quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Ruínas da "sinagoga de Jesus" intriga arqueólogos



Durante milênios, o nome de Maria Madalena lembra aos cristãos de uma prostituta. Porém, a Bíblia nunca disse que essa seguidora de Jesus fazia comércio sexual. Relata apenas que ela fora possuída por sete demônios e que foi a primeira pessoa a ver o Cristo ressuscitado.
Nos últimos anos, escavações arqueológicas em Magdala, cidade da qual deriva o “sobrenome” de Maria revelaram o que arqueólogos acreditam ser uma sinagoga do primeiro século, que o próprio Jesus teria visitado. Uma grande mudança para esta pequena aldeia na costa noroeste do mar da Galileia e junto ao Monte Arbel.
Ruínas da “sinagoga de Jesus” intriga arqueólogosJudeus e cristãos se uniram na tentativa de resgatar mais a história desta que é considerada por alguns estudiosos como a “sinagoga de Jesus”, pois alguns especialistas acreditam que Cristo de fato esteve ali durante seus anos na terra.  Novas polêmicas sobre o assunto foram mencionadas na edição do último domingo do jornal israelense Haaretz.
Magdala fica na antiga Galileia, distando apenas sete quilômetros da antiga Cafarnaum, uma das cidades onde Jesus se estabeleceu durante o tempo de seu ministério público, e seguramente alguma vez se encontrou ali para pregar e ensinar. Nos primeiros anos do cristianismo, a maioria dos cristãos eram judeus convertidos que continuavam frequentando as sinagogas. Segundo historiadores, essa realidade só mudou perto do ano 70, após a destruição do templo de Jerusalém. Só então houve uma separação mais clara, pois os cristãos passaram a ter seus próprios lugares de reunião e de culto.
A cidade de Magdala tem algumas característica únicas, sendo um dos mais bem conservados sítios arqueológicos de Israel. No ano 67, a cidade foi sitiada pelos romanos comandados pelo general Tito, que a tomou após uma batalha sangrenta e três anos mais tarde invadiu Jerusalém, numa batalha que ocasionou a destruição do Templo de Salomão.
As escavações na região de Magdala são lideradas pela arqueóloga judia Dina Avshalom-Gorni e a arqueóloga muçulmana Arfan Najar, ambas da Autoridade de Antiguidades de Israel, além, de Marcela Zapata, da Universidade Anáhuac do Sul, da Cidade do México
Desde 2004 a instituição católica os Legionários de Cristo vem construindo nas proximidades o “Centro Magdala”, que funcionará como igreja, hotel para os peregrinos e um museu com ênfase nas mulheres da Bíblia. O padre Juan Solana, diretor do centro, explica que isso se justifica pois Maria Madalena é a mulher mais mencionada no Novo Testamento depois de Maria, mãe de Jesus.
ruinas da sinagoga Ruínas da sinagoga de Jesus intriga arqueólogos
Maria, a seguidora de Jesus, pode ter sido uma moradora influente na cidade, explica a estudiosa Mary R. Thompson. As novas escavações que revelaram as ruinas desse local de culto poderão confirmar isso. Trata-se da mais antiga sinagoga da Galileia, uma dos poucas do país datadas do primeiro século da era cristã.
ruinas da sinagoga de magdala Ruínas da sinagoga de Jesus intriga arqueólogosAs ruinas do local mostram que era um pequeno salão, de 11 x 11 metros, que devia reunir cerca de 100 pessoas. Nele foram encontradas vários painéis e inclusive uma rara moeda datada do ano 29 d.C. Sem dúvida, seu maior achado foi uma pequena mesa de pedra, com quatro pés e uma série de relevos, incluindo um menorá [candelabro de sete hastes]. Trata-se do primeiro registro de um menorá encontrado fora de Jerusalém.
De acordo com Najar, a mesa de pedra tem furos na parte superior que serviam de apoio para uma estrutura de madeira, onde os rolos da Torá eram colocados para leitura. Isso pode ensinar muito como a Torá era lido nas sinagogas antigas.
As estruturas das paredes, com as seis colunas que sustentavam o teto, estavam cobertos com afrescos pintados em sete cores diferentes. A escavação revelou que a sinagoga foi renovado entre os anos 40 e 50, e abandonada antes de 68 d.C., época da Grande Revolta dos judeus contra os romanos.  Um dos aspectos mais curiosos é que os restos da estrutura foram encontrados a cerca 50 centímetros abaixo do solo, e nenhuma outra cidade aparentemente foi sido construída sobre a antiga vila de pescadores durante os últimos dois milênios.

Segundo a arqueóloga Dina Gorni, “o achado foi uma espécie de milagre… estávamos apenas escavando aqui como medida de precaução antes que se iniciasse um projeto de construção [do centro Magdala]. Acreditamos que era um local especial… Esta comunidade queria fazer um local religioso diferente. Eles fizeram muitos investimentos para as decorações, e um altar com uma pedra especial”. Por isso, a mesa que ficaria no centro do altar da sinagoga passou a ser chamada de “pedra de Magdala”. 
Embora as escrituras não relatem que Jesus tenha ido até Magdala, o padre Solana diz que a descoberta pode sugerir isso. “Do ponto de vista judaico, a posição é clara. Trata-se de uma sinagoga do século primeiro, lindamente decorada, com peças de arte e um altar como nunca foi encontrado em qualquer outra sinagoga da época. Do ponto de vista cristão, não podemos duvidar de que Jesus esteve ali por algum tempo. As primeiras comunidades cristãs se reuniam nas sinagogas. Eles eram judeus observantes”, defende.
Existem vários aspectos distintivos dessa sinagoga: ficava fora do centro, reunia poucas pessoas em comparação com as outras casas de culto da cidade, a riqueza da decoração e a presença de um menorá que só era usado na capital. Tudo isso corrobora com a ideia de que a sinagoga pertenceria a uma pequena “seita do exterior”, que daria grande importância à vida espiritual comunitária. Seria eles membros da primeira sinagoga de judeus convertidos ao cristianismo? “É provável que as pessoas que usaram esta sinagoga foram testemunhas da multiplicação dos pães e outros milagres descritos nos quatro Evangelhos”, esclarece o vídeo promocional em MagdalaCenter.com.
O antigo historiador Josefo referia-se a Magdala como a cidade de Tarichae, que em grego significa, em tradução livre, “o lugar de salgar peixe”. Um nome apropriado, considerando uma das descobertas interessantes em Magdala. Trata-se de um complexo único, com quatro pequenas piscinas. Mais do que uma aldeia de pescadores, a cidade pode ter sido a primeira de Israel a desenvolver a piscicultura, onde os peixes criados nas piscinas eram salgados e preparados para serem vendidos nas aldeias vizinhas.
Essa descoberta arqueológica é de grande interesse para o mundo judeu, como comprovam as duas visitas de Shuka Dorfmann, diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, que descreveu a descoberta como extraordinária, única, e que deverá ser estudada em toda sua profundidade. Com informações Haaretz e The World.

GOSPEL PRIME

Pesquisa mostra que comportamento de risco difere entre espiritualizados e religiosos


Comportamentos de risco tais como usar drogas e consumir álcool podem estar associados com crenças religiosas. Um estudo inglês avalia se isso difere segundo o tipo de crença.

Aceita-se, com tranquilidade e convicção, que pessoas religiosas, crentes e praticantes, tem melhor saúde, física e mental. Mesmo levando-se em conta outras variáveis tais como idade, gênero e condição socioeconômica.

No entanto, muitos estudos têm dificuldades em medir religiosidade. E alguns, literalmente, pecam em incluir nesta avaliação o bem estar como componente da religiosidade.

Um estudo inglês procurou contornar este problema ao realizar inquérito nacional, com visitas domiciliares, para avaliar morbidade psiquiátrica, entre os anos de 2006 e 2007.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 7400 entrevistas, nas quais foram investigadas aspectos relacionados à espiritualidade, religiosidade, problemas físicos e mentais.

Religiosidade foi definida como praticar atos relacionados à fé, tal como frequentar igreja, mesquita ou sinagoga. Espiritualidade foi definida como ter crenças sem atuações práticas cotidianas.

Quanto aos resultados, 35% dos participantes tinham compreensão religiosa da existência humana, sendo que 19% foram classificados como espiritualizados, mas não religiosos e 46% não eram nem uma coisa nem outra.

Pessoas religiosas eram muito semelhantes aos que não eram nem religiosos nem espiritualizados, em relação aos transtornos mentais.

No entanto, os religiosos tinham 27% menos chance de terem usado drogas e 20% menos chance de consumir álcool de maneira perigosa. Já aqueles classificados como espiritualizados, a história é bem diferente.

Na comparação com as pessoas não religiosas, não espiritualizadas, eles tinham mais chance de apresentarem comportamentos de risco, tais como ter usado droga, álcool e apresentarem transtornos mentais, tais como ansiedade, fobia e neurose. Eles também consumiam mais medicamentos psicotrópicos.

Para os autores, as pessoas que tem entendimento espiritual da vida, mas que não tem arcabouço religioso, formam grupo mais vulnerável à doença mental. Uma das hipóteses para tal resultado é de que crenças, no caso, as espirituais, estão na verdade associadas com características negativas da personalidade. Mas os próprios autores admitem a dificuldade de explicar estes resultados.

Fonte: Blog do Dr. Alexandre Faisal - UOL

Especialistas analisam possibilidade de evangélicos na Presidência do Brasil

Especialistas do espaço online Brasil Religioso discutem a possibilidade do Brasil ter em breve um representante evangélico no mais alto cargo do Poder Executivo: a Presidência da República.

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), em entrevista recente, demonstra interesse em ocupar esta posição: “Se algum partido me desse essa legenda, eu entraria nesse barco. Porque eu acredito que é possível. [...] Isso é promessa bíblica! Bendita é a nação cujo Deus é o Senhor”, diz o pastor.

Os estudiosos ponderam: “O caso Feliciano passa a ser, portanto, uma base de entendimento e especulação sobre uma futura composição evangélica no Executivo. Como se daria, por exemplo, a relação do Governo (no caso, presidido por um evangélico) com os diversos credos religiosos, como o catolicismo (romano e popular), às religiões afro-brasileiras, às de origem norte-americana (como as Testemunhas de Jeová), e às religiões orientais (a exemplo do islamismo e das diversas correntes de origem nipônica), cujo crescimento não deixa margem a dúvidas de que o Brasil será, de fato, dentre alguns anos, composto por uma multiplicidade de credos ou confissões. Alguns movimentos seculares, como de homossexuais e ateus, também têm experimentado um significativo crescimento nos últimos anos, mesmo que em termos ideológicos ou partidários, mas também numérico”.

Em 2010, última eleição para níveis estaduais e nacionais, Marco Feliciano recebeu mais de 200 mil votos, sendo o 12º parlamentar mais votado no importante estado de São Paulo (SP). Outra cristã que recebeu boa parte da confiança do eleitorado do Brasil foi Marina Silva, que disputava a presidência pelo Partido Verde (PV). Apesar de não disputar o segundo turno, ela teve mais de 19 milhões de votos, sendo a terceira mais votada em todo o país. Marina foi educada no catolicismo, mas, desde o final dos anos 1990, professa o cristianismo evangélico.

O jornalista e pesquisador Johnny Bernardo, em entrevista ao carioca Nosso Tempo, considera que um dos desafios é a falta de consciência sobre o que é ser igreja e sobre união dos diversos ramos: “O Censo 2010 do [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] IBGE aponta para 42,5 milhões o número de evangélicos brasileiros, mas não leva em conta o fato de que não há, pelo menos nas igrejas neopentecostais, uma consciência definida do que é ser Igreja, sendo comum frequentadores orbitarem entorno de terreiros de umbanda e templos da Universal, por exemplo. É um problema não identificado pelo IBGE”. E completa: “os evangélicos já são maioria no Brasil, em relação ao número de católicos praticantes”.

Feliciano, no entanto, observa que o destaque que ganhou da mídia ao longo deste ano de 2013, especialmente ao assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, lhe deu força, obtendo uma unanimidade inédita no mundo gospel em sua defesa.

Os especialistas observam que o Brasil já teve dois líderes protestantes em curto espaço de tempo: Café Filho e Ernesto Geisel. Café Filho, que sucedeu Getúlio Vargas na década de 50, foi membro da primeira Igreja Presbiteriana de Natal (RN), onde teria sido doutrinado no calvinismo. Ele era defensor do direito ao divórcio, pelo o que foi alvo de duras críticas e oposição por parte da Liga Eleitoral Católica. Já o militar Ernesto Geisel, que governou o país no final dos anos 1970, estudou no colégio protestante Martin Luther e era luterano. Enquanto ele era presidente, foi sancionada a Lei do Divórcio.

Para ler os artigos do Brasil Religioso, acesse os seguintes links: Brasil evangélico e seus significados e Evangélicos no Poder: considerações gerais.

Fonte: The Christian Post

Pastor chama cantores gospel de 'cafetões' e 'ladrões'

O vídeo de um pastor da igreja Missões Evangelísticas Vinde Amados Meus (M.E.V.A.M.) está causando polêmica na internet.

Durante uma pregação, o apóstolo Luiz Hermínio chamou os cantores gospel de "cafetões" e "ladrões". Ele questiona onde vai parar o dinheiro dos CDs, dos livros e dos shows comercializados. "Onde está o dinheiro dos eventos que você fez? Onde está o dinheiro dos promoters que promovem eventos gospel? Deus vai pegar você, promoter. Eu estou orando para Deus te pegar", diz ele.

"Você tem que tem abusado da 'noiva', você que tem abusado da igreja, promoter. Olha aqui para mim. Deus vai te pegar. Você que está enriquecendo nas costas da igreja, você que trata a igreja como uma prostituta, seu cafetão. A 'noiva' não é prostituta. Você é cafetão, mas a 'noiva' não é prostituta", acrescenta o religioso.

"Quanto você cobrar por duas horas, quanto custam 20 músicas suas, seu ladrão? Você é ladrão! Você é ladrão da 'noiva', você é cafetão, mas a 'noiva' não é prostituta. Ela tem um 'noivo' e ele vai vir 'buscar ela'. Te cuida porque ele vai vir 'buscar ela', seu cafetão. 'Você tá pego, negão'", finaliza o pastor Luiz Hermínio, que se refere à igreja como "noiva" de Jesus Cristo.

O vídeo foi postado no Youtube no último dia 4 de setembro e já foi visto mais de 28.500 vezes.

Fonte: SRZD

Vaticano investiga bispo acusado de usar dinheiro da igreja para comprar mansão

O Vaticano iniciou nesta segunda-feira (9) uma investigação sobre uma arquidiocese católica alemã após receber uma denúncia que revela que um bispo comprou uma mansão na Europa.

Franz-Peter Tebartz-van Elst está sendo acusado de gastar dinheiro, excessivamente, com a compra da propriedade.

Oficialmente, trata-se de uma “visita fraternal” à diocese de Limburgo pelo cardeal Giovanni Lajolo, ex-núncio do Vaticano em Berlim. Franz-Peter disse, em resposta, que esperava receber o representante da Santa Sé.

A visita à arquidiocese marca a determinação do Vaticano para se envolver em situações que apontam uma má gestão dos recursos da igreja. Esta não é a primeira vez que o bispo é acusado por realizar uma má gestão, ele já foi acusado de mentir, ser narcisista e esbanjar dinheiro nas suas extravagâncias pessoais.

A Igreja emitiu uma carta, assinada pelo bispo Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos na Santa Sé, afirmando que a controvérsia “coloca sob pressão a unidade do bispo com seus fiéis” e “ameaça a integridade de seu ofício e de sua pessoa”.

O bispo Franz-Peter chegou a solicitar uma "visita apostólica", um tipo de investigação imposta por Roma sempre que ocorre um escândalo, porém o Vaticano afirmou que possuía confiança e que a visita seria apenas "fraternal", uma forma menos formal. A data para a visita ainda não foi marcada.

Fonte: DM

Presa dupla de falsos pastores que aplicavam golpes em São Paulo

A dupla dizia ser de uma igreja neopentecostal, e que queriam adquirir um terreno para abrir um novo templo.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta terça-feira (10), uma dupla suspeita de se passar por membros de uma igreja para dar golpes em investidores que eram convidados a lavar o "caixa dois" do dinheiro arrecadado com os fiéis. Os comerciantes José Wilton Alves de Brito, o Pastor Mariel, de 54 anos, e Edir Almeida Peixoto, o Almeida, de 62 anos, foram detidos, respectivamente, em Mauá, no Grande ABC, e Itatiba, na região de Campinas.

Segundo investigação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), os dois obtiveram US$ 50 mil com fraudes a investidores de Americana, no interior do Estado. Eles prometeram trocar essa quantia em uma operação de câmbio, mas fugiram com o dinheiro. O golpe foi dado em julho deste ano, em um hotel próximo ao Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.

Ainda de acordo com a polícia, os comerciantes foram à Americana como membros de uma igreja neopentecostal, e declararam que tinham intenção de adquirir um terreno para abrir um novo templo. Brito se apresentava como pastor e ambos tinham passagens na polícia por estelionato. Na cidade, eles teriam procurado por corretores de imóveis e mostrado documentos sobre a entidade religiosa a que pertenceriam.

Os suspeitos marcavam encontros em escritórios de alto padrão na região do Brooklin, zona sul. Em uma dessas ocasiões, ele contou às vitimas que não sabia o que fazer com o dízimo arrecado "por fora" dentro da igreja. Segundo a polícia, ele propôs comprar dólares por valores acima do preço de mercado.

Na data da transferência, as vítimas foram a uma sala de hotel alugada e levaram os valores em uma mala. Segundo o inquérito, o dinheiro foi entregue aos suspeitos. O falso pastor teria dito que levaria o dinheiro ao cofre e um companheiro se levantou para atender uma ligação. Quando perceberam, de acordo com as vítimas, os dois já haviam fugido.

Fonte: Agência Estado

Kit Gay volta ampliado às escolas


Orley José da Silva
Em abril de 2011, pressionada politicamente pelas bancadas católica, evangélica e da família, a Presidência da República vetou a distribuição para as escolas do material de auxílio didático produzido pelo Programa Escola Sem Homofobia. Apelidado de “kit gay”, o estojo continha três vídeos e um guia para os professores, com aplicação restrita aos alunos do ensino médio. Não foi difícil para o Ministério da Educação (MEC) atender ao pedido presidencial porque se tratava de material complementar que não refletia no conteúdo dos livros daquele ano.
A oposição ao Programa não se deu em função da temática em si e nem pela falta de reconhecimento da necessidade de enfrentar o problema, mas pela maneira equivocada de abordar o assunto. Na oportunidade, a Secretaria Geral da Presidência da República prometeu às representações políticas que, dali em diante, toda edição de material sobre “costumes” passaria antes pelo olhar da Presidência e por um amplo debate com a sociedade civil.
No início deste semestre, porém, chegaram às escolas de várias cidades do país amostras dos livros didáticos para 2014. A partir dos exemplares que vieram para as escolas da Rede Municipal de Educação de Goiânia, percebe-se que o MEC ousou novamente ao reeditar o antigo projeto, além de inserir nos mesmos o também delicado tema da chamada nova configuração familiar. Como se isto não bastasse, ampliou o alcance deste doutrinamento para crianças a partir dos 8 anos de idade. Vale ressaltar que a mesma ordem presidencial não poderia ser cumprida facilmente com o material didático do próximo ano, porque ele foi cuidadosamente produzido para não sofrer alterações.
A precaução dos editores fez com que os temas homossexuais e da nova configuração familiar não mais se apresentassem separados do conjunto dos livros, mas se misturassem aos conteúdos de algumas disciplinas. Assim, a retirada destes temas polêmicos resultaria em prejuízo para uma parte considerável de todo o material didático. Em vista disso, vale questionar se a quebra da promessa presidencial de não promover “costumes”, ainda mais na escola básica, sem que haja antes uma ampla discussão com a sociedade civil organizada, foi por conta e risco do MEC ou teve o aval do Planalto.
Orley José da Silva, mestre em letras e linguística pela Universidade Federal de Goiás (UFG), é professor na Rede Municipal de Educação de Goiânia, mestre em letras e linguística (UFG)

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...