quinta-feira, 31 de outubro de 2013

as 95 teses de Martinho Lutero.

Dia 31 de Outubro é comemorado o dia da REFORMA PROTESTANTE

Por amor à verdade e no empenho de elucidá-la, discutir-se-á o seguinte em Wittenberg, sob a presidência do reverendo padre Martinho Lutero, mestre de Artes e de Santa Teologia e professor catedrático desta última, naquela localidade. Por esta razão, ele solicita que os que não puderem estar presentes e debater conosco oralmente o façam por escrito, mesmo que ausentes. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

1 – Ao dizer: “Fazei penitência”, etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2 –  Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3 – No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4 – Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5 O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6 – O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
7 – Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8 – Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9 – Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10 – Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11 – Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12 – Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13 – Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14 – Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.
15 – Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16 – Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17 – Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.
18 – Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19 – Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
20 – Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21 – Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22 – Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23 – Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24 – Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25 – O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26 – O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27 – Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28 – Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29 – E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.
30 – Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31 – Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32 – Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33 – Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.
34 – Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35 – Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.
36 – Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
37 – Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38 – Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.
39 – Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.
40 – A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.
41 – Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42 – Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43 – Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44 – Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45 – Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46 – Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47 – Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48 – Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.
49 – Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50 – Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51 – Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52 – Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53 – São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54 – Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55 – A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56 – Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57 – É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58 – Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59 – S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60 – É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.
61 – Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.
62 – O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63 – Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.
64 – Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.
65 – Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66 – Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67 – As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.
68 – Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.
69 – Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70 – Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.
71 – Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72 – Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73 – Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74 – muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.
75 – A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76 – Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.
77 – A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.
78 – Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.
79 – É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.
80 – Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.
81 – Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.
82 – Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?
83 – Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84 – Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?
85 – Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86 – Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87 – Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?
88 – Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89 – Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90 – Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91 – Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92 – Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: “Paz, paz!” sem que haja paz!
93 – Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: “Cruz! Cruz!”sem que haja cruz!

94 – Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;

95 – e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.
1517 A.D.
“Uns cofiam em carros e cavalos, nós faremos menção do nome do Senhor”

Brasileiro é eleito presidente do Conselho Mundial das SBU


Brasileiro é eleito presidente do Conselho Mundial das SBUBrasileiro é eleito presidente do Conselho Mundial das SBU
A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) anuncia que o seu diretor executivo, Rudi Zimmer, foi eleito presidente do Conselho Mundial das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU).
A escolha de Zimmer aconteceu durante uma reunião da SBU, aliança que congrega 146 Sociedades Bíblicas do mundo, nos dias 14 a 18 de outubro em Swindon, no Reino Unido.
Durante estes dias representantes de diversas sociedades bíblicas puderam votar e escolher os integrantes do Conselho Mundial que passarão a coordenar as Assembleias Gerais.
Além do presidente, o Conselho é formado por outras 20 pessoas, sendo 17 profissionais de Sociedades Bíblicas e quatro das principais igrejas que são servidas pela Aliança: Ortodoxa, Católica, Protestante e Emergente/Pentecostal.
Zimmer já liderava a Diretoria Mundial e conseguiu passar por questões como tecnologia digital, juventude, relações com igrejas e traduções da Bíblia sempre planejando e coordenando trabalhos bem-sucedidos.
“Somos gratos a todos os membros da antiga Diretoria Mundial e ao presidente das SBU, Rev. Robert Cunville, pelo apoio prestado a toda a Aliança, e ao diretor geral das SBU, Michael Perreau, por sua contribuição na liderança da Aliança. Este respaldo tem nos permitido realizar nossa missão, de levar a Palavra de Deus a um número cada vez maior de pessoas”, disse ele ao tomar posse do novo cargo.
Rudi Zimmer é presidente da SBB desde 2005, mas já soma mais de 20 anos de trabalho na empresa. Doutor em Teologia (Th.D.), ele também foi professor de seminário teológico e tem outros diplomas na área de Administração e Letras. Fora esses trabalhos, Zimmer também é pastor luterano e continua exercendo o chamado pastor através de ensinamentos e orientações de estudos bíblicos.


GP

FINAL DOS TEMPOS - Cristãos revoltados após pedofilia ser oficialmente aceita como “opção sexual”


Cristãos revoltados após pedofilia ser oficialmente aceita como “opção sexual”Pedofilia passa a ser oficialmente aceita como "opção sexual"
Em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças. Desde 1886 ela era tratada como um caso de saúde pública.
A Associação Americana de Psiquiatria publicou, em 1952, em seu primeiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais, que a homossexualidade era uma desordem ou transtorno. Após anos de debate entre psiquiatras, em 1973 a Associação Americana de Psiquiatria retirou a opção sexual da lista de transtornos mentais. Pouco depois a Associação Americana de Psicologia adotou a mesma posição.
Esse foi o primeiro passo para que a Organização Mundial de Saúde acatasse essa decisão e mudasse sua situação na classificação internacional de doenças (CID). De lá para cá ativistas LGBT fizeram sucessivas investidas para que a questão gay fosse tratada apenas como “opção sexual”. No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia deixou de considerar a opção sexual como doença em 1985.
Na maioria dos países do mundo, grupos de cristãos tradicionais (evangélicos e católicos) sempre se opuseram a essa abordagem, classificando apenas como uma questão de “escolha” ou simplesmente “pecado”.
Em outubro de 2013, está começando uma nova guerra dos cristãos contra a questão do que é aceitável e inaceitável do ponto de vista médico. A Associação Americana de Psiquiatria acaba de mudar a classificação de pedofilia. De um transtorno, passou a ser uma orientação ou preferência sexual. A mais recente edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição (DSM-V). Trata-se de um manual para diagnóstico de doenças mentais. Ele é usado para definir como é feito o diagnóstico de transtornos mentais.
A pedofilia é definida na nova edição como “uma orientação sexual ou preferência sexual desprovido de consumação, enquanto o ‘distúrbio pedófilo’ é definido como uma compulsão e usado para caracterizar os indivíduos que usam assim a sua sexualidade”. O referencial são crianças com menos de 13 anos de idade.
Grupos cristãos estão se manifestando nos EUA, temendo que ocorra o mesmo processo que aconteceu com a homossexualidade, onde o primeiro passou foi justamente a mudança de classificação da Associação Americana de Psiquiatria.
Por outro lado, associações defensoras da pedofilia, como a B4U-ACT, aprovaram a medida. Paul Christiano, porta-voz do grupo afirma que ficará mais fácil distinguir quem sente atração sexual e quem comete a violência (configurando crime).  Christiano, que é formado em psiquiatria, defende a “autonomia sexual” das crianças, e acredita que “mais educação sexual nas escolas iria ajudá-los a compreender melhor seus limites”.
Sandy Rios, da ONG evangélica Associação da Família Americana, disse em comunicado oficial: “Assim como a Associação Americana de Psiquiatria declarou a homossexualidade uma ‘orientação’ após uma tremenda pressão de ativistas homossexuais em meados dos anos 1970, agora, sob pressão dos ativistas pedófilos, declararam o desejo de fazer sexo com crianças também uma ‘orientação’. Não é difícil ver onde isso vai levar. Mais crianças se tornarão presas sexuais se não agirmos”.
No Brasil, em meio ao debate do Projeto de lei PLC 122, proposto pelo PT, o senador Magno Malta, declarou: “Se aprovarmos um projeto desses, de você ser criminoso por não aceitar a opção sexual de alguém, é como se você estivesse legalizando a pedofilia, o sadomasoquismo, a bestialidade… O advogado do pedófilo vai dizer, senhor juiz a opção sexual do meu cliente é criança de nove anos de idade. O juiz vai decidir como, se está escrito que é crime?”
Esta semana, nos EUA, o Dr. Gregory Popcak , do Instituto de Soluções Pastorais, organização católica dedicada a tratar, do ponto de vista da fé, questões relacionadas ao casamento e a família, alerta: “se chamarmos de ‘orientação’ algo que pode ser utilizado por algum grupo de defesa, acabaremos ouvindo que a pedofilia é “apenas mais uma expressão normal do desejo sexual, o que seria extremamente problemático”.
No início deste ano, um Tribunal Federal da Holanda aprovou a existência da Associação Martijn, defensora do sexo consensual entre crianças e adultos. O veredito oficial reconhece que o trabalho da associação é “contrário à ordem pública, mas não há uma ameaça de desintegração da sociedade”. Com informações Charisma News e Women of Grace.

Operação tenta localizar corpo de sequestrada no sítio do pastor Marcos Pereira


Segundo investigações, as roupas que a sequestrada usava ao ser levada pelo suspeito, foram encontradas em um acampamento a 819 metros do sítio do pastor Marcos Pereira (foto).

Uma operação que conta com integrantes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros tenta localizar, nesta quarta-feira (30), o corpo da manicure Liliane dos Santos, 28, sequestrada no dia 19 de julho, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

As buscas estão sendo realizadas no sítio do pastor Marcos Pereira, amigo do suspeito, Antonio Marcos de Borges, que frequentava o sítio, localizado na mesma cidade onde a vítima teria sido sequestrada.

Segundo investigações da 58ªDP (Posse), de Nova Iguaçu, as roupas que Liliane usava ao ser levada pelo suspeito, depois de sair da academia, no bairro Jardim da Viga, foram encontradas em um acampamento a 819 metros do sítio, no bairro do Tinguá. A polícia suspeita que ela tenha sido enterrada no local.

Junto às roupas da vítima foi encontrada uma Bíblia com textos escritos à mão. A cunhada do suspeito reconheceu a letra de Antonio no livro.

Antonio Marcos morreu em confronto com a polícia, no fim de julho. Ele estava foragido depois de ter recebido o benefício do regime semi-aberto e não voltar mais à prisão. O suspeito havia sido condenado a 27 anos de reclusão por roubo, homicídio, estupro, extorsão e sequestro.

Ele também é suspeito de ser autor do sequestro da publicitária Patrícia Gomes Ávilla, encontrada morta com um tiro na nuca em Queimados, também na Baixada Fluminense, em julho deste ano, antes da morte de Antonio.

O MP-RJ informou que, apesar de as buscas estarem sendo realizadas na propriedade do pastor Marcos Pereira, condenado a 15 anos de prisão por estupro e detido na complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, ele não é suspeito desse crime.

Fonte: UOL

Igrejas evangélicas sofrem interdições por causa de barulho e alegam perseguição religiosa


Igrejas evangélicas vem sofrendo interdições por parte da prefeitura de Araguaína, interior do Tocantins, e reclamam de perseguição religiosa.

O argumento das autoridades locais baseia-se na questão da falta de alvará dos templos e do barulho. Mesmo sem medição dos decibéis dos cultos, duas igrejas foram interditadas pela prefeitura sob alegação de que o som estava acima dos 75 decibéis permitidos por lei.

“Igrejas estão sendo lacradas sem nenhum aviso prévio, casamento está sendo invadido sem nenhum motivo, pregador que prega na rua sendo proibido de pregar. Se isso não for perseguição não existe perseguição”, reclamou o pastor Ildésio Luis Alves, presidente do Conselho de Pastores da cidade.

Outra liderança evangélica local reclama da falta de orientação por parte das autoridades antes da aplicação das multas, mas reconhece que muitas igrejas extrapolam o bom senso no que se refere ao volume do som nos cultos: “Não somos contrários à fiscalização e a cobrança de que a lei seja cumprida, porém cada fiscal que tem o seu entendimento ao seu modo interpreta a lei e nos exige algo que causa essas discrepâncias nas ações. Sou plenamente favorável que estes excessos sejam corrigidos”, afirmou o apóstolo Bueno Júnior em entrevista ao G1.

Falta de Alvará
O pastor Tiago Moreira, líder da igreja Nova Jerusalém, queixou-se do que considerou um abuso: “Fiquei triste, pois a nossa igreja já estava toda construída, com forro, piso, só faltavam as janelas, e o fiscal veio aqui e deu a ordem pra fechar as portas. Nunca ninguém veio aqui na época da construção dizer que faltava isso ou aquilo. Depois de tudo pronto, eles vem e lacram a igreja”, disse Moreira, em entrevista ao Jornal da Missão.

A impressão de perseguição religiosa é compartilhada pelo pastor Luciano Galvão, do Ministério Reinando em Cristo: “Por que essa atitude só com as igrejas evangélicas? Por que não se faz a mesma coisa com bares e festas que tanto incomodam as famílias? Há uma perseguição às igrejas evangélicas de Araguaína. O inimigo está incomodado com a ação da igreja e tenta atrapalhar nosso trabalho sério que recupera vidas para a sociedade. Mas não podemos estranhar atitudes assim, está na Bíblia que isso já aconteceu e que poderia acontecer, mas não vamos nos enfraquecer nem nos intimidar com essas ações”, pontuou Galvão.

O responsável pelo Departamento de Postura e Edificações, Tiago Spacassassi, argumentou que seguiu o que a lei estabelece: “Na época existia uma denúncia, existia uma modificação. O problema continuou e nós fizemos uma interdição temporária para a resolução do problema, ao invés da aplicação da multa”.

31 de outubro: Dia da Reforma Protestante


Hoje, 31 de outubro, é o Dia da Reforma Protestante. Conheça mais sobre a história de Martim Lutero (foto) e o dia em que ele desafiou a Igreja Católica com as suas 95 teses.

Apesar de o mundo tentar apagar esta data trocando pelo dia das bruxas, muitos evangélicos ainda se lembram e celebram este dia que foi um marco na história mundial.

A Reforma protestante foi um movimento iniciado pelo monge agostiniano Martim Lutero, professor de Bíblia da Universidade de Wittenberg, propondo uma reforma na sua Igreja Católica, por causa dos desvios doutrinais das Escrituras Sagradas - da qual a interpretação deveria ser livre - que ele entendia ter autoridade sobre a Igreja e nunca o contrário. A situação foi enfrentada com descaso e a confiança de que a instituição de vários séculos não teria sua influência posta em dúvida e nem sofreria abalo.

Época de mudança nem sempre é percebida por todos. Há 500 anos ou hoje. Ou se percebe e se decide enfrentá-la pela força, como reafirmação do poder baseado no paradigma superado. A tendência é a mente constranger a pluralidade à unidade, para coagir a realidade a adaptar-se à sua racionalidade, explicou o teólogo Raimon Panikkar. Centros de poder relutam em admitir que germes de mudanças surjam na periferia do mundo, de filhos de camponeses e trabalhadores urbanos, e nem que suas propostas teológicas tenham consistência e, ainda menos, que conquistem corações e mentes mundo afora.

Hans Luther fez esforços financeiros para enviar seu filho para escolas em Mansfeld, Magdeburg e Eisenach. Aos dezessete anos, Martim Lutero ingressou na Universidade de Erfurt, tornou-se bacharel em 1502 e concluiu o mestrado em 1505, como o segundo aluno da turma. Atendendo o desejo do pai, inscreveu-se na escola de Direito da mesma Universidade. Mas, após uma grande tempestade com trovões e um raio que caiu próximo do caminho por onde passava, gritou "Ajuda-me, Sant'Ana! E eu me tornarei um monge!" Deixou a faculdade, vendeu seus livros e entrou para a ordem dos Agostinianos.

Lutero dedicou-se ao mosteiro e à ordem, empenhou-se em fazer boas obras para agradar a Deus e servir ao próximo, orando por suas almas. Dedicou-se intensamente à meditação, às autoflagelações, às orações diárias, às peregrinações e às confissões. Mas, quanto mais se esforçava, mais se sentia tomado pela culpa. Seu superior, Johann von Staupitz, decidiu que o jovem precisava de mais trabalho e de contato com a Sagrada Escritura, ordenando que ele iniciasse a carreira acadêmica. Em 1507, Lutero foi ordenado sacerdote, no ano seguinte começou a lecionar Teologia na Universidade de Wittenberg e visitou Roma dois anos depois, a serviço da ordem.

Em outubro de 1512, Lutero recebeu o título de Doutor em Teologia e foi recebido no Senado da Faculdade Teológica com o título de Doutor em Bíblia. Em 1515 foi nomeado vigário de sua ordem, com autoridade sobre onze monastérios. Nesse período, recebeu formação humanista e estudou grego e hebraico, se aprofundou na origem e no significado das palavras das Escrituras, buscadas ad fontes e que veio a utilizar na sua tradução da Bíblia.

Convencido de haver uma distorção no ensino da doutrina da Justificação pela fé, passou a ensinar que a Salvação era concedida por Deus, apenas por sua graça (sola Gratia), a partir da fé (sola Fides) em Jesus Cristo (solus Christus), conforme anunciado pelas Escrituras Sagradas (sola Scriptura). Além das atividades como professor, Lutero atuava como confessor na igreja de Santa Maria e como pregador na igreja do Castelo (Schlosskirche), chamada de Todos os Santos por causa da coleção de relíquias, mantidas pelo Príncipe Frederico, o sábio. Arguto, o jovem teólogo e sacerdote percebeu como os fiéis eram transformados em fregueses, pela venda de indulgências, e por isso escreveu suas 95 teses.

No debate com Johann Eck, em Leipzig (1519), Lutero negou que o Papa tivesse o poder das chaves, a autoridade exclusiva de perdoar pecados, um poder outorgado à Igreja como comunidade da fé. Negou que a salvação fosse exclusiva da Igreja ocidental sob a autoridade do Papa, mas que também existia na Igreja Ortodoxa, oriental. Os debates (disputatio) teológicos propiciavam a difusão das idéias. Da mesma forma os tipos móveis inventados por Gutenberg, para impressão de textos, possibilitaram a ampla circulação dos escritos de Lutero, que alcançaram Holanda, França, Inglaterra e Itália.

Essa publicidade chamou a atenção dos estudantes de teologia, que dirigiam-se a Wittenberg para escutar as preleções de Lutero, que provocavam debates. As controvérsias geradas pelos escritos e debates levaram Lutero a desenvolver sua doutrina do sacramento e da Eucaristia, especialmente através dos seus sermões, também publicados.

Os seus textos mais conhecidos por seu impacto surgiram em 1520: Sobre o Papado em Roma, desenvolvendo o conceito luterano de igreja; o Sermão das Boas Obras, é contrário à doutrina católica das boas obras e dos atos como meio de perdão, mantendo que as obras do crente resultam da salvação e não são meios para conquistá-la, disputa que possibilitou o contato com humanistas como Melanchthon, Reuchlin e Erasmo de Roterdã; À Nobreza Cristã da Nação Alemã" (1520), neutralizando a noção de estamento espiritual (Geystlich Stand), recomendando os cristãos leigos como dignos do mesmo respeito destinado aos sacerdotes e criticando privilégios mundanos do sistema; o Cativeiro Babilônico da Igreja, afirmando a presença real do corpo e do sangue do Cristo na eucaristia, a justificação no batismo - combinado com a fé salvadora no receber - e a penitência como palavra de promessa de desculpas recebidas com fé; e Da Liberdade cristã, afirmando que pela fé o cristão é senhor soberano e em nada sujeito a ninguém, e pelo amor, é servo de todos.

Diante da ameaça de excomunhão, Lutero enviou seu escrito Da Liberdade cristã, com a frase Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus. Queimou a bula em público e o Papa Leão X o excomungou em 1521, com a bula Decet Romanum Pontificem. A execução da proibição foi evitada pela relação do Papa com o príncipe Frederico, da Saxônia, e pelo novo imperador, Carlos V, do Sacro Império Romano Germânico. A paz foi selada 482 depois com uma Declaração Conjunta em 1999.

95 teses

As 95 teses fixadas na porta da Igreja do Castelo (Schlosskirche) são um libelo contra o sistema de perdão parcial ou total do castigo temporal pelos pecados. A indulgência era um documento que assegurava a remissão do castigo imposto a uma pessoa por causa dos seus pecados. Qualquer pessoa poderia adquirir esse documento que assegura a indulgência, para si mesmo e até para um parente já morto que estivesse no Purgatório.

A noção presente nas indulgências é que a Igreja era a responsável pela guarda do tesouro das boas obras praticadas pelos cristãos, a ela ligados. No raciocínio jurídico teológico, ela tinha a autoridade para administrar essa riqueza espiritual, através da qual os pecadores poderiam ser resgatados. A troca se estabelecia através do pagamento de um valor estabelecido, pelo qual o fiel recebia um documento assegurando a salvação dele ou de seu parente. Essa noção se torna mais que chocante, até mesmo ofensiva para Lutero, em razão de toda a teologia que aprendeu e viveu em sua formação agostiniana. Era um abuso que precisava ser corrigido. Por isso a redação de suas teses, debatidas com seus alunos, e divulgadas na porta da Igreja do Castelo, em razão das missas dos dias 1º e 2 de novembro, freqüentadas pelo alto clero e a nobreza.

O frade dominicano Johann Tetzel fora recrutado para viajar através dos territórios episcopais do arcebispo Alberto de Mogúncia, promovendo e vendendo indulgências, com o objetivo de financiar as reformas da Basílica de São Pedro, em Roma. Lutero viu esta estratégia das indulgências como um tráfico e um abuso que poderia confundir as pessoas e levá-las a confiar apenas nas indulgências, deixando de lado a confissão e o arrependimento verdadeiros. Proferiu, então, três sermões contra as indulgências em 1516 e 1517, assumindo a ênfase expressa na tese número 62: o verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo evangelho da glória e da graça de nosso Senhor Jesus Cristo.

O texto fixado na porta da Igreja do Castelo era um convite aberto ao debate dessas teses que condenavam a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso, e pediam um debate teológico sobre o que as Indulgências significavam. O documento não inflama as populações contra as autoridades, mas indaga a postura da Igreja que se dispõe a usar este recurso. Elas foram traduzidas para o alemão e, amplamente copiadas e impressas, tinham sido espalhadas em 15 dias por toda a Alemanha e, em dois meses, por toda a Europa. Este foi o primeiro episódio da História em que a imprensa teve papel fundamental, com a simples distribuição de um documento.

Leia abaixo as 95 teses: 

1 Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2 Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3 No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4 Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5 O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6 O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
7 Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8 Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9 Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10 Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11 Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12 Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13 Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14 Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.
15 Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16 Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17 Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.
18 Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
20 Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21 Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22 Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23 Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24 Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25 O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26 O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27 Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28 Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29 E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.
30 Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31 Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32 Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33 Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.
34 Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35 Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.
36 Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
37 Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38 Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.
39 Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.
40 A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.
41 Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42 Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43 Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44 Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45 Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46 Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47 Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48 Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.
49 Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50 Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51 Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52 Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53 São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54 Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55 A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56 Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57 É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58 Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59 S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60 É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.
61 Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.
62 O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63 Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.
64 Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.
65 Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66 Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67 As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.
68 Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.
69 Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70 Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.
71 Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72 Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73 Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74 muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.
75 A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76 Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.
77 A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.
78 Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.
79 É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.
80 Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.
81 Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.
82 Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?
83 Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84 Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?
85 Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86 Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87 Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?
88 Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89 Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90 Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91 Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92 Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz!
93 Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!
94 Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;
95 e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.

Declaração Conjunta - mais semelhanças que diferenças

A Declaração Conjunta sobre a Justificação (DC), assinada entre católicos e luteranos em 31 de outubro de 1999, começou com o trabalho da Comissão Mista Internacional Católico-Romana e Evangélico-Luterana, realizado desde 1972. No Brasil esse documento chegou para ser debatido num Seminário realizado em Porto Alegre (RS) em 1996, em resposta a uma consulta do Vaticano e da Federação Luterana Mundial (FLM), com objetivo de alcançar consenso em nível internacional. As conferências, debates e o texto da DC foram debatidos em clima de oração e de escuta.

O texto foi saudado com alegria pelo Cardeal Lorscheider. "Chegados a um consentimento sobre a doutrina da justificação, católicos e luteranos poderão dar-se as mãos. Ulteriores questões concernentes à Igreja, aos sacramentos, de modo particular à eucaristia e ao ministério ordenado, poderão ter solução mais fácil e até mais rápida". Marcado pela dualidade, o cristão, "mesmo fundamentalmente inserido em Cristo, encontra-se todavia afetado pelo pecado. É ao mesmo tempo justo e pecador (simul iustus et peccator), como a Igreja é ao mesmo tempo santa e pecadora (sancta simul et semper purificanda - povo santo e pecador!)

O pastor Gottfried Brakemeier, à época presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e da FLM, informou que a Comissão Mista reuniu-se duas vezes na Alemanha para revisar o texto e submetê-lo à aprovação. Para a Comissão, à primeira vista as divergências pareciam irreconciliáveis, especialmente por terem resultado nas condenações recíprocas, contidas nos decretos do Concílio de Trento, cujas atas só foram tornadas públicas na segunda metade do século passado, e no Livro de Concórdia, que reúne as confissões luteranas da época.

Importante avanço foi o Concílio Vaticano II ter reconhecido "sinais de santificação e verdade também fora do âmbito da Igreja Católica Romana, já não mais permitindo a condenação sumária de membros de outras Igrejas. Analogamente as Igrejas Luteranas jamais negaram haver pregação pura do evangelho e administração correta dos sacramentos também na Igreja Católica, critérios estes que segundo a Confissão de Augsburgo identificam a verdadeira Igreja de Jesus Cristo".

O consenso alcançado na DC é um exemplo de unidade na diversidade reconciliada. Ecumenismo sério sempre significa aprendizado. Isso nos dá parâmetros e limites: avanço ecumênico na confissão de fé comum sabe que a unidade em Cristo é anterior às divisões dos cristãos. Sem essa consciência não somos capazes de vencer barreiras de separação. "Portanto ecumenismo não produz a unidade. Cabe-lhe apenas tornar visível a unidade que em Cristo já nos foi dada. Todo o esforço ecumênico entre as Igrejas parte desse consenso fundamental".

Lutero ainda provoca debates

O jornalista e escritor espanhol Jesús Bastante Liébana concedeu entrevista no lançamento de seu livro Cisma, durante a qual afirmou que "o Papa poderia reabilitar Lutero", lembrando que Bento XVI "já concebeu a possibilidade de reabilitar Lutero" e inclusive a de realizar "uma viagem imediata, possivelmente nesta primavera, à Saxônia", região da Alemanha onde Lutero pregou suas teses e traduziu o Novo Testamento ao alemão.

Liébana afirmou que católicos e protestantes "unem-se em muito mais coisas do que as que os separam", circunstância que o Papa "conhece muito bem". Observando que "não se deve esquecer que ele é alemão e, na Alemanha, pátria de Lutero, evangélicos e católicos convivem em um plano de igualdade numérica e jurídica", acrescentou.

Cisma é um romance histórico, publicado pelas Ediciones B, narrando o cisma protestante, uma época apaixonante da história, declara o autor. Liébana considera que Lutero e o cisma protestante" são absolutamente desconhecidos para o público", apesar de que, lembrou ele, nos primeiros momentos da Reforma, o imperador Carlos V e o Papa Adriano VI foram "duas figuras relevantes de Castilla, e imprescindíveis".

"Trata-se de uma época apaixonante da História e, ao mesmo tempo, cheia de simplificações, fruto do desconhecimento", observa Liébana, assumindo que Lutero "era um iluminado, um personagem estranho e com profundas mudanças de humor e personalidade". "Com certeza, não foi um herege, mas um reformador: ele não queria romper com a Igreja, mas sim reformar o que considerava como abusos", considerando que Lutero não quis criar uma religião fora da Igreja Católica, mas "os acontecimentos e a soberba pessoal o levaram a promover o cisma".

Talvez fosse possível frear o cisma, já que as denúncias de Lutero "eram compartilhadas por boa parte da Igreja". Por outro lado, Liébana mostrou-se convencido de que, após a leitura do romance, "muitos católicos considerarão que Lutero estava certo em muitas de suas reivindicações, e os protestantes, que a ruptura com Roma foi desnecessária e fruto de manobras políticas, não espirituais". E ponderou: "o que me parece fundamental é que se veja que, 500 anos depois, católicos e protestantes compartilham a mesma fé, vivem na mesma cultura e têm concepções exatas sobre a sociedade e o diálogo fé e razão".

"Foi um verdadeiro prazer escrever esse romance e tentar unir a precisão histórica com a trama literária", concluiu.

Fonte: Site da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

GUERRA QUE DE SANTA NÃO TEM NADA - Com Voz Triste e quase chorando Valdemiro Santiago confirmou saída da Band e manda recado para Edir Macedo

Com a voz triste e quase chorando o apóstolo Valdemiro Santiago confirmou que está deixando as emissoras do Grupo Bandeirantes. Os horários nas madrugas da TV Band e as 22 horas diárias na Rede 21 serão agora da Igreja Universal do Reino de Deus.-->Ao falar sobre o caso o líder religioso enviou um recado para o bispo Edir Macedo: “O senhor conseguiu me atingir, parabéns! Era esse o presente, o prêmio que o senhor queria. O senhor conseguiu, seu bispo”, disse.

“Eu sinto minha alma doer, meu corpo doer, minha alma, meu espírito. Eu sinto um desgosto tão grande! O senhor conseguiu”, afirmou ele lembrando que quando ele iniciou um programa de rádio, a Igreja Universal fez a mesma coisa e o tirou da rádio.

“O senhor vai ter que guardar muito dinheiro”, afirmou Santiago. “Deus vai me dar outras coisas e você vai ter que tirar também. Não sei até quando o seu dinheiro vai durar, até quando as pessoas vão te dar dinheiro para você maltratar milhões de pessoas”.

De acordo com o site “Notícias da TV” a Igreja Mundial do Poder de Deus está devendo entre R$ 13 milhões e R$ 21 milhões para o Grupo Bandeirantes que é o dono dos dois canais. A troca de igrejas vai acontecer nas próximas semanas, e Valdemiro Santiago está tentando adquirir outro canal para não ficar sem programação na TV.


A alternativa encontrada pelo líder religioso é locar horários no canal 25, uma retransmissora “educativa” da cidade de Suzano, Grande São Paulo, que tem o sinal fraco em muitas regiões de São Paulo.

Na pregação Santiago comparou Edir Macedo com Davi, citando o capítulo de II Samuel 12, quando Natã repreende Davi por ter matado Urias. “O senhor não faz nada diretamente, o senhor manda fazer”, disse ele.

As informações sobre a troca de igrejas da programação dos dois canais chegou a ser desmentida, grandes portais de TV afirmaram que ao dobrar o valor da oferta, Santiago permaneceria na Band e no Canal 21, mas pelo próprio religioso a parceria acabou depois de quase dez anos.



http://fiqueatentojep.blogspot.com.br/2013/10/com-voz-triste-e-quase-chorando.html?spref=fb

Amigos lamentam morte do cantor gospel C. Frack, vencedor do 'Astros'


Cleiton era o vocalista da banda vencedora do reality 'Astros' em 2008 Foto: Facebook / Reprodução
Cleiton era o vocalista da banda vencedora do reality 'Astros' em 2008
Foto: Facebook / Reprodução
​Ex-vocalista da banda Artpella, que venceu o reality show Astros, do SBT, em 2008, o cantor gospel Cleiton Frack morreu afogado na tarde desta terça-feira, na praia de São Miguel, na cidade baiana de Ilhéus. A notícia foi comunicada por amigos e fãs do artista através das redes sociais.
A assessora da Associação Bahia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Jhacy Mattos, divulgou o acontecimento em suas páginas do Twitter e Facebook: "sei que sua perda é incalculável, mas tenha certeza que seu Deus vai lhe carregar neste momento difícil", escreveu, desejando forças para os familiares do músico.
O cantor gospel Melqui Ribeiro comentou que tinha planos de parcerias com Cleiton no futuro. "Hoje a música cristã perdeu um servo do Senhor. A pessoa dele era incrível... Fizemos muitos planos musicais para o futuro, enfim, não somos nada. Deus sabe de todas as coisas. Eu sei que o encontraremos", postou no Instagram. 
De acordo com relatos de amigos, o músico estava na Bahia para uma série de apresentações e teve que adiar seu retorno para São Paulo por perder um voo. Ele teria feito uma refeição pesada antes de entrar no mar. 

TERRA