A carta assinada pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, sobre a morte de Kaique dos Santos continua sendo criticada pela precipitação em afirmar que o jovem morreu vítima da homofobia.
Depois de ser criticada pelo pastor Silas Malafaia e outros especialistas em questões públicas e direito, a ministra foi criticada pela secretária de Justiça de São Paulo, Eloisa Arruda, que entendeu a carta como “proselitismo”.
“Lamento que uma situação tão dolorosa tenha sido encaminhada de forma sensacionalista”, disse a secretária ao jornal Folha de São Paulo. “São casos que devem ser tratados com serenidade e seriedade, sem fazer proselitismo com o sofrimento alheio.”
Rosário afirmava no texto que Kaique foi “brutalmente assassinado” por homofobia e cobrava do Congresso uma lei para criminalizar o ódio contra homossexuais. Dias depois a família do adolescente de 17 anos confirmou as primeiras suspeitas sobre suicídio.
Pelo que foi noticiado, Kaique passava por uma desilusão amorosa e, após voltar de uma balada gay em São Paulo, se jogou de um viaduto e morreu. Ele foi encontrado por policiais militares no dia 11 de janeiro.
Em resposta às criticas de Eloisa Arruda, o coordenador-geral de Promoção dos Direitos de LGBT da pasta de Maria do Rosário, Gustavo Bernardes, diz que não houve precipitação.
“Sempre que a ministra e eu nos manifestamos, citamos que confiávamos que as autoridades fariam a apuração correta”, disse ele.
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