sábado, 27 de abril de 2013

ANGOLA SUSPENDE ATUAÇÃO DE IGREJAS EVANGELICAS BRASILEIRAS EM SEU TERRITÓRIO.

A reação do governo de Angola à morte de 16 pessoas em um culto da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) na capital Luanda, em 31 de dezembro, põe em xeque a expansão de igrejas evangélicas brasileiras em um dos países africanos em que elas têm maior influência.
Após uma comissão de inquérito concluir, no domingo, que a superlotação no estádio da Cidadela, onde as pessoas morreram pisoteadas ou asfixiadas, foi causada por "publicidade enganosa", o Executivo angolano ordenou que a IURD suspenda suas atividades por 60 dias.
Segundo a comissão, 152 mil pessoas se dirigiram para um estádio com capacidade para 30 mil atraídas pelo slogan "O Dia do Fim: venha dar um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas etc".
O governo incumbiu a Procuradoria Geral da República de investigar o incidente, que deixou outras 120 pessoas feridas. Em resposta, a igreja informou que tomará as medidas cabíveis para restabelecer suas operações e lamentou a "detenção de pastores da IURD em diversas localidades de Angola, bem como a presença de viaturas policiais em nossos templos".
A suspensão se estendeu a outras seis igrejas evangélicas - ao menos três das quais brasileiras, como a Igreja Mundial do Poder de Deus, do pastor Valdemiro Santiago - por, segundo o governo, recorrerem "às mesmas práticas que as da IURD" e operarem sem licença no país.
Embora a suspensão seja temporária e não se saiba quais serão os resultados da investigação, a decisão tem sido interpretada como uma possível mudança na relação do governo angolano com a Universal e outras igrejas neopentecostais.
Segundo observadores, a nova postura, além de responder à cobrança popular pela responsabilização dos culpados, reflete a percepção de que essas igrejas cresceram de forma descontrolada nos últimos anos. A posição sinalizaria também a intenção do governo de se aproximar da Igreja Católica, uma das maiores críticas da gestão do presidente José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979.
História
Ex-colônia portuguesa e uma das maiores economias africanas, Angola entrou na órbita da Universal em 1992. Desde então, outras denominações neopentecostais brasileiras cruzaram o Atlântico para se instalar no país e em outras nações africanas. A Universal, a maior delas em número de fiéis, hoje está presente em 35 dos 48 países da África Subsaariana.
Em Angola, um dos seus maiores palcos no continente, ao lado da África do Sul, ela diz contar com 500 mil seguidores, o equivalente a 2,7% da população. Desde a suspensão, moradores de Luanda relataram à BBC Brasil que alguns fiéis têm se dirigido ao principal templo da igreja na cidade, no bairro do Alvalade. Ao encontrar as portas fechadas, eles se ajoelham e oram do lado de fora do imponente edifício neoclássico, acompanhados por auxiliares da igreja.
A influência da Universal em Angola, porém, vai muito além de seu número de seguidores: a Record, canal controlado pela igreja, é uma das sete emissoras veiculadas pela TV angolana. Como no Brasil, parte da programação da emissora é ocupada por cultos da IURD.
A igreja também distribui em Angola seu diário Folha Universal e tem uma rádio no país.
A IURD conta ainda com uma agência de caridade, a Associação Beneficente Cristã Angola, e está representada na política local. O governador da província de Luanda, Bento Francisco Bento, é tido como um dos principais porta-vozes da igreja no MPLA, o partido governista.
Seus 230 templos estão presentes em todas as províncias e, em 2012, a igreja abriu em Luanda sua primeira unidade voltada às dezenas de milhares de operários chineses que vivem no país. Em setembro, a igreja celebrou seu primeiro matrimônio de um casal chinês em Angola.
Santa Maria
Muitos dos que apostavam que as relações da Universal com o governo angolano eram inabaláveis se surpreenderam com a suspensão da igreja e das outras denominações.
Blogueiros e sites independentes angolanos sugeriram possíveis razões para a decisão: a pressão nas redes sociais pela responsabilização dos culpados, turbinada pela grande repercussão em Angola da tragédia de Santa Maria; a insatisfação com o crescente poder de igrejas estrangeiras; o desempenho ruim do partido governista na eleição de 2012 em algumas áreas onde essas denominações têm grande número de fiéis; e o desconforto com a remessa de valores arrecadados por algumas igrejas para seus países-sede.
Acredita-se, ainda, que o governo aproveitou o episódio para exercer maior controle sobre a criação de novas igrejas no país. Em 2011, a ministra angolana da Cultura disse que cerca de 1,2 mil igrejas aguardavam por legalização no país. Já têm licença para operar em torno de 80 igrejas, entre as quais a Universal.
Uma das últimas denominações a expandir sua atuação para Angola foi a Missão Evangélica Shammah, que tem o jogador de futebol brasileiro Rivaldo como patrono. Em 2012, enquanto atuava por um time angolano - o Kabuscorp - ele financiou a construção de um templo da igreja, inaugurado em outubro.
Outros analistas, porém, se dizem céticos quanto à reação do Executivo à tragédia. Em entrevista à rede alemã Deutsche Welle, o jurista David Mendes classificou a suspensão da IURD como uma "ação de charme" do governo, que não terá efeitos maiores.
Sotaque brasileiro
Ainda que a Universal esteja em Angola há 20 anos, muitos angolanos continuam a associá-la ao Brasil. Isso se deve, em parte, ao sotaque brasileiro empregado por seus pastores (inclusive angolanos), motivo de piadas entre humoristas locais.
Em outros círculos, como em universidades e na imprensa privada, a igreja enfrenta maior resistência. Como no Brasil, entre antropólogos e estudiosos de religiões, é comum a crítica de que a Universal e outras igrejas neopentecostais estigmatizam crenças africanas.
Essas crenças mantêm grande influência em Angola, embora o cristianismo seja considerada como a principal fé do país. Segundo estudiosos, muitas igrejas neopentecostais contribuem para que essas crenças sejam tão discriminadas que ser chamado de "feiticeiro" ou "macumbeiro" é considerado muito ofensivo para boa parte dos angolanos.
Já a igreja diz que busca desmistificar apenas crenças nocivas, como as que estigmatizam albinos, e exalta suas atividades beneficentes no país, como campanhas de combate à Aids.
Outra crítica comum à Universal diz respeito a seus métodos para arrecadar recursos, por meio de dízimos.
Alguns acadêmicos, porém, condenaram a decisão do governo de suspender a igreja. Em entrevista à Rádio França Internacional, o cientista social Nelson Pestana disse que a atitude do governo violou a liberdade de religião e de culto resguardada pela Constituição do país.
A IURD não respondeu a um pedido da BBC Brasil para comentar queixas sobre sua atuação no país. Em nota sobre a suspensão, a igreja diz que tem colaborado com autoridades locais para esclarecer as causas da tragédia e que "prestou o apoio possível aos feridos e aos familiares das vítimas".
A igreja afirma ainda que não foi comunicada oficialmente pelo governo angolano sobre a suspensão e que respeita as leis nos mais de 180 países onde atua. As outras igrejas suspensas não comentaram a decisão.
O Itamaraty disse à BBC Brasil que não foi procurado pelas igrejas e que não tem notícias sobre brasileiros afetados pela medida. Porém, se o clima entre as denominações e o Executivo angolano piorar ainda mais - o que muitos consideram improvável - espera-se que o ministério seja acionado para esfriar os ânimos e evitar que o conflito contamine outros campos da relação Brasil-Angola, considerada estratégica por Brasília.

FONTE . BBC BRASIL / TERRA

CHINA QUER ACABAR COM TODAS IGREJAS EVANGÉLICAS NO PAÍS.

O governo da China está lançando uma campanha de três fases para erradicar todas as igrejas evangélicas do país. Esse foi o teor do comunicado divulgado em abril pela Associação de Ajuda à China, ONG que envia missionários para solo chinês.
A estratégia do governo foi claramente delineada em um documento divulgado em setembro passado, durante uma aula de treinamento gerido pela Administração Estatal para Assuntos Religiosos da China.
De janeiro a junho deste ano, o documento revela que as autoridades locais estão conduzindo uma investigação completa, para listar as igrejas de todo o país que funcionam nas casas chinesas, e fazer dossiês completos sobre cada uma delas.
Na fase dois, nos  dois anos seguintes, as autoridades irão encorajar as “igrejas não registradas” para se filiar ao Movimento Patriótico da Tríplice Autonomia, que monitora tudo o que acontece nos templos. A fase três, a ser concluída em até 10 anos, as igrejas que se recusam a seguir as regras seriam fechadas e os líderes condenados.
Os funcionários do governo também devem banir as palavras “igreja nos lares” de todos os relatórios sobre igrejas em sites e outros meios de comunicação. Agora, só podem usar o termo “reuniões em casas”, um termo que remete aos grupos reunidos em sites afiliados ao MPTA.
Em uma pesquisa recente, conduzida em várias províncias chinesas, mais de 95% dos líderes de igrejas caseiras disseram que já sentiram o impacto dessas investigações, enquanto 85% disseram que investigadores  já haviam feito um dossiê sobre seu grupo.
“Desde o início de 2012, temos notado um aumento na freqüência da perseguição”, disse a Associação de Ajuda à China em um comunicado de imprensa.  “Além da perseguição contínua das igrejas em Pequim, o número de casos semelhantes aumentou 20% em comparação ao  ano passado e se espalhou para outras áreas, incluindo ações contra educação, publicação e livrarias cristãs.”
A campanha foi lançada em dezembro de 2010 através de um documento intitulado “Operação Repressão”, emitido pelo Comitê Central do Partido Comunista.  Esta diretriz pedia às autoridades de todos os níveis para “levar” os cristãos das igrejas nos lares a freqüentar  somente as igrejas registradas e aprovadas pelo governo e acabar com igrejas grandes que se reúnem também em  grupos menores.
A Igreja Shouwang, que reúne mil membros, viu a pressão aumentar muito nos últimos meses.  ”No ano passado … a nossa experiência com o Senhor era diferente a cada semana. Foi  Sua graça e paz que nos protegeram e nos sustentaram até agora “, declara um líder da igreja
Essa operação também irá registrar todos os pastore, como uma maneira de continuar controlando o crescimento cristão e o surgimento de novas igrejas. Esse  processo deverá estar concluído até o final de 2012, segundo um comunicado oficial.
Segundo o documento divulgado em setembro passado, o governo planeja usar “medidas humanas da lei de execução” para alcançar a erradicação total de igrejas nos lares.  Ou seja, pastores que se negarem a cumprir a lei serão mortos por desobedeceram a lei.
Traduzido e adaptado de Charisma News

Igrejas evangélicas brasileiras crescem em Moçambique

Maputoigreja (Moçambique) – De bata africana prateada com detalhes em azul, Santiago sai do carro e sobe no palco em meio a seguranças vestidos de preto, gritos e acenos. Quando ele aparece, a multidão – formada em sua maioria por jovens – abre faixas com seu nome, agita bandeiras e manda beijos. Ele agradece e sorri de volta. Luzes e música completam o cenário.
Não se trata de ídolo sertanejo, astro de novela ou vencedor de reality show. Valdemiro Santiago é o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus. Como faz anualmente, ele veio a Moçambique para um culto de Natal e para se reunir com bispos, pastores, obreiros e seguidores da igreja, fundada em 1998 em Sorocaba (SP), depois que ele decidiu deixar a Igreja Universal do Reino de Deus, da qual foi pastor e bispo por quase 20 anos.
“Somos filhos da África e eu já morei aqui”, diz Santiago à reportagem da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), carregando uma grande Bíblia na mão direita e acompanhado da mulher. “Tenho impressão de que, quando nos juntamos, é como se as nossas raízes começassem a se manifestar. Estou muito feliz de estar aqui. Glória a Deus! Obrigado Jesus”, diz, lembrando que também irá passar pela África do Sul e por Angola.
Minutos depois, o mineiro de Palma, de 47 anos, começa o culto: “Deus vai fazer milagres hoje aqui. Você vai ver gente curada agora. Paralítico vai andar, as dores vão sumir”. Gritos são ouvidos pela plateia, que ocupa boa parte do gramado da Praça da Paz, em Maputo. Pastores acodem quem passa mal e muletas são erguidas no ar. Exatamente como na TV, nos cultos transmitidos diariamente em uma emissora moçambicana (KTV) e várias brasileiras.
A Igreja Mundial é só uma das várias denominações evangélicas brasileiras que cresceram muito na África nos últimos anos. Pelas ruas de Maputo - e de outras cidades africanas, como Joanesburgo (África do Sul), Luanda (Angola) e Praia (Cabo Verde) - é possível ver várias construções com o coração vermelho e a pomba branca que identificam a Igreja Universal do Reino de Deus (ou Universal Church of the Kingdom of God, nos países de língua inglesa). Placas nas calçadas mostram onde se reúnem os seguidores da “Deus É Amor” em Maputo, “fundada em 1962 pelo missionário David Miranda”, como indica o letreiro.
O cristianismo chegou à África com os colonizadores europeus. Em Moçambique, a religião foi trazida pelos portugueses católicos. De acordo com o 3º Censo da População (2010), 5,7 milhões dos 20,2 milhões de moçambicanos são cristãos. Cerca de 3,1 milhões são protestantes de igrejas tradicionais e 2,9 milhões são evangélicos pentecostais. O islamismo chegou antes à região, principalmente, na parte Norte do país e, atualmente, cerca de 3,6 milhões de pessoas se declaram muçulmanas. Se declaram seguidores de crenças africanas, 3,7 milhões de moçambicanos. Mas, como no Brasil, vários adeptos de uma religião não deixam de ir ao curandeiro ou de pedir proteção aos espíritos.
Durante os anos de governo socialista, o Natal foi oficialmente substituído no calendário moçambicano pelo Dia da Família. Mas, hoje em dia, árvores coloridas e bonecos de Papai Noel (chamados de Pai Natal, à moda portuguesa) vestidos para o frio voltaram a ocupar as vitrines das lojas, em meio aos 40 graus Celsius comuns nesta época do ano.
O Jesus Cristo das igrejas evangélicas chamadas neopentecostais é o mesmo; a Bíblia também. Mas cada pastor tem seu rebanho. Algumas igrejas pedem abertamente a contribuição do dízimo, obrigação de que nem mesmo os habitantes dos países mais pobres do mundo parecem estar isentos. Outras fazem questão de indicar que o foco é outro. “Aqui não se vende milagre”, diz o apóstolo Santiago, durante pregação na última terça-feira (22) em Maputo. “E quem faz milagre é Deus, não é punhado de sal grosso”.
Mesmo tentando marcar diferenças, em pelo menos um aspecto as denominações evangélicas vindas do Brasil parecem estar de acordo: o combate ao que chamam de “feitiçaria, magia negra, coisas do demônio”, que acabam associadas às práticas de curandeiros e médicos tradicionais, tão comuns em toda África.
“Não há choque de culturas”, assegura o bispo da Mundial em Maputo, Leonardo Germano, nascido no Rio de Janeiro. “Para nós, estar aqui é uma grande alegria. Não queremos comparar ou dizer qual é melhor. Só queremos levar a palavra de Deus aos que sofrem”, diz, também de bata africana, branca com elefantes azuis desenhados no tecido.
Para Fernando Mathe, porta-voz da Associação Moçambicana de Médicos Tradicionais (Ametramo), o relacionamento podia ser melhor. “Os médicos tradicionais ficam até revoltados”, afirma. “Eles não gostam de ver suas práticas, cultura de tanto tempo, serem chamadas de lixo”. Ele acredita que é possível melhorar essa situação com mais de diálogo. “Eu quero propor a eles uma grande reunião, uma conversa. Eles [as igrejas evangélicas] fazem bem ao povo, todos veem isso”, afirma, citando o trabalho social que as igrejas realizam no país. “Mas é preciso melhorar essa parte [relacionamento] conosco”.
Fernando conhece bem as diferenças entre evangélicos e médicos tradicionais: o pai dele é pastor há 40 anos. Romão Mathe passou a seguir a Igreja Cristã Zion – surgida nos anos 20 na África do Sul – depois de, segundo ele próprio, ter sido curado de uma inflamação na barriga. Como o filho, o pai de Romão também era médico tradicional. E, segundo Romão, nunca houve problemas na convivência.“Um salva com a imposição da mão; outro salva com o espírito. Mas é a mesma coisa – todos querem fazer o bem”, afirma.
“A igreja cristã tem um 'deus ciumento', mas, até agora, esse cruzamento de culturas tem sido positivo”, acredita Silvério Ronguane, chefe do Departamento de Ciências Aplicadas do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique. “É preciso manter um entendimento.”
Ele acredita que as “igrejas brasileiras” ajudam a reorganizar a vida social de muita gente que saiu do interior do país sem a família (vários empurrados pela Guerra Civil, que acabou em 1994) e perdeu suas referências. “A cultura africana funciona com base na família, clã, tribo. Os expatriados, ao vir de sua aldeia para cidade, já não têm esse conforto. Então acabam por ser as religiões de espírito pentecostal que fazem o papel que a tradição fazia, de cobertura comunitária.”
Estudioso das crenças tradicionais, Ronguane diz que os próprios curandeiros estão sendo influenciados pelas igrejas evangélicas. “Antes não se via anúncio de médico tradicional nas ruas; agora, eles existem”, afirma. “Estão bebendo do marketing agressivo [das igrejas].”
Essa “agressividade” já se reflete até no português falado na África. “Erres” e “esses” puxados, expressões no gerúndio e voz gutural são comuns nas pregações na televisão e no rádio. É preciso prestar atenção para notar se o pastor é brasileiro ou moçambicano. “Não há dúvida que as novelas e a música brasileiras [muito difundidas no país] contribuem, mas já há uma influência linguística indiscutível também por meio da religião”, diz o especialista.
Correspondente da EBC na África

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Mulher se entrega à polícia após matar filho de 11 anos a facadas no RJ

Uma mulher de 50 anos se entregou à polícia na tarde desta sexta-feira após matar a facadas o filho de 11 anos em Valença, a 148 quilômetros do Rio de Janeiro. Ao confessar o crime, a mãe alegou que estava em depressão após ser abandonada pelo pai da criança, além de não ter condições financeiras para criar o filho. As informações são do RJTV 2ª Edição, da TV Globo.

O caso chocou a vizinhança, e a casa foi isolada para perícia. A criança foi encontrada já sem vida, em cima da cama, com diversas perfurações. A mulher prestará depoimento neste fim de semana. O delegado responsável pedirá a prisão temporária dela por homicídio qualificado, por motivo torpe, meio cruel e emboscada.
 
terra

Jovem evangélico se forma em direito e continua sendo engraxate

Open in new windowEle pagou faculdade com o que ganha limpando sapatos, até R$ 2 mil por mês. Objetivo é passar no exame da OAB e, no futuro, ser promotor de Justiça.

Com o dinheiro que ganhou limpando sapatos de profissionais como juízes, desembargadores e advogados, o engraxate Joaquim Pereira, de 24 anos, acaba de se formar em direito em uma instituição particular de Goiânia. Mesmo com o diploma em mãos, ele não abandonou o ofício que aprendeu quando era criança e que lhe rende cerca de R$ 2 mil por mês.

Agora, o objetivo é se preparar para passar no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e, depois, continuar estudando para ser promotor de Justiça. “Não quero ser qualquer profissional”, ressalta. Até lá, o jovem comunicativo e bem-humorado continuará cativando seus clientes como engraxate nas ruas do centro da capital. Sem deixar a vaidade de lado, já que uma das suas peculiaridades é trabalhar sempre bem vestido, com calça, camisa e sapatos impecáveis.

Ao deixar a cidade de Monte de Alegre de Goiás, na região nordeste do estado, em 2006, o jovem não se imaginava formado. Joaquim lembra que quando saiu da sua cidade natal para morar na capital tinha a esperança de que logo seria contratado em uma empresa e se tornaria um profissional de destaque. Mas viu que não era bem assim. Ele demorou três meses para conseguir emprego em uma fábrica de enxovais. Quando recebeu o primeiro salário mínimo, concluiu que não era o suficiente para se manter em Goiânia. Na época, ele morava com o irmão. “Vim pra trabalhar. Depois, vi que precisava estudar para crescer, para ter um emprego melhor”, conta.

Entre as coisas que tinha trazido do interior estava a caixa de engraxate, pois sabia que talvez precisasse usá-la. Em Monte Alegre de Goiás, ele apreendeu a profissão observando. Aos 11 anos começou a limpar sapatos quando queria comprar uma roupa ou um tênis. Apesar de trabalhar esporadicamente, ganhou experiência.

Devido à insatisfação com o emprego, ele decidiu, em um sábado, ir para as ruas de Goiânia e ver como se sairia de engraxate. “Ganhei R$ 20 e atendi umas dez pessoas. Mesmo não sendo muito, fiz as contas e vi que podia render”, afirma. Segundo ele, na segunda-feira, três meses após ser admitido na fábrica, pediu demissão. “Indagaram porque eu retrairia tanto. Pensaram que eu estava revoltado”, lembra. O jovem comenta ainda que não foi uma decisão fácil, pois teve medo de ser rejeitado. “Tive medo da reação dos meus amigos e dos colegas”, diz.

No primeiro semestre que trabalhou como engraxate, Joaquim terminou o ensino médio em uma escola pública de Goiânia e começou um curso de webdesigner, mas não gostou. Enquanto isso, a profissão de engraxate deslanchava.

Samba da vitória

As pessoas para quem engraxou sem cobrar nada nas primeiras vezes se tornaram seus clientes. A simpatia e a abordagem especial atraíram muitos outros e fez com que ele ficasse conhecido nos locais onde trabalha como na Praça Cívica, onde está o Centro Administrativo do Governo de Goiás. O “samba da vitória”, som que ele faz com um pano ao polir os sapatos, virou sua marca registrada. Joaquim conquistou uma clientela fixa. De R$ 20 por dia, ele passou a faturar até R$ 100.

Depois de um ano limpando sapatos, Joaquim decidiu que entraria para uma faculdade de direito. “Vendo o dia a dia dos advogados e conversando com eles, concluí que queria ser um deles”, afirma. A decisão de ingressar em uma universidade foi criticada por muitos conhecidos. ”Falavam que eu não daria conta de terminar, que era muito difícil e caro”, conta. No entanto, ele persistiu com o sonho de se formar, passou no vestibular e começou, em 2008, o curso de direito em uma instituição de ensino particular. “Se a gente quiser ter sucesso na vida, tem que se submeter ao risco”, ressalta.

Joaquim afirma que os cinco anos da faculdade não foram fáceis. “Já na primeira prova tirei zero. Aquilo me baqueou, até pensei em desistir, mas falei ‘vou estudar’, e assim fiz”, recorda-se. Ele estudava de manhã, e à tarde ia trabalhar como engraxate até as 19h, pois precisava ganhar dinheiro para pagar o curso.

Além de estudar e trabalhar nas ruas, Joaquim tinha de cumprir suas tarefas domésticas, como lavar roupa e arrumar a casa. O irmão dele se casou e ele foi morar com um amigo, no Centro de Goiânia. O bacharel em direito ainda conta que separava um tempo para tocar violão e estudar música, que é uma de suas paixões. Ele é evangélico e gosta de cantar na igreja. “Tem que ter disciplina para ter tempo de fazer tudo”, ensina.

A ajuda para pagar a faculdade veio no 7º período, quando ele conseguiu uma bolsa da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). Na mesma época, ele também conseguiu um estágio na Procuradoria Geral do Município por indicação de um cliente, onde trabalhou até dezembro do ano passado. Apesar do trabalho, ele continuou a engraxar nos horários livres.

A colação de grau ocorreu no último dia 19, na capital goiana. “Foi extraordinário. Estou muito feliz”, comenta. Os pais de Joaquim vieram de Monte Alegre de Goiás para prestigiar o filho. Ele, que é o caçula da família, também contou com a presença de um, dos três irmãos. “Eles estão muito orgulhosos de mim, do que conquistei”, ressalta. No evento, Joaquim ainda foi homenageado pelo reitor da instituição de ensino. O jovem engraxate foi o aluno destaque da turma.

Sonhos

Mesmo formado, Joaquim não se importa de engraxar sapatos nas ruas de Goiânia. O jovem tem a admiração de seus clientes. “Ele é um exemplo de que nada é impossível. Poucas pessoas têm a capacidade e o esforço de concluir um curso superior engraxando sapato”, ressalta o advogado Aldemir Leão da Silva. O rapaz garante que exercerá a função até encontrar um bom emprego, com boa remuneração.

Inicialmente, o objetivo é passar no exame da OAB para ter seu registro de advogado e poder exercer a profissão que escolheu. Devido ao seu esforço, o jovem ganhou um curso preparatório para a prova, que ocorrerá em agosto. As aulas serão julho.

Depois de fazer a prova, Joaquim vai começar uma pós-graduação. Ele ganhou bolsa integral da especialização, que, se ele fosse pagar, custaria cerca de R$ 9 mil. Joaquim sonha alto, ele quer se tornar um promotor de Justiça. “Vou continuar estudando cada vez mais para passar em um concurso e ser promotor”, reforça.

Com o dinheiro de engraxate, ele também conseguiu tirar a Carteira Nacional de Habilitação. Esse é um primeiro passo para alcançar outro objetivo, o de trocar a bicicleta por um carro."Quando se sonha, se tem um objetivo e não desiste, as coisas acontecem", ressalta.

Fonte: G1

LÁ VEM MAIS UMA - Assexuados alegam ser vítimas de mesmos preconceitos que gays

Julian jamais experimentou o desejo ou a atração física, nem por homens nem por mulheres, como acontece com as pessoas assexuadas, um grupo de pessoas que representa, segundo estimativas, 1% da população mundial e que aos poucos estão dispostas a assumir uma condição ainda muito discriminada.


"Compreendi que era assexuado ao ver um programa de tv a respeito", explicou o engenheiro informático francês, 27 anos, que antes achava que sua ausência de interesse pelo sexo algo "anormal" e que, por isso, tentava reprimir o sentimento.

Julian mantinha relações sexuais com a namorada, mas só para dar prazer a ela e não por ser levado pelo próprio desejo, admitiu. Depois de ter compreendido que não tinha impulsos sexuais ou vontade de manter uma vida sexual, Julian navegou na web, em alguns fóruns especializados sobre o assunto, e conheceu outra jovem, assexuada como ele, com quem agora compartilha uma relação feliz e casta.

Os assexuados começam a se organizar na França, onde, nesta sexta-feira, realizam um dia destinado a defender o direito de ter uma opção sexual diferente da grande maioria. "A sociedade apresenta o sexo como uma obrigação", analisa o vice-presidente da Associação para a Visibilidade dos Assexuados (AVA), que se identifica apenas como Paul.

O contrário da promoção abusiva do sexo, a ausência de vida erótica, também é considerada uma espécie de perversão, lamentou. "Ser assexuado é uma forma de sexualidade. Faz parte da diversidade das sexualidades humanas e é muito mais importante reconhecer sua existência que tentar criticá-la", enfatizou.

O certo é que não é fácil viver esta diferente orientação sexual em uma sociedade onde as relações sexuais são consideradas uma das chaves do bem-estar e desenvolvimento pessoal, disse ainda.

Há dois anos, uma conhecida jornalista parisiense, Sophie Fontanel, contou que parou de fazer sexo, em um romance intitulado L'Envie. O livro provocou críticas e valeu reprovações a sua autora que afirma não amar os homens. O romance vendeu bem, e muitas leitoras agradeceram a ela por colocar em palavras sua própria ausência de desejo.

A falta de desejo sexual gera complicações e problemas para os assexuados em suas relações com pessoas que têm vontade de desfrutar do sexo, admitem.

"Conheci uma mulher há cinco meses e me apaixonei por ela, mas não sinto nenhum desejo sexual e acho que ela está se distanciando de mim, e sei que é difícil porque ela me ama", escreveu um homem no site especializado "Que sofrimento, eu até choro de raiva!", acrescentou o homem inscrito sob o pseudônimo "Empático de Lyon", cidade do centro-oeste da França.

Segundo o vice-presidente da AVA, muitos assexuados formam casais com pessoas com a mesma condição. A Comunidade de Visibilidade e Educação Sexual (Asexual Visibility and Education Network - AVEN), fundada em 2001 pelo americano David Jay, indica que possui 70 mil membros no mundo.

Em 2004, um professor canadense da Brock University, Anthony Bogaert, estimou que os assexuados representam 1% da população mundial. Bogaert também estima que esta comunidade sofre discriminações. "A média dos heterossexuais sente por eles menos consideração do que pelos gays e lésbicas", assinala.

O termo assexuado começou a ser conhecido no final dos anos 90 graças à internet e seus fóruns especializados. Em 2010, foi realizada nos Estados Unidos uma semana dedicada aos assexuados, com ações de sensibilização.

Os organizadores do primeiro Dia da Assexualidade na França estão dispostos a realizar iniciativas modestas, como o envio de poemas ao site .

FONTE . TERRA.COM.BR

PROFECIAS OU PROFETADAS ?

 
 
Certa vez , em uma igreja que eu frequentava , no inicio de meu ministério , uma senhora se dizendo profeta , chegou até uma irmã gravida  , e impondo as mãos sobre a cabeça dela disse.
O filho que esta esperando em seu ventre é um monstro , vai nascer defeituoso etc.
Aquela irmã gravida ficou toda atribulada com aquela profetada .
Certo dia , ele foi para a maternidade dar a luz , e um belo filho nasceu , sem nenhum defeito .
Essa mesma mulher , um belo dia de oração , veio em minha direção , com as mãos erguidas , quando veio para coloca las em minha cabeça , as segurei , baixando as mesmas .
Ela me olhou desconcertada e foi para outro lado , e nunca mais veio com essa de protetadas na vida dos outros.
 


É comum em muitas igrejas , ter alguns que se  intitulam  “profetas”, que saem por aí “entregando uma suposta  palavra do Senhor”. São pessoas que nem sempre têm o coração reto para com Deus e, em alguns casos, são “auto-enviadas”, deixando os irmãos frustrados e desapontados.
 As palavras que falam vêm do próprio coração, e em alguns casos, de espíritos familiares. Podem até falar “boas palavras”, mas Deus não as enviou a pregar nem colocou as palavras na boca.

“Não mandei esses profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; contudo, profetizaram. Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações” (Jr 23:21,22).
Eis o que Deus diz a respeito das pessoas que enviam a si mesmas: “…falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor” (Jr 23:16). No mesmo capítulo, Deus diz que esses profetas auto-enviados poluem a Terra, e por causa de suas profecias, o povo de Deus é desvalorizado (versículos 15 e 16).

Procure ver a motivação por trás do ministério. O povo está se voltando para Deus? Ou as pessoas estão ficando cada vez mais dependentes dos “profetas” e de seus dons? Um dos subprodutos dessa onda profética são pessoas correndo de um lado para o outro, buscando uma “palavra” de Deus. Elas têm como foco a si mesmas. Buscam envaidecer o eu. Em vez de se voltarem para o Senhor, abandonando os seus maus caminhos, elas buscam os “profetas” para terem alguma resposta de Deus.
Jesus nos ensina a reconhecer entre o falso e o verdadeiro profeta. “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:16). 

O verdadeiro fruto é quando as pessoas manifestam publicamente que mudaram de vida. Precisamos desenvolver o dom de discernir, a fim de perceber a diferença entre a verdadeira e a má motivação… bem como o verdadeiro e o falso profeta!

Lembre-se de uma coisa: o propósito da restauração do ofício profético é preparar os corações para receber este ministério e os dons ministeriais nele contidos. Esses profetas serão a “voz que clama no deserto”, anunciando que é hora de preparar o caminho de santidade do Senhor.
 
VIA  GRITOS DE ALERTA

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...