domingo, 10 de maio de 2020

ATENÇÃO GALERA DA TERCEIRA IDADE , VAMOS FICAR ATENTOS - Trio é preso por utilizar pandemia do coronavírus para aplicar golpes em idosos

Criminosos foram detidos na Rodovia Régis Bittencourt, em Juquiá, neste sábado (9).

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deteve, neste sábado (9), três homens após sacarem dinheiro da conta de idosos sem o conhecimento deles. De acordo com as autoridades, os criminosos se passavam por funcionários das empresas de cartões de créditos e abordavam os idosos em suas residências, com o pretexto de evitar que eles pagassem filas e se contaminassem com o novo coronavírus, ou afirmando que iriam desbloquear os cartões das vítimas. Eles foram detidos em Juquiá, interior paulista.
Os policiais rodoviários federais afirmam que faziam uma operação de combate ao crime no km 426 da Rodovia Régis Bittencourt, pela manhã, quando abordaram um automóvel de cor prata e placas de São Paulo, conduzido por um cabeleireiro de 28 anos. Ele estava acompanhado por dois jovens, um de 18 e outro de 22 anos.
Devido ao nervosismo do trio, as autoridades relatam que decidiram revistar o veículo. Dentro dele, encontraram R$ 7.950 em dinheiro, 12 maquinetas de cartão de crédito, vários comprovantes de depósito e de transferência, dois cartões de crédito cortados, diversas roupas de grife, além de um celular novo, na caixa. Os suspeitos teriam afirmado que não sabiam de quem eram os cartões.

Ao serem questionados, os policiais afirmam que o trio informou que o dinheiro era fruto de estelionato, praticado no Estado do Rio Grande do Sul, e que os produtos haviam sido comprados com dinheiro da mesma origem.
Informaram que se deslocavam até a casa de vítimas idosas, falavam que seus cartões haviam sido clonados e que precisavam levá-los para averiguar, juntamente com a senha, ou, dependendo do caso, se voluntariavam para sacar dinheiro para as vítimas. Pelos idosos serem do grupo de risco da Covid-19, os suspeitos afirmavam que a ação buscava evitar que eles se contaminassem, forma que faziam diversos saques e compras até o cartão ser bloqueado.
O caso foi encaminhado para Delegacia de Polícia, onde foi feito o registro do boletim de ocorrência por estelionato. Segundo os policiais, o trio foi liberado para responder criminalmente em liberdade. Os bens, dinheiro e maquinetas foram apreendidos.
A PRF orienta que não se deve aceitar ajuda de estranhos na hora de sacar dinheiro ou de resolver pendências bancárias.

sábado, 9 de maio de 2020

JORNAL DIGITAL DO BRASIL EXPLICA - entenda o que é o lockdow

Ministérios Públicos recomendam lockdown para Marabá e Parauapebas ...

Termo definine forma mais rígida de isolamento

 Repórter da Agência Brasil - Brasília
Enquanto em abril a palavra do momento em relação à pandemia do novo coronavírus era o distanciamento social, na última semana um outro termo ganhou visibilidade: o lockdown. A palavra é o correspondente em inglês a confinamento. Mas passou a ser adotada no Brasil pelo seu uso corrente nas discussões internacionais acerca de formas de evitar a circulação de pessoas e a disseminação do vírus.
Agência Brasil define o termo

Um estudo lançado nesta sexta-feira (8) por mais de 60 pesquisadores do Imperial College de Londres, um importante centro de estudos e pesquisas sobre saúde, apontou o lockdown obrigatório como uma medida “que se provou efetiva na contenção da difusão do vírus”.
Ao analisar o caso brasileiro a partir de medidas adotadas em 16 estados no país, os investigadores concluem: “Na falta de intervenções mais fortes, um crescimento substancial futuro da epidemia é esperado nos 16 estados considerados, levando a uma piora da crise de saúde da covid-19.”
Outro estudo do Imperial College, publicado em 30 de março, conduzido pela equipe de resposta à covid-19, mapeou práticas de lockdown em diversos países, como Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Noruega, Espanha, Suíça e Reino Unido.
Os autores classificam o lockdown como “legislações ou regulações relativas à restrição de interação face-a-face, incluindo o banimento de eventos não essenciais, fechamento de escolas e espaços culturais e ordens para que pessoas permaneçam em casa.”
Contudo, os pesquisadores identificaram diferentes manifestações desse tipo de medida em cada país. A Áustria proibiu acesso a locais públicos e reuniões com mais de cinco pessoas, além de recomendar pelo menos 1 metro de distância. A Dinamarca vetou reuniões com mais de 10 pessoas. Na Alemanha, esse limite era de até duas pessoas.
A França exigiu autorização para pessoas saíram de casa, com multa para violações. Na Itália também foi ordenada a permanência em casa, a não ser em caso de viagens essenciais. Na Noruega, somente pessoas que vivem no mesmo lugar podiam sair à rua juntas.  No Reino Unido, encontros com mais de duas pessoas que não eram da mesma casa também eram impossibilitados, sob pena de sanções policiais.

Brasil

No Brasil, o termo é previsto na diretriz até o momento vigente do Ministério da Saúde (MS). O Boletim Epidemiológico nº 8, publicado em 9 de abril, define o lockdown como uma das medidas de distanciamento social. O bloqueio total (como o termo foi traduzido) consiste em cercar um determinado perímetro (estado, cidade ou região), interrompendo toda atividade por um breve período de tempo.
De acordo com a pasta, esse modelo tem como vantagem ser “eficaz para redução da curva de casos e dar tempo para reorganização do sistema em situação de aceleração descontrolada de casos e óbitos”. A desvantagem é o alto custo econômico.
Além dele, são modalidades menos rígidas o distanciamento seletivo e o ampliado.
O primeiro seria aquele focado apenas em pessoas acima de 60 anos ou com doenças crônicas, os grupos de risco, além daquelas que apresentam sintomas da doença. Também conhecido como “isolamento vertical”,  teria como finalidade viabilizar o retorno às atividade laborais, já que não impossibilita a circulação de pessoas em estado aparentemente saudável ou que já passaram pela doença e são consideradas imunizadas.
Já o ampliado, que vem sendo adotado na maior parte dos estados e cidades, prevê que todos os setores fiquem em casa, à exceção dos essenciais, desde que nesses seja garantida higienização e evitada a aglomeração. De acordo com o ministério, o objeto é “reduzir a velocidade de propagação, visando ganhar tempo para equipar os serviços com os condicionantes mínimos de funcionamento: leitos, respiradores, EPI, testes laboratoriais e recursos humanos.”
Após a mudança no comando do MS, o novo titular, Nelson Teich, vem defendendo o que chamou de abordagem “não linear”, com medidas diferentes para locais distintos de acordo com o avanço da doença e a capacidade do sistema de saúde daquele local de tratar os pacientes, incluindo recursos humanos, leitos, equipamentos e suprimentos.
Teich afirmou já ter finalizado a atualização da diretriz divulgada no Boletim Epidemiológico 8, formulada pela equipe de seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta. Mas declarou nesta semana que ainda não havia divulgado as novas orientações por receio de o tema ser transformado em disputa política. Ele reconheceu que, em locais com situação mais grave, o confinamento pode ser uma estratégia necessária.

Estados e municípios

A definição concreta das medidas de distanciamento social cabe aos estados. Assim como nas iniciativas de distanciamento ampliada, há diferentes abordagens no confinamento. Cada governo estadual ou prefeitura está determinando os limites e eventuais formas de sanção.
O governo do Maranhão foi um dos primeiros a empregar o termo, que traduziu como “bloqueio”, em medida que passou a valer na terça-feira (5) na Ilha de São Luís. Foi proibida a circulação, mantidos alguns serviços como mercados, farmácias e circulação de caminhões de carga. O estado registrou na sexta-feira 330 mortes e 5.909 casos confirmados.
O número de usuários de transporte público caiu de 641 mil para 96 mil com a o início do bloqueio. Em entrevista coletiva na sexta-feira, o governador Flávio Dino anunciou para a próxima semana o rodízio de carros na capital, com aqueles de placa com número final par e ímpar podendo circular em determinados dias alternadamente.
“Às vezes ouço crítica de que o lockdown não está funcionando. Há uma ideia falsa, talvez até um desejo de pessoas com más intenções, de que nós iríamos promover uma espécie de regime mais duro do que o penitenciário. Cenas insensatas não serão verificadas. A polícia está  autorizada a adotar medidas coercitivas. Porém, como último caminho. O que estamos visando é o reforço da prevenção”, declarou Dino. 

Pará

No Pará, o confinamento passou a valer na capital Belém e em outras nove cidades na quarta-feira (6) e durará até o dia 17 deste mês. A população foi orientada a somente sair de casa para serviços essenciais. Os municípios foram selecionados pela alta taxa de incidência da pandemia e pela sobrecarga no sistema de saúde. O Pará registrava na sexta-feira 5.524 casos confirmados e 410 mortes.
Supermercados, farmácias, bancos e consultas médicas continuam funcionando, assim como feiras, lojas de construção e serviços de entrega de alimentos. Uma pessoa de cada família poderá ir a esses locais.  O transporte intermunicipal só é permitido para atividade essencial ou tratamento de saúde, o que deve ser comprovado. O uso de máscaras é obrigatório.
Forças de segurança foram escaladas para fazer a fiscalização nas vias públicas. Quem sair às ruas precisa levar documento com foto e comprovante profissional, caso de se trate de um trabalhador de atividade essencial. As pessoas estão sujeitas a sanções que vão de advertência a R$ 150 para pessoas físicas e até R$ 50 mil para empresas.

Ceará

No Ceará, o governo decretou o “isolamento social rígido” na capital Fortaleza, que teve início na sexta-feira e irá até o dia 20 deste mês. Foram montados bloqueios para restringir a circulação em vias da cidade. As forças de segurança atuam para evitar aglomerações. Em vídeo difundido nas redes sociais na quinta-feira (7), o prefeito Roberto Cláudio disse que os serviços de saúde estão no limite da sua capacidade.
“A gente não vai enfrentar o covid-19 apenas abrindo novos leitos. De um lado, vamos criar uma rede nova e ampliada. Mas de outro, temos que prevenir que a doença aconteça. Ao controlar a disseminação vamos ter menos casos que vão demandar internações e que precisarão UTI”, afirmou Cláudio.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, a Câmara de Vereadores de Niterói aprovou o lockdown a partir de segunda-feira (11). Quem estiver nas ruas, praias e praças públicas poderá ser multado. Manterão o direito de sair às ruas os profissionais de atividades essenciais ou quem for adquirir produtos ou serviços relacionados à elas, como compras em supermercados ou farmácias.
Na capital, o prefeito Marcelo Crivella promoveu bloqueios em bairros com maior incidência, como Campo Grande e Bangu. O Ministério Público estadual pediu aos governos estadual e municipal estudos para adoção do lockdown no estado. O órgão se amparou em estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) cuja conclusão recomenda o bloqueio diante do avanço de casos na região metropolitana do estado.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

São Paulo chega a 3,4 mil óbitos por COVID-19

Mundo tem 51 mil mortes por covid-19 - Tribuna do Norte









Total de casos alcança 41,8 mil; estado já tem nove mil pacientes, suspeitos ou confirmados, pelo novo coronavírus

O número de óbitos pelo novo coronavírus no estado de São Paulo chegou a 3.416 nesta sexta-feira (8). A Secretaria da Saúde informa que 210 novas mortes foram registradas nas últimas 24 horas, um aumento de 6,5% em relação ao total do dia desta quinta (7).





Além da capital, mais 170 municípios já notificaram óbitos pela COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. São 2.110 mortes no município de São Paulo, um aumento de 124 em relação a esta quinta-feira (7), e 1.306 óbitos em municípios da Grande São Paulo, interior e litoral, com 86 novas nesta sexta (8).
A quantidade de casos confirmados no estado chegou a 41.830, atingindo 398 municípios, com 17 novos registrando suas primeiras notificações. A enfermidade já é verificada em 61% das cidades do território estadual.
“No mês de abril houve um aumento de 3.300% no ritmo de crescimento nos casos de Coronavírus nos municípios do interior e no litoral do estado de São Paulo, 3.300%. Na região metropolitana um aumento de 770% em apenas 30 dias, em um mês, 770%”, salientou o Governador João Doria, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8).
O Secretário da Saúde, José Henrique Germann, lembrou da importância do isolamento social para conter o avanço dos casos e dos óbitos. “[Hoje temos 41.830 casos], o que mostra um crescimento desde o início da quarentena até aqui e com um agravamento a partir dos últimos 15 dias. E [nesse período] coincidentemente se observou uma maior movimentação de pessoas e caiu a taxa de isolamento para a faixa 50%, 49%, 47%, e que causou provavelmente essas condições que nós estamos vendo aqui hoje”, disse o Secretário.
São mais de 9 mil pacientes internados em São Paulo, sendo 3.474 em UTI e 5.622 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento à COVID-19 é de 70.5% no estado de São Paulo e de 89,6% na Grande São Paulo.

Perfil da mortalidade

Entre as vítimas fatais, estão 1.999 homens e 1.417 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 73,2% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (846 do total), seguida por 60-69 anos (762) e 80-89 (661). Também faleceram 233 pessoas com mais de 90 anos.
Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (473 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (254), 30 a 39 (143), 20 a 29 (33) e 10 a 19 (8), e três com menos de dez anos.
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (59% dos óbitos), diabetes mellitus (43,9%), doença neurológica (11,3%), doença renal (11,3%) e pneumopatia (10,2%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática.
Esses fatores de risco foram identificados em risco: 2.763 pessoas que faleceram por COVID-19 (80,9%) do total. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/.

País registra 751 mortes por covid-19 em 24h e bate novo recorde

Surto de covid-19 no Rio de Janeiro

 Agência Brasil - Brasília 




Com 10.222 novos casos confirmados de covid-19, o Brasil chegou a 145.328 pessoas infectadas, um aumento de 7,5% em relação a ontem, quando foram registradas 135.106 pessoas nessa condição. A atualização foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (8). O número foi o segundo mais alto, abaixo apenas do recorde de quarta-feira(6), quando os novos casos atualizados somaram 10.503. Do total de casos confirmados, 76.134 estão em acompanhamento (52,4%), 59.297 estão recuperados (40,8%) e 1.852 mortes estão em observação.
O Brasil bateu novo recorde de mortes nas últimas 24h, com 751. A marca de 9.897 representou um acréscimo de 8,2% em relação a ontem, quando foram contabilizados 9.146 falecimentos. O número levou a um novo patamar, depois de uma semana na casa dos 600 óbitos ao longo da semana. A letalidade ficou em 6,8%.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta noite, até hoje foram identificadas 107 mil hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), cerca de 606% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste total, 27.086 são por covid-19, sendo 37.101 classificados como não especificados e 38.096 em investigação. Ou seja, o número de hospitalizações pode crescer caso essas investigações atestem o diagnóstico de infecção com o novo coronavírus. 
Sobre o perfil das hospitalizações por covid-19, 54,8% são brancos, 36,3% são pardos, 6,7% são pretos, são 1,9% amarelos e 0,3%, indígenas.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.416). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.503), Ceará (966), Pernambuco (927) e Amazonas (874).  
Além disso, foram registradas mortes no Pará (515), Maranhão (330), Bahia (183), Espírito Santo (165), Minas Gerais (139), Paraíba (114), Alagoas (108), Paraná (106), Rio Grande do Sul (91), Rio Grande do Norte (81), Santa Catarina (63), Amapá (66), Goiás (49), Rondônia (39), Acre (38), Piauí (37), Distrito Federal (37), Sergipe (28), Roraima (16), Mato Grosso (14), Mato Grosso do Sul (11), e Tocantins (9).
Os estados com maior incidência (número de casos por um milhão de habitantes) são o Amapá (2.746), Amazonas (2.588), Roraima (1.684), Ceará (1.638) Acre (1.335) e Pernambuco (1.212).

Leitos

Na entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a secretária substituta de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Cleusa Bernardo, explicou que o órgão não conseguiu êxito nos editais para a contratação de dois mil novos leitos anunciados no mês de abril. Até o momento, foram locados 540 leitos aos estados. 
“A empresa que tinha feito o compromisso de entregar 2.540 leitos não conseguiu. Já estamos no 3º edital para entregar o restante”, explicou.
Além disso, também não saiu, até o momento, o levantamento de ocupação de leitos. No dia 14 de abril, o ministério editou norma que obriga os hospitais a fornecerem essas informações às respectivas secretarias de saúde. 
“Em relação à disponibilização dos leitos, está prevista para semana que vem um painel em que vamos colocar os dados. Dos hospitais, já tivemos preenchimento do sistema por 416 unidades. E por que a dificuldade? Porque os hospitais estão sobrecarregados nos atendimentos. Não é fácil para eles ter tempo de fazer essa informação, eles estão encontrando dificuldades”, justificou Cleusa Bernardo.

De acordo com a gestora, foram habilitados novos 116 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Para cada um, a receita diária será de R$ 1,6 mil. A habilitação consiste no custeio pelo governo federal de leitos abertos pelos estados e municípios. Uma lista de quantos leitos cada estado recebeu pode ser conferida no site do Ministério da Saúde.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Covid-19: Brasil passa dos 135 mil casos confirmados


Total de mortes subiu para 9.146. Recuperados, 55.350

Agência Brasil - Brasília

O Brasil chegou a 135.106  casos confirmadosde covid-19, um aumento de 8% em relação a ontem, quando foram registradas 125.218 mil pessoas nessa condição. A atualização foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (7). O número foi um pouco mais baixo do recorde de ontem, quando os novos casos atualizados somaram 10.503. O total de recuperados subiu para 55.350 - pacientes que não apresentam mais os sintomas da doença. 
O total de mortes subiu para 9.146. A marca representou um acréscimo de 7% em relação a ontem, quando foram contabilizados 8.536 falecimentos por covid-19. Deste total, 121 foram óbitos nos últimos três dias e o restante em dias anteriores mas confirmados nas últimas 24 horas. A letalidade está em 6,8%.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.206). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.394), Ceará (903), Pernambuco (845) e Amazonas (806).
Além disso, foram registradas mortes no Pará (410), Maranhão (305), Bahia (165), Paraná (104), Espírito Santo (155), Minas Gerais (106), Paraíba (101), Alagoas (98), Rio Grande do Sul (90), Rio Grande do Norte (76), Santa Catarina (63), Amapá (61), Goiás (44), Rondônia (37), Acre (36), Piauí (35), Distrito Federal (35), Sergipe (25), Roraima (14), Mato Grosso (13), Mato Grosso do Sul (10), e Tocantins (9).
Boletim epidemiológico covid-19.
Boletim epidemiológico covid-19 - Ministério da Saúde
Os estados com maior incidência (número de casos por um milhão de habitantes) são o Amapá (2.600), Amazonas (2.437), Acre (1.150), Roraima (1.684) Ceará (1.521) e Pernambuco (1.133).
Hoje, a equipe do Ministério da Saúde não concedeu entrevista coletiva sobre os dados ou participou da entrevista coletiva diária no Palácio do Planalto. O titular da pasta, Nelson Teich, apresentou o balanço de medidas em audiência virtual da Câmara dos Deputados.

Cinco sinais de que a sua ansiedade em relação ao coronavírus ficou séria


 da CNN
Ansiedade causada pelo coronavírus pode prejudicar sua saúde

Ansiedade causada pelo coronavírus pode prejudicar sua saúde

Foto: Shutterstock
Lockdowns obrigatórios. Isolamento de amigos e entes queridos. Perda de emprego, renda, estabilidade econômica.





Tempos difíceis agravados pelo medo de um inimigo mortal invisível que ataca através do próprio ar que respiramos.
Assim é a realidade regida pela ansiedade na era do coronavírus para muitas pessoas no mundo inteiro. Enquanto alguns de nós podem estar lidando bem com isso no momento, especialistas temem que nossa resiliência emocional comece a esmorecer conforme a ameaça da Covid-19 perdure.
"Estamos vivendo constantemente com algum nível de medo, num estado de alerta exacerbado, muito semelhante a veteranos do Vietnã e veteranos do Iraque, que vivem isso diariamente", diz a conselheira de trauma Jane Webber, professora de educação de aconselhamento na Kean University em Nova Jersey.
"E nosso sistema nervoso simpático só pode ficar neste estado de sobrecarga, quase frenético, por algum tempo antes de entrar em colapso", diz Webber, que aconselhou sobreviventes e famílias durante as trágicas consequências do 11 de setembro.
"Chamo isto de 'resposta crônica à ameaça' – um estado contínuo de estar em modo hiperalerta de sobrevivência", diz a psicóloga de trauma Shauna Springer, que passou uma década trabalhando com veteranos militares que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático, também conhecido como TEPT.
"A resposta crônica à ameaça é o agravamento de muitos dos mesmos sintomas associados ao estresse pós-traumático – distúrbios do sono, ondas de ansiedade, irritabilidade, dificuldade de concentração e uma resposta intempestiva a gatilhos", diz Springer.
Quais são alguns dos sinais de que nossas habilidades de enfrentamento estão se desgastando e nossas ansiedades podem se tornar mais sombrias e mais perigosas?
Dormir mal
"Quando os pesadelos se tornam uma coisa corriqueira e a qualidade de nosso sono é consistentemente ruim, este é, com frequência, o primeiro sinal de que talvez tenhamos que tomar uma atitude para melhorar nossa saúde mental", diz Springer, autora de um novo livro chamado "Warrior: How to Support Those Who Protect Us” (Guerreiro: Como apoiar aqueles que nos protegem).
Dormir mal é uma faca de dois gumes: A ansiedade não só nos faz dormir mal, como a falta de sono de qualidade pode levar à ansiedade, estresse e depressão, um tipo de impacto circular. A boa notícia é que fazer exercícios e praticar uma boa higiene do sono muitas vezes nos ajudam a colocar tudo nos trilhos novamente.
Concentrar-se em más notícias
Quando nos abrigamos em um lugar, concentrar-se em assistir reportagens alarmantes sobre o crescimento do vírus e a devastação da economia é outro sinal de alerta, de acordo com Springer.

"Se estivermos passando o dia mergulhados nesta ansiedade geral e com medo do que possa acontecer, numa espécie de trincheira esperando más notícias, isto é outra indicação de que as coisas estão entrando numa esfera mais clínica", diz ela.
"E existe a culpa de descontar nossos sentimentos em entes queridos, o que tem probabilidade de acontecer quando você está em espaços restritos com pessoas por um longo período e você não se ajustou a isto."
Perda de interesse e prazer
Um sinal ainda mais sério, diz Springer, é quando perdemos o gosto pela conexão com os outros e paramos de recorrer a amigos e familiares.
"Quando não temos prazer em nada e começamos a nos sentir amortecidos, em vez de nos conectarmos com outros e fazermos coisas que valorizamos ou queremos fazer com nossas vidas, é sinal de que talvez precisemos de ajuda e apoio, diz ela.”
Desamparo ou ansiedade paralisante
Se a atual ameaça da Covid-19 fez ressurgir sentimentos de desamparo, como quando se enfrenta violência em casa, ou uma perda de identidade e propósito após uma demissão ou dispensa de um trabalho, isto também pode ser um sinal crucial de risco, dizem especialistas.

"Um enorme sentimento de desamparo é o que costuma levar a sintomas de trauma", diz Springer. "Aqueles de nós que perderam um emprego podem sentir que perderam a identidade pela ausência dos papeis e relacionamentos que dão sentido à vida e, portanto, sentem-se desamparados. Todos podemos estar em risco."
O desamparo pode se transformar em uma ansiedade sombria e paralisante, que é outro sinal de que precisamos de ajuda.
"A ansiedade paralisante é aquela na qual você se sente constantemente inundado por sentimentos de pânico e este medo sem nome do que pode se desdobrar", diz Springer. "Você não tem a sensação de um futuro esperançoso. A ansiedade cria uma visão de túnel e realmente nos coloca num estado de luta ou fuga”.
"E é quando estamos neste modo de sobrevivência por um período prolongado de tempo que a ansiedade entra numa fase mais sombria e realmente merece apoio clínico", diz ela.
Pensamentos suicidas
Estarmos tão desesperançados e ansiosos a ponto de começarmos a pensar em acabar com nossa vida é, obviamente, um sinal de que é necessário buscar ajuda profissional imediata, dizem especialistas.
"Veteranos militares dizem que isso é quando 'sussurros de nossos demônios' começam a assumir o controle," diz Springer. "Quando começamos a elaborar uma história em nossa cabeça sobre como os outros não vão sentir nossa falta ou que somos um fardo para quem amamos, é um sinal crítico de que precisamos buscar ajuda imediatamente."
O que fazer para se ajudar
Recorra aos outros e conecte-se, só não fisicamente. A primeira coisa a fazer é ficar socialmente conectado com amigos e pessoas queridas mesmo que estejam fisicamente separados. A tecnologia é um ótimo meio para fazermos isto, mas alguns familiares, como avós, podem ser adeptos ao uso do Facebook, Facetime e Zoom, por exemplo.
"Em vez de contar apenas com as mídias sociais, podemos fazer uma lista das 10 ou 20 pessoas com as quais mais nos importamos e colocá-las em nosso telefone em sistema rotativo", diz Springer. "Vamos ligar para uma destas pessoas todos os dias."
A seguir, Springer sugere acrescentar mais pessoas de nosso círculo mais amplo de amigos e relações com quem talvez não tenhamos tanta proximidade e colocar estas pessoas nesta rotina diária de chamadas. Isto é particularmente crítico se você achar que estas pessoas podem estar especialmente isoladas agora.
"Recorrer aos outros e se conectar com pessoas, principalmente aquelas que estão particularmente isoladas, dando a elas espaço para falarem sobre sua experiência e ansiedade durante esta época de ansiedades sem precedentes e então compartilhar nossa própria experiência é como vamos conseguir passar por isto", diz ela. "Quando nos conectamos, sobrevivemos."
Respire fundo. Em sessões de terapia, Webber diz, "a coisa que mais ensinamos é a respiração profunda. É de graça, não custa nada e funciona de verdade."
Eis como fazê-lo adequadamente, diz ela: Respire pelo nariz, segure e então exale bem devagar pela boca como se estivesse respirando por um canudo.
"E quando você exala devagar, melhora todo o quadro da sua vida e reduz seu nervosismo", diz Webber.
Pratique a gratidão. A ciência mostrou que as pessoas que praticam a gratidão são mais felizes e mais otimistas -- e você pode ensinar a si mesmo como fazê-lo com facilidade.
"Uma coisa que eu recomendo a todos em tempos assustadores é escrever duas ou três coisas por dia pelas quais você é grato. Isso muda sua visão do mundo", diz Webber.
"Sou grata por minha filha porque ela está comigo em casa agora. Sou grata por meu filho, o enfermeiro. Sou grata por meu outro filho que descobriu todas as formas possíveis de conseguir comida online existentes na cidade inteira", acrescentou ela com uma risada.
Assuma o controle de seu estado mental. Lute para que a ansiedade não fique mais sombria, sugerem especialistas, assumindo o controle sobre como você pensa.
"Uma das maneiras de fazer isto é pegar uma folha de papel, traçar uma linha no meio e de um lado escrever as coisas que não podemos controlar no momento, e do outro escrever o que podemos controlar", diz Springer. "Aí formamos um plano de ação que nos permite deixar para trás as coisas que não podemos controlar.”
Isto nos impede de "mergulharmos naquele sentimento de desamparo ou, se preferir, apenas sentarmos em nossa trincheira esperando por mais más notícias que virão", diz ela. "Na verdade vamos nos movimentar pelo que queremos fazer de nossas vidas, mesmo que haja circunstâncias bem desafiadoras agora."
Para algumas pessoas isto pode não parecer possível, principalmente se perderam um emprego ou foram dispensados quando a economia chegou a uma interrupção brusca.
"Perder um emprego é um catalisador sísmico, uma das coisas mais estressantes que podem te acontecer," diz Springer. "Mas você pode sentar e ponderar sobre sua situação negativa ou usar o tempo para aprender alguma coisa nova ou se aprofundar ou adquirir algumas habilidades."
Ela aponta os muitos programas de alta qualidade, acessíveis ou gratuitos hoje na internet, que podem agregar habilidades à sua profissão ou até ajudá-lo a fazer a transição para algo novo.
"Assim as pessoas podem usar este tempo para adquirir habilidades e se tornarem mais inteligentes, mais fortes e mais preparadas para quando a força de trabalho realmente se recuperar com potência total", diz Springer.
Estabeleça uma programação. Nossos dias e noites estão se fundindo, e muitas pessoas se veem trabalhando por mais horas, ou se não podem trabalhar, se preocupando com as finanças. Uma maneira de combater isto é estabelecer uma programação que separe trabalho ou busca por trabalho do tempo para a família e o lazer, principalmente exercícios, que são cruciais para turbinar nosso estado mental. A meditação ou o mindfulness também são opções excelentes para o programa dos nossos dias, dizem especialistas.
"Temos que criar rotinas a fim de atravessar este mundo absolutamente surreal neste momento", diz Webber. "Concentre-se nas pequenas coisas, como fazer um almoço de um jeito especial, tricotar, fazer crochê, meditar, praticar mindfulness, yoga ou caminhar ou correr para fazer algo físico para nos ajudar a alcançar um estado mental mais calmo."
Tenha cuidado com a mídia, principalmente mídias sociais. Certifique-se de limitar a quantidade de tempo que você passa assistindo a noticiários, especialmente se você sentir que te deixam ansioso, dizem especialistas. Isto também se aplica a mídias sociais, disse Arthur Evans, CEO da American Psychological Association (Associação Americana de Psicologia), em uma entrevista recente para a seção CSPAN do Washington Journal.
"Há muita desinformação nas mídias sociais", disse Evans. "Quando você junta isto com um monte de informações contraditórias, cria mais ansiedade para as pessoas."
Por exemplo, disse ele, as mídias sociais estão repletas de teorias da conspiração e outras informações erradas que "contradizem o que estamos ouvindo de profissionais que realmente sabem e entendem destas questões... portanto, limitar as informações a fontes confiáveis, fontes nas quais você pode acreditar, funciona muito bem para ajudar a administrar este estresse."
Abra um sorriso. Há muito tempo dizem que "rir é o melhor remédio", e isto se aplica à ansiedade dos nossos tempos, dizem especialistas.
"Lembre-se, você pode estar ansioso e sorrir ao mesmo tempo. É uma coisa fisiológica", diz Webber.
Então, veja filmes engraçados, ouça apresentações cômicas, peça a todos com quem conversa por telefone para te contarem uma piada. Devolva a gentileza fazendo o mesmo com eles.
Seja otimista. Existem tantas incógnitas em relação a esta nova doença que está aterrorizando o mundo. Vai diminuir ao longo dos meses mais quentes de verão? Vai melhorar ou piorar conforme o mundo comece a se abrir novamente? Ou pior, vai retornar com uma vingança no outono e no inverno?
Não deixe que estas incógnitas abalem você ou levem seu otimismo embora, diz Webber.
"Eu acho o otimismo tanto saudável quanto um calcanhar de Aquiles, porque, é claro, ser otimista demais pode te prejudicar", diz ela. "Mas, se eu puder escolher, o otimismo é sempre melhor que o pessimismo. E o otimismo é sempre melhor que o realismo. Se tivermos esperança de que o melhor virá, pode ser que nos decepcionemos, mas essa esperança, creio eu, vai chegar à pessoa que você ama."

Após testes, Flamengo confirma 38 casos de coronavírus, inclusive três jogadores



Da CNN, em São Paulo
Flamengo deve pagar pensão a familiares e vítimas do incêndio no Ninho do Urubu

Flamengo realizou 293 testes para a Covid-19

Foto: Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
 
 
 
 
 
Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (7), o Flamengo informou os resultados de testes para o novo coronavírus (Covid-19) entre seus atletas e funcionários. Segundo o clube, 38 pessoas testaram positivo, inclusive três atletas do elenco principal de futebol.
Sem identificar o nome dos infectados, a nota comunicou que testaram positivo para a Covid-19 seis funcionários do grupo de apoio do Flamengo, dois funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços regulares para o clube, 25 familiares ou pessoas que trabalham em residências de funcionários e jogadores e três atletas do elenco principal.
Ainda segundo o comunicado oficial, outros dois jogadores apresentaram anticorpos IGG positivos.
Entre 30 de abril e 3 de maio, o Flamengo testou 293 pessoas, entre todos os colaboradores da área e empregados e familiares próximos de jogadores e funcionários. 
Segundo o clube, as 38 pessoas que testaram positivo não apresentavam sintomas, se enquadrando na categoria de "positivos assintomáticos". Foram detectadas 11 pessoas que já tinham tido o contato com o vírus previamente, sem sintomas, e já se encontravam com anticorpos IGG positivos.
Os 38 infectados assintomáticos foram colocados em isolamento, com acompanhamento médico diário. O clube realizará novos testes posteriormente e informou que reintegrará seus funcipnários em "prazo seguro" caso apresentem resultados negativos.