sexta-feira, 18 de março de 2011

Muammar Kadhafi promete 'inferno' a quem atacar a Líbia

Imagem da rede portuguesa mostra Kadhafi nesta quinta, em 
Trípoli (Foto: AP)França prevê ataques 'em breve', após resolução da ONU.
Filho de ditador já havia dito que não tem medo de intervenção militar.


O ditador líbio, Muamar Kadhafi, disse nesta sexta-feira (18) que transformará num inferno a vida de qualquer um que atacar o país, depois que a ONU autorizou ataques aéreos contra as forças do governo. O regime de 42 anos do ditador está há um mês massacrando a oposição que exige sua renúncia.
"Se o mundo ficou louco, nós também ficamos. Responderemos. Suas vidas se transformarão num inferno", disse Kadhafi, falando à rede de TV portuguesa RTP, poucas horas depois da aprovação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU autorizando ataques aéreos contra o país. "O que é este racismo? O que é este ódio? O que é esta loucura?", indagou Kadhafi.
Imagem da rede portuguesa mostra Kadhafi nesta quinta, em Trípoli (Foto: AP)

O filho de Muammar Kadhafi, Saif al Islam, considerado sucessor do ditador, já havia dito nesta sexta que “não tem medo” de uma intervenção militar internacional. “Estamos em nosso país e com nossa gente. E não temos medo”, afirmou Saif al Islam Kadhafi, herdeiro político de seu pai, em declarações à emissora americana “ABC”, após a aprovação do texto da ONU.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quinta-feira uma resolução que permite "todas as medidas necessárias" para proteger áreas civis e exige um cessar-fogo de Muamar Kadhafi, que anunciou uma ofensiva militar contra Benghazi, a principal cidade dos rebeldes. O anúncio foi recebido com comemoração por milhares de manifestantes antigoverno na cidade.
Refugiados esperam para serem repatriados na fronteira da 
Líbia com a Tunísia. Mais de 250 mil pessoas já deixaram a Líbia desde 
fevereiro (Foto: Emilio Morenatti/AP)Refugiados esperam para serem repatriados na fronteira da Líbia com a Tunísia. Mais de 250 mil pessoas já deixaram a Líbia desde fevereiro (Foto: Emilio Morenatti/AP)

Ação em breve
O porta-voz do governo da França, François Baroin, anunciou nesta sexta que os ataques contra a Líbia autorizados pela ONU acontecerão rapidamente e os militares franceses participarão nas ações. Ele, no entanto, se negou a revelar quando, como e os alvos das ações.
"A intervenção não é uma ocupação do território líbio, e sim um dispositivo de índole militar para proteger o povo líbio e permitir que coroe seu impulso de liberdade e, portanto, a queda do regime de Kadhafi", acrescentou. "Os franceses, que estiveram na vanguarda deste pedido (de intervenção) serão naturalmente coerentes com a intervenção militar e, portanto, participarão na operação".
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que Grã-Bretanha vai enviar aeronaves "nas próximas horas" para ajudar a impor a zona de exclusão aérea sobre a Líbia. Cameron também afirmou que o movimento é para salvar vidas e proteger as pessoas.
Os governos do Qatar e da Noruega anunciaram na manhã desta sexta-feira que participarão nas operações internacionais, que incluem a implementação de uma zona de exclusão aérea.
A Agência Europeia de Controle Aéreo (Eurocontrol) anunciou nesta sexta a proibição de todos os voos para a Líbia e afirmou ainda que Trípoli negou ter fechado seu espaço aéreo.
* Com informações da Associated Press

G1

Um comentário:

marden disse...

COMO QUE O MUNDO(GERAL) PERMITE UM DITADOR DESTE NO PODER POR TANTOS ANOS? POR QUE QUEM TEM PODER PARA RETIRÁ-LO NÃO O FAZ? É IMPRESSIONANTE OS DESMANDOS DESTE HOMEM. ENQUANTO MATAM, TORTURAM, E SEI LA MAIS O QUE, O GOVERNO MUNDIAL SIMPLESMENTE CRUZA OS BRAÇOS?

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