sábado, 11 de abril de 2015

- O que acontece quando uma pessoa morre?




Nós nos encolhemos quando pela primeira vez uma criança nos pergunta: "O que significa morrer?" Temos dificuldades de falar, ou até mesmo de pensar, na morte de alguém que amamos. A morte é o inimigo em comum de todas as pessoas em todos os lugares.
Quais são as respostas para as perguntas difíceis sobre a morte? Há vida após a morte? Será que voltaremos a ver nossos amados que morreram?
1. ENFRENTANDO DESTEMIDAMENTE A MORTE
Todos nós, em determinados momentos, talvez pouco depois do falecimento de um amigo ou pessoa querida, temos a sensação de um vazio no coração, um sentimento de solidão que toma conta de nós e que nos conscientiza da finitude da vida.
Com respeito a um assunto tão importante, tão cheio de emoções, onde podemos aprender a verdade sobre o que acontece quando morremos? Felizmente, parte da missão de Cristo aqui na terra foi libertar "aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte" (Hebreus 2:15). Na Bíblia, Jesus apresenta mensagens confortadoras, e responde claramente a todas as nossas perguntas sobre a morte e a vida futura.
2. A MANEIRA QUE FOMOS FEITOS POR DEUS
Para entender a verdade sobre a morte na Bíblia, precisamos começar do princípio e ver de que maneira fomos feitos por Deus.
"Então o Senhor Deus formou o homem ['adam', hebraico] do PÓ DA TERRA ['adamah', hebraico] e soprou em suas narinas O FÔLEGO DE VIDA, e o homem se tornou UM SER VIVENTE ['ALMA', hebraico]". Gênesis 2:7 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).
Na Criação, Deus formou Adão do "pó da terra". Ele tinha um cérebro em sua cabeça pronto para pensar; sangue em suas veias pronto para correr. Então, Deus soprou em suas narinas o "fôlego de vida", e Adão se tornou "ser vivente" [em hebraico, 'alma vivente']. Note cuidadosamente que a Bíblia não diz que Adão recebeu uma alma; ao invés, diz que "o homem se tornou uma alma vivente". Quando Deus deu o fôlego de vida a Adão, a vida começou a fluir de Deus. A junção do corpo com o "fôlego de vida" tornou Adão "um ser vivente", "uma alma vivente". Por essa razão, poderíamos escrever a equação fundamental do ser humano da seguinte maneira:
"Pó da Terra" + "Fôlego de Vida" = "Alma Vivente"
Corpo sem Vida + Fôlego de Deus = Ser Vivente
Cada um de nós tem um corpo e uma mente racional. Enquanto continuarmos a respirar, seremos seres vivos, alma vivente.
3. O QUE ACONTECE QUANDO UMA PESSOA MORRE?
Na morte reverte-se do processo criativo descrito em Gênesis 2:7:
"O PÓ volte à terra de onde veio, e o ESPÍRITO [fôlego de vida] volte a Deus, que o deu". Eclesiastes 12:7
A Bíblia freqüentemente usa as palavras hebraicas para "fôlego" e "espírito" alternadamente. Quando as pessoas morrem, o corpo se torna "pó", e o "espírito" (o "fôlego de vida") retorna para Deus, que foi a sua fonte. Mas o que acontece com a alma?
"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus,... todas as ALMAS são minhas;... a alma que pecar, essa morrerá". Ezequiel 28:3, 4; Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a Edição
A alma morre! Ela ainda não é imortal; ela pode perecer.
A equação derivada de Gênesis 2:7, ao sermos feitos por Deus, faz o caminho reverso na morte.
"Pó da Terra" - "Fôlego de Vida" = "Uma Alma Morta"
Corpo Sem Vida - Fôlego de Deus = Um Ser Morto
A morte é a cessação da vida. O corpo se desintegra e se torna pó, e o fôlego, ou espírito, volta para Deus. Somos uma alma com vida, mas na morte, nos tornamos apenas um cadáver, uma alma morta, um ser morto. Logo, os mortos não estão conscientes. Quando Deus toma para si o fôlego de vida que Ele nos deu, nossa alma morre. Mas, como veremos mais tarde nessa mesma lição, temos esperança com Cristo.
4. QUANTO SABE UMA PESSOA MORTA?
Depois da morte, o cérebro se desintegra; ele não tem capacidade de saber ou relembrar de coisa alguma. Todas as emoções humanas cessam.
"Para eles, o amor, o ódio e a inveja há muito desapareceram...". Eclesiastes 9:6
Uma pessoa morta não fica consciente, por isso não percebe nada do que está acontecendo. Eles simplesmente não têm contato algum com os vivos:
"Pois os vivos sabem que morrerão, mas OS MORTOS NADA SABEM". Eclesiastes 9:5
A morte é como um sono sem sonho; na verdade, a Bíblia chama a morte de "sono" em 54 vezes. Jesus ensinou que a morte é como um sono. Ele disse aos Seus discípulos:
"'Nosso amigo LÁZARO ADORMECEU, mas vou até lá para acordá-lo'. Seus discípulos responderam: 'Senhor, se ele dorme, vai melhorar'. Jesus tinha falado da sua morte, mas os seus discípulos pensaram que ele estava falando simplesmente do sono. Então lhes disse claramente: 'LÁZARO MORREU'". João 11:11-14
Lázaro já estava morto por quatro dias quando Jesus chegou. Mas quando se dirigiram à tumba, Jesus provou que é tão fácil para Deus ressuscitar alguém dos mortos quanto é para nós acordar alguém que esteja dormindo.
É muito confortador saber que nossos amados que já faleceram estão "dormindo", descansando em paz na confiança em Jesus. O túnel da morte, que nós mesmos poderemos atravessar algum dia, é um sono calmo e paz absoluta.
5. DEUS SE ESQUECE DOS QUE ESTÃO DORMINDO O SONO DA MORTE?
O sono da morte não é o fim da história. Na tumba, Jesus disse a Marta, irmão de Lázaro:
"EU SOU A RESSURREIÇÃO e a vida. AQUELE QUE CRÊ EM MIM, AINDA QUE MORRA, VIVERÁ". João 11:25
Aqueles que morrem "em Cristo" dormem na sepultura, mas ainda têm um futuro brilhante. Aquele que conta até mesmo os cabelos de nossa cabeça e que nos guarda na palma de Sua mão não se esquecerá de nós. Poderemos morrer e voltar ao pó, mas o registro de nossa individualidade permanece claro na mente de Deus. E quando Jesus vier, Ele acordará os justos mortos do sono da morte, da mesma forma que fez com Lázaro.
"Não queremos que vocês sejam ignorantes quanto AOS QUE DORMEM, PARA QUE NÃO SE ENTRISTEÇAM COMO OS OUTROS QUE NÃO TÊM ESPERANÇA... Pois dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, E OS MORTOS EM CRISTO RESSUSCITARÃO PRIMEIRO. Depois NÓS, OS QUE ESTIVERMOS VIVOS, SEREMOS ARREBATADOS COM ELES nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. CONSOLEM-SE UNS AOS OUTROS COM ESSAS PALAVRAS". I Tessalonicenses 4:13, 16-18
No dia da ressurreição, o túnel da morte se parecerá mais com um breve descanso. Os mortos não têm consciência do que está acontecendo. Aqueles que aceitaram a Cristo como seu Salvador, serão despertados do sono pela Sua maravilhosa voz vinda dos céus.
E a esperança da ressurreição não é a única: temos também a esperança de um lar celestial no qual Deus "enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor" (Apocalipse 21:4). Aqueles que amam a Deus não precisam ter medo da morte. Além da morte está uma eternidade de vida plena com Deus. Jesus tem "as chaves da morte" (Apocalipse 1:18). Sem Cristo, a morte seria uma estrada de mão única que terminaria num estado total de esquecimento. Mas em Cristo há uma esperança gloriosa e radiante.
6. SOMOS SERES IMORTAIS?
Quando Deus criou Adão e Eva, eles foram criados seres mortais, isso é, sujeitos à morte. Se tivessem permanecido obedientes à vontade de Deus, eles nunca teriam morrido. Mas quando pecaram, eles abriram mão de seu direito à vida. Pela desobediência, eles ficaram sujeitos à morte. O pecado deles infectou a raça humana inteira, e já que todos pecaram, todos somos mortais, sujeitos à morte (Romanos 5:12). E não há numa pista na Bíblia de que a alma humana possa existir como uma entidade consciente após a morte.
A Bíblia nenhuma vez descreve a alma como sendo imortal, isso é, não sujeita à morte. As palavras gregas e hebraicas para "alma", "espírito" e "fôlego" aparecem 1.700 vezes na Bíblia. Mas nem mesmo uma vez a alma, o espírito ou o fôlego humano é chamado de imortal. Atualmente, apenas Deus possui a imortalidade.
"Deus... é... O ÚNICO QUE É IMORTAL". I Timóteo 6:15, 16
As Escrituras deixam claro que as pessoas nessa vida são mortais: sujeitas à morte. Mas quando Jesus retornar, nossa natureza passará por uma mudança radical.
Eis que eu lhes digo um mistério: NEM TODOS DORMIREMOS, mas TODOS SEREMOS TRANSFORMADOS, num momento, num abrir e fechar de olhos, AO SOM DA ÚLTIMA TROMBETA. Pois a trombeta soará, OS MORTOS RESSUSCITARÃO incorruptíveis, e NÓS SEREMOS TRANSFORMADOS. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e O QUE É MORTAL, DE IMORTALIDADE". I Coríntios 15:51-53
Como seres humanos, não somos imortais. Mas a segurança do cristão é que nos tornaremos imortais quando Jesus vier a segunda vez a essa terra. A certeza da promessa da imortalidade foi demonstrada quando Jesus irrompeu para fora de Sua tumba e:

"TORNOU INOPERANTE A MORTE e TROUXE À LUZ A VIDA E A IMORTALIDADE por meio do evangelho". II Timóteo 1:10
A perspectiva de Deus sobre o destino humano é clara: morte eterna para aqueles que rejeitarem a Cristo e se apegarem a seus pecados, ou o dom da imortalidade quando Jesus vier para buscar aqueles que O aceitaram como Senhor e Salvador.
7. ENFRENTANDO A MORTE DE UMA PESSOA QUERIDA
Os medos com os quais naturalmente lutamos quando nos vemos em face da morte se tornam especialmente dolorosos quando alguém de quem gostamos morre. A solidão e o sentimento de perda podem ser dominantes. A única solução para a angústia causada pela separação de uma pessoa amada é o conforto que apenas Cristo pode dar. Lembre-se que nossos queridos estão dormindo, e que nossos amados que descansam serão ressuscitados por Jesus na "ressurreição para a vida" quando Ele vier.
Deus está planejando algumas reuniões maravilhosas. Os filhos serão devolvidos a seus pais, maridos e mulheres se entregarão a um terno e caloroso abraço. As separações cruéis da vida estarão terminadas. "A morte foi destruída pela vitória". (I Coríntios 15:54).

Alguns acham tão dolorosa a separação de seus queridos que morreram que tentam fazer contacto com eles através de médiuns espiritualistas ou pessoas da Nova Era que se denominam canais de comunicação com os espíritos. A Bíblia nos dá um aviso muito especial sobre as tentativas de aliviar a dor da morte dessa maneira:
"Quando vos disserem: 'Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram', acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?" Isaías 8:19, Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição.
De fato, por quê? A Bíblia claramente revela que os mortos não têm consciência de nada. A verdadeira solução para a angústia causada pela separação das pessoas amadas é o conforto que apenas Cristo dá. Passar tempo se comunicando com Cristo é a maneira mais saudável para crescer durante os momentos de aflição. Lembre-se sempre que a próxima impressão consciente que virá aos que morrem em Cristo será o som da Segunda Vinda de Cristo despertando os mortos!
8. ENFRENTANDO DESTEMIDAMENTE A MORTE
A morte nos rouba praticamente tudo. Mas uma coisa que ela não pode tirar de nós é a confiança em Cristo, e Cristo pode colocar tudo de volta a seu lugar. A morte nem sempre reinará nesse mundo. O diabo, os ímpios, a morte, e o túmulo perecerão no "lago de fogo" que é "a segunda morte" (Apocalipse 20:14).
Aqui estão quatro sugestões simples para enfrentar destemidamente a morte:
(1) Viva uma vida confiando verdadeiramente na esperança que Cristo dá, e você estará preparado para morrer a qualquer momento.
(2) Através do poder do Espírito Santo, seja obediente aos mandamentos de Deus, e você estará preparado para a segunda vinda, à partir da qual você nunca mais morrerá.
(3) Pense na morte como um curto tempo de sono do qual você será acordado pela voz de Jesus quando Ele vier a segunda vez.
(4) Aprecie a certeza que Jesus nos dá de que teremos um lar celestial com Ele por toda eternidade.
A verdade bíblica liberta uma pessoa do medo da morte porque revela a Jesus, o único que nem mesmo a morte conseguiu vencer. Quando Jesus entra em nossa vida, Ele faz nosso coração transbordar com paz:
"Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou... Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo". João 14:27
Jesus também nos ajuda a lidar com a tragédia de perder alguém muito estimado. Jesus andou pelo "vale da sombra da morte"; Ele conhece as densas trevas que temos que atravessar.
"Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, POR SUA MORTE, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo, e LIBERTASSE AQUELES QUE DURANTE TODA A VIDA ESTIVERAM ESCRAVIZADOS PELO MEDO DA MORTE". Hebreus 2:14, 15
Dr. James Simpson, o grande médico que desenvolveu a anestesia, experimentou uma terrível perda quando seu filho mais velho morreu. Ele sofreu profundamente, como qualquer pai sofreria. Então, ele descobriu um caminho de esperança. No túmulo de seu amado filho, ele erigiu uma lápide e nela escreveu umas palavras que demonstravam Sua esperança e fé nas promessas de Jesus: "Apesar de tudo, Ele vive".
Isso diz tudo. Algumas vezes, uma tragédia pessoal pode aparecer repentinamente vindo do céu; apesar disso, Jesus vive! Nossos corações podem estar feridos; apesar de tudo, Jesus vive!
Em Cristo, temos esperança de vida após a morte. Ele é "a ressurreição e a vida" (João 11:25), e Ele promete: "Porque Eu vivo, vocês também viverão" (João 14:19). Cristo é nossa única esperança para a vida após a morte. E quando Cristo retornar, Ele nos dará a imortalidade. Nunca mais viveremos sob a sombra da morte, por teremos vida eterna. Você já descobriu em sua vida a realidade dessa grande esperança que pode nos ajudar a enfrentar os momentos mais difíceis? Se você nunca aceitou a Jesus como seu Senhor e Salvador, por que você não faz isso agora mesmo?




The Voice of Prophecy

Jesus é aceito por mais de 9 mil pessoas em evento evangelístico nas Filipinas


Jesus é aceito por mais de 9 mil pessoas em evento evangelístico nas Filipinas
Em evento evangelístico que reuniu cerca de 60 mil pessoas nas Filipinas, promovido pelo Ministérios Billy Graham na cidade de Cebu, considerada de difícil evangelização, teve mais de 9 mil pessoas aceitando Jesus em suas vidas. O evento o neto de Billy Graham como preletor.
Aproximadamente 9.700 pessoas aceitaram Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas, no evento evangelístico “Festival da Vida”, onde compareceram mais de 60 mil pessoas para ouvir a mensagem do Evangelho.
O evento organizado pelo Ministério Billy Graham, foi realizado entre os dias 27 a 29 de março, na cidade de Cebu, onde testemunhos de vida, louvor e pregação da mensagem trazida pelo evangelista Will Graham, neto do evangelista Billy Graham conforme informa o site do ministério.
O pastor local Trifon Brady, define a cidade de Cebu que foi inicialmente estabelecida as missões católicas, como de “difícil evangelização”. “As pessoas aqui são religiosas, no sentido de estarem tentando seguirem uma religião, mas não tem um relacionamento com Cristo”, diz Brady.
Will Graham ao pregar a Palavra de Deus disse: “Você não pode comprar a salvação. Você não pode ganhar a salvação. Tudo o que você pode fazer é receber como um dom gratuito”, e acrescentou, “para receber Cristo livremente, você deve ir à Ele. A salvação não é um tipo de trabalho ou ritual. A salvação não é por ser membro de uma igreja. O nome da salvação é Jesus”, concluiu Will.
“Eu vejo a fidelidade de Deus, quando a Palavra é pregada. A Palavra de Deus nunca volta vazia. E Ele chama as pessoas pelo nome. Fico sempre maravilhado, porque Deus é fiel na Sua Palavra pregada e permite que as pessoas responda a ela”, disse Will Graham.
“Eu vi Deus fazer coisas incríveis. Eu só peço que orem por aqueles que tomaram a decisão de seguir Jesus Cristo, eles serão monitorados na igreja local e vão crescer em seu novo relacionamento com Jesus Cristo”, disse o evangelista Graham.

O TABERNÁCULO E SUAS CERIMÔNIAS 1ª PARTE

Foi comunicada a Moisés, enquanto se achava no monte com Deus, esta ordem: “E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êxo. 25:8), e foram dadas instruções completas para a construção do tabernáculo. Em virtude de sua apostasia, os israelitas ficaram despojados da bênção da presença divina, e por algum tempo impossibilitaram a construção de um santuário para Deus, entre eles. Mas, depois de novamente haverem sido recebidos no favor do Céu, o grande líder procedeu à execução da ordem divina.
Homens escolhidos foram especialmente dotados por Deus de habilidade e sabedoria para a construção do sagrado edifício. O próprio Deus deu a Moisés o plano daquela estrutura, com instruções específicas quanto ao seu tamanho e forma, materiais a serem empregados, e cada peça que fazia parte do aparelhamento que deveria a mesma conter… Deus expôs perante Moisés, no monte, uma visão do santuário celestial, e mandou-lhe fazer todas as coisas de acordo com o modelo a ele mostrado. Todas estas instruções foram cuidadosamente registradas por Moisés, que as comunicou aos chefes do povo.
Para a edificação do santuário, grandes e dispendiosos preparativos eram necessários; grande quantidade dos materiais mais preciosos e caros era exigida; todavia o Senhor apenas aceitava ofertas voluntárias. “De todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a Minha oferta” (Êxo. 25:2), foi a ordem divina repetida por Moisés à congregação. A devoção a Deus e o espírito de sacrifício eram os primeiros requisitos ao preparar-se uma morada para o Altíssimo.
Todo o povo correspondeu unanimemente. “E veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação; e para todo o seu serviço, e para os vestidos santos. E assim vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração: trouxeram fivelas, e pendentes, e anéis, e braceletes, todo o vaso de ouro; e todo o homem oferecia oferta de ouro ao Senhor.” Êxo. 35:21 e 22.
“E todo o homem que se achou com azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles de teixugos, os trazia; todo aquele que oferecia oferta alçada de prata ou de metal, a trazia por oferta alçada ao Senhor; e todo aquele que se achava com madeira de setim, a trazia para toda a obra do serviço.
“E todas as mulheres sábias de coração fiavam com as suas mãos, e traziam o fiado, o azul e a púrpura, o carmesim, e o linho fino. E todas as mulheres, cujo coração as moveu em sabedoria, fiavam os pêlos das cabras. E os príncipes traziam pedras sardônicas, e pedras de engastes para o éfode e para o peitoral, e especiarias, e azeite para a luminária, e para o óleo da unção, e para o incenso aromático.” Êxo. 35:23-28.
Enquanto a construção do santuário estava em andamento, o povo, velhos e jovens – homens, mulheres e crianças – continuou a trazer suas ofertas até que aqueles que tinham a seu cargo o trabalho acharam que tinham o suficiente, e mesmo mais do que se poderia usar. E Moisés fez com que se proclamasse por todo o acampamento: “Nenhum homem nem mulher faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais.” Êxo. 36:6. As murmurações dos israelitas e as visitações dos juízos de Deus por causa de seus pecados, estão registradas como advertência às gerações posteriores. E sua devoção, zelo e liberalidade, são um exemplo digno de imitação. Todos os que amam o culto a Deus, e prezam as bênçãos de Sua santa presença, manifestarão o mesmo espírito de sacrifício ao preparar-se uma casa onde Ele possa encontrar-Se com eles. Desejarão trazer ao Senhor uma oferta do melhor que possuem. Uma casa construída para Deus não deve ser deixada em dívida, pois desta maneira Ele é desonrado. Uma porção suficiente para realizar o trabalho deve ser dada livremente, a fimde que os operários digam, como fizeram os construtores do tabernáculo: “Não tragais mais ofertas.”
CONTINÚA…


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O TABERNÁCULO E SUAS CERIMÔNIAS 2ª PARTE

O tabernáculo foi construído de tal maneira que podia ser todo desmontado e levado com os israelitas em todas as suas jornadas. Era, portanto, pequeno, não tendo mais de vinte metros de comprimento, e seis de largura e altura. Contudo, era uma estrutura magnificente. A madeira empregada para a edificação e seu aparelhamento era a acácia, menos sujeita a arruinar-se do que qualquer outra que se podia obter no Sinai. As paredes consistiam em tábuas verticais colocadas em encaixes de prata, e mantidas firmemente por colunas e barras que as ligavam; e todas estavam cobertas de ouro, dando ao edifício a aparência de ouro maciço. O teto era formado de quatro jogos de cortinas, sendo a mais interior de “linho fino torcido, e azul, púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada” (Êxo. 26:1); as outras três eram respectivamente de pêlo de cabras, pele de carneiro tingida de vermelho, e pele de teixugo, dispostas de tal maneira que proporcionassem proteção completa.

O edifício era dividido em dois compartimentos por uma rica e linda cortina, ou véu, suspensa de colunas chapeadas de ouro; e um véu semelhante fechava a entrada ao primeiro compartimento. Estes véus, como a cobertura interior que formava o teto, eram das mais belas cores, azul, púrpura e escarlata, lindamente dispostas, ao mesmo tempo que trabalhados a fios de ouro e prata havia neles querubins para representarem a hoste angélica, que se acha em conexão com o trabalho do santuário celestial, e são espíritos ministradores ao povo de Deus na Terra…
A tenda sagrada ficava encerrada em um espaço descoberto chamado o pátio, que estava rodeado de cortinas ou anteparos, de linho fino, suspensos de colunas de cobre. A entrada para este recinto ficava na extremidade oriental. Era fechado com cortinas de custoso material e bela confecção, se bem que inferiores às do santuário. Sendo os anteparos do pátio apenas da metade da altura das paredes do tabernáculo aproximadamente, o edifício podia ser perfeitamente visto pelo povo do lado de fora. No pátio, e bem perto da entrada, achava-se o altar de cobre para as ofertas queimadas, ou holocaustos. Sobre este altar eram consumidos todos os sacrifícios feitos com fogo ao Senhor, e as suas pontas eram aspergidas com o sangue expiatório. Entre o altar e a porta do tabernáculo, estava a pia, que também era de cobre, feita dos espelhos que tinham sido ofertas voluntárias das mulheres de Israel. Na pia os sacerdotes deveriam lavar as mãos e os pés sempre que entravam nos compartimentos sagrados ou se aproximavam do altar para oferecerem uma oferta queimada ao Senhor.
No primeiro compartimento, ou lugar santo, estavam a mesa dos pães da proposição, o castiçal ou candelabro, e o altar de incenso. A mesa com os pães da proposição ficava do lado do norte. Com a sua coroa ornamental era ela coberta de ouro puro. Sobre esta mesa os sacerdotes deviam cada sábado colocar doze pães, dispostos em duas colunas, e aspergidos com incenso. Os pães que eram removidos, sendo considerados santos, deviam ser comidos pelos sacerdotes. Do lado do sul estava o castiçal de sete ramos, com as suas sete lâmpadas. Seus ramos eram ornamentados com flores artisticamente trabalhadas, semelhantes a lírios, e o todo era feito de uma peça de ouro maciço. Não havendo janelas no tabernáculo, nunca ficavam apagadas todas as lâmpadas a um tempo, mas espargiam sua luz dia e noite. Precisamente diante do véu que separava o lugar santo do santíssimo e da presença imediata de Deus, achava-se o áureo altar de incenso. Sobre este altar o sacerdote devia queimar incenso todas as manhãs e tardes; suas pontas eram tocadas com o sangue da oferta para o pecado, e era aspergido com sangue no grande dia de expiação. O fogo neste altar fora aceso pelo próprio Deus, e conservado de maneira sagrada. Dia e noite o santo incenso difundia sua fragrância pelos compartimentos sagrados, e fora, longe, em redor do tabernáculo.
Além do véu interior estava o santo dos santos, onde se centralizava a cerimônia simbólica da expiação e intercessão, e que formava o elo de ligação entre o Céu e a Terra. Nesse compartimento estava a arca, uma caixa feita de acácia, coberta de ouro por dentro e por fora, e tendo uma coroa de ouro em redor de sua parte superior. Fora feita para ser o receptáculo das tábuas de pedra, sobre as quais o próprio Deus escrevera os Dez Mandamentos. Daí o ser ela chamada a arca do testemunho de Deus, ou a arca do concerto, visto que os Dez Mandamentos foram a base do concerto feito entre Deus e Israel.
A cobertura da caixa sagrada chamava-se propiciatório. Este era feito de uma peça inteiriça de ouro, e encimado por querubins do mesmo metal, ficando um de cada lado. Uma asa de cada anjo estendia-se ao alto, enquanto a outra estava fechada sobre o corpo em sinal de reverência e humildade. Ezeq. 1:11.
Continua…
Fonte: Patriarcas e Profetas, Ellen Gold White, págs. 347 e 348

O TABERNÁCULO DE MOISÉS E SUAS CERIMÔNIAS 3ª PARTE

A posição dos querubins, tendo o rosto voltado um para o outro, e olhando reverentemente abaixo para a arca, representava a reverência com que a hoste celestial considera a lei de Deus, e seu interesse no plano da redenção.
Acima do propiciatório estava o shekinah, manifestação da presença divina; e dentre os querubins Deus tornava conhecida a Sua vontade. Mensagens divinas às vezes eram comunicadas ao sumo sacerdote por uma voz da nuvem. Algumas vezes uma luz caía sobre o anjo à direita, para significar aprovação ou aceitação; ou uma sombra ou nuvem repousava sobre o que ficava ao lado esquerdo, para revelar reprovação ou rejeição.
A lei de Deus, encerrada na arca, era a grande regra de justiça e juízo. Aquela lei sentenciava a morte ao transgressor; mas acima da lei estava o propiciatório, sobre o qual se revelava a presença de Deus, e do qual, em virtude da obra expiatória, se concedia o perdão ao pecador arrependido. Assim …”a misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram”. Sal. 85:10.
Nenhuma linguagem pode descrever a glória do cenário apresentado dentro do santuário – as paredes chapeadas de ouro que refletiam a luz do áureo castiçal, os brilhantes matizes das cortinas ricamente bordadas com seus resplendentes anjos, a mesa e o altar de incenso, brilhante pelo ouro; além do segundo véu a arca sagrada, com os seus querubins, e acima dela o santo shekinah, manifestação visível da presença de Jeová; tudo não era senão um pálido reflexo dos esplendores do templo de Deus no Céu, o grande centro da obra pela redenção do homem.
Aproximadamente meio ano foi ocupado na construção do tabernáculo. Quando este se completou, Moisés examinou toda a obra dos construtores, comparando-a com o modelo a ele mostrado no monte, e com as instruções que de Deus recebera. “Como o Senhor a ordenara, assim a fizeram; então Moisés os abençoou.” Êxo. 39:43. Com ávido interesse as multidões de Israel juntaram-se em redor para ver a estrutura sagrada. Enquanto estavam a contemplar aquela cena com satisfação reverente, a coluna de nuvem pairou sobre o santuário e, descendo, envolveu-o. “E a glória do Senhor encheu o tabernáculo.” Êxo. 40:34. Houve uma revelação da majestade divina, e por algum tempo mesmo Moisés não pôde entrar ali. Com profunda emoção o povo viu a indicação de que a obra de suas mãos fora aceita. Não houve ruidosas manifestações de regozijo. Temor solene repousava sobre todos. Mas sua alegria de coração transbordou em lágrimas de regozijo, e murmuravam em voz baixa ardorosas palavras de gratidão de que Deus houvesse condescendido em habitar com eles.
Por determinação divina a tribo de Levi foi separada para o serviço do santuário. Nos tempos primitivos cada homem era o sacerdote de sua própria casa. Nos dias de Abraão, o sacerdócio era considerado direito de primogenitura do filho mais velho. Agora, em lugar dos primogênitos de todo o Israel, o Senhor aceitou a tribo de Levi para a obra do santuário.
Por meio desta honra distinta manifestou Ele Sua aprovação à fidelidade da mesma, tanto por aderir ao Seu serviço como por executar Seus juízos quando Israel apostatou com o culto ao bezerro de ouro. O sacerdócio, todavia, ficou restrito à família de Arão. A este e seus filhos, somente, permitia-se ministrar perante o Senhor; o resto da tribo estava encarregada do cuidado do tabernáculo e de seu aparelhamento, e deveria auxiliar os sacerdotes em seu ministério, mas não deveria sacrificar, queimar incenso, ou ver as coisas sagradas antes que estivessem cobertas.
De acordo com as suas funções, foi indicada ao sacerdote uma veste especial. “Farás vestidos santos a Arão teu irmão, para glória e ornamento” (Êxo. 28:2) – foi a instrução divina a Moisés. A veste do sacerdote comum era de linho alvo, e tecida em uma só peça. Estendia-se até quase aos pés, e prendia-se à cintura por um cinto branco de linho, bordado de azul, púrpura e vermelho. Um turbante de linho, ou mitra, completava seu traje exterior. A Moisés, perante a sarça ardente, foi determinado que tirasse as sandálias, porque a terra em que estava era santa. Semelhantemente os sacerdotes não deveriam entrar no santuário com sapatos nos pés. Partículas de pó que a eles se apegavam, profanariam o lugar santo. Deviam deixar os sapatos no pátio, antes de entrarem no santuário, e também lavar tanto as mãos como os pés, antes de ministrarem no tabernáculo, ou no altar dos holocaustos. Desta maneira ensinava-se constantemente a lição de que toda a contaminação devia ser removida daqueles que se aproximavam da presença de Deus.
As vestes do sumo sacerdote eram de custoso material e de bela confecção, em conformidade com a sua elevada posição. Em acréscimo ao traje de linho do sacerdote comum, usava uma vestimenta de azul, também tecida em uma única peça. Ao longo das fímbrias era ornamentada com campainhas de ouro, e romãs de azul, púrpura e escarlate. Por sobre isto estava o éfode, uma vestidura mais curta, de ouro, azul, púrpura, escarlate e branco. Era preso por um cinto das mesmas cores, belamente trabalhado. O éfode não tinha mangas, e em suas ombreiras bordadas de ouro achavam-se colocadas duas pedras de ônix, que traziam os nomes das doze tribos de Israel.
Sobre o éfode estava o peitoral, a mais sagrada das vestimentas sacerdotais. Este era do mesmo material que o éfode. Era de forma quadrada, media um palmo, e estava suspenso dos ombros por um cordão de azul, por meio de argolas de ouro. As bordas eram formadas de uma variedade de pedras preciosas, as mesmas que formam os doze fundamentos da cidade de Deus. Dentro das bordas havia doze pedras engastadas de ouro, dispostas em fileiras de quatro, e como as das ombreiras, tendo gravados os nomes das tribos. As instruções do Senhor foram: “Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do Senhor continuamente.” Êxo. 28:29. Assim ” o Mashiach”, o grande Sumo Sacerdote, pleiteando com Seu sangue diante do Pai, em prol do pecador, traz sobre o coração o nome de toda alma arrependida e crente. Diz o salmista: “Eu sou pobre e necessitado; mas o Senhor cuida de mim.” Sal. 40:17.
À direita e à esquerda do peitoral havia duas grandes pedras de grande brilho. Estas eram conhecidas por Urim e Tumim. Por meio delas fazia-se saber a vontade de Deus pelo sumo sacerdote. Quando se traziam perante o Senhor questões para serem decididas, uma auréola de luz que rodeava a pedra preciosa à direita, era sinal do consentimento ou aprovação divina, ao passo que uma nuvem que ensombrava a pedra à esquerda, era prova de negação ou reprovação.
A mitra do sumo sacerdote consistia no turbante de alvo linho, tendo presa ao mesmo, por um laço de azul, uma lâmina de ouro que trazia a inscrição: “Santidade ao Senhor.” Êxo. 28:36. Todas as coisas ligadas ao vestuário e conduta dos sacerdotes deviam ser de molde a impressionar aquele que as via, dando-lhe uma intuição da santidade de Deus, santidade de Seu culto, e pureza exigida daqueles que iam à Sua presença…
Nenhum olho mortal a não ser o do sumo sacerdote devia ver o compartimento interno do santuário. Apenas uma vez ao ano podia o sacerdote entrar ali, e isto depois da mais cuidadosa e solene preparação. Com tremor entrava perante Deus, e o povo, com reverente silêncio, aguardava a sua volta, tendo erguido o espírito em oração fervorosa pela bênção divina. Diante do propiciatório o sumo sacerdote fazia expiação por Israel; e na nuvem de glória Deus Se encontrava com ele. Sua demora ali, além do tempo costumeiro, enchia-os de receio de que, por causa de seus pecados ou dos dele, houvesse sido morto pela glória do Senhor.
O culto cotidiano consistia no holocausto da manhã e da tarde, na oferta de incenso suave no altar de ouro, e nas ofertas especiais pelos pecados individuais. E também havia ofertas para os sábados, luas novas e solenidades especiais.

Toda manhã e tarde, um cordeiro de um ano era queimado sobre o altar, com sua apropriada oferta de manjares, simbolizando assim a consagração diária da nação a Jeová, e sua constante necessidade do sangue expiatório… Deus ordenara expressamente que toda oferta apresentada para o ritual do santuário fosse “sem mácula”. Êxo. 12:5. Os sacerdotes deviam examinar todos os animais levados para sacrifício, e rejeitar todo aquele em que se descobrisse algum defeito. Apenas uma oferta “sem mácula” poderia ser um símbolo da perfeita pureza dAquele que Se ofereceria como “um cordeiro imaculado e incontaminado”…

Ellen Gold White, Patriarcas e Profetas, págs. 348 a 352.

O TABERNÁCULO DE MOISÉS E SUAS CERIMÔNIAS – QUARTA PARTE

Aqueles que O amam de todo o coração, desejarão dar-Lhe o melhor serviço de sua vida, e estarão constantemente procurando pôr toda a faculdade de seu ser em harmonia com as leis que promoverão sua habilidade para fazerem a Sua vontade.
Na oferta do incenso o sacerdote era levado mais diretamente à presença de Deus do que em qualquer outro ato do ministério diário. Como o véu interno do santuário não se estendia até ao alto do edifício, a glória de Deus, manifestada por cima do propiciatório, era parcialmente visível no primeiro compartimento. Quando o sacerdote oferecia incenso perante o Senhor, olhava em direção à arca; e, subindo a nuvem de incenso, a glória divina descia sobre o propiciatório e enchia o lugar santíssimo, e muitas vezes ambos os compartimentos, de tal maneira que o sacerdote era obrigado a afastar-se para a porta do santuário. Como naquele cerimonial típico o sacerdote olhava pela fé ao propiciatório que não podia ver, assim o povo de Deus deve hoje dirigir suas orações a … seu grande Sumo Sacerdote que, invisível aos olhares humanos, pleiteia em seu favor no santuário celestial.
O incenso que subia com as orações de Israel, representa os méritos e intercessão de Mashiadh. Sua perfeita justiça, que pela fé é atribuída ao Seu povo, e que unicamente pode tornar aceitável a Deus o culto de seres pecadores. Diante do véu do lugar santíssimo, estava um altar de intercessão perpétua; diante do lugar santo, um altar de expiação contínua. Pelo sangue e pelo incenso deveriam aproximar-se de Deus – símbolos aqueles que apontam para o grande Mediador, por intermédio de quem os pecadores podem aproximar-se de Jeová, e por meio de quem unicamente, a misericórdia e a salvação podem ser concedidas à alma arrependida e crente.
Quando os sacerdotes, pela manhã e à tardinha, entravam no lugar santo à hora do incenso, o sacrifício diário estava pronto para ser oferecido sobre o altar, fora, no pátio. Esta era uma ocasião de intenso interesse para os adoradores que se reuniam junto ao tabernáculo. Antes de entrarem à presença de Deus pelo ministério do sacerdote, deviam empenhar-se em ardoroso exame de coração e confissão de pecado. Uniam-se em oração silenciosa, com o rosto voltado para o lugar santo. Assim ascendiam suas petições com a nuvem de incenso, enquanto a fé se apoderava dos méritos do Salvador prometido prefigurado pelo sacrifício expiatório. As horas designadas para o sacrifício da manhã e da tardinha eram consideradas sagradas, e, por toda a nação judaica, vieram a ser observadas como um tempo reservado para a adoração. E, quando, em tempos posteriores, os judeus foram espalhados como cativos em países distantes, ainda naquela hora designada voltavam o rosto para Jerusalém e proferiam suas petições ao Deus de Israel. Neste costume têm os cristãos um exemplo para a oração da manhã e da noite. Conquanto Deus condene um mero ciclo de cerimônias, sem o espírito de adoração, olha com grande prazer àqueles que O amam, prostrando-se de manhã e à noite, a fim de buscar o perdão dos pecados cometidos e apresentar seus pedidos de bênçãos necessitadas.
Os pães da proposição eram conservados sempre perante o Senhor como uma oferta perpétua. Assim, era isto uma parte do sacrifício cotidiano. Era chamado o pão da proposição, ou “pão da presença”, porque estava sempre diante da face do Senhor. Êxo. 25:30. Era um reconhecimento de que o homem depende de Deus, tanto para o pão temporal como o espiritual, e de que este é recebido apenas pela mediação de Cristo. Deus alimentara Israel no deserto com pão do Céu e ainda dependiam eles de Sua generosidade tanto para o pão temporal como para as bênçãos espirituais… O incenso era posto sobre os pães. Quando o pão era retirado cada sábado, para ser substituído por outro, fresco, o incenso era queimado sobre o altar, em memória, perante Deus.
A parte mais importante do ministério diário era a oferta efetuada em prol do indivíduo. O pecador arrependido trazia a sua oferta à porta do tabernáculo e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. Pela sua própria mão era então morto o animal, e o sangue era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimônia, mediante o sangue, o pecado era figuradamente transferido para o santuário. Nalguns casos o sangue não era levado ao lugar santo; mas a carne deveria então ser comida pelo sacerdote, conforme instruiu Moisés aos filhos de Arão, dizendo: “O Senhor a deu a vós, para que levásseis a iniqüidade da congregação.” Lev. 10:17. Ambas as cerimônias simbolizavam semelhantemente a transferência do pecado, do penitente para o santuário.
Tal era a obra que dia após dia continuava, durante o ano todo. Os pecados de Israel, sendo assim transferidos para o santuário, ficavam contaminados os lugares santos, e uma obra especial se tornava necessária para sua remoção. Deus ordenara que se fizesse expiação por cada um dos compartimentos sagrados, assim como pelo altar, para o purificar “das imundícias dos filhos de Israel”, e o santificar. Lev. 16:19.
Uma vez ao ano, no grande dia da expiação, o sacerdote entrava no lugar santíssimo para a purificação do santuário. O cerimonial ali efetuado completava o ciclo anual do ministério.
No dia da expiação dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e lançavam-se sortes sobre eles, “uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário”. O bode sobre o qual caía a primeira sorte deveria ser morto como oferta pelos pecados do povo. E o sacerdote deveria levar seu sangue para dentro do véu, e aspergi-lo sobre o propiciatório. “Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação que mora com eles no meio das suas imundícias.” Lev. 16:16.
“E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária.” Lev. 16:21 e 22. Antes que o bode tivesse desta maneira sido enviado não se considerava o povo livre do fardo de seus pecados. Cada homem deveria afligir sua alma, enquanto prosseguia a obra da expiação. Toda ocupação era posta de lado, e toda a congregação de Israel passava o dia em humilhação solene perante Deus, com oração, jejum e profundo exame de coração.
Importantes verdades concernentes à obra expiatória eram ensinadas ao povo por meio deste serviço anual. Nas ofertas para o pecado apresentadas durante o ano, havia sido aceito um substituto em lugar do pecador; mas o sangue da vítima não fizera completa expiação pelo pecado. Apenas provera o meio pelo qual este fora transferido para o santuário. Pela oferta do sangue, o pecador reconhecia a autoridade da lei, confessava a culpa de sua transgressão, e exprimia sua fé nAquele que tiraria o pecado do mundo; mas não estava inteiramente livre da condenação da lei. No dia da expiação, o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta para a congregação, ia ao lugar santíssimo com o sangue e o aspergia sobre o propiciatório, em cima das tábuas da lei. Assim se satisfaziam os reclamos da lei, que exigia a vida do pecador. Então, em seu caráter de mediador, o sacerdote tomava sobre si os pecados e, saindo do santuário, levava consigo o fardo das culpas de Israel. À porta do tabernáculo colocava as mãos sobre a cabeça do bode emissário e confessava sobre ele “todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados”, pondo-as sobre a cabeça do bode. E, assim como o bode que levava esses pecados era enviado dali; tais pecados, juntamente com o bode, eram considerados separados do povo para sempre. Este era o cerimonial efetuado como “exemplar e sombra das coisas celestiais”…
Ellen Gold White, Patriarcas e Profetas, páginas 353 a 356

JESUS (YESHUA) E A TRADIÇÃO JUDAICA

(Yeshua, diminutivo de Yehoshua, que significa o ‘Eterno’ salvará. O mesmo nome foi transcrito, ao mesmo tempo, como Josué, sucessor de Moshe (Moisés), e como Jesus. Como os chiados e os guturais não existem em grego, Yeshua tornou-se, Iesou, de onde deriva Jesus. André Chouraqui)


Verso para Memorizar:
“Um dos mestres da Torah se aproximou e ouviu o debate. Notando que Yeshua lhes dera uma boa resposta, perguntou-lhe: “Qual é a mitzvah mais importante?”. Yeshua respondeu: “A mais importante é: ‘Sh’ma Yisra’el, Adonai Eloheinu, Adonai echad (Ouve, ó Yisra’el, o Senhor, nosso Deus, o Senhor é um), e você deve amar Adonai, seu Deus, de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e com toda a força, a segunda é esta: ‘Ame o próximo como a si mesmo’. Marcos 12:28 a 31 (BJC-Bíblia Judaica Completa).shema_b112%20pc
JOHN WESLEY opinava que a teologia de qualquer pessoa era influenciada por quatro fatores:
1º a razão.
2º as Escrituras.
3º a tradição.
4º a opinião pessoal.
Não queria dizer, porém, que todos estes aspectos têm, de igual modo, o mesmo grau de autoridade. Ele reconhecia que a Bíblia era o fundamental, mas também reconhecia que a fé individual da pessoa, bem como a sua capacidade de raciocínio e a sua tradição religiosa influenciavam a maneira como a Bíblia é interpretada. Se Wesley voltasse a vida hoje, ficaria chocado ao descobrir que muitos dos teólogos modernos na tradição wesleyana (e igualmente noutras tradições) valorizam a razão, a tradição e a opinião pessoal acima de um claro ensino das Escrituras.
No Judaísmo o chacham, sábio em hebraico, é o erudito da tradição judaica. Este termo é usado principalmente em referência aos sábios que compuseram o Talmude e que foram os herdeiros da tradição oral. O chacham na compreensão do judaísmo dos rabinos é o estudioso ideal, tendo precedência até mesmo sobre os profetas, é um “talmid chacham”, um “estudante sábio”.
A lição desta semana investiga as tradições religiosas sobre as quais os escribas e os Fariseus baseavam muitos dos respetivos ensinos. Os rabis que primeiramente redigiram essas tradições respeitavam grandemente as Escrituras e não tinham qualquer intenção de que essas tradições fossem colocadas acima do estatuto da Palavra de Deus. Contudo, alguns dos seus zelosos discípulos confundiam o método com a mensagem e, ao fazê-lo, deslocaram o foco da divina revelação escrita para a tradição humana.
Domingo
A CADEIRA DE MOSHÉ
Embora os escribas, soferim, e Fariseus, perushim, parecessem dois grupos distintos que, por casualidade, foram postos lado a lado, o mais provável que os escribas fossem uma classe dos Fariseus (ver Atos 23:9). Os Fariseus tornaram-se num grupo conhecido durante o período do Império Grego. Crê-se que era o remanescente de um piedoso grupo judaico, conhecido como os Hasidim, os piedosos, que participaram na luta durante a revolução dos Macabeus contra o reino helenístico de Antíoco Epifânio.
O termo “Fariseu” deriva da palavra hebraica paras, a qual significa “separar”. Numa época em que muitos Judeus se tinham deixado influenciar grandemente pelas culturas pagãs, os Fariseus consideravam ser sua obrigação garantir que fosse ensinada a Torah a todo o homem judeu. Para a realização desta tarefa, criaram a função de rabino, que, literalmente, significa “o meu grande”, “o meu mestre” ou “o meu professor”.
Ao dizer que “na cadeira de Moisés” estavam assentados os escribas e Fariseus, Jesus reconhecia as posições que eles ocupavam como mestres do povo (Mat. 23:2 e 3). Afinal, estes tinham, pelo menos, assumido a responsabilidade de garantir que as pessoas fossem instruídas nos caminhos da Torah.
Jesus e os ricos I
Leia Mattityahu/Mateus 23:1-7. Com base no que é afirmado nestes versículos, qual foi um dos maiores problemas que Yeshua/Jesus teve com os escribas e os Fariseus?
Os fariseus/perushim ao interpretar as Escrituras não a entendiam literalmente como os saduceus e não eram ascetas como os essênios. O ensinamento dos fariseus influenciou fortemente o grupo dos rabinos que começou a tomar a dianteira do Judaísmo a partir da destruição do segundo templo no ano 70 d.C.
Os fariseus/perushim eram extremamente preocupados com regras de pureza ritual ou alimentar e devoção derivada do Templo e seus ritos aplicando-as ao judeu comum, isto esta presente até hoje no Judaísmo rabínico, e procuraram manter preservadas as tradições populares que os judeus foram adquirindo pelas terras onde moravam.
Leia de novo o que Yeshua/Jesus disse acerca dos escribas e Fariseus. Como podemos assegurar-nos de que também nós não nos tornamos culpados de atitudes semelhantes?
Segunda-feira
A Tradição Oral – Torah Oral – Torah she-beal-pé
Embora os escribas e os Fariseus estivessem “na cadeira de Moisés”, a sua fonte de autoridade para a instrução religiosa ultrapassava a Bíblia Hebraica. A ‘Torah’ que os Fariseus utilizavam consistia em interpretações bíblicas dos principais rabis. Tais interpretações não se destinavam a substituir as Escrituras, mas a complementá-las. De início, as interpretações circulavam oralmente; mais tarde os escribas começaram a compila-las em livros.
A primeira publicação oficial das leis rabínicas— surgiram no final do século dois da Era comum, quando o rabi Yehua Ha-Nasi (Judá, o Príncipe) publicou a Mishná. As leis registadas na Mishná refletem cerca de quatro séculos de interpretação rabínica. Entre os rabis que contribuíram para essa compilação incluem-se muitos dos que viveram no tempo de Yeshua/Jesus, sendo os mais notáveis Hillel e Shammai. Havia também Gamaliel, neto de Hillel e professor de Saulo de Tarso, mais tarde chamado Paulo.
Talmude Babilônico
Leia Mattityahu/Mateus 15:1-6. Que questão controversa surge nesta passagem? Que interpretação tentou Yeshua/Jesus corrigir?
Aprendemos na Lição 1 que as leis rabínicas eram chamadas halakah, termo que significa “caminhar”. Os rabis achavam que, se uma pessoa andasse nos caminhos das leis menores, ela andaria também no caminho das maiores. Contudo, algures ao longo do percurso, as leis menores começaram a adquirir um status maior e, depois de algum tempo, começou a ser difícil distinguir o que era tradicional do que era bíblico.
O Judaísmo rabínico justifica a crença na autoridade da tradição dos sábios baseado na ideia de que paralelo ao que o Eterno revelou a Moshé e foi escrito na Torah, Ele também revelou outro “conhecimento” que foi transmitido aos sábios e profetas de forma não escrita, isto é, de forma oral e que foi desenvolvido e acrescentado através dos séculos pelas discussões e debates de mestres e alunos Inteligentes.
Ensinam que a tradição oral é a alma da Torah escrita, e sem ela e suas interpretações a Bíblia ficaria sem explicação compreensível.
Não parece que fosse um problema para Yeshua/Jesus os Fariseus terem as suas próprias regras. Contudo, Ele considerou problemática a elevação dessas regras ao estatuto de “doutrina”. Nenhum ser humano tem a autoridade para criar restrições religiosas e elevá-las ao nível de Mandamento Divino. Isto, porém, não quer dizer que grupos de crentes estejam proibidos de criar regulamentos que contribuam para a orientação do comportamento em comunidade. A instrução prática poderia ajudar, em grande medida, as pessoas a guardarem a Torah. No entanto, não se deve consentir nunca que a instrução ocupe o lugar da própria Torah escrita.
Terça-feira
Tradição dos Sábios
Como vimos, alguns dos rabis prestavam tanta atenção às regras e as tradições criadas para promover a guarda da Torah escrita que deixaram de ser capazes de distinguir entre os dois conjuntos de regras.
Passado algum tempo, as palavras dos rabis adquiriram estatuto de “Palavra do Deus vivo”; as pessoas pensavam que eram tão vinculativas como as palavras das Escrituras. Foi muitíssimo provável que, quando os rabis escreveram de início os seus comentários, não tivessem nenhuma intenção de fazer acréscimos as páginas das Escrituras. Contudo, os dedicados discípulos desses rabis consideraram ser seu dever divulgar essas singulares interpretações junto da população judaica.
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Leia de novo Mattityahu/Mateus 15:1 e 2. Em que texto dos primeiros cinco livros de Moisés se baseia a tradição?                          Que importância tem a resposta que você deu? Veja também Marcos 7:3 e 4; Mat. 15:11.
Somos levados a procurar um texto bíblico que ordene: “Tu deves lavar as mãos antes de comer”. Contudo, esta regra de procedimento não teria surpreendido os escribas e os Fariseus quando confrontaram Jesus, pois tornaram bem claro que não era uma questão de os discípulos estarem a violar a Torah escrita, mas, sim, a “tradição dos anciãos”. A veemência com que eles apresentaram a pergunta faz parecer que, para os Fariseus, aquilo se tratava de uma séria violação religiosa.
Os profissionais de saúde e os pais provavelmente gostariam de ter uma razoável justificativa higiênica ou psicológica para a aparente compulsão obsessiva dos Fariseus em lavar as mãos. No entanto, os acadêmicos creem que a questão tinha realmente a ver com a impureza cerimonial. Ao que parece, os Fariseus preocupavam-se muito que as pessoas, ao andarem na sua rotina da vida, tocassem em coisas que as pudessem tornar impuras ou imundas. Consequentemente, se as pessoas comessem sem se lavarem, iriam contaminar-se cerimonialmente ao tocarem nos alimentos.
Considerando o fato de que fundamentaram a sua acusação contra os discípulos de Jesus, podemos chegar a conclusão de que o próprio Yeshua/Jesus não estava em transgressão dessa bem conhecida tradição (Marcos 7:3). Não obstante, Ele estava bem ciente de que os Fariseus estavam a atribuir grande importância a coisas menores.
Leia no Tanach Yesha’yahu/Isaias 29:13. Que princípios bíblicos cruciais são aqui revelados? Que razão torna tão importante que nos lembremos deles?
Quarta-feira
Mitzvah (Mandamento) de Origem Humana
Desde tempos remotos não era permitido colocar por escrito os ensinamentos da tradição oral, devendo ser memorizadas pelos mestres tanaíticos, e transmitidos para seus alunos e assim sucessivamente através das gerações.
A consideração era e ainda é grande, mesmo quando os ensinamentos dos sábios entram em contradição entre si.                          Ainda assim devem ser levados em conta como revelação divina.
Após a destruição do segundo Templo, ano 70 d.C. essa proibição começou a ser revogada devido a ameaça romana de extinção dos mestres tanaíticos, os repetidores, o que colocaria em risco o acervo de conhecimento tradicional adquirido através dos séculos, surgem o Talmude e a Mishná.
O lar judaico passou a ser considerado uma extensão do Templo que fora destruído, o marido representa o kohen/sacerdote e as refeições um tipo de sacrifício apresentado diante do Eterno, tome, por exemplo, o ato de salpicar com sal o pão, chalá, ao por do sol de sexta-feira ao modo como se fazia com o sacrifício em Jerusalém.
Conforme ensina a tradição antes de comer pão, é costume realizar o ritual de lavar as mãos. Não é somente uma mediada higiênica, pois as mãos já devem estar previamente limpas, mas implica em um símbolo de purificação espiritual, para isso usa-se uma jarra de lavagem ritual das mãos: Netilat Iadaim.
“Pode-se fazer isso ao acordar pela manhã para que se remova o espírito impuro residente na ponta dos dedos, antes de orar, antes de comer pão, antes de proferir a bênção sacerdotal e depois de visitar um cemitério ou ter contato com um morto.” (Unterman)
O procedimento é o seguinte: pega-se um recipiente cheio de água e verte-se líquido suficiente (até o punho) sobre a mão direita três vezes e se repete o processo sobre a esquerda. Assim, lavam-se ambas as mãos e se recita a bênção da seguinte maneira, enquanto as mãos vão se secando:
BARUCH ATÁ ADONAI ELOHEINU MELECH HAOLAM, ASHER KIDESHANU BEMITZVOTAV VETZIVANU AL NETILAT IADAIM.
Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus preceitos e nos ordenaste o ritual de lavar as mãos.
lavar as mãos
A questão mais profunda que deveria incomodar a quem busca a D’us é, onde na Torah escrita ou nos profetas e escritos, o Tanach em geral encontra-se tal mitzvah?
Leia Mateus 15:3-6 no contexto de Shemot/Êxodo 20:12; D’varim/Deuteronômio 5:16; Mattityahu/Mateus 19:19; Efésios 6:2. O que estava envolvido na reprovação de Yeshua/Jesus?
Quando os Fariseus confrontaram Yeshua/Jesus acerca do incidente da lavagem das mãos, estavam esperavam que Ele respondesse diretamente sua acusação. Contudo, no Seu estilo singular, Jesus confrontou-os com uma questão que atingiu bem o centro da disputa. Yeshua quis que eles soubessem que o problema não tinha a ver com a lavagem das mãos ou com a devolução do dízimo, mas com a elevação de normas humanas acima de normas divinas. Os Fariseus conseguiam apresentar explicações lógicas para a sua posição sobre a lavagem das mãos. Sem dúvida que, provavelmente, também raciocinavam que canalizar recursos para a causa de D’us, em vez de fazê-lo para o sustento dos respetivos progenitores, era uma expressão sem paralelo do seu amor por Deus.
Embora os Fariseus pudessem ter tido motivos lógicos para os seus atos, D’us não estava esperando que os seres humanos O amassem nos seus próprios termos. Era bom que eles se mostrassem interessados na disciplina e no viver em santidade, mas esse interesse não deveria nunca eclipsar a vontade de D’us.
Os Fariseus deviam ter-se recordado de que as 613 regras registadas na lei de Moisés eram harmoniosas e não contraditórias. Nenhuma dessas leis devia suplantar qualquer outra. Contudo, a sua insistência em seguir a “tradição dos anciãos” invalidava a Palavra de D’us (Mat. 15:6), pelo menos no que a eles próprios dizia respeito. Vendo a si mesmos como os protetores da Torah, eles devem ter ficado chocados, e até escandalizados, pela afirmação de que estavam, de fato, a violar essa                      Lei, tornando até “nulo o seu efeito”, mediante as mesmas tradições com que pensavam estarem a ajudar as pessoas a observar melhor a Torah!
Quinta-feira
JUSTIÇA EXCESSIVA (Mattityahu/Mateus 5:20)
Leia Mattityahu/Mateus 5:17-20. No contexto da lição desta semana, quais são algumas das maneiras como deve ser entendida a admoestação de Jesus em Mattityahu/Mateus 5:20? Veja também Romanos 10:3.
Lido isoladamente, Mattityahu/Mateus 5:20 poderia ser visto como um convite a exceder os Fariseus; isto é, faz o que eles fazem, mas de um modo mais intenso.
Seria, porém, isso o que Yeshua estava a dizer? Felizmente, a resposta a esta interrogação está ao nosso alcance. A lição de ontem salientou que não era invulgar os escribas e Fariseus elevarem a tradição dos sábios acima da Lei de D’us. Jesus teve de lhes dizer que os seus atos invalidavam, de fato, a simples Palavra de D’us. A lição de segunda-feira também mencionava que, embora os escribas e os Fariseus tivessem boas intenções quanto ao que ensinavam, muitos viviam uma vida hipócrita.
Atendendo a este antecedente, não é difícil perceber o verdadeiro sentimento por detrás da afirmação de Jesus. Ele poderia muito bem estar a referir-Se aquilo a que, noutro momento, já tinha feito referência:
“Qualquer, pois, que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus” (Mat. 5:19). Os Fariseus estavam tão fixados na “Torah” oral baseada em conclusões humanas que abertamente violavam a Lei de D’us. A sua justiça tinha por base os seus próprios esforços e, como tal, era defeituosa. Isaias tinha há muito declarado que a justiça humana nada mais é do que trapos de imundícia (Yesha’yahu/Isa. 64:6).
O tipo de justiça que Yeshua promovia era o que tem início no coração. No incidente da lavagem das mãos, Jesus salientou o erro dos Fariseus, citando de Yesha’yahu/Isaias 29:13: “Este povo… com os seus lábios Me honra, mas o seu coração está longe de Mim”, A justiça que Deus pretende penetra mais profundamente do que os atos visíveis.
Jesus apela a uma justiça que exceda aquilo que os Fariseus pensavam que eles próprios possuíam. A justiça que tem valor não se obtém preenchendo todos os itens de uma lista de deveres; aquela só pode ser obtida mediante a fé na obra do Mashiach de Israel e reclamando para nós mesmos a Sua justiça. É uma justiça que resulta de uma total entrega do eu e de uma compreensão veemente de que precisamos dEle como nosso Substituto e exemplo.
Judaísmo V
Leia em sua Bíblia Judaica Completa, Romanos 10:3. De que modo este texto nos ajuda a ver o que está envolvido na verdadeira justiça?
Sexta-feira
ESTUDO ADICIONAL:
“Na cadeira de Moisés”, disse ele, “estão assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam.” Mat. 23:2 e 3. Os escribas e fariseus pretendiam achar-se investidos de divina autoridade idêntica à de Moisés. Arrogavam-se seu lugar como expositores da lei e juízes do povo. Como tais, exigiam do mesmo a mais completa deferência e submissão. Yeshua mandou que Seus ouvintes fizessem aquilo que os rabis ensinassem de acordo com a lei, mas não lhes seguissem o exemplo. Eles próprios não praticavam o que ensinavam.
E ensinavam muito que era contrário às Escrituras. Disse Jesus: “Atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los.” Mat. 23:4. Os fariseus impunham uma multidão de regulamentos, com base na tradição, os quais restringiam irrazoavelmente a liberdade pessoal. E certas porções da lei explicavam de maneira a impor ao povo observância que eles próprios, secretamente, passavam por alto, e das quais, quando convinha aos seus desígnios, pretendiam na verdade estar isentos.
Fazer ostentação de sua piedade, eis seu constante objetivo. Coisa alguma era considerada demasiado sagrada para servir a esse fim. D’us dissera a Moisés com referência a Suas ordenanças: “Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeira entre os teus olhos.” Deut. 6:8. Essas palavras têm profunda significação. À medida que a Palavra de D’us é meditada e posta em prática, o homem todo é enobrecido. Num trato justo e misericordioso, as mãos revelarão, como um selo, os princípios da lei divina. Conservar-se-ão limpas de suborno, e de tudo quanto é corrompido e enganoso. Serão ativas em obras de amor e compaixão. Os olhos, dirigidos para um nobre fito, serão limpos e leais. O semblante expressivo, o eloquente olhar, testificarão do irrepreensível caráter daquele que ama e honra a Palavra divina. Pelos judeus dos dias de Yeshua, porém, todas estas coisas não eram discernidas.
O mandamento dado a Moisés fora interpretado no sentido de que os preceitos da Escritura deviam ser usados sobre o corpo. Eram, portanto, escritos em tiras de pergaminho e presos, muito ostensivamente, em torno da cabeça e dos punhos. Isso, porém, não fazia com que a lei de D’us se firmasse mais na mente e no coração. Esses pergaminhos eram usados meramente como insígnias, para chamar a atenção. Supunha-se que davam aos que os usavam um ar de devoção que imporia reverência ao povo. Jesus desferiu um golpe nessa vã pretensão:Judaismo.wmf I
“Fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas de seus vestidos, e amam os primeiros lugares nas ceias, e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens – Rabi, Rabi.
Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Mashiach, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na Terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos Céus. Nem vos chameis mestres, porque só um é o vosso Mestre, que é o Mashiach.” Mat. 23:5-10.
Em palavras assim positivas revelou o Salvador as ambições egoístas que sempre buscavam lugar e poder, exibindo uma fictícia humildade, enquanto o coração estava cheio de avareza e inveja. Ao serem as pessoas convidadas a um banquete, colocavam-se os convivas segundo sua posição, e aqueles a quem se concedia o mais honroso lugar, eram objeto de maiores atenções e favores especiais. Os fariseus sempre estavam manejando para assegurar-se essas honras. Esse costume Jesus censurou. Ellen Gould White, DTN 611 a 613

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