quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Igrejas e cultos brasileiros expandem presença em Londres

Segundo acadêmicos, diversidade religiosa brasileira se reproduz no exterior, mas não necessariamente nas mesmas proporções do Brasil.

Igrejas e cultos brasileiros vêm expandindo sua presença na capital britânica nos últimos anos, segundo analistas e líderes religiosos ouvidos pela BBC Brasil.

Só as igrejas evangélicas brasileiras em Londres já são mais de 80, de acordo com a Pastoral Alliance, que reúne pastores evangélicos na Grã-Bretanha, e a estimativa não inclui a Igreja Universal do Reino de Deus, que tem 16 templos na cidade.

Na lista do Consulado do Brasil, há cerca de 50 diferentes denominações registradas.

"Enquanto nos anos 90 havia poucas igrejas evangélicas brasileiras em Londres, esse número vem crescendo rapidamente, com a maioria das igrejas tendo sido fundada no início dos anos 2000", diz Daniel Clark, pesquisador da Universidade do País de Gales.

A Capelania Católica Brasileira, que começou a funcionar em Londres há 15 anos com apenas uma missa semanal em português, já celebra missas em seis igrejas espalhadas pela cidade, por exemplo. E basta olhar os classificados de uma das várias revistas destinadas à comunidade brasileira em Londres para encontrar também informações sobre centros espíritas e terreiros de umbanda e candomblé na capital britânica e seus arredores.

Religiões de origem amazônica, que utilizam o chá hoasca (ou ayahuasca) em seus rituais - como o Centro Espírita Beneficente União do Vegetal e o Santo Daime - também estão presentes na capital britânica.

"É a exportação de uma cultura. Um dos temas culturais do Brasil é a diversidade religiosa e isso acaba se reproduzindo no exterior", diz Pedro Strozenberg, secretário-executivo do Iser, o Instituto de Estudos da Religião.

Missões

Segundo pesquisadores, após séculos como destino de missões religiosas, o Brasil começou, nos anos 80, a exportar igrejas e cultos junto com as levas de brasileiros que migravam para o exterior.

O Brasil pode ser visto como a maior nação católica do mundo, a capital mundial do espiritismo e o país com a segunda maior comunidade de protestantes praticantes - atrás apenas dos Estados Unidos em números absolutos - além de ser o berço de diversas outras crenças.

Hoje, a multiplicidade de credos vista no Brasil se reflete nos países em que a comunidade brasileira ganha peso.

"Em linhas gerais, o que acontece é que quase todo o campo religioso brasileiro se reproduz no exterior, mas não nas mesmas proporções em que existem no Brasil. O pentecostalismo, por exemplo, que cresce muito em termos de visibilidade no Brasil, se torna ainda mais visível no exterior", diz Paul Freston, professor catedrático em Religião e Política em Contexto Global da Wilfrid Laurier University, no Canadá.

Para a pesquisadora Christina Vital, professora de antropologia da Universidade Federal Fluminense, isso talvez possa ser explicado pelo sucesso das igrejas evangélicas em ajudar a solucionar problemas frequentemente enfrentados pelos imigrantes brasileiros.

"As missões dessas igrejas são voltadas a proporcionar uma rede de proteção espiritual e material para pessoas que estão nas margens da sociedade. Isso também pode incluir a questão da ilegalidade para imigrantes."

Dinâmica religiosa
Paul Freston diz que as igrejas evangélicas brasileiras no exterior ajudariam seus fiéis a manter uma atitude positiva em relação ao trabalho duro que muitos deles têm de fazer, além de estabelecer redes de contato que ajudariam os imigrantes a encontrar lugares para morar e trabalhar.

As igrejas evangélicas também seriam muito mais rápidas em acompanhar a movimentação de brasileiros ao redor do mundo, principalmente as pentecostais.

"O catolicismo é mais lento para se deslocar. As igrejas evangélicas em geral têm mais facilidade, porque estão mais descentralizadas, são mais autônomas e abertas à iniciativa leiga. Elas acompanham com mais facilidade os movimentos populacionais", diz Freston.

Um exemplo disso é o Ministério Luz para os Povos, que abriu sua primeira igreja em Londres há apenas um ano.

Os pastores Olair e Anne Oliveira, que já faziam parte da igreja em sua cidade natal, Trindade, a 17 quilômetros de Goiânia, vieram para Londres em 2008.

Na capital britânica, eles frequentaram outras igrejas enquanto ele trabalhava como operário de construção e ela, como faxineira e babá, até que eles decidiram entrar em contato com a coordenação do Ministério Luz para os Povos na Europa e abrir uma igreja em Londres.

"Hoje, temos cerca de 40 fiéis frequentando o ministério. A maioria deles é de brasileiros, mas temos também portugueses, africanos e italianos", conta o pastor Olair.

Segundo os pesquisadores, a falta de dados concretos sobre a população brasileira no exterior - estimada em algo entre dois a três milhões de pessoas em todo o mundo, muitos deles ilegais - torna muito difícil estimar com precisão o número de frequentadores de cada um dos cultos e igrejas de origem brasileira.

"No Brasil, há o censo, que pergunta com que religião o entrevistado se identifica e com que frequência pratica sua crença. Sobre a comunidade brasileira em Londres, não temos dado nenhum. Não se sabe universo total, nem com que religião as pessoas se identificam", diz Freston.

"Além disso, é um universo muito fluido, há igrejas fechando, enquanto outras surgem a todo momento."

Fonte: BBC Brasil

Financial Times Apoia Atitude de Dilma no Combate à Corrupção

Com o título "Vassoura nova de Dilma", o editorial da edição de hoje (31/8) do Financial Times apoia os esforços da presidente Dilma Rousseff no combate à corrupção no Brasil.
 
De acordo com o periódico, o combate à corrupção no Brasil não depende apenas da troca de funcionários envolvidos em acusações, como vem fazendo a presidente Dilma Rousseff, mas requer também um combate à burocracia que dá margem à corrupção.
O jornal menciona a atitude relaxada que caracterizou os políticos brasileiros por muito tempo, e aprova a atitude de Dilma. Para o FT, isso é "mais um sinal de que ela está imprimindo a sua própria autoridade sobre o governo que herdou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
A publicação britânica cita dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de que o custo da corrupção no Brasil fica entre R$ 50 bilhões e R$ 84 bilhões por ano, ou cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Com os grandes projetos de infraestrutura em curso, como preparação para a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, existe espaço para que os números aumentem, tanto que os ministérios do Turismo e dos Esportes estão envolvidos em denúncias”, avalia o jornal.
O editorial cita a necessidade de uma reforma tributária para “combater a burocracia excessiva que alimenta a corrupção”. A reforma seria necessária ainda para melhorar a competitividade da economia brasileira e poderia ajudar a evitar os efeitos negativos de uma possível queda nas cotações das commodities.
"A Sra. Rousseff sabe disso e, como muitos de seus antecessores, vem propondo uma reforma geral do sistema tributário. Ao contrário deles, ela precisa cumprir a promessa", diz o editorial.
Ainda no mesmo texto, Dilma tem a seu favor os bons índices de aprovação e a larga maioria no Congresso, suficiente para assimilar a saída de partidos menores da coalizão. Com isso, o jornal rebate o argumento de que a atitude inflexível da presidente possa prejudicar a governabilidade.
"Talvez mais importante, o milagre econômico brasileiro criou uma classe média crescente e vociferante, para quem combater a corrupção é uma questão importante", conclui o editorial.

Missionários levam o Evangelho a necessitados indianos


Missionários levam o Evangelho a necessitados indianos
Ministério Ação Global tem enviado cristãos à região para ajudar

A Índia é conhecida pelos seus invernos frios. Além disso, o alto índice de pobreza faz a situação se tornar um desastre. "As estatísticas dizem-nos que existem entre seis e dez mil pessoas que morrem a cada inverno. Não há estatísticas sobre essas pessoas nas áreas de favela, mas isso é um número bastante elevado e estamos tentando impedir o máximo que pudermos", diz Lars Dunberg, presidente da Ação Global.

É por isso que o Ministério Ação Global tem enviado cristãos à região para ajudar. "Na verdade, temos três viagens para a Índia. Além dessa, terá uma no período de Ação de Graças, no início de dezembro, e outra no Ano Novo. As equipes são compostas por no mínimo 12 e no máximo 20," disse Dunberg.

As equipes irão distribuir cobertores. Dunberg diz que muitas crianças possuem apenas um par de cuecas. Com temperaturas abaixo de zero, isso é perigoso. Além da necessidade natural de cobertores durante o tempo frio, as equipes estão compartilhando algo ainda melhor para aquecer os corações do povo indiano: Jesus.

“Nós saímos para as aldeias e levamos nosso pequeno coro composto por órfãos do Centro de Esperança. Eles cantam uma canção, e de repente há 400 pessoas reunidas. Então nós dizemos-lhes que estamos lá porque alguém nos amou primeiro," contas Dunberg.

Assim, membros da equipe podem compartilhar sua fé. Dunberg diz que o trabalho tem sido bem sucedido: "Fizemos isso por vários anos, e em várias dessas aldeias as pessoas passaram a ter fé após receberem ajuda. Grupos de irmãos têm sido formados. É encorajador ver o poder do Evangelho. Quando você faz algo tangível, as pessoas também vêm à fé em Cristo".

Fonte: Charisma News/Redação CPADNews

Pastor é libertado após 359 dias de prisão


Pastor é libertado após 359 dias de prisão
Pastor Vahik e esposa foram presos em setembro de 2010

Pastor Vahik Abrahamian, um cristão de 45 anos de idade, armênio, foi libertado da prisão, durante a manhã de segunda-feira 29 de agosto, 2011, depois de sofrer muito atrás das grades por um ano, e agora esta de volta para sua família.

De acordo com o persa Christian News Network (www.fcnn.com), o pastor Abrahamian foi preso por agentes de segurança, juntamente com sua esposa Sonia Keshish Avanessian, no dia 04 de setembro de 2010, em sua casa em Hamedan, local em que se acredita ser uma das mais antigas cidades iranianas e uma das mais antigas do mundo.

O pastor Vahik e sua esposa, juntamente com amigos e familiares de Arash Arezou, foram presos por 44 dias em confinamento solitário no Ministério iraniano do centro de Informação de detenção.

"Neste período todos foram submetidos a intensivos interrogatórios e grave tortura mental e psicológica, sem qualquer permissão de contatar a família ou amigos", disse um porta-voz à FCCN ASSIST News Service ( www.assistnews.net).

"Eles então, foram transferidos para a enfermaria da prisão de Hamedan e após oito meses de cativeiro foram comprovadas não culpado numa audiência e, posteriormente, Sonia, Arash e Arezou foram libertados em 30 de abril de 2010, mas o Pastor Vahik foi mantido preso até agora."

Durante a prisão de um ano, a FCNN obteve relatos de saúde precária do Pastor e também sobre a prisão que tinha "condições de higiene deploráveis ​​que fez a família, amigos e a comunidade cristã inteira ficarem extremamente preocupado".

O porta-voz da FCCN passou a dizer: "Esta ansiedade foi elevada sobre a libertação dos três outros prisioneiros. A comunidade cristã mundial, especialmente a comunidade iraniana cristã teve estado fielmente segurando o pastor Vahik em orações. A notícia de oração em todo o mundo era uma causa de conforto e força e incentivo para a família no Irã e no exterior.

"É notável observar que, apesar de sua cidadania e a obtenção dos Países Baixos e da possibilidade de levar uma vida confortável lá, o Pastor Vahik Abrahamian optou por regressar ao seu país e ele e sua esposa Sonia dedicou seus esforços e recursos escassos para alcançar e ajudar viciados em drogas e todos os tipos de pessoas abusadas na sociedade.

"Vahik, tendo sido milagrosamente tocado por Cristo, seu Senhor e Salvador, considerado de máxima prioridade e privilégio de chegar aos excluídos e lançados fora da sociedade.

"É irônico que as autoridades, apesar de testemunhar a motivos puros, a atitude altruísta e de fato o resultado maravilhoso de Vahik e os esforços sacrificial de Sonia, em vez de oferecer apoio e assistência prenderam-no em fevereiro de 2010 e o manteve sob falsas acusações na infame prisão do Evin por 53 dias em confinamento solitário e cinco dias na enfermaria geral.

"Ele foi libertado depois que sua família e amigos pagaram uma fiança em dinheiro de 10 milhões de Toomans enquanto aguarda julgamento", acrescentou o porta-voz da FCCN. "Vahik e Sonia já havia se mudado para Hamedan para viver em paz e servir a comunidade longe da confusão da capital e foi de fato na sua própria casa com um outro casal quando eles foram subitamente presos."

"FCNN gostaria de adicionar a sua gratidão a todos os que foram sensibilização e orações nas igrejas e escrever notas e cartas de encorajamento e apoio", afirmou o porta-voz. "Vamos orar por outros cristãos ainda mantidos em cativeiro em particular para Farshid Fathi, que foi mantido na prisão do Evin por mais de seis meses.
"Vahik e Sonia têm evitado falar com ninguém fora da família imediata, portanto, não foi possível obter informações do seu bem-estar físico e emocional.
"FCNN gostaria de pedir a todos para orar por Vahik, Sonia, Arash e cura física e emocional", concluiu o porta-voz.


Fonte: Conhecer é preciso

MEDITAÇÃO DO DIA

Raabe, Adotada Pela Esperança

Por um ato de fé, Raabe, a prostituta de Jericó, deu as boas-vindas aos espias, e escapou da destruição que veio sobre aqueles que se recusaram a confiar em Deus. Hebreus 11:31, The Message


Há pessoas que atraem para si um cognome ou epíteto que as acompanha até mesmo depois da morte: Ivan, o terrível; Ricardo, coração de leão; Átila, o flagelo de Deus; e outros.


Foi mais ou menos o que aconteceu com Raabe. Ela era cananita. Fora criada num ambiente pagão. Era uma namoradeira. Uma “dama da noite”. Por que o escritor de Hebreus foi tão rude não omitindo esse detalhe ao falar de Raabe, dizendo que fora prostituta? Se ela fosse apresentada hoje dessa maneira em qualquer igreja, a irmandade de “gosto mais refinado” não aprovaria a participação dela entre os membros.


No passado, é verdade, ela havia sido prostituta, mas passou a fazer parte do povo de Deus. De seus herdeiros vieram reis e também o próprio Jesus. Paulo diz que ela não era sacerdotisa, nem era de linhagem real. Como uma “dama da noite”, dificilmente esperaríamos que fosse usada por Deus. Ao apresentar Raabe dessa maneira, Deus estava querendo dizer: “Vejam, que surpresa! Olhem só como a graça é maravilhosa! Vejam como Deus olha as pessoas de maneira diferente de vocês. Que mudança a graça pode realizar na vida de uma pessoa!”


No caso de Raabe, Deus levou em conta a fé dela, não sua “profissão”. Deus foi ao encontro de uma jovem que disse: “Eu quero mudar.”


Dificilmente imaginaríamos que Deus pudesse incluir uma prostituta em Seus planos. Foi essa atuação de Deus que levou Paulo a afirmar: “Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é, a fim de que ninguém se vanglorie diante dele. É, porém, por iniciativa dEle que vocês estão em Cristo Jesus” (1Co 1:27-30).


Deus é soberano. Ele escolhe quem quer. Raabe é uma dessas surpresas. Ela mesma disse aos espias: “Pois o Senhor, o seu Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na Terra” (Js 2:11).

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Copa 2014: Desceram pelo ralo R$ 6 milhões do ministério dos Esportes

 
Reprodução do jornal Estado de S.Paulo
Reprodução do jornal Estado de S.Paulo


Como poderão ler abaixo com detalhes, na matéria do Estado de S.Paulo, edição desta quarta, o ministério dos Esportes aprovou numa velocidade inacreditável, e liberou a verba mais rápido ainda, um projeto para o obscuro Sindicato das Associações de Futebol cadastrar as torcidas organizadas. Nada, absolutamente nada foi feito. O ex-dirigente do Palmeiras, Mustafá Contursi que preside a associação admite que não tem condições para fazer esse trabalho, mas o dinheiro foi liberado e pior, o contrato renovado. O articulador foi um assessor especial do ministro Orlando Silva, que também é do PC do B. Vai ter que prestar contas desses R$ 6 milhões. E ainda estamos a três anos da Copa. Dá até medo de imaginar o que vai acontecer com as verbas até a competição começar.


Reprodução do jornal Estado de S.Paulo
Reprodução do jornal Estado de S.Paulo

VIA GRITOS DE ALERTA

Artigo: Exame de Ordem e o corporativismo da OAB


por RODRIGO CONSTANTINO*

Está em pauta novamente a questão do exame obrigatório para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), depois que o desembargador Vladimir Souza Carvalho, do Tribunal Federal Regional em Recife, determinou que todos os bacharéis em Direito tenham seus nomes inscritos nos quadros da OAB mesmo sem prestar o exame de admissão. Por lei, o advogado só pode exercer sua profissão se passar no exame da OAB. O desembargador considerou isto inconstitucional.

O argumento dos representantes da OAB em defesa de sua reserva de mercado são os mesmos de sempre: milhares de alunos se formam todo ano em faculdades de Direito, e é preciso filtrá-los de alguma forma, "proteger" a sociedade dos alunos formados que não estão preparados para atuar como advogados. Mas ocorre que esse argumento é muito fraco.

Em primeiro lugar, se fosse para ter qualquer tipo de filtro regulatório legal, este teria que ser nas próprias universidades. Ora, como pode um aluno passar nas matérias durante cinco anos de faculdade e ainda assim não estar preparado para exercer sua profissão? Algo muito errado teria ocorrido já na faculdade, com seu critério de aprovação. Portanto, aqueles que depositam fé na burocracia, em sua capacidade de separar o joio do trigo com base em critérios isentos e justos (uma fé para lá de ingênua, diga-se de passagem), o MEC deveria ser a escolha, para que as faculdades tivessem que responder pela obrigação de formar somente alunos capacitados. Particularmente, acho temerário depositar tanto poder nos burocratas do MEC, e prefiro a opção dos psicanalistas, de fugir do reconhecimento "oficial" de profissão, para não ter que ficar sob o controle do governo, que invariavelmente leva a mediocridade aonde vai.

O melhor filtro que existe ainda é o próprio mercado. Não é por acaso que um advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), por exemplo, não tem o mesmo "valor de mercado" que outro formado por qualquer faculdade de fundo de quintal. É o próprio mercado que está selecionando os melhores, sem ajuda alguma de burocratas "clarividentes". No limite, não há porque um auto-didata ser impedido de atuar como advogado também, sob conta e risco do seu cliente. Devo ser livre para escolher qualquer um como meu advogado, desde que seja responsável por isso.

Mas, digamos que ainda assim a OAB represente um bom filtro para descartar os advogados ruins (assumindo que uma prova seja capaz disso). Tudo bem. Não tem problema. A OAB pode continuar existindo e aplicando exames, e somente os aprovados poderão usar a placa "aprovado pela OAB", ou algo do tipo. Desde que não seja uma condição sine qua non para advogar. Em outras palavras: se a aprovação pela OAB realmente tem valor de mercado e é eficaz para selecionar somente os mais aptos, então o próprio mercado vai reconhecer isso, e o exame será feito de forma voluntária. Que advogado não vai querer o carimbo OAB em seu currículo?

Com a proteção legal da reserva de mercado da OAB, fica parecendo que a Ordem não se garante, não confia tanto em sua eficiência naquilo que se propõe, e por isso demanda a proteção legal de seu monopólio. Não sou advogado, e sim economista, mas ocorre algo similar em minha área: tenho que pagar mais de R$ 300 por ano ao Corecon para ser reconhecido como "economista" legalmente, e isso para um bando de socialistas defensores de Hugo Chávez! Reconheço que a OAB não é tão ruim assim, mas nada justifica a obrigatoriedade do exame. Será que membros do alto escalão da OAB são sócios nos cursinhos que acabam virando febre entre aqueles que precisam passar na prova para validar cinco anos de faculdade? A suspeita é legítima.

Por fim, há algo que a OAB claramente não consegue filtrar: a ética dos bacharéis em Direito. O que tem de advogado aprovado pela Ordem atuando como cúmplice dos traficantes e assassinos! Não estou falando aqui do direito de defesa de qualquer um no Estado de Direito, mas da cumplicidade mesmo, de advogados mancomunados com o crime, agindo como pombo-correio dos bandidos. Talvez a OAB devesse dedicar mais tempo para limpar sua casa desta sujeira em vez de lutar para preservar seu monopólio corporativista.

---

(*) Rodrigo Constantino é formado em Economia pela PUC-RJ, e tem MBA de Finanças pelo IBMEC. Trabalha no setor financeiro desde 1997. É autor de cinco livros: "Prisioneiros da Liberdade", "Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT"", "Egoísmo Racional: O Individualismo de Ayn Rand" ,"Uma Luz na Escuridão" e "Economia do Indivíduo: O Legado da Escola Austríaca". É colunista da revista Voto, do caderno Eu&Investimentos do jornal Valor Econômico, do jornal O Globo e do site OrdemLivre.org. É membro-fundador do Instituto Millenium e diretor do Instituto Liberal. Foi o vencedor do Prêmio Libertas em 2009, no XXII Fórum da Liberdade.

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...