatais deverão ser treinados para promover e defender o homossexualismo e outras aberrações sexuais. E no nome da promoção da igualdade racial, práticas de bruxaria como o candomblé e umbanda serão promovidas pelo Estado como tão importantes quanto o Cristianismo. O Estado assim imporá a igualdade de Jesus com os deuses do candomblé e umbanda. Quem se opuser será a essa igualização forçada será considerado racista e intolerante.

Ao colocar no mesmo nível “igualdade de gênero e de raça” o Estado acaba promovendo a realidade das religões afro-brasileiras, onde o homossexualismo é muito bem aceito por seus deuses e faz parte da vida de muitos pais-de-santo. É o Estado formalmente reconhecendo o “casamento” entre “raça e gênero”, onde homossexualismo se funde com as práticas das religiões afro-brasileiras e é reconhecido obrigatoriamente como “cultura”.
“A inclusão de temas sobre questões raciais, de gênero e de violência doméstica e sexual praticada contra mulheres na formação dos futuros profissionais de educação, de saúde, de segurança pública e dos operadores do direito, sobretudo com relação à proteção dos direitos de mulheres afrodescendentes”. (Capítulo 4, artigo 15.2)
“A adoção de políticas de ação afirmativa como forma de combater a desigualdade de gênero”. (Capítulo 4, artigo 15.5)
“O direito à sexualidade consiste em ações que contemplem: o respeito à diversidade de valores, crenças e comportamentos relativos à sexualidade, reconhecendo e respeitando a orientação sexual de cada um”. (Capítulo 5, artigo 17.2)

Conseqüência: Seguindo no rastro de políticas anti-racismo importadas da esquerda dos EUA, o Estado brasileiro dará também privilégios a cidadãos com comportamento sexual diferente do normal. Inicialmente, universidades e órgãos estatais separarão determinado número de vagas e as darão exclusivamente a indivíduos portadores de homossexualismo e outras anormalidades sexuais. Depois, estabelecimentos particulares serão obrigados a seguir a tendência. Se o governo, mesmo sem nenhum fundamento, prega que 10 por cento da população são homossexuais, então eles terão o direito a 10 por cento das vagas. Por quanto tempo o quadro de funcionários de escolas cristãs e a função de pastores e padres estarão isentos das pressões estatais em prol de sua “igualdade”?

Além disso, as questões de violência doméstica são manobradas como plataformas para avançar políticas feministas. A violência doméstica funciona muitas vezes como estratégia feminista, atraindo grande número de mulheres incautas, que acabam sendo doutrinadas e transformadas em militantes feministas pró-aborto. A violência doméstica acaba se tornando desculpa feminista para apoiar a violência e o assassinato de bebês em gestação. Assim, um Estado mal-intencionado é a pior solução para problemas domésticos e problemas de relações humanas.
“Cadastramento da população jovem em base territorial, visando ao atendimento hebiatra em ambulatórios”. (Capítulo 5, artigo 16.1)

Conseqüência: Com o EJ, o Estado irá até os jovens, cadastrando-os e monitorando-os para incluí-los em seus serviços. Especialistas estatais entrevistarão os adolescentes, apurando deles suas “orientações sexuais”. Aos adolescentes sofrendo de confusão ou desorientação sexual, os profissionais do Estado lhes oferecerão um menu de diversidades sexuais, com sigilo e proteção contra a interferência dos pais. Os adolescentes terão total liberdade de seguir os novos direitos oferecidos pelo Estado, com ou sem o conhecimento e consentimento dos pais. Com um cadastramento nacional, o Estado e os grupos homossexuais poderão focalizar e fiscalizar os adolescentes mais vulneráveis ao homossexualismo e garantir que não saiam dessa opção sexual.
“Garantia da inclusão de temas relativos a consumo de álcool, drogas, doenças sexualmente transmissíveis, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), planejamento familiar e saúde reprodutiva nos conteúdos curriculares dos diversos níveis de ensino. (Capítulo 5, artigo 16.4)

Conseqüência: Debaixo da proteção do ECA, as aulas de educação sexual em escolas do governo constrangem (o governo prefere chamar esse constrangimento de “educação”) crianças e adolescentes com modelos de plásticos dos órgãos sexuais, com cenas e apresentações explícitas de técnicas sexuais, etc.

Com o EJ, o que mudará é o foco. Em vez de serem constrangidos com cenas de penetração vaginal, crianças e adolescentes serão constrangidos com cenas de penetração anal.

Há 50 anos, quem tentasse fazer tais apresentações para crianças e adolescentes estaria totalmente fora da lei e seria chamado de monstro e criminoso. Hoje, quem faz isso em sala de aula está sob a proteção da lei e é chamado de “professor”.

Por experiência sei que o Estado chegou a esse ponto depravado por planejamento de alto nível. Quase duas décadas atrás, estive num encontro internacional de autoridades de educação sexual, inclusive com um representante da ONU e do Ministério da Saúde. Ali à vontade entre si, eles expressaram livremente a idéia de que o adolescente tem direito ao sexo prazeroso, que deve ser protegido de doenças e gravidez, como se a gravidez — não os pecados sexuais — fosse o maior problema dos jovens.

Esses educadores sabiam que para atrair a simpatia e aprovação da sociedade, dos pais e dos religiosos, eles não poderiam implementar diretamente uma educação sexual pornográfica cuja prioridade é apenas o prazer carnal. Isso provocaria ira e oposição. Seu plano deveria trazer devidamente empacotado como um sanduíche sua educação sexual mais explícita, que viria levemente disfarçada no meio de outras “ofertas” tentadoras para os jovens: educação profissionalizante, higiene, drogas, álcool, boas maneiras, etc.

Com tal fachada, os educadores sexuais teriam liberdade para educar o jovem passo a passo, até transformá-lo numa máquina sexual sem valores, moralidade e necessárias ligações com compromisso conjugal.

A ditadura sexual do Estado — onde o padrão é a sexualidade com prazer sem procriação — exaltará o sexo sem casamento, louvará o planejamento familiar

A ditadura sexual do Estado — onde o padrão é a sexualidade com prazer sem procriação — exaltará o sexo sem casamento, louvará o planejamento familiar e adorará o homossexualismo.

A ditadura sexual do Estado manterá os jovens sob total controle através de um cadastramento estatal e, pelo uso da força, o Estado imporá vagas obrigatórias para determinadas raças e sexos (feminista, homossexual, bissexual, etc.) em empregos, instituições, etc.

A ditadura sexual do Estado se contentará com apenas tais medidas? Claro que não. A aceitação e consagração de uma exótica selva de “valores, crenças e comportamentos relativos à sexualidade” inevitavelmente produzirá mais e maiores aberrações. A falta de limites nos excessos sexuais é imposta como direito democrático. O homossexualismo e o bissexualismo que até recentemente eram classificados universalmente como aberrações agora são, em nome da democracia, aceitos. Hoje o que é considerado aberração é a pedofilia. O que o futuro trará para os homens que têm “orientação sexual” envolvendo meninos e meninas? O que se reivindicará em seguida em nome da democracia e dos direitos sexuais e reprodutivos?

Um pecado leva a outros pecados. Uma aberração leva a outras aberrações. Assim é que o Estatuto da Criança e do Adolescente está levando ao Estatuto da Juventude.

Diz o ditado que quando os gatos estão ausentes, os ratos fazem a festa. Na ausência de boas leis e ordem, os pervertidos fazem a festa. Felizmente, não há ausência de bons homens e mulheres no Brasil. Mas quando está ausente neles a disposição necessária de se mobilizar e confrontar malignas leis que os pervertidos impõem na sociedade, os ratos fazem a festa. No Brasil, onde recentemente o movimento de “direitos” das crianças e dos adolescentes — que é defensor do ECA e do EJ — se uniu oficialmente ao movimento homossexual, eles já estão fazendo farra.

Quando é que os bons se darão conta de que precisam agir para acabar com essa farra?


Fonte: www.juliosevero.com