segunda-feira, 30 de maio de 2011

Em entrevista, pastor Ricardo Gondim, reafirma medo do País virar evangélico

Líder da Igreja Betesda, o pastor Ricardo Gondim fala com exclusividade ao jornal "O Povo" sobre as controvérsias que se envolveu recentemente.

O pastor Ricardo Gondim tem o dom da oratória., E da polêmica. Na semana que passou, o presidente nacional da igreja Betesda, cearense radicado em São Paulo há 20 anos, deixou de ser colunista da revista evangélica Ultimato por defender o reconhecimento legal de uniãões homoafetivas.

Antes de publicizar sua opinião sobre a necessidade da igreja não se intrometer no funcionamento do Estado laico, o pastor Gondim já havia causado estranhamento em alguns setores evangélicos ao questionar o modo como eles entendiam a soberania Divina. E em seu site (www.ricardogondim.com.br) publicou um artigo revelando o temor que um dia os evangélicos tomem o poder no Brasil (leia trechos nesta página).

Nesta entrevista exclusiva ao O POVO, concedida por telefone na última sexta-feira, o pastor justifica seus posicionamentos, reafirma suas posturas e declara: “O Brasil não se tornará melhor com o crescimento do Movimento Evangélico.”

OPOVO - O senhor causou polêmica ao defender publicamente a regulamentação de uniões homoafetivas no Brasil. O senhor mantém esse pensamento?
Ricardo Gondim - Não é uma questão de pensamento. É uma questão de lógica e eu repito o que disse. Em um estado laico, a lei não pode marginalizar ou distinguir homens ou mulheres que se declarem homoafetivos. Há que se entender que num estado laico não podemos confundir teologia, convicções pessoais, com o ordenamento de leis de um país. Não podemos impor preceitos religiosos para toda a sociedade civil. Se os preceitos são meus, você tem o direito de não adotá-los. Foi assim que me posicionei sobre essa questão do STF, que, a meu ver, agiu corretamente garantindo o direito de um segmento de nossa sociedade.

OP - Além do posicionamento a favor da regulamentação de uniões homoafetivas, há outros pontos polêmicos em declarações recentes suas. Uma das críticas que setores evangélicos fazem ao senhor diz respeito à sua opinião sobre a soberania Divina. Eles dizem que o senhor passou a pregar que Deus não é soberano.
Ricardo - O que acontece é que eu descarto a teologia que se difundiu sobre a soberania de Deus. Por essa teologia, Deus tem o controle absoluto de todas as coisas. E as pessoas não estão dispostas a entender que o corolário desse pensamento, o que dele decorre, é que até o orgasmo, o gozo do pedófilo, ou os horrores de Auschwitz (um dos mais conhecidos campos de concentração nazista) estão na conta de Deus, sob a alegativa de que Ele é soberano. Se as pessoas estão dispostas a entender assim, esse Deus é um monstro, não um Deus de amor. A minha leitura da Bíblia é a partir de Jesus Cristo, que é um Deus de amor, e não de Deus títere, que é responsável por chacinas, atrocidades, limpezas étnicas. A história segue não porque Deus a controla, a história segue porque somos personagens livres e nos comportamos com desobediência à vontade de Deus. É por isso que existem a miséria, os crimes, a exclusão. Porque Sua vontade é contrariada. As pessoas não estão dispostas a lidar com esses conceitos, preferem se amparar na Soberania, que nos rouba a nossa responsabilidade na história.


OP - Recentemente, o senhor publicou no seu site o artigo Deus nos livre de um Brasil evangélico (leia trechos ao lado), onde demonstra o seu temor que o segmento chamado Movimento Evangélico chegue ao poder no Brasil e aponta uma série de razões para isso. Como esse artigo foi recebido?
Ricardo - Foi muito mal recebido. Porque há, sim, um segmento no Brasil, que se auto-denomina Movimento Evangélico, que difunde a ideia de que se os evangélicos se multiplicarem no País, se houver um número suficiente para dominar a política, as leis, se chegarem ao poder, o Brasil será um País melhor. Isso é um ledo engano. O Brasil não se tornará melhor com o crescimento do Movimento Evangélico. Porque esse crescimento não significa por si só o crescimento dos valores do Reino de Deus, que são a justiça, a inclusão que dos que estão à margem, o amor. Esses valores não são prioridade para o Movimento Evangélico. Até porque, o número crescente de evangélicos também estará absorvendo outros valores como a cobiça, a injustiça social, o desejo de crescimento financeiro e de poder. Esta última tentativa de interferência no ordenamento do STF é um exemplo desse projeto de poder.

OP - O senhor se refere à votação da regulamentação das uniões homoafetivas?
Ricardo - Sim. Eles ficaram numa campanha interna, enviando mensagens pressionando os ministros para que votassem contrários à união homoafetiva. E ficavam conclamando seus fieis para fazer o mesmo. Isso em um estado laico é um absurdo. A mesma coisa está acontecendo agora no Congresso Nacional.


OP - O senhor fala da atuação da bancada evangélica na suspensão, por parte do Governo Federal, da distribuição do kit anti-homofobia nas escolas?
Ricardo - Exatamente. Falo de uma das maiores aberrações éticas que já surgiu neste País nos últimos tempos. Em nome de blindar um ministro que está suspeito de enriquecimento ilícito, que está tendo que explicar o aumento meteórico de seu patrimônio, negociou-se a questão do kit anti-homofobia. Isso mostra do que esta bancada, que se diz evangélica, que diz representar os evangélicos, está disposta a negociar. Em nome desse projeto de poder que eu falei anteriormente, negociou-se um projeto de grande valor para esse País. Isso é lamentável, completamente lamentável.

OP - O senhor encontra ressonância para esse tipo de discurso na comunidade evangélica ou sua fala – assim como o pensamento por ela representado – é dissonante?
Ricardo - Não é dissonante, de maneira nenhuma. Existe um grande grupo que concorda com esse pensamento e que caminha nessa linha. Embora eu esteja em baixo de grande percepção por conta de grupos intolerantes e fundamentalistas, tenho me surpreendido com o número de evangélicos que me dizem para continuar.

OP - O senhor se arrepende de ter se manifestado publicamente sobre essas questões?
Ricardo - Não. Absolutamente. Eu continuo repetindo o que disse. As minhas convicções não são intempestivas, são frutos de amadurecimento teológico. O estado é laico, e é importante que se mantenha assim. Num estado laico todos os grupos são protegidos, até os religiosos.

Fonte: Jornal O Povo

Pastor salva homem de 'tribunal' do tráfico no Rio

Depois de ter baleado um homem na cabeça ex-presidiário se entrega depois ser salvo pelo pastor Marcos Pereira.

Ex-presidiário que confessou praticar roubos na Zona Sul, Jorge Osmar Anastácio Ventura, de 54 anos, se entregou ontem na 14ª DP (Leblon) depois de ter baleado um homem na cabeça, no Morro do Vidigal, e ser salvo do 'tribunal' do tráfico pelo pastor Marcos Pereira, da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias.

O crime ocorreu na noite de sexta-feira, quando, após discussão em um bar, Jorge acabou acertando um tiro na testa do pedreiro Sebastião Isidoro Moreira Filho, de 35 anos. A vítima foi levada para o Hospital Miguel Couto, onde permanecia em coma até a noite de ontem.

Após o crime, Jorge Osmar foi capturado por traficantes do Vidigal e amarrado com fita crepe em matagal próximo à favela. Na manhã de ontem, o pastor Marcos foi chamado por moradores da comunidade, enquanto o atirador era 'julgado' por traficantes e conseguiu evitar a condenação.

"Joguei os demônios dos bandidos no chão e saí com o homem", afirmou o pastor, que, em seguida, levou o criminoso à delegacia, com um advogado da igreja.

Jorge confessou, depois de fazer o disparo, que desfez da arma. Ele também admitiu praticar roubos na região. O atirador fora condenado por tráfico de drogas e roubo, cumpriu nove anos de prisão e teve ontem pedida a prisão preventiva. Vai responder agora por tentativa de homicídio.

Fonte: Terra

Acidente mata pastor e esposa e deixa quatro feridos

Colisão entre Focus e Uno correu no Centro de Cuiabá e deixou um pastor e sua esposa mortos.

Duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas, num acidente entre dois veículos, na noite de sexta-feira (27), no Centro da Capital.

No choque entre um Fiat Uno e um Ford Focus, morreram o pastor evangélico Amauri de Oliveira, 46, a esposa dele, Evenilda Silva Ferreira de Oliveira, 45, que estavam no banco da frente do automóvel.

No banco de trás, ficaram feridos Rosária Assunção Nunes dos Santos, 40, o filho dela, José Eduardo, 8, Erika Ferreira Siqueira, 32, e um bebê de um ano e oito meses. Todos eles sofreram ferimentos leves.

Todos foram levados ao Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC). O acidente ocorreu, por volta das 23 horas.

Segundo o relato de testemunhas, o Fiat Uno seguida pela Rua Comandante Costa e, no cruzamento com a Rua Voluntários da Pátria, foi atingido em cheio na lateral do passageiro pelo Focus, dirigido por Muriacy Ventura Júnior, 30, que saiu ileso.

No Focus viajava outra pessoa que também não se feriu, pois o airbag foi acionado.

O choque foi tão violento que a lateral do Uno afundou e foi parar na frente de uma loja de produtos para casamento. A frente do Focus ficou destruída.

Segundo policiais do Cisc do Planalto, o cruzamento já registrou muitos acidentes. Antes a preferencial era dos veículos que trafegavam pela Rua Comandante Costa, mas o sistema foi alterado recentemente, passando a Rua Voluntários da Pátra a ser via preferencial.

Os policiais informaram que o pastor havia saído de uma reunião, no bairro Santa Cruz, e iria buscar a filha na faculdade. Ele atuava na Igreja Assembléia de Deus.

Fonte: Midia News

Islâmicos conservadores atacam Igrejas cristãs: confronto deixa 12 mortos e 232 feridos

No sábado à noite (7), grupos muçulmanos atacaram e incendiaram a igreja de Mar Mina, em Imbaba, por acreditarem que os cristãos mantinham presa ali uma ex-muçulmana que teria mudado de credo para se casar com um jovem cristão.

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Muçulmanos atacaram e incendiaram a igreja de Mar Mina

O confronto sangrento deixou pelo menos 12 mortos e 232 feridos, de acordo com números divulgados pelo Ministério da Saúde do Egito.
Soldados e policiais tiveram que usar bombas de gás lacrimogênio e dispararam para o alto na tentativa de dispersar a multidão, mas os confrontos se seguiram durante toda a noite em ruas próximas à igreja e se estenderam até a madrugada de hoje.

Houve um breve tiroteio do lado de fora da igreja, onde cerca de 500 islâmicos conservadores, conhecidos como salafistas, se reuniram e se armaram contra os cristãos. Uma outra igreja, localizada nas proximidades, também foi queimada.

"Meu filho frequenta esta igreja. Como podemos nos sentir seguros?", disse Nashaat Boshra, que chorava no domingo em frente a igreja incendiada de Santa Maria.

Os salafistas são uma das mais rigorosas correntes do Islã e estão a cada dia ganhando mais terreno no Egito.

Os cristãos egípcios, majoritariamente coptas, representam cerca de 10% da população do país.

Autoridades prometem aumentar segurança de igrejas

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Há poucos instantes, em entrevista à televisão, o governador da província de Giza, que inclui setores da Grande Cairo e onde está localizado o bairro de Imbaba, Ali Abdel Rahman, disse que o Exército e a polícia conseguiram acalmar a região.

O confronto, segundo agências de notícias internacionais, representam um novo desafio para os generais que governam o país desde a saída do poder do presidente Hosni Mubarak, em decorrência de intensos protestos.

O ministro da Justiça, Mohamed el-Guindy, prometeu que o governo vai aumentar a segurança nos locais de culto e endurecer as leis que criminalizam ataque a locais de adoração.

Periodicamente há incidentes armados entre cristãos e muçulmanos no Egito por motivos religiosos, especialmente no sul do país.

Fuente | Portas Abertas

Organização cristã ajuda vítimas de inundação no Paquistão

Organização cristã ajuda vítimas de inundação no Paquistão

Equipe ajudou vítimas a voltarem para casa, e como resultado, 150 crianças começaram a estudar na escola cristã
No Paquistão, o auxílio para áreas alagadas têm chegado muito lentamente e em menor quantidade do que o esperado. Embora as inundações tenham angustiado 18 milhões de pessoas, apenas um terço do que foi prometido de ajuda chegou ao país até agora.

Organizações Não-Governamentais como a Operação Mobilização estão respondendo às necessidades. Suas equipes estão envolvidas na reconstrução, de muros da escola e quartos. Eles também completaram a construção de 300 casas desde dezembro, com cinco trabalhadores da OM e 80 trabalhadores contratados.

Em uma escola da igreja fortemente danificada vivem aproximadamente 100 famílias. A equipe ajudou as vítimas a voltarem para suas casas, e como resultado de trabalho, 150 crianças vítimas de inundação começaram a estudar na escola cristã.

O exército queria aproveitar e ocupar o terreno em que a igreja e a escola se situam. A liderança da Igreja escreveu a OM para ajudar, e eles enviaram uma equipe para reconstruir um muro de 1.500 pés de comprimento em torno da igreja e da escola e corrigir três das salas de aula danificadas.

Durante a reconstrução, o grupo trabalhou dia e noite. Os pedreiros, operários qualificados fielmente ajudaram, ensinando novas habilidades. Todas as manhãs antes do trabalho começar, eles faziam o culto e, ao final do dia, que terminavam com a adoração.


Fonte: Mission Network News

Igrejas na Holanda, assinam documento que condena a homofobia.

  Representantes de vinte igrejas da Holanda assinaram um documento que condena a discriminação e violência contra homossexuais. A cerimônia de assinatura ocorreu na Catedral de Utrecht, no Dia Internacional contra a Homofobia, 17 de maio.
  No documento, as igrejas firmaram o seguinte: “Não pensamos todos da mesma maneira sobre homossexualidade, mas estamos unidos na crença de que o ser humano foi criado à imagem de Deus e é precioso a Seus olhos. Por isso todos precisam ser tratados com respeito, de maneira pacífica e amorosa, e a violência contra homossexuais, sob qualquer forma, está fora de questão.”
  Wielie Elhorst, da organização Landelijk Koördinatie Punt (LKP), que trata de questões sobre religião e homossexualidade, disse que o endosso do documento pelas igrejas representa um avanço, porque, segundo ele, as religiões têm influência sobre a violência mental e física contra homossexuais.
Elhorst afirmou que o fundamentalismo religioso atinge inclusive sacerdotes.
“Na Letônia, por exemplo, um religioso teve que fugir para Londres porque era abertamente homossexual”, disse. “Ele foi ameaçado de tal forma que a situação para ele no país se tornou insustentável.”
A Holanda está na vanguarda em relação à garantia dos direitos dos homossexuais.

Com informações Paulopes

O Desafio de Samuel Câmara: unir irmãos da grande igreja

 
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Desafio de Samuel Câmara: unir irmãos da grande igreja À frente de um momento histórico para a igreja que comanda, o pastor Samuel Câmara, 54 anos, avalia que, passada a festividade do Centenário da Assembleia de Deus, é hora de arregaçar as mangas para novos desafios, entre eles, o de unir as diversas tendências que hoje dividem a igreja. Desafio que ele entende ser plenamente capaz de vencer. Afinal, desde que assumiu a presidência da Assembleia de Deus, em janeiro de 1997, viu a igreja pular a mais de 370 templos.
  Graduado em Teologia pelo Instituto Bíblico das Assembleias de Deus em Pindamonhangaba (SP), licenciado em Filosofia e Pedagogia, bacharel em Direito e autor dos livros “Administração Eclesiástica” (esgotado) e “Bíblia e Jornal”, Câmara defende ideias firmes em assuntos polêmicos, como a adoção de crianças por casais homossexuais e a participação política dos membros da igreja. Durante fiscalização das obras do Centro de Convenções do Centenário, cedeu a seguinte entrevista ao DIÁRIO.
  P: Como estão os preparativos finais para o Centenário da Assembleia de Deus? R: A todo vapor. Estamos nos preparando para festejar o centenário marcando a nossa cidade. Estamos entusiasmados com o número de pessoas, com as caravanas que se preparam para vir. É muito grande a repercussão no Brasil e no mundo. Posso dizer que somos abençoados. Os hotéis já estão começando a ficar reservados. Já há reserva de 20 mil vagas em acampamentos e em casas. Teremos no mínimo uma caravana de cada Estado. Só do Acre virão cinco ônibus. P: A previsão é de quantas pessoas? R: Nos três dias esperamos umas 450 mil pessoas. Veja bem, sem repercussão de centenário já lotamos o Mangueirão… nós temos 110 mil fiéis só em Belém. No Estado todo são 750 mil. P: Recentemente houve celeuma entre setores mais conservadores da Assembleia de Deus, que chamam vocês de idólatras… R: Houve uma divisão. Nós representamos um segmento de vanguarda, de capital. Há quem veja isso como se fôssemos vaidosos ou como se houvesse falta de religiosidade. Mas temos que entender que somos grandes, temos várias divisões. A Assembleia de Deus é quem mais gerou outras igrejas a partir dela mesma. Somos uma raiz frondosa. Agora, como existe em qualquer segmento, existem os mais moderados e os mais avançados. Somos conservadores no trato da espiritualidade. Se eu fosse avaliar o comportamento deles, poderia dizer que eles seriam fariseus, ou seja, cultuam mais a forma que o conteúdo. Para quem é grande, há sempre dificuldade com a redondeza, com a periferia. Isso se acentua mais no Pará, porque tem municípios distantes, onde o povo se veste de forma diferente. Só que não podemos nos engessar numa forma. A Assembleia de Deus é a igreja mais diversificada que existe. Tem espaço para todos os grupos e tendências. Se uma pessoa se veste de uma forma mais ou menos diferente, não importa. O que importa é a decência. P: O senhor escreveu um artigo dizendo que não iriam roubar de Belém o Centenário… R: Nós somos a igreja-mãe. E vamos celebrar isso. Nós já fomos espoliados no Sul e Sudeste do Brasil. Estávamos excluídos das celebrações porque diziam que Belém não tinha estrutura para isso. Mas estamos honrando o nosso centenário. O Centro de Convenções foi construído em um ano. Construímos o Museu Nacional, único nesse gênero. Vamos receber gente do Brasil e do mundo e mostrar que Deus não errou quando escolheu Belém para iniciar essa obra. P: Finda a comemoração do Centenário, quais são as metas e desafios que se impõem? R: Internamente é a de provocar o entendimento maior entre os diversos segmentos e tendências da igreja. A Assembleia de Deus é um movimento com vários matizes. Precisamos fazer com que esses segmentos se entendam. Externamente é manter a dedicação missionária a todos os brasileiros, buscar a felicidade deles e da opção de viver abençoados à ideia de Deus, uma felicidade física e espiritual. Vamos manter uma posição agressiva de trabalho missionário. A Assembleia de Deus não é uma igreja metropolitana. Ela não está só onde está o resultado econômico. É importante dizer isso, porque ela é maior do que os indivíduos. Eu sirvo agora, mas outros serviram antes de mim e outros servirão depois. Não temos centralização de qualquer forma, seja política ou econômica. A autonomia da igreja está acima de qualquer órgão. P: O perfil da igreja vem mudando… R: Sim. Entre as metas também está a de que vamos utilizar a ciência e a tecnologia. Temos o dever de usar esses meios. Durante muito tempo fomos avessos e contrários a isso. Já pregamos que o rádio era do Diabo, que a TV era uma caixa do Diabo, mas já nasceu um movimento representado por uma geração mais nova de que não é a ferramenta o mal e sim o conteúdo. Nós não queremos dominar o Brasil, mas queremos dar alternativas de fé cristã, seja na internet, no rádio, na TV. Se descobrirem uma civilização em Marte, vamos comprar um Sputinik para levar Deus até lá. Quanto à ciência, os evangélicos sempre foram os mais avançados em relação a isso. Os países onde a fé protestante se disseminou são os mais avançados na pesquisa científica. Acreditamos que a ciência está a caminho de uma perfeição e com isso chegará a Deus. Antes riam quando falávamos que Deus criou Eva a partir da costela de Adão. Hoje se chama a isso de clonagem. P: Diante disso, dessa mudança de perfil, como fica a participação política? R: Hoje temos, só no Norte do Brasil, 52% de evangélicos, de todas as tendências. É uma comunidade tão grande, que responde, no mínimo por 10% da população brasileira, que não pode ficar alheia e omissa nas instâncias de poder. Achamos que é justo e legal que participemos na proporção daquilo que somos, para contribuir com ideias, com trabalho. Nós adicionamos na nossa vida um exercício de fé sistemático e comprometido. Não se discute mais se vamos ou não participar e sim de que forma. P: Podemos pensar, por exemplo, num futuro prefeito de Belém ligado à Assembleia de Deus? R: Nós temos uma relativa dificuldade para aglutinar. Somos descentralizados. Nós somos como um transatlântico, não fazemos curvas bruscas, fazemos curvas devagar, mas nós influenciamos muito e somos namorados por todos os pretendentes a cargos públicos, mas é claro que queríamos ver nossos filhos nessa situação. P: Quais são os pilares políticos da igreja? R: Democracia, família constituída do gênero homem e mulher, liberdade de expressão, da imprensa, inclusive, e desenvolvimento social voltados aos menos favorecidos, aos que não têm o que comer. P: Como a igreja avalia a união estável entre homossexuais? R: Estamos preocupados com a guinada do Superior Tribunal Federal, porque cultura, natureza e princípios não se mudam com uma canetada. A natureza diz que não se deve discriminar ninguém, mas não podemos ficar omissos a uma aparente onda de admissão de uma aparente desvantagem de um grupo. O natural é que um homem se enamore de uma mulher e possa perpetuar-se nos filhos. Se a família for desestruturada, a família e a igreja desaparecem. Preocupamos-nos nesse momento pelas crianças. Como elas serão originadas? No momento em que se permite que se adote uma criança a partir de uma relação homoafetiva, elas terão essa visão: por que não fui gerado nem fui abraçado por uma mulher e um homem? Isso nos preocupa.


 Diário do Pará

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