sexta-feira, 18 de março de 2011

Alto nível de radiação é detectado a 30 quilômetros da usina de Fukushima

Segundo o ministério da Ciência japonês foram detectados altos níveis de radiação num raio de 30 quilômetros da usina de Fukushima, cujos reatores foram abalados pelo terremoto que atingiu o Japão há uma semana.

Áreas próximas da usina de Fukushima

  • O governo japonês pediu aos moradores de um raio de 20 a 30 quilômetros próximo da usina de Fukushima que permaneçam em casa e com as janelas fechadas. A medida serve como forma de proteção contra a radiação da usina nuclear de Fukushima, após acidente com os reatores
Especialistas ouvidos pela rede japonesa NHK, disseram que seis horas de exposição à radiação emitida pela usina corresponde ao nível máximo considerado seguro para um ano. Apesar disso, os níveis encontrados não representariam uma ameaça imediata para a saúde.
Os testes foram feitos entre 9h20 da manhã de quinta-feira e 3h da manhã desta sexta (no horário local). A orientação do governo para as pessoas que moram entre 20 e 30 quilômetros da usina era de permanecer em casa, com portas e janelas fechadas.
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, afirmou nesta sexta-feira que o nível de radiação em Tóquio não é perigoso. O diretor da agência da ONU também anunciou que o órgão planeja uma reunião extraordinária sobre as usinas nucleares do Japão, na próxima segunda-feira.
Em uma declaração feita hoje, o chefe do gabinete japonês, Yukio Edano,disse que "a escala sem precedentes do terremoto e do tsunami” que atingiu o Japãoestão “entre as muitas coisas que nãotinham sido antecipadas na nossa gestão de desastres planos de contingência”.

Alimentos passarão por teste de radioatividade

O governo japonês recomendou que as autoridades de localidades próximas a Fukushima façam testes para medir o nível de radioatividade nos alimentos disponíveis em mercados e lojas de conveniência.
Os testes serão realizados nas cidades próximas a Fukushima, segundo informou o vice-ministro do Trabalho, Saúde e Bem-Estar do Japão, Kohei Otsuka, que também afirmou que até o momento não foram registrados relatos de que os alimentos tenham sido contaminados por radiação.

Acidente é reclassificado

Ainda nesta sexta-feira, a Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou de 4 para 5 o nível de gravidade do acidente nuclear na usina de Fukushima. O índice da Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, pela sigla em inglês) varia entre 0 e 7.

O nível 5 se refere a acidentes nucleares "com consequências de maior alcance", enquanto o grau 4, no qual os incidentes eram avaliados até agora, define acidentes "com consequências de alcance local".

O nível 7, o mais alto na escala de medição, corresponde à liberação ao exterior de materiais radioativos com amplos efeitos na saúde humana e no meio ambiente.

UOL

Bactérias que causam tuberculose estão mais resistentes a antibióticos

Bactérias que causam tuberculose são cada vez mais resistentes aos remédios para curar a doença, o que ameaça os avanços das últimas décadas, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira pela revista "The Lancet".

O relatório, divulgado nas vésperas do Dia Mundial contra a Tuberculose (24 de março), ressalta o impacto causado por outros fatores de risco, como tabagismo e diabetes, no aumento da incidência da doença no mundo todo.

A tuberculose mata, anualmente, 1,7 milhão de pessoas e o número atual de doentes (cerca de 9 milhões) é o mais alto registrado na história, segundo o trabalho coordenado pelos professores Alimuddin Zumla, do University College de Londres, e Stephen Lawn, da Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul).

Um total de 80% dos casos ocorre em 22 países pobres e emergentes, com especial incidência na África Subsaariana, onde são registrados quatro de cada cinco casos de tuberculose associados ao vírus da Aids, uma combinação com "efeito devastador".

"O aumento das taxas de tuberculose resistente aos remédios no leste da Europa, Ásia e África Subsaariana ameaça prejudicar os avanços realizados mundialmente com os programas de controle da tuberculose", afirmaram os autores.

O relatório assinala que os principais fatores de risco para contrair e desenvolver plenamente a doença são o vírus da Aids --que multiplica por 20 a probabilidade de ter tuberculose--, viver em situação de pobreza e superpopulação.

No entanto, outros elementos preocupam os especialistas, como "a epidemia global de diabetes e as altas taxas de consumo de tabaco em países pobres e emergentes".

"Estes são os elementos que podem fazer a epidemia de tuberculose disparar", indicaram Zumla e Lawn, que asseguraram que a diabetes multiplica por três o risco de adquirir tuberculose e que o tabagismo multiplica por dois.

Há, além disso, outros muitos fatores de risco: câncer, carência de vitamina D, alcoolismo, poluição em espaços fechados, problemas renais crônicos, herança genética, e uso de corticoides e de remédios antagonistas do fator de necrose tumoral (FNT), para tratar dores como a artrite reumatoide.

Estudos na América do Norte demonstraram que os FNT aumentam em 50% o risco de desenvolver a doença em pacientes infectados e que os corticoides aumentam em 100%.

O estudo conclui que os principais problemas a serem superados são a falta de exames acessíveis de diagnóstico, a excessiva duração dos tratamentos, a falta de uma vacina eficaz, o surgimento de bactérias resistentes aos remédios e a fragilidade dos sistemas públicos de saúde nos países pobres e em desenvolvimento.

Apesar disso, afirma que "há razões para o otimismo", porque esse é um momento de excelência nas pesquisas para a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.

Mas esse impulso não servirá de nada, advertem, "se não houver um grande compromisso político e financeiro para garantir que possam ser cumpridos os objetivos do Plano Global da Organização Mundial da Saúde (OMS) 'STOP TB' para o período 2006-15".

Fonte: Folha Online

Diretor corintiano sobre oferta da Record: "bispo foi picado"

Emissora divulgou que ofereceu R$ 100 milhões ano a Corinthians e Flamengo somente por direito de TV aberta.

“Ô”. Foi assim, com uma expressão apenas, que o diretor de marketing do Corinthians Luís Paulo Rosenberg respondeu se achava boa a proposta que a TV Record fez a Corinthians e a Flamengo pelos direitos de transmissão do Brasileiro em TV aberta a partir de 2012. A emissora divulgou nesta quinta-feira que oferece aos dois clubes de maior torcida R$ 100 milhões por ano (cada).

Rosenberg deu uma palestra nesta quinta-feira à noite para um grupo de empresários e, em certo momento, quando falava sobre os direitos de transmissão, disse que o “bispo foi picado”, para falar da proposta da Record. A emissora tem como proprietário o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal.

“Acho válida a concorrência. Sou a favor de várias TVs com direito, você negociando a cada rodada qual jogo vai passar, e que vários jogos sejam transmitidos. Fico feliz que a Rede TV! entre no futebol, com toda sua tecnologia, o bispo foi picado, a Globo tem toda uma tradição” , disse Rosenberg. O diretor de relações institucionais da Rede TV!, João Alberto Romboli, estava na platéia acompanhando a palestra.

Ao falar em negociação rodada a rodada, Rosenberg se refeiru ao direito de arena, que prevê que uma partida seja transmitida somente com o aval dos dois times em campo. Se um estiver fechado com emissora A e outro com a B, precisa ter acordo prévio.

Na quarta-feira, o Grêmio foi o primeiro clube a anunciar ter acordo separado com a TV Globo e o presidente do clube, Paulo Odone, afirmou que mais dez times estavam fechados com a emissora do Rio. A diretoria do Corinthians garantiu que ainda não acertou com ninguém e nesta quinta, inclusive, visitou a sede da Rede TV!, em Barueri, cidade da grande São Paulo.

No dia 11 de março, a Rede TV! venceu a concorrência feita pelo Clubes dos 13 para ter o direito de transmissão em TV aberta de 2012 a 2014. Ofereceu R$ 516 milhões e foi a única candidata. O problema é que ao menos dez times associados ao C13, metade, anunciou que negociaria separadamente. O primeiro foi o Corinthians.

“Não aceitamos ter o mesmo voto (no Clube dos 13) do que clubes de menor expressão. É o momento de os clubes negociarem bons contratos de TV”, disse Rosenberg.

Fonte: Último Segundo

Moradores reclamam de construção de igreja evangélica

Eles reclamam que a igreja invadiu um terreno no bairro Nova Cidade, em Manaus, em local onde queriam uma praça.

Moradores da rua 53, quadra 104, no bairro Nova Cidade, Zona Norte, reclamam, do que eles chamam de "invasão de um terreno pela igreja evangélica Assembléia de Deus", próximo à torre de transmissão da Rádio Boas Novas, que também pertence à igreja.

Os moradores dizem que já procuraram a Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) para receber autorização para construir uma área de convivência às famílias no mesmo local. Segundo Robert Saif, 33, a resposta da superintendência é que não poderia ser feito nada, por ser uma ‘área verde do conjunto’.

“Há dois anos nós fizemos um chapéu de palha aqui, veio a Suhab e a polícia e derrubaram. Nós já fomos pedir para fazer qualquer melhoria aqui: jardim, praça, qualquer coisa, e não tivemos resposta. Agora, vem essa igreja e faz um templo aqui”, questiona Maria José, 45, moradora há 6 anos no local.

Uma comissão de moradoras está organizada para ir até a sede da Suhab ainda essa semana para pedir a imediata retirada da estrutura metálica erguida por funcionários da igreja.

“Nós limpamos o terreno pelo menos para que as crianças tivessem onde brincar, sem ser no meio da rua, e sem nenhum documento ou aviso, esses homens vieram aqui e fizeram a estrutura da igreja em menos de um dia”, reclama Robert Saif.

Área disponibilizada
A Suhab informou através da sua assessoria que a área foi disponibilizada para a Assembléia de Deus construir uma igreja, e que uma equipe técnica deverá ir no local ainda essa semana para avaliar a construção e verificar se houve o uso indevido do terreno.

Questionados sobre a reclamação dos moradores, de que a Suhan não autorizou benfeitorias no local, por se tratar de área verde, a assessoria disse que não possui registro de nenhuma visita de representantes dos moradores à sede da Superintendência requerendo a intenção de construir algo no local.

IEADAM

A Assembléia de Deus, por sua vez, informou que nesta quinta-feira (17) irá ter uma reunião geral com os pastores da região da Zona Norte e que só a partir das 14h teria alguma informação sobre o caso do terreno no Nova Cidade.

As duas instituições não souberam precisar qual tipo de autorização ou a data do documento permitindo à igreja de construir no local. As duas, também disseram à reportagem, que iriam providenciar cópia do documento e, tão logo o encontrem, enviariam para anexar à matéria. Enquanto isso a dúvida e a o imbróglio sobre a construção da igreja no terreno continua.

Cresce cada vez mais o número de cristãos orientais na nação mais nipônica no mundo depois do Japão

Esta matéria publicada na revista Eclésia nº 137 mostra que, aqui no Brasil, os imigrantes do país recentemente arrasado por terremotos e tsunamis estão abandonando o budismo.

Desde que os primeiros japoneses começaram a desembarcar no porto de Santos, no começo do século passado, depois de uma longa e árdua viagem de 52 dias a bordo do Kasato Maru, que o número de nikkeis – nome usado para designar descendentes e japoneses natos que residem no exterior – só aumentou. Cem anos mais tarde, eles já somam quase 2 milhões e constituem a maior colônia do mundo fora do Japão. Só no Estado de São Paulo, são cerca de 1,3 milhão. Nas últimas décadas, entretanto, o caminho inverso percorrido pelos brasileiros – os dekasseguis – em busca de trabalho e novas oportunidades de vida, comprova, além do forte vínculo de amizade que se criou ao longo dos tempos, a inerência dos usos e costumes às duas raças. Aliás, quando o assunto é tradição, ninguém tem dúvidas quanto à fidelidade dos orientais para com sua rica cultura milenar, cada vez mais incorporada ao cotidiano ocidental – yakisoba e tempurá, por exemplo, tem se tornado quase tão comum como pastel de feira. Por outro lado, em se tratando de evangelismo os nikkeis também têm aprendido muito com os brasileiros e contribuído para fazer do país, não apenas um longínquo pedacinho da “terra do sol nascente”, mas uma nação com um exército de convertidos cada vez mais numeroso.

Fundada nos anos 1980 pelo pastor Fernando Takayama, a Assembleia de Deus Nipo-Brasileira surgiu, a princípio, com o objetivo de levar a Palavra de Deus aos japoneses da Liberdade – o bairro oriental da capital paulista –, onde a igreja ainda mantém sua sede. “Por se localizar numa região privilegiada e histórica, a igreja acabou se tornando uma referência para encontro dos nikkeis, além de representar um espaço de adoração e conhecimento da verdade de Cristo”, orgulha-se Carlos Leandro de Melo, pastor evangelista e líder do setor de missões.

Depois de pouco mais de duas décadas de ministério, a semente plantada por Takayama continua germinando e rendendo bons frutos; atualmente a igreja já conta com mais de 100 filiais, a maioria espalhada pelo Estado de São Paulo. A própria sede foi obrigada a mudar de endereço e hoje ocupa o prédio do antigo Cine Tokyo, onde os rostos de nikkeis e brasileiros se misturam e até se confundem. “Por não sermos tão tradicionais quanto a outras congregações, nosso trabalho se espalhou e a igreja passou a ser frequentada por irmãos sem descendência japonesa”, continua.

Embora a principal verve de toda e qualquer igreja seja a cerimônia dos cultos e ministração da Palavra, a participação ativa junto à comunidade e assistência a seus membros também faz parte das atividades ministeriais da AD Nipo-Brasileira. “Além do evangelismo realizado na Praça da Liberdade, com músicas, depoimentos e mensagens traduzidas para o japonês, realizamos visitas a asilos e dispomos de um trabalho de discipulado específico para os descendentes, enumera o pastor, cuja ligação com a comunidade nipônica transcende os limites do próprio evangelismo; afinal, ele é casado com Sumiko Miyahara, que muito o auxilia na realização de eventos de caráter sócio-religioso e cultural.

Tradição

Professor na Faculdade Teológica Batista de São Paulo, Vanderlei Gianastacio é outro cristão bem antenado com a colônia japonesa. Se atualmente ele frequenta a Igreja Batista em Pinheiros acompanhado da esposa, que pertence à terceira geração de descendentes, e da filha de seis anos, durante mais de uma década – de 1993 a 2007 – o teólogo dedicou parte de seu tempo a missões evangelísticas, primeiro na cidade de Piedade (SP) e depois na capital. “Foi uma experiência muito interessante, porém o contato com pessoas de outras culturas requer que se conheça a cosmovisão do povo. Ao trabalhar com textos bíblicos, a comunicação com os isseis – japoneses natos – e descendentes de primeira geração é mais difícil, visto que na cultura oriental não é o jovem que ensina o idoso; pelo contraio, o que é mais antigo tem maior valor. Assim não faz sentido querer explicar para um descendente de japoneses acerca de Jesus – que nessa proporção, é novo na história – sem antes falar da criação”, adverte.

Para Gianastacio, o aumento do número de cristãos entre os povos de origem oriental se deve também pela confiabilidade que é inerente à raça. “Há muita confiança entre eles; logo, um grupo reunido em algum lugar se torna um motivo para que outros também sejam atraídos. Em outras palavras, japonês chama japonês”. Em contrapartida, as igrejas também precisam fazer a sua parte para atrair todo esse contingente sedento por salvação. “Os japoneses e descendentes são responsáveis, bons profissionais e, dessa forma, se encaixariam perfeitamente em qualquer atividade social desenvolvida pelas comunidades cristãs. Entretanto, não são muitas igrejas que se interessam em trabalhar com eles, por serem um povo questionador, desconfiado e tornarem o processo de conversão mais lento. Acredito, portanto, que a melhor receita é dialogar, não somente para ensiná-los, mas também para aprender com eles; afinal, estamos falando de uma cultura milenar”, receita o professor.

Mais impressionante ainda do que o aumento do número de cristãos orientais, inclusive em seus países de origem – segundo as estatísticas, hoje no Japão os protestantes já superam os católicos – tem sido a significativa redução dos seguidores de religiões tradicionais observada nas últimas décadas – como o budismo e o xintoísmo. De acordo com o IBGE, nas últimas décadas tem caído acintosamente o número de adeptos ao budismo no Brasil – de cerca de 240 mil nos anos 1990 para 215 mil no início do século. Atualmente, calcula-se que haja cerca de 200 mil seguidores no país. “Não dá para dizer se os números são satisfatórios; eles são o que são e refletem os interesses da sociedade em que vivemos”, diz Fabiana Gaspar Gomes, presidente da Sociedade Budista Brasileira (SBB). “Todos os movimentos religiosos seguem ciclos naturais e talvez a mensagem cristã esteja, atualmente, falando mais aos corações dessas comunidades, que muitas vezes vivenciavam a religiosidade como ‘obrigação social’ determinada pela família que mantinha rituais tradicionais do país de origem”, continua a carioca que, apesar dos números apresentados pelo IBGE, garante que o budismo vem sendo cada vez mais praticado no ocidente e que o número de adeptos só não é maior por falta de apoio dos meios de comunicação. “Se houvesse um canal de TV ou emissoras de rádios budistas, como acontece em outras religiões, será que não haveria mais praticantes?, questiona.

De acordo com Frank Usarski, livre docente na área de Ciência da Religião da PUC-SP, um dos fatores responsáveis pela redução do número de budistas no Brasil se deve à falta de “força humana” religiosa. “Diversas comunidades budistas tradicionais não possuem uma autoridade religiosa residente, e tem que se contentar com uma programação precária”, resume. Soma-se também a insuficiência de material religioso traduzido para o português, o que dificulta em muito a transmissão da herança espiritual dentro das famílias de descendência japonesa. “Outra questão pode ser vista como conseqüência a longo prazo das circunstâncias históricas sob as quais o budismo de imigração foi introduzido no Brasil, numa época em que os imigrantes japoneses ainda estavam convencidos de que a sua moradia no país anfitrião seria temporária”, complementa o professor.

“Em geral os nikkeis praticam o budismo e xintoísmo não por convicção doutrinária, mas por tradição aos pais e avós. Dessa forma, uma religião calcada no entendimento e na fé pode atrair mais do que simplesmente as práticas de alguns rituais sem a devida compreensão daquilo”, opina, por sua vez, o teólogo Vanderlei Gianastacio.

Números, questionamentos ou controvérsias à parte, para Fabiana Gaspar o que importa mesmo é a “garantia do respeito e espaço para que todos pratiquem e sigam aquilo que acreditam”.

Holiness

O nome pode não ser tão familiar como outras denominações cristãs gigantes e com grande poder midiático, mas a Igreja Evangélica Holiness também já construiu sua história, que teve início nos anos 1930 com a chegada dos primeiros missionários japoneses a São Paulo. Trilhando estradas, colônias e fazendas do interior, Takeo Monobe cumpriu à risca a determinação bíblica de pregar o evangelho às famílias japonesas que por aqui já se fixavam desde o início do século. Dez anos desde mais tarde, a igreja se estabeleceu como independente e atualmente conta com quase 5 mil membros distribuídos por várias cidades brasileiras – com maior concentração no Estado de São Paulo. “A Igreja Holiness é um fruto da imigração japonesa para o Brasil, e a nossa história se mistura com a história da própria colônia japonesa brasileira”, compara Eduardo Goya, pastor titular de uma das células de São Paulo e presidente da Convenção das Igrejas Evangélicas Holiness do Brasil.

Se antes o ocidente constituía o destino dos missionários, de uns tempos para cá a situação se inverteu, tanto que a Holiness mantém dezenas de evangelistas na Índia, China e no próprio Japão, onde tudo começou. Convertido há trinta anos, Goya, que pertence à terceira geração de descendentes, também já teve a oportunidade de algumas vezes visitar o país de seus ancestrais, em especial para supervisionar as células ministradas por brasileiros. E cada vez que atravessa o mundo, ele volta mais satisfeito e com perspectivas positivas de que o mundo se torne cada vez mais cristão. “Temos orado e nos preparado para que nossa igreja no Japão alcance também os japoneses”, continua o religioso, ciente de que pregar o evangelho nessas circunstâncias é um pouco mais complicado do que considera em condições normais. “Naturalmente que se precisa um pouco de cuidado para não transgredir as tradições culturais dos japoneses e seus descendentes diretos; afinal, eles são cautelosos e demoram mais do que os outros para tomar uma decisão por Cristo”, alerta.

Faz coro à opinião de Goya o pastor Carlos Leandro de Melo que, com muito cuidado e trilhando o mesmo caminho, tem conseguido chegar a dezenas de corações que aguardam por salvação.”É necessário respeitar a cultura, mas também levá-los ao entendimento da verdade de que o evangelho não é apenas um estilo de vida ou um simples ritual”. Assim, mesmo que historicamente os orientais sejam tão enraizados a tradições milenares e espiritualmente ligados a crenças ancestrais, com estratégia correta todos tendem a entender a mensagem. Não é à toda que os cultos da Holiness e da AD Nipo-Brasileira estão sempre cheios.

Fonte: Revista Eclésia

Eleições presidenciais na Nigéria se aproximam

   
 
Uma rua comum na Nigéria  
Apenas algumas semanas das eleições nacionais de 2011 na Nigéria em 09 de abril, as campanhas e a violência caminham juntas e continuam em pleno andamento, chamando as igrejas da tensa nação a orarem.

A explosão de uma bomba perto do comício do Partido Democrata Popular (PDP) na campanha em Suleja, perto da capital Abuja, deixou pelo menos 14 pessoas mortas.

No Norte, os membros da seita radical islâmica Boko Haram teriam continuado a sua fúria contra o governo federal, matando dois policiais.

A violência étnica e religiosa também continua perto da cidade de Jos.

Desde o fim do regime militar em 1999, o candidato do PDP tem ganhado todas as eleições presidenciais. Por tradição, o PDP alternou o poder entre o norte e o sul, depois de cumprir dois mandatos. Mas esse padrão foi interrompido quando o presidente Umaru Yar"Adua (um nortista) morreu antes do cumprimento de seu primeiro mandato de quatro anos, elevando assim, o seu suplente, o vice Goodluck Jonathan (um sulista) no poder.

Como a equação política alterada significativamente, as tensões aceleraram entre os conservadores, principalmente da parte norte do país, que insistem em que o atual presidente não deve concorrer à eleição. Jônatas, porém, derrotou seu rival nas primárias do partido PDP no norte.

Quatro principais candidatos surgiram na corrida para a presidência:

• Presidente Goodluck Jonathan (um cristão) carrega a bandeira do Partido Democrata Popular (PDP), depois de derrotar o ex-vice-presidente Alhaji Atiku Abubakar.

• Mallam Nuhu Ribadu foi escolhido como o candidato de consenso do Congresso da Acção da Nigéria (CAN).

• Muhammadu Buhari do Congresso para Transformação Progressista (CPC) emergiu como o candidato de consenso do seu partido.

• Mallam Shekarau Ibrahim, governador do Estado de Kano, derrotou outros aspirantes do Partido Político Nigéria (ANPP).

"Ao que tudo indica a batalha para a presidência da Nigéria será, provavelmente, entre o presidente Jonathan e Mallam Nuhu Ribadu", disse Rudolf Ogoo Okonkwo, um repórter de longa data no país.

A perspectiva de Ribadu emergindo como um oponente formidável de Jonathan parece depender se os partidos opositores se unirem em torno de sua candidatura. "Até agora, não há nenhuma indicação de que tal acordo será feito um mês antes da eleição", disse Okonkwo.

Tradução: Carla Priscilla Silva

Muammar Kadhafi promete 'inferno' a quem atacar a Líbia

Imagem da rede portuguesa mostra Kadhafi nesta quinta, em 
Trípoli (Foto: AP)França prevê ataques 'em breve', após resolução da ONU.
Filho de ditador já havia dito que não tem medo de intervenção militar.


O ditador líbio, Muamar Kadhafi, disse nesta sexta-feira (18) que transformará num inferno a vida de qualquer um que atacar o país, depois que a ONU autorizou ataques aéreos contra as forças do governo. O regime de 42 anos do ditador está há um mês massacrando a oposição que exige sua renúncia.
"Se o mundo ficou louco, nós também ficamos. Responderemos. Suas vidas se transformarão num inferno", disse Kadhafi, falando à rede de TV portuguesa RTP, poucas horas depois da aprovação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU autorizando ataques aéreos contra o país. "O que é este racismo? O que é este ódio? O que é esta loucura?", indagou Kadhafi.
Imagem da rede portuguesa mostra Kadhafi nesta quinta, em Trípoli (Foto: AP)

O filho de Muammar Kadhafi, Saif al Islam, considerado sucessor do ditador, já havia dito nesta sexta que “não tem medo” de uma intervenção militar internacional. “Estamos em nosso país e com nossa gente. E não temos medo”, afirmou Saif al Islam Kadhafi, herdeiro político de seu pai, em declarações à emissora americana “ABC”, após a aprovação do texto da ONU.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quinta-feira uma resolução que permite "todas as medidas necessárias" para proteger áreas civis e exige um cessar-fogo de Muamar Kadhafi, que anunciou uma ofensiva militar contra Benghazi, a principal cidade dos rebeldes. O anúncio foi recebido com comemoração por milhares de manifestantes antigoverno na cidade.
Refugiados esperam para serem repatriados na fronteira da 
Líbia com a Tunísia. Mais de 250 mil pessoas já deixaram a Líbia desde 
fevereiro (Foto: Emilio Morenatti/AP)Refugiados esperam para serem repatriados na fronteira da Líbia com a Tunísia. Mais de 250 mil pessoas já deixaram a Líbia desde fevereiro (Foto: Emilio Morenatti/AP)

Ação em breve
O porta-voz do governo da França, François Baroin, anunciou nesta sexta que os ataques contra a Líbia autorizados pela ONU acontecerão rapidamente e os militares franceses participarão nas ações. Ele, no entanto, se negou a revelar quando, como e os alvos das ações.
"A intervenção não é uma ocupação do território líbio, e sim um dispositivo de índole militar para proteger o povo líbio e permitir que coroe seu impulso de liberdade e, portanto, a queda do regime de Kadhafi", acrescentou. "Os franceses, que estiveram na vanguarda deste pedido (de intervenção) serão naturalmente coerentes com a intervenção militar e, portanto, participarão na operação".
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que Grã-Bretanha vai enviar aeronaves "nas próximas horas" para ajudar a impor a zona de exclusão aérea sobre a Líbia. Cameron também afirmou que o movimento é para salvar vidas e proteger as pessoas.
Os governos do Qatar e da Noruega anunciaram na manhã desta sexta-feira que participarão nas operações internacionais, que incluem a implementação de uma zona de exclusão aérea.
A Agência Europeia de Controle Aéreo (Eurocontrol) anunciou nesta sexta a proibição de todos os voos para a Líbia e afirmou ainda que Trípoli negou ter fechado seu espaço aéreo.
* Com informações da Associated Press

G1

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...