terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Orar por São Paulo!


Participem do Ato Cívico e de Oração pela cidade neste dia 24 de janeiro
Há promessas claras na Bíblia de que o poder de Deus vem ao nosso encontro quando oramos. Um exemplo importante é o de Neemias. Jerusalém estava com os muros destruídos e suas portas queimadas. Desprotegida e sem defesa, a cidade gerava medo e insegurança, constituindo grande vergonha para o povo de Israel. Num projeto de jejum, oração, fé e ação perseverante, Neemias convocou as famílias de Israel para a reconstrução dos muros e o fechamento das brechas. "... assentei-me e chorei... e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus." (Neemias 1:4). "Vinde, reedifiquemos os muros de Jerusalém para que não estejamos mais em opróbrio (grande vergonha)". (Neemias 2:17b)
Em 52 dias, trabalhando lado a lado, uma obra impossível aos olhos humanos, repleta de opositores, foi concluída com vitória e honra ao Deus de Israel.
Assim, como Jerusalém, na cidade de São Paulo há muitos muros caídos, portas queimadas, enfim, muitas "vergonhas" que desonram o nome do nosso Deus e o povo cristão desta cidade: violência, corrupção, injustiças, "cracolândias", lares destruídos, crianças abandonadas, igrejas desunidas...
É tempo dos verdadeiros cristãos de São Paulo se unirem para a reconstrução dos muros e o fechamento das brechas. Como Corpo de Cristo e Exército de Deus, precisamos somar forças como foi nos dias de Neemias.
Cada discípulo de Jesus, juntamente com sua Igreja, deve se colocar à disposição para fazer a sua parte na reconstrução dos muros, em cooperação e união com os demais irmãos, para que haja o fechamento completo das brechas e o alinhamento perfeito dos muros de proteção da cidade. O tempo chegou! Precisamos nos humilhar e clamar juntos pela transformação da nossa cidade.
Hoje, neste dia 24 de janeiro, às vésperas do aniversário de 458 anos da cidade, podemos levantar o nosso clamor a Deus, pedindo paz e intercedendo pelas nossas autoridades, como nos exorta a Palavra: "Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade." (I Tim 2:1-2)"
Os PMs de Cristo SP, ao lado de muitos irmãos de diferentes denominações e entidades cristãs, farão parte do Dia do Bem - Ato Cívico e de Oração por São Paulo, que tem início hoje. Vários grupos se reunirão nos Encontros de Ação de Graças nas Subprefeituras. É nosso dever como soldados de Cristo! Participem vocês também.
Tenente Coronel Alexandre Marcondes Terra, vice-presidente dos PMs de Cristo SP

DIA DO BEM - ATO CÍVICO E DE ORAÇÃO POR SÃO PAULO
Programação
Encontros de Ação de Graças - dia 24/01
Oração e entrega de Novos Testamentos nas Subprefeituras.
A programação do evento será de 30 minutos, incluindo: mensagem de reflexão alusiva à data; apresentação musical (MP3); oração pelos funcionários e entrega do NT Gideões. Chegando à portaria, é só informar que você irá participar do Encontro de Ação de Graças alusivo ao aniversário de São Paulo, que será realizado no auditório da Subprefeitura. Haverá voluntários cristãos na recepção.
Locais/ horários:Aricanduva/Formosa/Carrão, às 11h
Subprefeitura Butantã, às 8h30
Subprefeitura Campo Limpo, às 10h
Subprefeitura Capela do Socorro, às 16h
Subprefeitura Casa Verde/ Cachoeirinha, às 11h
Subprefeitura Cidade Tiradentes, às 15h
Subprefeitura de Santana/ Tucuruvi, às 10h30
Subprefeitura Ermelino Matarazzo, às 10h30
Subprefeitura Freguesia do Ó/ Brasilândia, às 10h
Subprefeitura Guaianases, às 10h
Subprefeitura Ipiranga, às 11h30
Subprefeitura Itaim Paulista, às 10h30
Subprefeitura Itaquera, às 10h
Subprefeitura Lapa, às 15h
Subprefeitura Penha, às 11h
Subprefeitura Pinheiros, às 15h
Subprefeitura São Matheus, às 17h
Subprefeitura Vila Maria/ Vila Guilherme, às 11h30
Subprefeitura Vila Mariana, às 15h
Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba, às 16h
Dia 3 de fevereiro (sexta-feira)Subprefeitura São Miguel Paulista, às 9h30
Caminhada Noturna de Oração no Centro Histórico de São Paulo, dia 24/01, das 21h às 23h
A concentração será às 21h no Auditório da Secretaria de Segurança Pública localizada na Rua Líbero Badaró, 39, (Largo São Francisco). Será um momento muito especial para orarmos por órgãos públicos (secretarias municipais/sede da Prefeitura/Câmara Municipal), autoridades e homens de rua. Estaremos também orando e profetizando um novo tempo para São Paulo, no triângulo histórico onde nasceu a cidade (Praça da Sé/Largo São Bento/Largo São Francisco).
Caminhada do Bem (Rede Social do Centro e Missões Cristãs), dia 25/01, às 8h30
Partindo da Praça da Sé — marco zero-, às 8h30, estaremos marchando pelo bem e transformação de São Paulo até a Praça Princesa Isabel (região da antiga Cracolândia), onde ocorrerá das 10h às 17h o DIA DO BEM, para resgate de usuários de drogas e apoio social a pessoas carentes.
Acessem o vídeo no http://youtu.be/aJaLKFpGSCM
Site da Rede Social do Centro: www.redesocialdocentro.com.br

EXIBIR GOSPEL / GRITOS DE ALERTA

“O Estado é laico, mas não é ateu”, afirma deputado evangélico

“O Estado é laico, mas não é ateu”, afirma deputado evangélico
O deputado federal e pastor Roberto de Lucena escreveu um artigo falando sobre a diferença entre religião e espiritualidade e aproveitou a comemoração ao Dia Internacional da Religião (21 de janeiro) para responder aos manifestantes homossexuais que criticaram a presidente Dilma por dar voz aos líderes evangélicos.
Para o deputado que é evangélico há muita diferença entre o Estado ser laico e ser ateu. “O Brasil é uma República e um Estado laico. Dizer que um Estado seja laico não significa dizer que seja um Estado ateu”, escreveu ele.
Sobre as atitudes da presidente Dilma, Lucena, que entregou à líder do Estado um exemplar da Bíblia Sagrada, disse que ela está sendo pautada não por uma religião, mas pelos interesses de toda uma nação. “Ela tem dado sinais de que persegue o ideal de governar o País com seriedade, responsabilidade, sensibilidade, transparência, competência e firmeza – ideal que para ela parece estar acima das questões menores, e dos interesses que sejam menores que os interesses de todos.”
Sobre o Estado ser laico o deputado federal também lembra que na Carta Magna há um trecho que evoca a proteção de Deus. E não é só isso, a Bíblia também fundamenta a fé de grande parte da população brasileira que se declara cristã.
Leia o artigo de Roberto de Lucena:
“Religião é “religamento”. É a palavra utilizada para falar da “reconexão”, do “reencontro”, da “retomada no relacionamento” entre o homem e Deus, entre a criatura e o criador, entre o humano e o divino.
Religião, portanto, traduz o esforço do ser humano em sua busca por Deus, e é claro que esse movimento deveria ser acompanhado em todo o tempo de um consequente crescimento e amadurecimento espiritual.
Religiosidade e espiritualidade são coisas distintas – tanto uma quanto a outra são produtos de nossa relação com a religião. A espiritualidade é o bom fruto de uma relação saudável com a religião.
Uma humanidade mais pautada pela espiritualidade do que pela religiosidade haveria de ser, sem dúvida, o pêndulo do mundo, o equilíbrio planetário. Haveríamos de ser, certamente, uma família global, onde o bem de todos importaria a cada um e o bem de cada um importaria a todos.
É possível imaginar, nessa perspectiva, um mundo menos violento, com menos sofrimento e com mais fraternidade, paz e justiça social.
No entanto, ao contrário disso, as guerras mais sangrentas da humanidade foram geradas no útero da religiosidade. Muita gente morreu, foi perseguida, foi oprimida ou foi prejudicada em nome dessa má religiosidade a que me refiro. Muitos ainda hoje são vítimas dela, em pleno século XXI.
A verdadeira espiritualidade não mata, não persegue, não destrói. Ela promove a vida e vida com abundância. Ela valoriza a verdade, a verdade que liberta. A verdadeira espiritualidade é fruto do exercício da verdadeira fé. E dessa fé todos nós necessitamos. O Brasil necessita.
Se essa fé não estivesse presente no campo, na floresta, nos grandes centros urbanos, em alto mar, nos morros, na periferia, nos condomínios de alto padrão, nas escolas, e em toda a parte, o Brasil estaria em convulsão.
Semanas atrás, a presidenta Dilma Roussef foi muito criticada por setores do movimento LGBT por ter se aproximado de segmentos evangélicos. Diziam os manifestantes homossexuais: “Dilma, que papelão! Não se governa com religião!”. Certamente essa religião a que se referiam essas pessoas não é a mesma a que nos referimos nesse momento.
A Bíblia Sagrada, livro que, com muita honra, presenteei a presidenta, ensina o respeito, a tolerância, o amor, o perdão e a prática da justiça. Ela é o fundamento da fé de grande parte da população brasileira, especialmente aqueles que se declaram cristãos.
O Brasil é uma República e um Estado laico. Dizer que um Estado seja laico não significa dizer que seja um Estado ateu. Aliás, pelo contrário, o preâmbulo da nossa Constituição Federal, a nossa Carta Magna, traduz esse sentimento captado por nossos ilustres constituintes, quando evoca a proteção de Deus.
A presidenta Dilma tem sido para uma multidão de milhões de brasileiros uma agradável surpresa. Ela tem dado sinais de que persegue o ideal de governar o País com seriedade, responsabilidade, sensibilidade, transparência, competência e firmeza – ideal que para ela parece estar acima das questões menores, e dos interesses que sejam menores que os interesses de todos.
A presidenta Dilma tem o nosso respeito e tem merecido a nossa confiança. Um dia ela haverá de passar, como seus antecessores, e certamente deixará uma marca extraordinária. A fé, no entanto, permanecerá!
Quero expressar o meu respeito à fé, e nesse Dia Mundial da Religião homenagear as pessoas de fé desse País, de todos os credos e de todas as religiões.
Que Deus abençoe o Brasil!


Deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), vice-presidente do Conselho Nacional dos Pastores do Brasil (CNPB) e pastor da Igreja O Brasil Para Cristo.”

VIA GRITOS DE ALERTA/GOSPEL PRIME
INF. ASSESSORIA DO DEPUTADO.

PEDIDO DE ORAÇÃO PELOS IRMÃOS DO SUDÃO .


Evangelista é preso e agredido no Sudão
A polícia há uma semana prendeu um líder cristão na cidade de Cartum, no Sudão. O evangelista foi muito espancado durante o tempo que ficou preso.

O evangelista James Kat, da Igreja Evangélica do Sudão, foi preso na terça-feira (17 de janeiro) pela manhã por policiais. Ele foi espancado enquanto estava sendo levado para a delegacia de polícia da Divisão Norte, disseram as fontes. Ele foi libertado no mesmo dia.

A polícia prendeu James, que mora dentro da propriedade da igreja, porque aparentemente ele estava usando o edifício da igreja como sua moradia. “Eles forçaram ele a ir para a delegacia”, disse uma testemunha.

A prisão aconteceu em meio a crescente perseguição que os cristãos tem sofrido dentro do país por parte das autoridades sudanesas desde que o país se dividiu em julho do ano passado.

Em uma cara para os líderes da Igreja Evangélica Presbiteriana do Sudão (SPEC), as autoridades ameaçaram prender os pastores que realizassem atividades evangelísticas e que não fornecessem as informações sobre os membros de suas igrejas.

Outro líder de igreja foi preso na segunda-feira passada (16 de janeiro) quando a polícia tentou ocupar a força a propriedade da SPEC, que o tribunal concedeu o direito injustamente de os muçulmanos ocuparem o lugar, segundo informações de cristãos.

As autoridades do país estão apoiando pessoas como o empresário muçulmano Osman al Tayeb, que está liderando a ação para possuir a propriedade da igreja. “O governo está tentando se envolver nos assuntos da igreja, apoiando pessoas que são extremistas religiosos”, disse um líder da igreja.

A violência contra os cristãos tem crescido assustadoramente no Sudão. Ore pelos cristãos que vivem em Cartum, e principalmente pelo pastor que foi preso na semana passada. Ore para que o Senhor dê ânimo para que eles continuem a caminhada que Deus preparou para eles.


Fonte: Portas Abertas

Cristolândia pode chegar em outras cidades do Brasil

Cristolândia pode chegar em outras cidades do Brasil
Diante dos bons resultados obtidos pela Cristolândia que atua na cidade de São Paulo há dois anos, o pastor Paschoal Piragine, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), tem como objetivo levar o projeto para resgate de usuários de crack para outras cidades de outros estados.
Em São Paulo o projeto funciona no Centro da cidade, mais conhecido como Cracolândia, e recebe moradores de ruas e viciados em drogas que vagam pela região. Além de oferecer comida e roupas, os voluntários ligados à Junta de Missões Nacional também falam do amor de Cristo e da salvação para cada um deles.
As cidades do Rio de Janeiro e Recife também possuem suas filias da Cristolândia e já começam a mostrar bons resultados em relação ao número de dependentes alcançados. Por isso, durante a 92ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira que terminou neste domingo, dia 22, em Foz do Iguaçu (PR), o presidente da CBB pediu para que outras igrejas se especializassem para lutar contra o crack.
“Assim como São Paulo, Rio e Recife, Deus vai abençoar que cada igreja batista terá um ministério especializado em arrancar jovens e adultos das ruas e das drogas. Deus vai nos dar Graça pois temos a mensagem que transforma que é Jesus”, disse o pastor Piragine.
Nas últimas semanas o projeto Cristolândia de São Paulo tem recebido centenas de dependentes químicos que estão sendo dispersos das ruas principais do bairro da Luz devido a uma ação do governo do Estado em conjunto com a Prefeitura para descentralizar os usuários e encaminhá-los para tratamentos.
Com informações CREIO

VAMOS INTERCEDER - Aumenta o massacre de cristãos na Nigéria

Aumenta o massacre de cristãos na Nigéria
Abubakar Shekau, líder da seita islâmica Boko Haram disse recentemente que seu objetivo era exterminar todos os cristãos da Nigéria. Chegou, inclusive, a desafiar o presidente Jonathan Goodluck, afirmando que ele não tinha poder para evitar a insurgência do grupo. O presidente tem sido severamente criticado por não conseguir parar a onda de terror do grupo e há crescentes boatos que o grupo está infiltrado na polícia, militares e em todas as áreas do governo.
A “Boko Haram” que na língua Hausa significa “a educação ocidental é pecado” foi formada em 2002, e tem sua inspiração nos Talibãs do Afeganistão. Eles têm cometido constantes assassinatos de cristãos na região norte do país, de maioria muçulmana. Seu objetivo é implantar a sharia (lei islâmica) como regra acima da própria Constituição.
Na última semana, os ataques já deixaram mais de 200 mortos e deve aumentar, uma vez que há dezenas de pessoas gravemente feridas nos hospitais. Nem a Polícia nem a Cruz Vermelha puderam divulgar números de maneira oficial, pois continuam recolhendo e organizando dados. Nesta segunda-feira, policiais encontraram carros e vans cheios de explosivos na cidade de Kano, três dias depois que a seita islâmica realizou um ataque mortal no local.
Embora tenha se divulgado que os ataques na sua maioria foram contra a polícia militar e o governo, a verdade é que seus alvos principais são os cristãos. Além de matar homens, mulheres e crianças, eles têm queimado igrejas. A seita culpa os que não são muçulmanos de amaldiçoarem o país.
Em um vídeo postado no Youtube recentemente, o líder da Boko Haram justificou os atos do seu grupo “Essa catástrofe é causada pela incredulidade, a agitação é a incredulidade, a injustiça é a incredulidade, a democracia é a incredulidade e a constituição é a incredulidade.”
Vários membros do grupo extremista morreram ou foram presos nos confrontos com a polícia, mas isso não diminuiu seu furor. Com mais de 150 milhões de habitantes, a Nigéria é o país mais populoso da África. Formado por mais de 200 grupos tribais, sua população sofre tensões constantes por suas diferenças políticas e territoriais. Mas não há registro de um conflito religioso que deixou tantos mortos em tão pouco tempo.
A expectativa é que o número de cristãos mortos e igrejas incendiadas só aumentem. Há registros de agências internacionais que uma grande quantidade de cristãos está abandonando suas casas no norte e rumando para o sul tentando preservar suas vidas.

VIA GRITOS DE ALERTA/GOSPEL PRIME
Com informações REUTERS

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Maldade do Homem: A causa do dilúvio

 




“Chegamos agora a uma parte profundamente importante e fortemente acentuada deste livro. Enoque tinha desaparecido de cena. A sua carreira, como estrangeiro na terra, tinha terminado na transladação para o céu. Ele fora levado antes que a maldade humana tivesse atingido o seu máximo, e, portanto, antes do julgamento divino ter sido desencadeado”


O desenvolvimento da humanidade diante dos nossos olhos não tem sido sem problemas: o aumento da desgraça, seja na natureza ou na humanidade, demonstra que a vida distante de Deus não pode produzir Vida com Deus, ainda que possa ser cercada de avanços tecnológicos, científicos, educacionais, artísticos etc. A narrativa da descendência de Caim deixou isso evidente, do mesmo modo que demonstrou que os descendentes de Sete não foram grandes homens de negócio, ou de referência na história da humanidade: o legado que deixaram foi o da santidade, vida com Deus e esperança em Deus. Esse legado não foi um grande legado para a humanidade, do ponto de vista da humanidade, mas certamente foi a razão pela qual esse mundo não fora destruído antes.
Por outro lado, que terrível mal poderia acometer a humanidade se os descendentes de Sete se misturassem com os de Caim? O que aconteceria se os filhos de Deus se juntassem com as filhas dos homens? O que aconteceria se aqueles que prezavam por Deus e o adoravam passassem a se envolver com as coisas do mundo? E se seus casamentos passassem a demonstrar que tipo de preferência eles tinham: apreço ao prazer pessoal em detrimento de uma vida centrada em Deus? Bom, em Gênesis 6 vemos que em função desse tipo de postura, o desenvolvimento da maldade da humanidade se desenvolveu a tal ponto que Deus resolveu dar cabo da humanidade. Essa história é um claro lembrete de quem Deus é e o que espera de seus filhos. Vamos ao texto.

A. Desgraça do homem:

O que temos percebido na narrativa de Gênesis é que o desenvolvimento da humanidade é seguido do crescimento e expansão da maldade do homem. Em Adão vimos a mentira, a terceirização da culpa, mas em Caim vemos o desgosto (inveja), a ira, o assassinato, a indiferença e o egoísmo. Entre seus descendentes ainda vemos a poligamia, o assassinato por retribuição desnecessária e a soberba e o auto-louvor por ser assim. Por isso, não é de surpreender o relato de Moisés na seqüência da história: a medida que o homem se multiplica a maldade cresce com ele. Esse aprendizado logo foi inserido na cultura e mentalidade judaica: “Quando os perversos se multiplicam, multiplicam-se as transgressões” (Pv.29.16).

1. Multiplicação:

O texto de Gênesis aqui é bem específico ao contar o desenvolvimento da humanidade, e o modo como retrata esse fato pode muito nos instruir sobre o modo como Deus permite o avanço do homem: Embora o rumo primário da humanidade caída foque a distância de Deus, Ele pacientemente trata com suas criaturas. Contudo, quando a perversão se torna insuportável, Ele graciosamente exerce Seu Justo Juízo, em destruição e devastação.

…se foram multiplicando os homens: O primeiro destaque a ser feito nessa sentença é o uso do termo hebraico adam, que já fora usado por Moisés em descrição de Adão o primeiro representante da humanidade. Nesse caso, o substantivo vem com o artigo prefixado o que sugere o uso genérico do termo: humanidade. As versões mais contemporâneas e em alguns casos mais parafraseadas já adotam esse uso aqui reforçando a extensão do crescimento numérico e imoral dos seres humanos. Portanto, desde seu início se percebe o foco abrangente que o texto apresenta os fatos narrados aqui: O pecado havia tomado toda a humanidade, exceto um homem identificado pouco a frente na narrativa – Noé (Gn.6.8).

…naquele tempo havia gigantes na terra: Embora nenhuma referência específica de tempo tenha sido oferecida na narrativa mosaica, temos por certo que trata-se de um tempo em que já existiam gigantes na terra (hb. nephilim). O termo é de significado incerto, muito embora quase todas as versões em português sigam a Vulgata na sua preferência por Gigantes. A LXX também traz um termo interessante aqui “gigantes”, usado para descrever na literatura clássica, homens valentes e poderosos que foram destruídos pelos deuses. Algumas versões inglesas optam por apenas transliterar o termo para tentar transmitir uma proximidade mais acurada do texto. Entretanto, a transliteração nesse sentido em nada ajuda, pois não conhecemos nenhum paralelo em inglês ou em nosso luso idioma.
Toda a tradição judaica, e posteriormente a cristã, entendeu a expressão como a descrição de homens poderosos e valentes. Aliás, o texto denota exatamente isso: “estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade”. Seja o termo uma referência ao tamanho físico ou da valentia deles, pouco importa, o fato é que tais homens já existiam antes da mistura racial entre os descendentes de Sete e Caim. Sobre isso Derek Kidner atesta: “Vale a pena observar que não se diz que os gigantes provieram exclusivamente dessa origem. Se alguns surgiram desse modo (e também depois), outros já existiam (naquele tempo)”. Sailhamer parece concordar com esse parecer quando diz: “O sentido da frase wegam ahare-ken aser não define os hannepilim como descendentes da união dos filhos de Deus e as filhas do homens. Além disso os estavam na terra (…) naqueles dias e (…) também depois do tempo da união dos filhos de Deus e as filhas dos homens”. Essa observação é importante na definição de quem são os filhos de Deus, pois aqueles que defendem que estes são seres angélicos defendem que a única origem para os Gigantes seria a união entre tais seres e as mulheres. Entretanto, o texto define que eles já estavam em existência antes da suposta união entre os filhos de Deus e as filhas dos homens, fragilizando o argumento em defesa de seres angélico.
É importante notar que a origem da tradução para “gigantes” em português provém de uma tardia e má compreensão influência da LXX, preservada na Vulgata, adotada na KJV e absorvida em diversas das versões em português. O termo grego nada tem a ver com pessoas de alta estatura, mas se refere a pessoas nascidas nessa terra, ou “earth-born”, como prefere Adam Clarke. A idéia é de pessoas terrenas, com hábitos dessa terra. O termo latino já tem certa proximidade com o usado pelas versões inglesas e portuguesas, entretanto, o termo hebraico não se define assim, na verdade a idéia e de pessoas caídas em sua moralidade e não gigantes. Esses homens depravados já existiam na terra e a marca da sua perversão se estendia por toda a terra.

2. Sedução:

Outro aspecto que podemos notar no desenvolvimento da humanidade é usa preferência pessoal pelo prazer. A descrição encontrada para descrever a humanidade é muito semelhante àquela encontrada para descrever a queda de Eva: ver, desejar, tomar. Deve ser por isso que João, em sua primeira carta, estabelece que as coisas que existem no mundo, que não devem ter nossa atenção (amor) são: desejo da carne e dos olhos e a soberba da vida (1Jo.2.16).

…vendo os filhos de Deus: A primeira descrição dos filhos de Deus aqui inclui a visão, mas a questão não era o que estava diante dos seus olhos, mas em que você coloca seus olhos. Certamente as escrituras não estão defendendo que nessa época apenas belas mulheres existissem, mas que os olhos dos filhos de Deus estavam focados nelas. Deve ser por isso que as escrituras constantemente nos ensinam a cuidar dos nossos olhos (Pv.3.21; 4.21; 16.30; 2Pe.2.12-15), pois são eles a lâmpada do corpo, e portanto, se forem bons os olhos, todo o corpo o será (Mt.6.22). Entretanto, se a luz do corpo se tornar em trevas, em densas trevas estarão (Mt.6.23).
O início do relato do dilúvio nos dá a impressão de que a humanidade não estava apenas destituída de uma visão saudável da vida com Deus, mas seus olhos estavam fitos no prazer pessoal. A preferência pelo eu, a marca registrada do pecado, havia se alastrado por todos os lados e havia atingido todos os seres humanos, até mesmo aqueles que professavam sua fé em Yahweh.
É importante lembrar o leitor que a expressão “filhos de Deus” aqui não é uma referência a seres angélicos, mas uma referência aos descendentes de Sete (para mais informações veja: Questões sobre o Dilúvio). Alguns comentaristas vêem nessa expressão uma referência aos seres angélicos em função do uso da mesma expressão (hb. bünê-hä|´élöhîm) no livro de Jó (Jó.1.6; 2.1; 38.7) e em outros lugares no VT (Sl.89.6; Dn.3.25) como uma referência a eles. Entretanto, todas as vezes que o termo é usado ele descreve “anjos” como seres espirituais a serviço de Deus e não como seres espirituais a serviço de paixões carnais. Parece muito improvável que Moisés usaria uma expressão tão nobre para descrever “demônios”, fato que não aconteceu em todo VT. Outro detalhe que merece nossa atenção é que Moisés usa outro termo para se referir a seres angélicos no Pentateuco, “ma’alk” usado 34x para descrever seres angélicos. Em nenhuma ocasião ele usou a expressão de Gn.6 para se referir a seres angélicos. Isso certamente demonstra que é muito improvável que Moisés tenha feito um uso diferenciado aqui.
Mais importante ainda é que Moisés usa uma expressão similar a encontrada em Gn.6.2 para descrever pessoas: “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus” (Dt.14.1; cf. Dt.32.5). Nessa expressão “filhos do Senhor” (hb. banim YHWH) é uma clara descrição de seres humanos, e nenhuma razão há para se dizer que se trata de seres angelicais. Diversas vezes no AT a nomenclatura de “filho” de Deus faz referência ao povo de Deus (Sl 73.15; Is 43.6; Os 1.10, 22.1). Todas essas designações demonstram que a terminologia exige que o modo mais natural de ser entendido o texto é em referência a seres humanos.
Outro detalhe importante é que quando Moisés descreveu a vida de Enos, ele usou a seguinte expressão: “daí se começou a invocar o nome do SENHOR” (Gn.4.26). Adam Clarke sobre isso afirma que “os homens começaram a chamar-se pelo nome do Senhor, essas palavras demonstram que no tempo de Enos os verdadeiros seguidores de Deus começaram a distinguir-se, e serem distinguido por outros, pela denominação de filhos de Deus”. É bem verdade que tal expressão fala em primeiro lugar sobre a adoração do povo de Deus (Gn.12.8, 13.4; 16.13; 21.33; 26.25), mas também denota uma identidade pessoal de pertencimento a Yahweh. Segue-se que na descendência de Sete houve a manutenção da verdadeira adoração a Yahweh como Deus Salvador, e que tal identidade religiosa foi transmitida de geração em geração e grandes homens de Deus fizeram história nessa descendência (Enos, Enoque, Noé).
A tragédia desse texto, todavia, é a demonstração de que mesmo aqueles que invocavam o nome de Yahweh, seus verdadeiros adoradores, estavam se corrompendo e buscando uma vida centrada em seus próprios prazeres. A idéia aqui não é tanto de perversidade sexual, mas de jugo desigual: Os filhos de Deus estavam se casando com mulheres que não eram seguidoras de Yahweh. Ou seja, mesmo entre os verdadeiros adoradores, Yahweh passou a ser ignorado e a busca pelo prazer pessoal exaltada. Essa é a grande tragédia do pecado de Gênesis 6: ninguém na humanidade havia restado como representante da verdadeira adoração a Yahweh, exceto Noé, homem justo e íntegro.

…filhas dos homens eram formosas: As filhas dos homens aqui é uma referência a descendência de Caim, tratam-se de mulheres que não eram marcadas por uma vida piedosa diante de Yahweh: São mulheres que viviam segundo os padrões da humanidade, por isso “filhas dos homens”.

…tomaram para si: É interessante Moisés usar essa expressão, pois tal expressão é usada para descrever relacionamentos matrimoniais e não perversões sexuais, observe: “Abrão e Naor tomaram para si mulheres; a de Abrão chamava-se Sarai, a de Naor, Milca, filha de Harã, que foi pai de Milca e de Iscá” (cf. Gn.4.19; Jz.21.18; Rt.1.4). A NIV já assumiu o uso do termo e traduziu assim o verso: “e os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas e então se casaram com qualquer quer uma que escolhessem”. Essa idéia é totalmente avessa a uma suposta ação demoníaca: Por que razão seres angelicais deixariam a presença de Deus para se casar? Por que valorizariam a oficialização de seus relacionamentos? Não faz o menor sentido encontrar nessa declaração a ação de seres angélicos, aliás, é contraditório ao testemunho das escrituras que afirma que anjos não sem casam nem se dão em casamento (Mc.12.25; cf. Mt.22.30; Lc.20.25). Além disso, se anjos foram responsáveis por tais acusações, por que razão ficaram impunes ante ao juízo de Deus, que destruiu todos os seres viventes, animais e homens, além de afirmar que tal juízo também era para a terra (Gn.6.13)?

3. Conquista:

Outra característica que acompanhava os seres humanos naquela ocasião era sua disposição para a conquista. É fato que tal disposição não parece tão clara, mas o modo como Moisés apresenta a humanidade nos dias de Noé nos faz pensar que o seu foco não era muito distinto daquele encontrado na humanidade do período da Torre de Babel: a idéia era ter o nome célebre. O texto mesmo dá a entender que a reputação de alguns desses homens era de homens valentes, pois eram varões de renome.

…também depois: Já notamos que essa sentença é a garantia da demonstração que tais Nephilins já existiam antes do encontro entre os filhos de Deus e as filhas dos homens, e também depois disso existiram. A idéia aqui é que tal união não preservou ou restaurou a verdadeira adoração a Yahweh, antes, manteve a depravação da humanidade. Ou seja, a linhagem que havia se dedicado no passado a andar com Deus e a invocar Yahweh já não mais prezava por sua identidade de filhos de Deus, nem mesmo para o culto prestado a Ele: agora até mesmo seus filhos eram seres humanos depravados.

…filhos de Deus possuíram: A expressão aqui é um pouco mais enfática que aquela encontrada no versículo 2: “tomaram para si”. Enquanto a primeira expressão fala de uma união matrimonial essa fala sobre relacionamento sexual. Em hebraico, Moisés usa o termo “bow’” que tem por sentido mais simples “entrar” como é visto nas mais antigas versões em português, inclusive nesse verso (ACF, ARC), mas é usado aqui como um eufemismo para o relacionamento sexual.

…valentes: O termo hebraico “gibbowr” é usado aqui e em mais 3 lugares no Pentateuco (Gn.10.8, 9) e todos tem a conotação de homens poderosos, exceto Dt.10.17: “Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno”.

…varões de renome: Eles eram homens famosos, ou melhor, infames, pois para alguns homens obter um nome no mundo, não por sua bondade, mas por sua grandeza, e às vezes por sua grande maldade, é o mais importante. Sua sede é a conquista, a superioridade, não importando o modo como se conquista o que se busca. Além de depravados esses homens eram reconhecidos por suas conquistas, seja na caça, nos múltiplos casamentos ou outras façanhas de baixa moral: Esses eram homens lembrados por suas conquistas, e por elas foram mortos pelo Senhor.


B. A Interação de Yahweh:

Aquela criatura que havia sido a coroação de toda a criação, feito apenas pouco menor que os seres angélicos, coroados de glória e honra pelo próprio Yahweh, a quem o próprio Deus havia concedido o privilégio de o representar ante toda a criação (Sl.8.4-6), agora estava distante de seu Criador, depravado em suas vontades e focado na maldade. A perversão havia atingido até mesmo aqueles que haviam andado no passado com Deus: agora eles viviam em busca de fama e reconhecimento, casando-se com as mais belas das mulheres apenas pela busca do prazer e demonstravam por fato que sua vontade era totalmente má. Entretanto, o Criador de toda a Terra não está ausente, nem dormindo para que não veja o que acontece. Na verdade, Ele vê, sofre e intervém. Esse é o relato de Gênesis 6 no que se diz respeito a Yahweh: Ele não é um Deus ausente, Ele é um Deus que Interage.

1. O Decreto de Yahweh:

O primeiro modo pelo qual vemos Yahweh interagir com a humanidade é a imposição de seu Decreto. Nesse texto vemos não apenas um Deus que sabe ou conhece a situação da humanidade; Yahweh é apresentado como Senhor Soberano sobre a terra, que exerce seu julgamento.

a. Abstenção Divina: A primeira manifestação do decreto divino é expressa pela manifestação de seu descontentamento com a humanidade. Suas palavras são fortes e claras: “Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem”. Mas, que quis dizer o Senhor com tal expressão?
Não agirá meu espírito: A primeira pergunta que temos que responder refere-se ao sentido do verbo em português “agir”: Em que sentido o Espírito de Deus não “agirá” mais no homem? O termo hebraico “duwn” pode significar “contender” ou até mesmo “permanecer”, sentido usado pela LXX (Gr. katamenö), embora normalmente seja usada com o sentido de “exercer julgamento”. Diferentes versões apresentam diferentes interpretações para essa expressão, por exemplo, a New Jerusalém Bible (NJB) opta por entender o termo com o sentido da responsabilidade divina sobre o homem: “Meu espírito não pode ser responsável por tempo indeterminado pela humanidade”. Esse sentido é visto na Bíblia na Linguagem de Hoje, cujo texto reflete a mesma idéia, embora prefira outros termos: “Não vou proteger o homem por muito tempo”. Já a Complete Jewish Bible prefere a idéia da permanência do Espírito de Deus eternamente no homem, idéia apoiada por diversas versões: “Meu espírito não viverá na humanidade para sempre”. A preferência da ARA pelo verbo “agir” é uma adaptação do sentido comumente encontrado nas versões portuguesas, “contender” que dá a idéia de interação divina, evitando a idéia de permanência do Espírito de Deus no homem.
Todas essas versões estão na verdade buscando um modo de verter o termo hebraico que normalmente está ligado ao juízo ou julgamento. Provavelmente Keil & Delitzsch estejam corretos quando traduzem o termo com o sentido de autoridade que o termo parece impor ao texto: “Meu Espírito não mais exercerá domínio no homem para sempre”. Com isso, a idéia não é que Deus deixaria de permanecer no homem, fato que, de acordo com o Novo Testamento seria impossível nessa ocasião, mas que Deus deixaria de exercer sua influência pessoal na humanidade. Ou seja, Deus deixaria de estar, ou até mesmo permanecer, entre os seres humanos.
Sendo assim, a humanidade fora largada à sua própria conduta, pois Deus julgou necessário se fazer ausente dessa humanidade que faziam de conta que Ele não existia. Em outras palavras, vemos Deus retribuindo ao homem sua apatia e desconsideração: Deus age, interage e responde ao homem à altura de suas ações. Aconteceu na sociedade de Noé, o que Paulo também atestou em outras palavras sobre a sua: “Deus entregou os homens tais homens à imundícia (…) paixões infames (…) e a uma disposição mental reprovável” (Rm.1.24, 26, 28).
Adam Clarke parece ter visto esse mesmo sentido no termo, e sobre o texto afirmou:

“É somente pela influência do Espírito de Deus que a mente carnal pode ser subjugada e destruída, mas aqueles que voluntariamente resistem e entristecem o Espírito devem ser finalmente deixados à dureza e a cegueira de seus corações”

Lutero parece ter encontrado sentido similar nessa passagem:

“Eu interpreto as palavras simplesmente para dizer, que o Senhor, como se tivesse cansado da teimosia obstinada do mundo, denuncia a vingança como o presente, que até então havia sido adiada. Quando o Senhor suspende a punição, Ele, em certo sentido, se contende com os homens, especialmente através de ameaças ou de exemplos de castigo suave e convida-os ao arrependimento. Entretanto, ele já o tinha feito há alguns séculos com o mundo, que, no entanto, estava perenemente se agravando. E agora, como se estivesse exausto, Ele declara que ele seu espírito não contedenderá com o homem mais”

Em outras palavras, percebemos que a primeira manifestação divina é oferecer ao homem o que ele parece buscar: Liberdade para realizar o que bem intentar. Tal liberdade oferecida pela abstenção da manifestação divina naquela sociedade fez com que a libertinagem crescesse irremediavelmente. A maldade se espalha, a humanidade se corrompe e tal sociedade merece receber de Deus seu Juízo. A abstenção divina de governo sobre o homem acresce neste o desejo da livre agência, e suas realizações carnais parecem agora fatais.

…para sempre no homem: A partir desse ponto aprendemos que a ação divina na humanidade não é constante, mas que Deus pode manifestar-se em sua abstenção. Essa decisão divina está em conformidade com seu caráter, que não tolera o erro e o pecado, mas que se permite oferecer ao pecador tempo antes de proferir seu juízo eliminatório, pois como Deus amoroso que é, sempre oferece oportunidade para arrependimento e perdão, como vemos nessa história.

b. Misericórdia: A segunda manifestação do decreto divino é vista em sua misericórdia, como lemos: “O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos”.

…pois este é carnal: A razão da abstenção divina na atuação entre os homens é que os tais são carnais. O sentido aqui parece supor tanto a mortalidade dos homens, como a NET e a NIV parecem ressaltar, como seu caráter. Essa conclusão parece clara quando entendemos o contraste entre o Espírito de Deus e a carnalidade do homem: É um claro paralelo entre eternidade divina e efemeridade humana, bem com da santidade de Deus e sacanagem do homem.

…os seus dias serão cento e vinte: Essa imposição divina não trata-se da estimativa de vida dos seres humanos, mas do tempo de manifestação de sua ira, como Pedro nos instrui: “os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca” (1Pe.3.20). Ao que esse texto indica, Deus além de se abster de convencer o homem de suas maldades, ofereceu tempo para sua ação disciplinadora. Ele poderia tê-los dizimado instantaneamente, mas optou por sua longanimidade oferecer ao homem oportunidade de arrependimento. Esse exercício da paciência de Deus testemunha sua paciência e longanimidade para com o homem, que embora mereça receber sua ira recebe ainda tempo para seu arrependimento.


c. Juízo: A terceira manifestação do Decreto Divino encontra-se na sua firme decisão de exercer juízo àquela geração pecadora. A decisão de Deus é clara: “Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus” (Gn.6.7)
Farei desaparecer: Até aqui vemos as escrituras apresentarem a morte do homem como natural ao curso de sua vida, com algumas exceções pelo caminho, como Abel, assassinado por seu irmão, e alguns dos possíveis ataques de Lameque. Contudo, a designação divina aqui se propõe a dizimar a humanidade, como nos lembra Albert Barnes: “Agora, uma geral e violenta destruição alfigirá toda a humanidade como um monumento da divina ira contra o pecado para todas as gerações futuras da única família salva”. Para tentar descrever o desprazer de Deus com o homem, John Gill oferece a seguinte ilustração:
“Apesar de serem eles minhas criaturas, fruto do trabalho de minhas mãos, Eu os fiz do pó da terra e os fiz senhores sobre toda terra; mas agora Eu decidi demonstrar minha desaprovação por sua perversidade, e pela honra da minha justiça vou destruí-lo da face da terra. Como um oleiro que pega um vaso que desgosta, um que ele mesmo tenha feito, e o quebra em pedaços, eu farei desaparecer o homem da terra”

Explicando o mesmo texto, Mathew Henry utiliza duas figuras para tentar expressar o sentido auferido pelo texto: (1) Como pó ou sujeira é varrida e jogada no monturo o ser humano será desaparecer da terra; (2) Como uma sentença de um livro apagado por seu autor, o ser humano terá sua existência apagada na terra, por seu próprio autor.

..homem e animal: O pecado dos seres humanos tem conseqüências. Como já vimos, o pecado de Adão foi suficiente para amaldiçoar toda a terra, e agora, o pecado do homem trouxe juízo para toda a criação, afinal, a criação sofre (geme) na expectativa de sua libertação (Rm.8.22). Mas, qual a razão de um julgamento tão abrangente? João Calvino nos instrui:
“A terra era como uma casa rica, bem favorecida com cada tipo de disposição em abundância e variedade. Agora, assim que o homem contaminou a própria terra, com seus crimes, e tem vilmente corrompido toda a riqueza com que foi suprido, o Senhor determinou que o monumento de sua punição deveria ser colocado lá: como se um juiz, a punir um mais perverso e abominável crime, deve, em prol da maior infâmia, define que sua casa deve ser destruída desde a fundação. E tudo isso tende a inspirar-nos com um temor do pecado, pois podemos facilmente inferir quão grande é a sua atrocidade, quando a punição é estendida até mesmo para a criação natural”

2. A visão de Yahweh:

O segundo modo que vemos Yahweh interagir com a humanidade é sua constante atenção aos seres humanos. O texto usa a figura de um Deus que vê. É certo que Deus não tem olhos como nós, mas Aquele que criou os olhos estaria cego à desgraça da humanidade? Certo que não. Sobre esse fato, Barnes afirmou: “O curso do mundo primitivo foi uma grande experiência a passar diante dos olhos de Deus e de todos os observadores inteligentes, e manifestar a profunda depravação e a contínua degeneração da raça caída”.

Viu o Senhor: É interessante que esse texto comece a apresentar a Deus do modo como se entende uma pessoa. A intenção aqui não é defender a existência de olhos em Deus, como se este tivesse corpo, mas que o Yahweh não é um Deus ausente de sua Criação. Sua atenção está direcionada para sua Criação e de modo especial para o homem. Tenho a impressão que essa expressão usada aqui é uma forma de contrastar a ação de Deus no relato da Criação: Enquanto na criação Deus viu que era bom, aqui Deus viu que era mal o desígnio do coração do homem. Calvino também entende que essa expressão sugere a paciência de Deus, que antes de decretar qualquer ação contra o homem, pôs-se a observar e considerar sobre a existência humana. Em suas palavras: “Pela palavra viu, ele [Moisés] indica a longa e contínua paciência, ou seja, que Deus não tinha proclamado Seu juízo para destruir os homens, até bem depois de ter observado e considerado por muito tempo, o seu caso, Ele viu que eles haviam passado do ponto da recuperação”.

…maldade do homem: A descrição da maldade o homem foi dada por diversos autores, mas a visão de Adam Clarke merece ser observada:

“Eles eram carnais (Gn.6.3), totalmente sensuais, os desejos da mente confusa e perdida nos desejos da carne, sua alma já não discernia o seu destino do alto, mas sempre cuidando de coisas terrenas, de modo que eles se tornaram sensualizados, brutalizados e tornaram-se carnais, encarnado, para não reter Deus em seu conhecimento, eles viviam buscando a sua parte nesta vida. Eles estavam em um estado de perversidade. Todos estavam internamente corrompidos, e seu exterior em impiedade, nem a ciência nem a prática da religião existia. A Piedade se foi, e cada forma de sãs palavras havia desaparecido. Essa maldade foi grande, foi multiplicada, foi continuamente crescente, aumentando e multiplicando recorrentemente, de modo que toda a terra estava corrompida diante de Deus, e se encheu de violência, (Gn.6.11); libertinagem entre os oprimidos, e crueldade e opressão entre as classes mais altas, sendo apenas predominante”.

…continuamente mal o seu coração: Moisés já demonstrou a causa do dilúvio em função dos atos externos de iniqüidade, mas ele agora vai além e declara que os homens não eram apenas perversos pela prática e pelo costume de viver mal, mas que a maldade estava muito profundamente enraizadas em seus corações, de modo que não deixou qualquer esperança de arrependimento”. Sobre essa expressão, John Gill apresenta uma visão interessante:
O coração do homem é mau e perverso, desesperadamente perverso, sim, a maldade em si mesmo, uma fonte de iniqüidade, das quais a abundância do mal flui, pelo qual pode ser conhecido, em certa medida o que está nele, demonstra como ele é mau; mas Deus, que o vê, só conhece perfeitamente toda a sua maldade e o mal que há nele: os pensamentos de seu coração são maus, os maus pensamentos são formados no coração, e se desenvolvem a partir dele, por isso é vão , tolo, pecaminoso e abominável aos olhos de Deus, por quem eles são vistos, conhecidos e percebidos de longe: a “imaginação” de seus pensamentos é má, a formação deles, ele é mal enquanto é formado, o substrato do pensamento, o início da mesmo, o primeiro movimento a ele, sim, “cada um” dos pensamentos era mau, e “só” isso; não havia entre eles um homem bom, e nem uma coisa boa em seus corações, nenhum bom pensamento, nem uma boa imaginação do pensamento, e por isso era “continuamente” [mal o seu coração] desde o seu nascimento, a partir de cima sua juventude, em toda a sua vida, e todos os dias de suas vidas, dia e noite, e dia após dia, sem intervalo: isso representa a corrupção original da natureza humana, e mostra que ela é universal, por isso não foi verdade apenas dos homens do mundo antigo, mas de toda a humanidade, o mesmo se diz dos homens depois do dilúvio, como antes, e de todos os homens em geral, sem qualquer exceção (Gn8.21).
A idéia de que todos os aspectos do homem estavam corrompidos encontram nessas expressões seu estado máximo. Todos os aspectos da humanidade estavam, não apenas fadados ao pecado, mas intrinsecamente aprofundado nele. O problema não era apenas o que acontecia, ou o que faziam os seres humanos, mas também os aspectos internos do homem, seus pensamentos e desejos.

3. O Sentimento de Yahweh

O terceiro modo como vemos Deus interagir com a humanidade é sua expressão de resposta as ações humanas: Deus não apenas vê e exerce juízo, mas Ele também se entristece. Uma das características de Yahweh é que Ele sofre com os maus caminhos de suas criaturas, e observe que o texto fala da humanidade como um todo. Duas expressões são usadas nesse texto para apresentar esse fato: Seu arrependimento e seu pesar.
Em Gênesis vemos uma declaração interessante sobre Deus, observe: “então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gn.6.6, 7). Essa declaração de Moisés sobre as palavras de Deus em relação a humanidade é sem sombra de dúvidas interessante: Deus se arrepende.
Mas, isso significa que Deus muda? As escrituras são claras quanto ao fato de que Deus não muda, observe: “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Ml.3.6); “Também a Glória de Israel não mente, nem se arrepende, porquanto não é homem, para que se arrependa” (1Sm.15.29); “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tg.1.17). Mesmo Moisés apresenta Yahweh como um Deus que não se arrepender: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm.23.19). Entretanto, em Gênesis lemos que Deus se arrependeu. Como compreender o arrependimento de Deus (Gn.6) e o fato que Ele não se arrepende (Nm23.19?) na visão do mesmo autor?
Em primeiro lugar, precisamos entender o que de fato significa a Imutabilidade divina: Imutabilidade de Deus é a perfeição que lhe é atribuída pelas escrituras que diz respeito à Sua capacidade intrínseca de nunca fazer-se apresentar sob outro aspecto. Essa perfeição é aplicada a Seu Caráter (Tg.1.17), Vontade (Is.46.9-10) e Propósitos (Hb.6.17). Imutabilidade por vezes é reconhecida como a perfeição absoluta, pelo fato de que Deus é completo, pleno em Seus atributos (Nm.32.19; Sl.33.11; Ml.3.6; Tg.1.17).
Em segundo lugar, devemos entender que o fato de Deus ser exaltado acima de toda sua Criação ele também se faz presente diante dela. Ou seja, o fato de que Deus não muda e que isso o diferencia essencialmente de toda sua criação, não gera impossibilidade de relacionamento entre Deus e suas criaturas, pois é um Deus pessoal pronto a interagir com os objetos do seu amor. Em outras palavras estamos afirmando que, a verdade sobre Deus compreende tanto Sua transcendência, o fato de que é exaltado acima de tudo e todos por que é o que é e que ninguém jamais poderá sê-lo, como Sua imanência, o fato de que Deus se faz presente no tempo, ativo, participativo, de modo que sua Transcendência não minimiza sua Pessoalidade nem sua Imanência sua Soberania. Deus é completamente Soberano e Pessoal, perfeitamente transcendente e imanente: “Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também de longe?” (Jr.23.23).
Em terceiro lugar, devemos lembrar que o termo hebraico por trás da tradução portuguesa para “arrependimento” é bem mais abrangente do que o que entendemos com o termo em português. O termo hebraico usado aqui é “nacham” e tem um dos três significados básicos dependendo do contexto:

1. Experimentar pesar ou sofrimento emocional: Esse sentido é relativamente comum e eventualmente é demonstrado no texto hebraico no passado: “Então, o povo teve compaixão de Benjamim, porquanto o SENHOR tinha feito brecha nas tribos de Israel” (Jz.21.15; cf. Jz.21.15; 1Sm.15.11,35; Jó.42.6; Jr.31.19).

2. Consolar ou ser consolado: Esse uso é relativamente freqüente no AT e claramente encontrado na literatura Mosaica: “E Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe” (Gn.24.67; cf. 27.42; 37.35; 50.21; 38:12; 2Sm.13.39; 77.3; Sl.1.24; Is.1.24; Jr.31.15; Ez.14.22; 31.16; 32.31)

3. Arrepender-se ou mudar de mente: Em alguns textos não teologicamente discutidos a idéia de mudança de mente é encontrado, mas com alguma dificuldade: “Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito” (Ex.13.17; cf.Dt.32.36; )

É importante dizer que o sentido básico do termo, e certamente mais freqüente no AT é o de “consolar”. Das 108x que é usado no AT pelo menos em 66x a idéia está relacionada com o consolo. Apesar de o termo ter conotações de arrependimento, mesmo que aplicado a seres humanos, esse não é o termo normalmente utilizado para isso. Normalmente o AT usa o termo “shuwb”, que tem por idéia básica o voltar-se (Gn.3.19; 8.12; 18.14), para descrever a idéia do arrependimento como mudança de comportamento e atitude (Gn.27.45; Ez.14.6).
Tendo observado isso, é verificável que o sentido de “consolo” não é contextualmente aceitável em Gn.6 ao passo que a idéia de arrependimento e pesar são as mais indicadas para o texto e a primeira certamente tem sido favorecida largamente nas versões modernas das escrituras, seja em inglês (ASV, KJV) ou em português (ACF, ARA, ARC, NVI), entretanto, não tem sido a opção unânime. Por exemplo, a NIV, versão inglesa da Nova Versão Internacional, optou por assim verter o texto: “O Senhor se afligiu por ter feito o homem na terra”. A NET Bible, por sua vez, preferiu: “O Senhor se lamentou de ter feito o homem sobre a terra”. Essas duas leituras além de serem lexicograficamente possíveis, parecem contextualmente mais aceitáveis.
É bem provável que toda essa discussão tenha nascido na má compreensão do termo hebraico e do termo latino visto na Vulgata. De modo muito interessante, a Vulgata usou o termo “paeniteo” que também carrega a idéia de “pesar” e “arrependimento”. Entretanto, nem o inglês nem o português têm um termo que lhe seja equivalente e por isso, sempre que passamos por esse texto precisamos investir na explicação do termo. Considerando que o termo hebraico pode ser entendido como uma expressão de caráter emocional, e que o contexto é favorável a essa leitura, entendo que tanto a NET Bible como a NIV são representações mais acertadas para se descrever esse texto.
Aliás, é importante notar que Moisés também usa o termo “’atsab” traduzido por pesar em português. A idéia do termo é claramente a demonstração de dor e sofrimento, que em Gn.6.6 descreve o coração (hb. leb) do próprio Deus. Sobre isso, Sailhamer afirma:

“Ao tornar Deus o sujeito dessa do verbo no verso 6, o autor nos demonstra que o pesar e o sofrimento sobre os pecados dos seres humanos não era algo que apenas os homens sentiam. O próprio Deus lamentou pelo pecado do homem (v.7)”

Derek Kidner sobre esse texto afirma:

“Esta é a maneira de falar do Velho Testamento, em que emprega as expressões mais ousadas, contrabalanceadas em outros lugares, se necessário, mas não enfraquecidas. A palavra pesou tem afinidades com as palavras aflição e fadiga de 3.16, 17. Agora Deus sofre por causa do homem
Ernest Kevan quando fala sobre seu entendimento desse texto, afirma:

“O Deus revelado pelas escrituras é capaz de sentir tristeza e de ser entristecido. Ele tem reações reais para com a conduta humana. Não obstante, é impossível conceber o Deus onisciente a lamentar-se por algum falso movimento por ele feito. O arrependimento de Deus não é uma alteração quanto aos propósitos, e sim, uma mudança de atitude”

David Merkh acrescenta:

“Deus é uma PESSOA, e sendo assim tem emoções. Talvez sejam diferentes do que nós entendemos, mas Deus não é uma máquina. A palavra “arrependeu-se” tem duas conotações. Primeiro, Deus se entristeceu. Segundo, significa que haveria um ajuste no plano dEle. Mas a mudança em Deus é mais uma mudança do nosso ponto de vista

Diante dessas considerações fica evidente que a Imutabilidade do Propósito de Deus foi preservado na história do dilúvio sem que isso excluísse a idéia de Interação de Deus com Sua Criação por seu sofrimento emocional e pesar, e, isso é plenamente verificável pelos termos hebraico utilizados no próprio texto.
Com isso, afirmamos que Deus nunca está ausente de sua criação nem a tem deixado à mercê de suas próprias criaturas: Como Criador poderoso e benevolente, Deus se limita a estar disponível para suas criaturas com o propósito de demonstrar sua graça incondicional e amor pleno. Entretanto, quando Seu limite é atingido, Ele mesmo se responsabiliza em disciplinar suas criaturas de modo a honrar sua Santidade e Fidelidade. A história do dilúvio é exatamente isso: Por um lado Justiça em jus a Sua Santidade; Por outro Fidelidade para com sua promessa de um libertador descendente da mulher e amor e graça para com Noé, homem com quem dividia um relacionamento especial.

C. Provisão Futura

A descrição desse texto até aqui traça a rota do pecado do homem de encontro com Justiça de Deus. Entretanto, o texto não fica assim, pois ainda encontramos um pequeno porém: “Porém, Noé achou graça diante de Deus”. Ao observar esse termo, Merkh afirma:

“Depois desta nota sombria, mais uma vez ouvimos uma melodia de graça. Vs. 8 apresenta um contraste muito forte com os outros 7 vss. “Porém Noé achou graça diante do Senhor.” Nas palavras de Romanos, onde o pecado abundou, a graça superabundou. Sou grato a Deus pela palavra “mas” ou “porém” nas Escrituras

A história da humanidade não havia terminado, pois Deus havia reservado para si um remanescente fiel a quem Ele prontamente oferece sua graça. Sobre essa graça, Barnes atesta:

“Noé e sua família são as únicas excepções a esta destruição arrebatadora. Até agora nós nos encontramos com insinuações distante e indireta do favor divino, e atos significativos de respeito e aceitação. Agora a graça pela primeira vez se encontra uma língua para expressar o seu nome. A Graça tem a sua fonte no ser divino”.

Sobre ela, ainda Merkh afirma:

“A palavra “graça” aqui não é o termo muitas vezes traduzido como “graça” ou “misericórdia” no VT. A palavra significa, literalmente, “favor”. Noé foi abençoado pelo favor de Deus. Entre todos os homens, Deus separou esse homem para uma atuação divina especial”

A relação entre o favor divino e a vida piedosa de Noé são questões a serem observadas, e mesmo Merkh admite que a vida piedosa de Noé foi resultado da graça manifesta de Deus em sua vida. Tal visão é claramente favorecida pelas escrituras, sobretudo no Novo Testamento onde encontramos com facilidade a idéia de que a piedade é fruto da ação divina no homem (2Pe.1.3). Entretanto, mesmo Calvino reconhece que a vida íntegra de Noé favoreceu o favor divino em sua vida, observe:

“Reconheço, aliás, que aqui Noé é declarado ter sido agradável a Deus, porque, vivendo em retidão e humildade, ele se manteve puro das contaminações comum do mundo”

É verdade, entretanto, que Calvino também entende que mesmo a origem e princípio fundamental da retidão de Noé como obra do Senhor, mas não podemos com isso minimizar a história da vida de Noé, que é descrito como homem justo e íntegro. O que isso significa então? Será que esforço humano e favor divino se contrapõem? Claro que não! Com isso reconhecemos os dois lados da história de Noé, que por um lado foi favorecido por Deus, mas era também um homem justo e íntegro mesmo entre uma geração perversa. O equilíbrio dessa aparente contradição encontra-se no fato de que Noé andava com Deus, ou seja, com Ele desfrutava de relacionamento, e nesse ambiente de intimidade, com Deus crescia e de Deus recebia favor. Ou seja, eles se davam bem.
VIA GRITOS DE ALERTA.
INF. PENSE BIBLIA

Cristão é demitido por se negar a usar o número “666″ no uniforme da empresa


Com medo de ser condenado ao inferno, preferiu perder o emprego a negar sua fé         

Um operário de uma fábrica de plásticos da cidade de Dalton, Estado da Geórgia, afirma em um processo federal que foi demitido após se recusar a usar uma etiqueta com o número ’666′.
Billy E. Hyatt afirma que foi sumariamente despedido por motivos religiosos da Berry Plastics Corp., empresa onde trabalhava desde junho de 2007. Ele alega que se recusou a usar uma espécie de adesivo no uniforme, anunciando que a fábrica estava sem acidentes de trabalho havia 666 dias.
Hyatt disse ser um cristão devoto e que todos os funcionários usavam adesivos no uniforme mostrando por quanto tempo a fábrica não registrava um acidente. Ele começou a ficar preocupado no início de 2009, quando o número colocado nos uniformes chegou na casa dos 600. Quando a contagem do departamento de segurança da empresa se aproximava de 666, número considerado a “marca da besta” pelo livro de Apocalipse, o cristão devoto tomou uma decisão.
Ele alega que se aproximou do seu gerente e explicou que aquilo ia contra sua fé, pois seria forçado “a aceitar a marca da besta e ser condenado ao inferno.” O gerente garantiu que ele não precisaria usar o número se não quisesse. Além disso, seu chefe pediu para não se preocupar com isso, pois talvez alguém teria um acidente, ou talvez decidissem mudar o calendário “como usar o adesivo com o número 665 por dois dias, ou alguma outra manobra para evitar a exibição do 666”.
Quando chegou o dia 12 de março de 2009, Hyatt chegou ao trabalho e recebeu uma etiqueta com o número 666. Imediatamente procurou o gerente para explicar novamente sua recusa. Naquela ocasião foi informado de que suas crenças eram “ridículas” e que se não usasse o adesivo teria uma suspensão de três dias. Hyatt voltou para casa e levou a suspensão de três dias. Mas ele acabou sendo demitido depois de cinco dias, quando uma reunião do departamento de recursos humanos considerou sua justificativa inaceitável.
Ele entrou então com uma queixa junto ao Comitê por Oportunidades Igualitárias de Emprego, órgão da Secretaria Estadual de Indústria e Comércio da Geórgia. Contratou também o advogado Stephen Mixon, o qual conseguiu que o Comitê lhe garantisse o direito de processar a empresa.
O processo agora chegou a sua parte final e Hyatt está reivindicando indenizações e salários atrasados, além de dano moral, por afirma que a empresa o obrigou a passar por uma terrível situação.
Para ele, o caso se qualifica como perseguição religiosa, uma vez que foi constrangido a “abandonar suas crenças religiosas.” A empresa, que perdeu em primeira instância não retornou as várias ligações e e-mails pedindo comentários. Apenas justificou que só precisará responder à reclamação em juízo.
Traduzido e adaptado por Gospel Prime de Courthouse News e CBS News

Adultescentes: uma igreja preparada para eles

Por John Piper

Christian Smith, professor de sociologia na Universidade de Notre Dame, escreveu, no livro Books and Culture, uma crítica sobre o novo fenômeno da “adultescência” - que é o prolongamento da juventude até a casa dos trinta anos. Quero relacionar esse fenômeno com a igreja. Mas antes segue um resumo do artigo de Smith, sobre que fenômeno é esse e como ele surgiu.

Definição
O que é “adultescência”?
Smith diz: “Adolescência” enquanto uma representação de um estágio de vida é uma invenção do século 20, criada em função das mudanças ocorridas pela educação em massa, leis sobre o trabalho infantil, urbanização, consumo em massa e mídia. Dessa maneira, um novo e importante estágio na vida, situado entre a adolescência e uma vida plenamente adulta, surgiu em nossa cultura nas últimas décadas – remodelando o significado do ser, da juventude, dos relacionamentos e dos comprometimentos da vida, assim como uma variedade de comportamentos e tendências entre os jovens.

O que resultou dessa nova situação tem recebido vários nomes como “adolescência tardia”, “adultescência” e “adultos emergentes”.

Causas
Um modo de descrever esse grupo é destacar a tendência em retardar a maturidade ou em permanecer com uma mentalidade imatura por mais tempo do que o esperado. Smith sugere as seguintes causas que contribuíram para a demora em alcançar a maturidade e a vida adulta responsável.

1. A primeira causa está no aumento da procura pelo ensino superior. As mudanças na economia Americana, o programa GI Bill1, e os subsídios governamentais para as universidades levaram, na segunda metade do século passado, a um aumento dramático na procura por cursos universitários pelos jovens formados no ensino médio. Mais recentemente, muitos sentem-se pressionados – por causa do sonho americano – a fazer outros cursos além da faculdade. Como resultado disso, uma grande parte da juventude americana não encerra os estudos para iniciar uma carreira aos 18 anos, mas estão prolongando a vida acadêmica até a casa dos vinte anos. E aqueles que almejam uma especialização – os que concentram o poder para moldar nossa cultura e sociedade – continuam estudando até a faixa dos trinta anos.

2. A segunda causa crucial para o aumento do número dos “adultescentes” é o atraso do casamento na sociedade americana nas últimas décadas. Entre 1950 e 2000, a idade média para o primeiro casamento era entre 20 a 25 anos para as mulheres. Para os homens da mesma época, a média era entre 22 e 27 anos. O aumento mais significativo dessa média aconteceu depois de 1970. Há 50 anos atrás a maioria dos jovens estavam ansiosos para sair do ensino médio, casar e sossegar, ter filhos e iniciar uma carreira longa. Mas hoje, especialmente os homens esperam pelo menos uma década entre a saída do ensino médio e o casamento, período em que exploram as muitas opções de vida oferecidas por uma liberdade sem precedentes.

3. A terceira transformação social que contribuiu para a maturidade tardia como uma fase distinta de vida, diz respeito a mudanças na economia americana e global. Esse cenário minou a estabilidade das longas carreiras, transformando-as em empregos inseguros e altamente rotativos que exigem novos treinamentos. A maioria dos jovens hoje sabe a importância de iniciar a vida profissional com diferentes habilidades, muita flexibilidade e capacidade de adaptação. Isso por si só já pressiona a juventude a aumentar a escolaridade, atrasar o casamento e a ter uma tendência psicológica discutível de maximizar as oportunidades e procrastinar compromissos.

4. Finalmente, e em parte como uma resposta a todas as mudanças acima, os pais da juventude atual, cientes dos recursos necessários ao sucesso, parecem estar cada vez mais desejosos de prolongar a ajuda e suporte financeiro aos filhos por mais tempo, até os trinta anos.


Características
As características dos jovens entre 18-30 anos produzidas pelas mudanças acima, incluem:
1. Exploração da identidade;
2. Instabilidade;
3. Foco em si mesmo;
4. Sensação de estar no limbo, em constante transição;
5. Senso de possibilidades e oportunidades, e esperança sem paralelos;
6. Tudo isso vem, é claro, acompanhado de grandes doses de confusão, ansiedade, melodrama, conflito, decepção e senso de efemeridade.

Resposta da igreja
Como a igreja deve responder a isso? Como a igreja pode responder a esse fenômeno cultural? Aqui seguem algumas sugestões:

1. A igreja deve encorajar a maturidade e não o contrario. “Não sejam como meninos no juízo, na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos” - 1 Co 14:20. A igreja enfatizará que a maturidade não significa estar fora da escola, mas que é possível desenvolvê-la enquanto se estuda.

2. A igreja apoiará aqueles que tem o chamado para permanecerem solteiros, da mesma maneira que não encorajará uma espera longa para aqueles que desejam se casar, mesmo que ainda estejam estudando. A igreja incentivará uma vida com flexibilidade e fé e resistirá a ideia de que a flexibilidade profissional só é possível após longos anos de experimentação.

3. A igreja ajudará os pais a prepararem seus filhos para serem financeiramente independentes por volta dos 22 anos (ou menos), desde que estes não sejam pessoas com deficiência. A igreja proverá segurança e estabilidades para os jovens que se identificam com ela.

4. A igreja providenciará semanalmente um ensino abrangente, inspirador e formador que leve ao amadurecimento da mente. A igreja encorajará uma rede de relacionamentos sérios e maduros. A igreja será uma comunidade de pessoas que acreditam em Deus, em Sua Palavra e ordenanças e motivará experiências regulares de significância universal.

5. A igreja será como um farol da verdade para ajudar os jovens adultos a atravessarem o mar revolto e nebuloso das incertezas culturais. A igreja ressaltará o senhorio de Cristo na vida dos jovens, pois eles não devem dependem somente do “papai e da mamãe” para receberem orientação.

6. A igreja proverá oportunidades para liderança e serviço que levem à responsabilidade e maturidade de seus jovens adultos. A igreja continuamente encorajará uma perspectiva centrada em Deus, tanto na vida acadêmica como na vida profissional.

7. A igreja incentivará a importância da castidade na vida de solteiro, bem como a fidelidade e santidade na vida conjugal. A igreja engrandecerá incansavelmente a maturidade e força resultantes de um caráter jovem fundamentado nas Escrituras Sagradas.

Assim, oro para que o Senhor Jesus, através de sua igreja, traga uma alternativa cultural atraente e poderosa para os adultos emergentes. Essa opção de contracultura trará mais estabilidade, clareza de identidade, sabedoria profunda e flexibilidade dependentes de Cristo. Além disso, incentivará o jovem adulto a não pensar somente em si mesmo, estar pronto para a responsabilidade ao invés de somente fazer exigências, e ter consciência de que eles podem vir a sofrer e mesmo assim não retribuir o mal com o mal. E finalmente, nunca perder a alegria em Deus, reconhecendo que a vida é curta e que depois disso haverá o julgamento, fazendo o bem e permanecendo firmes até a recompensa celeste.

Por: John Piper. © Desiring God. Website: www.desiringGod.org.
Traduzido e adaptado por: Eliane Peraza Costa Mendes.

SER LIDER NÃO É MANDAR , É SERVIR .


O objetivo desse manual de treinamento não é levantar discussão sobre liderança , mas sim, reforçar a necessidade de que os líderes  recebam treinamento e oportunidades para atuar nas congregações. A partir da estratégia básica proposta , cresce muito a necessidade de despertar e treinar novos líderes, envolvendo-os em funções específicas, de acordo com as cinco áreas de ação da Igreja.

Nesse sentido o manual do líder de grupos quer oferecer alguns subsídios para o despertamento e treinamento de líderes de grupos e departamentos, e também, chamar atenção para algumas oportunidades no exercício de liderança.

2 - Como Jesus vê o líder Selecionamos dois textos bíblicos que mostram Jesus treinando líderes, seus próprios discípulos. Não são textos que falam especificamente de liderança, mas textos que mostram como Jesus aproveita situações do dia a dia do seu ministério para incutir em seus discípulos alguns princípios, alguns conceitos que seriam vitais na sua liderança, presente e futura, na Igreja.

2.1 - Mateus 20.20-28:
a) Liderar não significa ocupar postos importantes (v 21)
b) Liderar não significa dominar, ser maior, ser servido (v 25)
c) Liderar significa servir (vv 26-28)

2.2 - Lucas 22.24-27
a) O líder cristão não busca aplausos (v 25)
b) O líder cristão serve (v 26)
c) A grandeza e a importância estão no servir.


Em resumo: Liderança é uma humilde atitude de serviço! Jesus vê o líder como alguém que serve!


3 - Filosofia de Liderança Cristã

O texto que segue foi elaborado a partir de afirmações extraídas do livro Como Se Forma Um Líder Cristão, de Ted W. Engstrom.

A pergunta diretiva é: Como formar líderes e envolvê-los no trabalho da igreja?

3.1 - O que é um líder?
- Nicholas Murray Butler disse: "Há três tipos de pessoas no mundo - as que não sabem o que está a acontecer, as que observam o que está a acontecer e as que fazem com que as coisas aconteçam". Estes são os líderes!
- Líderes são aqueles que mexem com os outros. Que mexem com a cabeça e o coração dos outros.
- Líderes são aqueles que influenciam o pensamento e a atitude das pessoas, não em torno de si mesmos, mas em direção a um objetivo, a uma meta claramente definidos.

3.2 - O que é um líder cristão?
- Não é aquele que faz todo o trabalho na igreja. Não é aquele que diz como o trabalho deve ser feito. Mas é aquele que envolve as pessoas no trabalho.
- É aquele que influencia o pensamento, as palavras e as atitudes das pessoas de acordo com o Evangelho de Jesus Cristo.
- É aquele que por suas palavras, atitudes e exemplo de vida influencia, desperta, encoraja, envolve e orienta a vida e o serviço cristão dos outros.

3.3 - Como identificar um líder cristão?
- A estrutura funcional de uma igreja (congregação) é muito importante na identificação dos líderes. Se a vida de uma igreja apenas gira em torno do culto, a reunião do grande grupo, é muito provável que os líderes permaneçam escondidos.
- Por outro lado, é no pequeno grupo que o líder desponta. É lá que ele tem a oportunidade de falar, de fazer orações publicamente, de conhecer melhor as necessidades e programas da igreja e participar. É no pequeno grupo que ele recebe as primeiras tarefas. Também é no pequeno grupo que ele se sente mais encorajado para agir .
- Ajudar as pessoas a descobrir seus dons é outro passo importante neste processo de identificar os líderes dentro da igreja.
- Prestar atenção aos diversos tipos de liderança.

3.4 - Como se forma um líder cristão?
- Liderança também é um dom de Deus (1 Co 12.4,11).
- O líder não se forma em grandes cursos ou treinamentos de finais de semana. Estes cursos e treinamentos são ótimos para despertar, motivar, encorajar e ampliar a visão dos líderes. (Normalmente, os que participam de cursos e treinamentos já exercem algum tipo de liderança na igreja).
- O líder cristão é formado no dia a dia da vida da igreja, mediante:

a) Associação. O grande exemplo foi Jesus. Ele decidiu "andar com seus discípulos". Ele não apenas ensinou leis, regras, dogmas, mas os discípulos assimilaram tudo o que ouviram dele e tudo o que viram no seu modo de agir. Líderes cristãos são formados na medida em que ouvem, na medida em que observam a ação de outros e na medida em que recebem oportunidades para agir.

b) Delegação. Em muitos casos, há cristãos que têm o dom de liderança. No entanto, falta-lhes a iniciativa no exercício de algum tipo de liderança. Eles precisam receber a delegação de tarefas. Alguém precisa dizer-lhes onde, como e quando atuar. Jesus também "chamou doze e passou a enviá-los de dois em dois..."(Mc 6.7).


A delegação contém quatro idéias básicas:
1º - Transferência de trabalho
2º - Transferência de autoridade
3º - Aceitação da responsabilidade
4º - Acompanhamento e prestação de contas.

c) Formação e informação: Formar líderes precisa ser visto como um processo. E este é um processo que não termina. Ele se renova. Este processo de formação de líderes precisa acontecer na congregação, com objetivos e metas claramente definidos. Cursos e treinamentos distritais também são muito importantes, mas estes precisam ser completados por um programa de formação de líderes em cada congregação.

Muitos líderes não despontam, por falta de informações, por desconhecerem os objetivos
da Igreja Cristã e de sua congregação. Muitos não sabem o que fazer na igreja. Cristãos bem informados se envolvem com mais determinação.

d) Treinamento prático: Não se forma líderes sem o treinamento prático. O novo líder aprende fazendo, apoiado e amparado por alguém.

3.5 - Que líderes(coordenadores) necessita hoje?

a) - Líderes de grupos menores.
- Coordenadores de departamentos (não só presidentes de reuniões).

b) - Líderes que atuam segundo as cinco funções da Igreja:
- Líderes no ensino (Escola Dominical, instrução, grupos de estudo bíblico...)
- Líderes no serviço social (coordenadores).
- Líderes na evangelização (que possam evangelizar e treinar outros).
- Líderes na comunhão (que reúnem e aproximam os cristãos)
- Líderes na adoração (música, cultos, Portas Abertas)

c) - Líderes que atuam segundo os dons que receberam de Deus (Rm 12.6-8).

3.6 - Características do líder cristão:
a) Humildade e espírito de serviço (não apenas comandante).
b) Responsabilidade (que se possa confiar nele)
c) Sinceridade (transparente, leal, honesto)
d) Coragem (pronto para correr riscos)
e) Visão (que saiba olhar para frente; que saiba planejar)
f) Atitude (que seja coerente)
g) Entusiasmo ( para motivar e transmitir vida)

3.7 - Visão do líder cristão:
- Conduze-te de tal maneira que te tornes dispensável!


VIA GRITOS DE ALERTA

O perfil de um líder cristão exemplar


 
O livro de Atos dos apóstolos faz uma síntese da vida de Barnabé, um dos maiores líderes da igreja cristã, nos seguintes termos: “Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé…” (At 11.24). Há três verdades sobre Barnabé que devemos aqui destacar:

1. Um líder cristão deve investir sua vida na vida dos outros.

Ser líder é ser servo; ser grande é ser pequeno; ser exaltado é humilhar-se. Barnabé é o único homem da Bíblia chamado de bom. E por que? É porque quase sempre, ele está investindo sua vida na vida de alguém. Em Atos 4.36,37 ele está investindo recursos financeiros para abençoar pessoas. Em Atos 9.27 ele está investindo na vida de Saulo de Tarso, quando todos os discípulos fecharam-lhe a porta da igreja não acreditando que ele fosse convertido. Em Atos 11.19-26, a igreja de Jerusalém o vê como o melhor obreiro a ser enviado para Antioquia e quando ele vê a graça de Deus prosperando naquela grande metrópole, mais uma vez ele investe na vida de Saulo e vai buscá-lo em Tarso. Em Atos 13.2 o Espírito o separa como o líder regente da primeira viagem missionária. Em Atos 15.37-41 Barnabé mais uma vez está investindo na vida de alguém; desta feita na vida de João Marcos. Precisamos de líderes que sejam homens bons, homens que dediquem seu tempo e seu coração para investir na vida de outras pessoas.

2. Um líder cristão deve esvaziar-se de si para ser cheio do Espírito Santo.

Barnabé era um homem cheio do Espírito Santo. Sua vida, suas palavras e suas atitudes eram governadas pelo Espirito de Deus. Um líder cheio do Espirito tem o coração em Deus, vive para a glória de Deus, ama a obra de Deus e serve ao povo de Deus. Barnabé é um homem vazio de si mesmo, mas cheio do Espírito Santo. A plenitude do Espírito não é uma opção, mas uma ordem divina. Não ser cheio do Espírito é um pecado de negligência. Precisamos de líderes que transbordem do Espírito, homens que sejam vasos de honra, exemplo para os fiéis, bênção para o rebanho de Deus. Quando os líderes andam com Deus, eles influenciam seus liderados a também andarem com Deus. Por isso, a vida do líder é a vida da sua liderança. Deus está mais interessado em quem o líder é do que no que o líder faz. Vida com Deus precede trabalho para Deus. Piedade é mais importante do que performace.

3. Um líder cristão deve colocar seus olhos em Deus e não nas circunstâncias.

Barnabé era um homem cheio de fé. Ele vivia vitoriosamente mesmo diante das maiores dificuldades, porque sabia que Deus estava no controle da situação. A fé tira nossos olhos dos problemas e os coloca em Deus que está acima dos problemas. A fé é certeza e convicção. É certeza de coisas e convicção de fatos (Hb 11.1). É viver não pelo que vemos ou sentimos, mas na confiança de que Deus está no controle, mesmo que não estejamos no controle. A fé sorri diante das dificuldades, não porque somos fortes, mas porque embora sejamos fracos, confiamos naquele que é onipotente. Barnabé é um exemplo de um líder que deve ser seguido. Precisamos de líderes que vejam o invisível, creiam no impossível e toquem o intangível. Precisamos de líderes que ousem crer no Deus dos impossíveis e realizar coisas para ele. Precisamos de líderes que olhem para a vida na perspectiva de Deus, que abracem os desafios de Deus e realizem grandes projetos no reino de Deus.

VIA GRITOS DE ALERTA

ESTUDO SOBRE OS PROPÓSITOE E OBJETIVOS DE CADA UMA DAS 12 TRIBOS DE ISRAEL , E PORQUE HOJE AS IGREJAS NÃO SÃO TRIBOS .

  Nesse pequeno resumo vamos detalhar os propósitos e objetivos de cada uma das 12 tribos de Israel , e em segundo plano falaremos , PORQUE ...