terça-feira, 5 de agosto de 2014

AMIGOS DA DILMA DO PT - A China e o combate aos símbolos cristãos


O governo chinês lançou campanha para acabar com centros religiosos e seus símbolos, ordenando a demolição de 163 igrejas no país de janeiro até agora.

A chamada "Jerusalém do Oriente" já não agrada as autoridades chinesas.

A cidade de Wenzhou, onde fica o maior número de cristãos do país, viveu nos últimos dias protestos por causa de seus símbolos: as enormes cruzes e igrejas que se levantam imponentes na urbe e que o regime está derruindo.

O crescimento da comunidade cristã em Wenzhou, na província oriental de Zhejiang (das regiões mais desenvolvidas da China), onde mais de 1 milhão de seus 8 milhões de habitantes professa a religião, alarmou o governo chinês, que lançou uma campanha para acabar com os centros religiosos e seus símbolos.

De janeiro até hoje, segundo a organização China Aid, cerca de 163 igrejas receberam ordens de demolição do edifício completo, de parte dele ou de retirada de suas cruzes, e a maioria dessas ordens já foi acatada apesar da oposição dos fiéis, cujo número cresceu nos últimos anos e também sua rebeldia.

Faltando dados oficiais, o Centro de Pesquisa Pew estimou em 58 milhões o número de protestantes na China em 2011 e em 9 milhões o de católicos um ano antes, apesar de que o número pode ser muito maior, já que os cristãos no país se dividem entre aqueles de igrejas permitidas pelo governo e os de grupos clandestinos.

"Nossa comunidade cresceu muito, e daí essa campanha. É um ataque contra nossa religião", afirma uma das participantes dos protestos que esta semana acabaram em dúzias de feridos, quando a polícia tentou retirar uma das cruzes que coroava uma igreja em Pingyang, em Wenzhou.

Em declarações à Efe, a moradora da cidade, que prefere não revelar seu nome, explica que os fiéis foram proteger o templo e se encontraram com cerca de 500 policiais, que tentaram abrir a passagem para trabalhadores destinados a acabar com o símbolo do imóvel, sem sucesso.

Várias imagens de pessoas sangrando e hospitalizadas - muitos deles, idosos - circulou por um tempo na internet, apesar de terem sido rapidamente censuradas. Após quase duas horas de enfrentamento entre ambos, a polícia abandonou o lugar.

"É difícil descrever Wenzhou sem se referir a suas mais de duas mil igrejas, enfeitadas por cruzes vermelhas e em muitas ocasiões iluminadas com luzes de neón", explica o ex-jornalista local, Zhang Aizong, em uma conversa telefônica desde Hangzhou, a capital da província onde vive.

Foram justamente as luzes que alarmaram Xia Baolong, secretário-geral do Partido Comunista na província, em uma viagem a Wenzhou, no qual começou a pensar no incontável número desses símbolos na cidade chinesa, o que levou posteriormente à campanha iniciada neste ano, explica Zhang, de religião cristã, à Efe.

Para Xia, que não mostra tanta permissividade como as autoridades locais, nas comunidades cristãs se infiltraram forças hostis do Ocidente, o que, em sua opinião, é uma ameaça para o governo comunista, ateu, segundo entrevistas à agência oficial "Xinhua".

Apesar disso, as autoridades alegam que o recente plano - que prevê a destruição de centenas de igrejas - não é contra nenhuma religião, mas tem como objetivo "remodelar construções velhas e ilegais" da desenvolvida Zhejiang.

Segundo o governo, as cruzes das igrejas "excedem o tamanho permitido", e por isso precisam ser demolidas, apesar de não serem divulgados mais detalhes das medidas estipuladas.

"A maioria das igrejas teve a aprovação do governo local e esteve aí muitos anos. Por que agora, de repente, tudo é ilegal?", questiona Bob Fu, que dirige a organização China Aid, que dos Estados Unidos coordena uma das redes mais influentes de ativistas, cristãos clandestinos e defensores da liberdade na China.

Fu, que ajuda qualquer vítima da opressão do regime como membros de Falun Gong, organização religiosa ilegalizada nos 90 pela China quando começou a ganhar vários adeptos, teme que a campanha de Zhejiang seja o prelúdio de uma repressão em nível nacional.

Como opina Maya Wang, pesquisadora da Human Rights Watch, o recente plano das autoridades esconde um temor maior do Partido Comunista: que a popularidade do cristianismo em Zhejiang cresça.

"Não tem a ver só com os fiéis, é parte da luta do regime para superar a crise ideológica pela qual passa", opina David Zhao, da Human Rights Watch, que, no entanto, considera que a repressão não deterá os cristãos.

Fonte: Exame.com

MATÉRIA DO YAHOO - Tudo o que você queria saber sobre a inauguração do Templo do Rei Salomão, mas não tinha ninguém que lhe contasse

Levitas carregando a réplica da Arca da Aliança (Foto: Divulgação)Levitas carregando a réplica da Arca da Aliança (Foto: Divulgação)A Igreja Universal do Reino de Deus sempre gostou dos mármores, dos dourados, da grandiosidade do espetáculo. Quando plantou sua imensa catedral no depauperado bairro de Santo Amaro, distrito destroçado pela recessão e desindustrialização dos anos 1990, assentou um modelo monumental, rico, suntuoso e ostentatório de arquitetura e decoração religiosas. Vieram outros tantos colossos, sempre no mesmo padrão. Não poderia ser diferente com o maior de todos os templos dessa denominação neopentecostal, inaugurado na última quinta-feira.

O mítico Templo do Rei Salomão, a obra maior do bispo Edir Macedo, custo alegado de R$ 680 milhões, contudo, excede em muito o que já se viu. E marca, como se verá, um novo momento da igreja, repleto de importantes referências judaizantes e de homenagens ao Estado de Israel, entendido como o berço bíblico da tradição abrâmica. Denominações evangélicas americanas há décadas fazem o mesmo, no que já foi apelidado de “novo sionismo cristão”.

Este blog conversou com seis pessoas que estiveram presentes na festa de inauguração à qual a imprensa em geral não pode comparecer (só os veículos ligados à Universal, como a Rede Record de TV, o jornal Folha Universal e a Record News). A seguir, seus relatos sobre o que aconteceu lá:
-----------------“O mais legal foi ver que Jesus acabou expulso do Templo do Rei Salomão. É muito engraçada a ironia. Justo quando inaugurava uma réplica do Templo de Jerusalém, construído por Herodes, do qual Jesus teria expulsado os vendilhões da fé, o bispo Edir Macedo resolveu expulsar Jesus.” “Em todas as igrejas do Edir Macedo, lê-se o lema da Universal, sempre o mesmo: ‘Jesus Cristo é o Senhor’, ‘Jesus Christ is the Lord’ ou ‘Jesucristo es el Señor’. A frase encontra-se em destaque nos altares das igrejas do bispo Macedo, seja em que país for. Mas não no maior templo. No Templo de Salomão reconstruído, a frase foi substituída pela novidade: ‘Santidade ao Senhor’. Em lugar das letras góticas de sempre, agora foram usadas letras do alfabeto hebraico.”

Mas tem mais, muito mais. Leia o relato completo:

----------------- “A chegada foi terrível. A avenida Celso Garcia estava congestionada. Policiais e marronzinhos da CET tentavam organizar o trânsito. E então, ao nos aproximarmos do templo, vimos uma multidão perfilada, todos de camisetas brancas, de mãos dadas, formando uma corrente humana em torno do quarteirão. Nos mastros, hastearam-se as bandeiras da Igreja Universal, a bandeira brasileira e o pavilhão nacional de Israel.”

----------------- “Já se via ali que o espaço era especial, precioso, protegido. Eu estava chegando no meu carro e perguntei para um desses rapazes da corrente humana onde devia estacionar. Hã? A gente estava a poucos metros da entrada do estacionamento e ele não sabia. Havia uma estrita e rigorosa divisão de tarefas entre os seguidores de Edir Macedo. Aqueles ali eram apenas para ‘abraçar’ o templo e garantir a segurança do espetáculo e dos felizes privilegiados que o assistiriam ao vivo. Não falavam; não interagiam.”

----------------- “O Brás, onde fica o templo, é um bairro histórico de São Paulo. No começo do século 20, foi ocupado por levas de imigrantes pobres italianos, armênios e gregos. Então, veio a imigração nordestina, depois da qual sobrevieram os coreanos e os muitos bolivianos. É um lugar de trabalhadores muito pobres --tudo tem um ar de precariedade, de emendas, consertos. Nas centenas de lojas de roupas baratas e de bugigangas, abastecem-se camelôs e vendedores ambulantes.”

----------------- “E não vamos esquecer da igreja católica, construída em 1908, que fica bem em frente do templo, a Paróquia São João Batista do Brás. Minha nossa, aquela igreja que por muitas décadas foi considerada uma das mais importantes e majestosas da cidade, ficou parecendo cenário de Playmobil.”

----------------- “Mas, quando se chega àquele quarteirão da Universal, é como se você saísse da cidade... Primeiro, tem o sistema de segurança inteiro em volta, aquele monte de guardas, a polícia. Então, você entra no lugar protegido, onde nada está por acaso, por improviso. Não tem gambiarra. Tudo é meticulosamente limpo, planejado e organizado.”

----------------- “Você sai do caos e entra no espaço da ordem.”

----------------- “Eu fui à abertura do Shopping Paulista e do Shopping Pátio Higienópolis. Lembro-me do susto que tomei quando entrei no estacionamento do shopping Paulista. Foi um dos primeiros shoppings a ter estacionamento sem janelas. Era uma coisa horrorosa. Depois entendi que esses lugares que pretendem sequestrar você do mundo real, apartar você da realidade, obrigatoriamente suprimem as janelas. Pode ver. Os shoppings são assim. Os bingos eram assim. Os cassinos são assim. E o Templo do Rei Salomão é assim. Não tem uma janela.”

----------------- “Não tem mesmo! No estacionamento não tem janelas. Quando entrei, fui conduzida a um coquetel no 10º andar, da ala vip. Não tinha janelas. Idem para o salão principal, no térreo, imenso, capacidade para 10.000 pessoas sentadas. Também não tem nenhuma janela.”

----------------- “Para mim, pareceu um daqueles brinquedos dos parques temáticos de diversões, de Orlando, Flórida. O Templo do Rei Salomão, do Universal Studios... Bem podia ser. Ahahaha!”

----------------- “Todos os meus amigos me perguntaram como eu consegui entrar. Primeiro, chegou ao escritório um pergaminho com o convite e um envelope contendo uma senha. Daí, era necessário entrar no site para cadastrar o nome e o RG do seu convidado. Depois disso, as pessoas do cerimonial ligavam para confirmar tudo e só então você recebia um cartão com um código de barras. Era o convite individual, pessoal e intransferível, que só seria aceito na portaria do evento mediante a apresentação de documento com foto.”
Brochinho azul /Arquivo pessoalBrochinho azul /Arquivo pessoal----------------- “A comissão de recepção funcionava no estacionamento. Checados número do cartão, documento, tudo ok, ganhei um pin (brochinho). O meu era da cor azul, mas tinha também os vermelhos, e de outras cores. Fotógrafos a serviço do evento convidavam os vips para fazer fotos em um estúdio portátil, como aqueles da revista ‘Caras’. Detectores de metais impediam o convidados de entrar com celular, câmeras ou outros aparelhos eletrônicos.”
----------------- “Comecei a achar que havia algo estranho quando apareceram pessoas andando com túnicas de seda branca até os pés, cintos dourados, sapato social branco, desses de enfermeiro... Sei lá, para mim pareceu aquela coisa de novela espírita, tipo ‘A Viagem’. Mas depois me explicaram: esses eram os guardiões do templo... Estavam lá vestidos como se imagina que se vestiriam os levitas, membros de uma das doze tribos judaicas, na época bíblica.”


----------------- “Lá dentro, um exército de hostesses, mulheres vestidas com longos em veludo azul, conduzia os convidados, segundo a cor de seus broches, para o andar a eles designado.”

----------------- “O 10º andar, para onde fui levado, tinha as paredes forradas por amplos painéis com fotos de Jerusalém. O Monte das Oliveiras, o Muro das Lamentações e o casario de pedras dentro das muralhas de Jerusalém deram o ar da graça. Jornalistas, executivos, atores e apresentadores do staff da TV Record brilhavam: Luciano Szafir (com a mãe, Beth Szafir), Paulo Henrique Amorim, Celso de Freitas, Heródoto Barbeiro, Marcelo Rezende, Chris Flores, Lucinha Lins, Bemvindo Sequeira e o comediante Castrinho. Mas também estavam lá vários dirigentes de agências de publicidade. O esforçado serviço de bufê incluía itens de comida kasher, servidos em uma ala dedicada aos convidados judeus, num dos extremos do salão. Não havia bebida alcoólica.”

----------------- “No meio dos convidados, em uma mesa, dois homens ainda mais ricamente fantasiados agendavam visitas a um museu anexo sobre a história religiosa judaica, até chegar à missão do bispo Edir Macedo. Esses tinham, além da túnica branca até os pés e do cinturão dourado, uma espécie de elmo dourado, imitando ouro, com inscrições em hebraico em que se lia “Servo de Deus”. Ah, eles vestiam um peitoral enfeitado com 12 pedras coloridas.”

----------------- “Por volta das 18h, o pessoal começou a se mexer para descer rumo ao térreo, onde fica o grande salão do templo. Nas duas paredes laterais, foram colocados 12 candelabros de sete braços, as chamadas menorás, um dos símbolos mais conhecidos do judaísmo, representando cada uma das 12 tribos de Israel.”

----------------- “Os recepcionistas dentro do templo vestiam aquela fantasia dos levitas. Havia tambémEdir Macedo ao lado de Dilma (Divulgação)Edir Macedo ao lado de Dilma (Divulgação)mulheres entre eles. Eram centenas. Todos –homens e mulheres— invariavelmente com mais de 1,70 metro de altura. As mulheres, cabelos compridos, prendiam-nos em um rabo-de-cavalo por uma fivela dourada. Eram esses personagens que levavam os convidados até o local onde deveriam se sentar. Nas fileiras da frente, autoridades portadoras dos broches vermelhos. Logo atrás, os convidados vips, portadores dos broches azuis, e por aí vai.”

----------------- “Um conjunto de câmara tocava canções religiosas judaicas, músicas de trilhas sonoras de filmes evocativos da saga judaica, como o hollywoodiano ‘Êxodus’, além de peças populares, como ‘Halelluya la'olam’ (‘Aleluia para o Mundo”) e ‘Yerushalayim Shel Zahav’ (‘Jerusalém de Ouro’, em hebraico), uma espécie de segundo hino nacional de Israel.”

----------------- “Então, foi chegando, aos poucos, o poder da República: o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), o atual, Fernando Haddad (PT), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o ministro do STF Marco Aurélio Mello, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o vereador por São Paulo Andrea Matarazzo (PSDB), o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Por fim aterrissou, na cadeira mais central e mais perto do palco, ela, a própria presidente Dilma Rousseff (PT). Foi ao lado de Dilma que o bispo Edir Macedo escolheu sentar-se.”

----------------- “Um bispo da igreja apareceu para fazer as vezes de mestre de cerimônias. Parecia um rabino. Barbudo, cobria a cabeça com uma quipá (solidéu judaico) e vestia o talit, acessório religioso judaico na forma de um xale, usado como uma cobertura na hora das preces. Para surpresa geral, logo depois de anunciar os presentes, esse bispo-rabino pediu silêncio para a execução dos hinos... De Israel e do Brasil.”

-----------------“Duas fileiras de cadeiras, ocupadas por uma delegação de 20 membros da comunidade judaica, cantaram o hino de Israel acompanhando o conjunto de câmara e depois se congratularam, rindo, satisfeitos, pela homenagem.”

----------------- “Na avenida Celso Garcia, seis homens com a fantasia de levitas, apareceram carregando uma réplica do que seria a Arca da Aliança (onde teriam sido guardadas as Tábulas da Lei que Moisés recebeu de Deus, um pote com o maná que Deus mandou para alimentar os judeus durante a travessia do deserto e o cajado de Arão, que tinha florescido). Eles, então, começaram a marchar rumo ao templo e nele entraram, pisando em um tapete vermelho, até desaparecerem, debaixo do palco. Todo o percurso foi transmitido em dois telões de ultra-alta definição.”

----------------- “Os fiéis da Universal choravam, emocionados. Nesta hora, a cortina de tule que recobria o altar se abriu, revelando uma outra réplica da Arca da Aliança, desta vez em tamanho monumental e o letreiro: ‘Santidade ao Senhor’ (no lugar onde sempre esteva o “Jesus Cristo é o Senhor”).

-----------------“Um bispo que se disse ex-viciado em crack, maconha, cocaína, ecstasy, prostituição, álcool ‘e tudo o que há de ruim nesta vida’ foi chamado ao altar para testemunhar como a Universal ajudou-o a superar a dependência. Disse que a ciência, os médicos, os psiquiatras, a psicologia, ‘não curam o vício’, que na verdade não passa de uma manifestação do demônio. Disse mais: que a cura só vem com a fé. Em seguida, pediu aos pastores que já foram ‘viciados’ que se levantassem de suas cadeiras. Centenas de homens, todos de terno e gravata, levantaram-se e ficaram imóveis, como testemunho do milagre.”

Envelope para pedidos de oração Envelope para pedidos de oração-----------------“Em seguida veio um breve documentário com a luta do povo judeu pela Terra Prometida, que chegou até os dias atuais, com a trajetória do bispo Edir Macedo.

-----------------“Foi a senha para que ele mesmo subisse ao altar. Sobre o terno que usava enquanto esteve sentado ao lado da presidente Dilma, Macedo, agora barbudo como um judeu ultra-ortodoxo, também vestiu o talit. Na cabeça, colocou a quipá... Antes de subir ao altar, ele ajoelhou-se e beijou o solo, como fazem os cohanim, descendentes da casta sacerdotal mais pura na tradição judaica.

-----------------“Então, não poderia faltar... Macedo convidou todos a pegar os envelopes colocados no encosto das cadeiras. ‘Estarão abertos os Meus olhos e atentos os Meus ouvidos a toda oração que se fizer neste lugar.’, disse. E conclamou: ‘Escreva o seu pedido de oração para colocar nas pedras do altar! Quem quiser, não é obrigatório, pode fazer uma doação’.

-----------------“Não se sabe de onde eles apareceram. Mas, enquanto os fiéis iam disciplinadamente depositar o pedido nas pedras do altar, dezenas de homens munidos de máquinas de cartões de débito e crédito circulavam no meio, recolhendo as doações.

-----------------“Dilma, Alckmin e os demais dignitários da República, ali presentes, assistiram a tudo sentadinhos. Ao fim de sua peroração, fiéis em êxtase, Edir Macedo disse que acompanharia ‘a presidenta’ até uma sala, onde fariam uma ‘conferência’."

O templo estava inaugurado.


https://br.noticias.yahoo.com/blogs/laura-capriglione/tudo-o-que-voc%C3%AA-queria-saber-sobre-inaugura%C3%A7%C3%A3o-025715044.html

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

QUER EMAGRECER COM SAÚDE ???

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Como tomar / Como preparar Farinha Seca Barriga NutriGold ?
Recomendamos misturar 20g (uma colher de sopa) da Farinha Seca Barriga NutriGold em 200ml de água, leite ou suco de preferência. Ingerir até 3 vezes por dia, meia hora antes das principais refeições.

Composição(Bula) Farinha Seca Barriga NutriGold:
Informações Nutricionais 
Porção: 20g ( Para preparo de 200ml)
 
 
 

Quantidade
por porção
%VD
 
Valor Calórico74Kcal
4
 
Carboidratos10g
3
 
Proteína2,8g
3,5
 
Gorduras Totais3g
5,8
 
Gorduras Saturadas0,3g
1,4
 
Gorduras Trans0g
-
 
Fibras4g
16
 
Cálcio41mg
4
 
Sódio76mg
0,3
 
 
 
Ingredientes Sabor Goji Berry: Farinhas de: linhaça dourada, maçã, chia, berinjela, feijão branco, laranja, limão, mamão, ameixa, cenoura, uva, soja preta, maracujá, banana verde, gengibre, amora, psyllium e chás de oliveira, verde, hibiscus. Farinha desidratada de Goji berry. Não Contém Glúten.
Ingredientes Sabor Cranberry: Farinhas de: linhaça dourada, maçã, chia, berinjela, feijão branco, laranja, limão, mamão, ameixa, cenoura, uva, soja preta, maracujá, banana verde, gengibre, amora, psyllium e chás de oliveira, verde, hibiscus. Farinha desidratada de Cranberry. Não Contém Glúten.
Ingredientes Sabor Amora: Farinhas de: linhaça dourada, maçã, chia, berinjela, feijão branco, laranja, limão, mamão, ameixa, cenoura, uva, soja preta, maracujá, banana verde, gengibre, amora, psyllium e chás de oliveira, verde, hibiscus. Farinha desidratada de Amora. Não Contém Glúten.
Ingredientes Sabor Natural: Farinhas de: linhaça dourada, maçã, chia, berinjela, feijão branco, laranja, limão, mamão, ameixa, cenoura, uva, soja preta, maracujá, banana verde, gengibre, amora, psyllium e chás de oliveira, verde, hibiscus. Não Contém Glúten.
Ingredientes: Farinhas de: linhaça dourada, maçã, chia, berinjela, feijão branco, laranja, limão, mamão, ameixa, cenoura, uva, soja preta, maracujá, banana verde, gengibre, amora, psyllium e chás de oliveira, verde, hibiscus, Farinha desidratada de Morango. Não Contém Glúten .
 
Sugestão de Uso: Consumir uma colher de sopa (20g) de Farinha Seca Barriga Nutrigold em um copo de água, leite desnatado ou suco de frutas natural. Misture bem e consuma até três vezes ao dia, meia hora antes das principais refeições.
 
Recomendação: Crianças, gestantes, idosos e portadores de qualquer enfermidade devem consultar o médico e/ou nutricionista. Conservar o produto bem fechado, em local fresco e seco, protegido dos raios solares. Após aberto deverá ser consumido em 30 dias.

Defender valores bíblicos e ´não ser covarde´ são deveres do cristão Franklin Graham pediu que cristãos alertem os EUA sobre as questões morais


Defender valores bíblicos e ´não ser covarde´ são deveres do cristão
O reverendo Franklin Graham convocou os cristãos norte-americanos a se levantarem contra a oposição social, para defenderem os valores bíblicos.

Envolvido com causas beneficentes cristãs, o líder evangélico reiterou em um artigo da revista Decision, que "o céu não é para covardes".
Ele ainda acrescenta que o Evangelho deve ser proclamado a qualquer custo, sem ignorar passagens por causar polêmica ou por impopularidade.
"Nós sinceramente não podemos proclamar a verdade do amor de Deus, ignorando o que Ele odeia, pois Deus odeia o pecado", explica.

Graham também enfatizou a necessidade de manter uma "coragem piedosa", sobretudo para falar contra o aborto e a homossexualidade.
"Não podemos ficar para trás em questões bíblicas, por medo de ser rotulado como um homofóbico ou juiz", acrescenta.

Ele acredita que cristãos são sempre julgados, tidos como "tendenciosos, críticos e intolerantes", mas que ainda assim é preciso ser firme.
Como repercussão do artigo, Graham se estendeu um pouco mais sobre o tema em um evento recente do Conselho de Pesquisa da Família nos EUA.
No evento, ele fala de Apocalipse 21:8, onde Deus enumera grupos que estarão "no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte".
O primeiro grupo listado no verso são os "covardes", o que levou Graham a concluir em sua explanação que "Deus odeia os covardes".
"Os covardes a quem o Senhor se refere são os homens e mulheres que conhecem a verdade, mas se recusam a falar", destaca.
Na sequência, ele argumenta que apesar de ser "um país livre", os EUA devem receber o alerta do que é cabível nas questões morais.
Graham atrai muita controvérsia com seus temas, principalmente quando fala de homossexualidade, de Islã ou do presidente Barack Obama.
Filho do renomado pregador Billy Graham, Franklin Graham é contestado até mesmo por cristãos, que pensam que ele devia ter uma postura mais imparcial.
"Franklin sempre se inclinou rumo a uma direção mais política do que seu pai", questionou Sally Quinn, fundadora do site cristão OnFaith.

Missionária infectada pelo Ebola retorna para os Estados Unidos


Missionária infectada pelo Ebola retorna para os Estados Unidos
A agência missionária SIM (www.simusa.org) divulgou um boletim na tarde desta segunda-feira (4) dando conta de que o estado de saúde da missionária norte americana Nancy Writebol encontra-se estável, embora a infecção pelo Ebola seja gravíssima.
Writebol trabalhava na equipe do médico Kent Brantly no Hospital Samaritano quando contraiu o vírus.
O mesmo avião que transportou o doutor Brantly de volta aos Estados Unidos, no dia 2 de agosto para tratamento, transportará a missionária. A aeronave é equipada com dispositivos contra a contaminação e está previsto para aterrissar na base aérea de Dobbins,  perto de Atlanta.
Nancy será levada para o hospital da Universidade Emory e ficará em isolamento. “Nós estamos gratos e encorajados em saber que a condição de saúde na Nancy é estável e que daqui a pouco estará conosco”, disse Bruce Johnson, presidente da agência missionária SIM USA. 
Ele informou por e-mail ao CPAD News que "o Hospital ELWA é liderado por médicos liberianos capazes, administradores e funcionáriosmuito competentes e cuidadosos". Disse ainda que a agência SIM tem atualmente dois médicos expatriados no campo. “Eles foram cuidar de Writebol, Brantly e outros, ao lado de seus colegas da Libéria”, revela. 
Com a crise, outros ministérios da SIM, incluindo a sua estação de rádio e o grupo educação em saúde pública HIV-AIDS, continuarão a operar com o pessoal da Libéria.
Em poucos dias, o marido de Nancy, David Writebol também vai retornar aos Estados Unidos. Ele vai acompanhar esposa no isolamento por meio de uma janela.
SIM é uma missão cristã internacional com uma equipe de cerca de 3 mil trabalhadores que atuam em mais de 65 países. Além da medicina, SIM atua em todos os continentes em áreas de educação, desenvolvimento comunitário, saúde pública e testemunho cristão

CPAD

Missionário Kenneth Bae diz que se sente `abandonado´ pelos EUA


Missionário Kenneth Bae diz que se sente `abandonado´ pelos EUA
Um cristão americano na Coréia do Norte diz que se sente "abandonado" pelo governo dos Estados Unidos. Kenneth Bae, um ex-guia de turismo, foi preso no país comunista por quase dois anos.
Em entrevista a um jornal com um pró-Coreia do Norte, com sede no Japão, Bae disse que nada parece estar acontecendo em seu caso.
Ele também disse que tem medo de ser mandado de volta para um campo de trabalho.
A irmã de Bae disse que era a primeira vez que ouviu falar dele desde abril e chamou a Casa Branca nos Estados Unidos para exigir que seja feito mais pelo caso de Bae e para assegurar a sua libertação.
Kenneth Bae é um dos três americanos detidos na Coréia do Norte. 
O missionário foi preso em novembro de 2012 em Rason, na costa nordeste da Coréia do Norte.
Segundo a família de Bae, ele dirigia uma empresa com sede na China, especializada em viagens para a Coreia do Norte. 
No entanto, ele foi acusado pelo governo do país, por supostamente tentar derrubar o governo por meio de atividades religiosas.
De acordo com grupos de direitos humanos, a Coreia do Norte, é à nivel mundial, um dos países mais hostis àqueles que praticam o cristianismo.

Nesta segunda! Culto para empresários na Renascer em Cristo

Nesta segunda-feira (4/8), a partir das 20 horas, acontece a reunião da AREPE (Associação Renascer de Empresários e Profissionais Evangélicos), em todas as igrejas Renascer em Cristo, com a ministração do segundo dia da campanha "12 Encontros de Conquistas", cujo tema é: O Encontro de Jacó.
 
O culto é direcionado a empresários, profissionais liberais e para pessoas que precisam de restauração e um direcionamento na área profissional.
 
No Renascer hall, sede internacional da Renascer em Cristo, em São Paulo, as palestras são ministradas pelo Apóstolo Estevam Hernandes. Confira o convite que ele deixou aos internautas do iGospel:
 
 
Serviço:
Culto da AREPE
Data: todas as segundas-feiras
Horário: 20 horas
Local: Todas as igrejas Renascer em Cristo
Endereço da sede internacional: Rua Dr. Almeida Lima, 1290 - Mooca (São Paulo/SP)
 
 
Redação iGospel

Marco Feliciano critica aproximação de Marina Silva com Romário

Nesta segunda-feira (4) o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC), candidato a reeleição por São Paulo, criticou a proximidade entre Marina Silva e Romário, candidato ao Senado pelo Estado do Rio de Janeiro.
A candidata à vice-presidente na chapa de Eduardo Campos esteve no Rio de Janeiro para cumprir compromissos ao lado do ex-jogador. Para Feliciano a proximidade entre Marina e Romário demonstra um desrespeito aos valores cristãos, já que Romário é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo e do direito da mulher decidir se deve ou não manter a gravidez.
Em entrevista Romário afirmou que as pessoas tem o direito de ser feliz. “Se as pessoas se casam e são felizes, independente do sexo, é o que vale”, disse Romário. O ex-jogador também disse que as mulheres devem ter o direito de decidir se devem manter ou não a gravidez.
“Eu acho o seguinte: você que é mãe, ter o direito de poder tirar ou não, eu sou a favor disso”, disse. Porém, Romário afirma que não tiraria a criança. “O outro (aborto) não. O aborto eu sou contra. Em casos de estupro, sou 100% a favor. Agora, por exemplo, eu tive uma filha que tem Síndrome de Down. Pô, eu vou abortar por quê? Claro que não”, justificou.
Para Marco Feliciano o fato de Marina Silva fechar coligação com alguém como Romário, com valores totalmente diferentes dos cristãos, demonstra que ela despreza seus próprios valores.
“Já fiz diversas críticas a postura da Marina e a forma como ela se comporta, mesmo se dizendo evangélica – se é que um dia foi. Marina tentou vender a imagem de boa crente, mas pecou em suas próprias ações”, escreveu o parlamentar.
Feliciano também lembrou que Romário já elogiou o trabalho do ativista gay Jean Wyllys, um dos principais algozes do parlamentar evangélico na Câmara dos Deputados. “O deputado já elogiou o ex-bbb por seu “trabalho” e afirmou que ‘se as pessoas se casam e são felizes, independente do sexo, é o que vale’”, lembrou.

domingo, 3 de agosto de 2014

Jean Wyllys cita “covil de ladrões” para falar do Templo de Salomão da IURD

O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), assumidamente homossexual e conhecido pela sua luta pela causa LGBT, está envolvido em uma verdadeira “batalha religiosa” nas redes sociais.
Jean Wyllys cita “covil de ladrões” para falar do Templo de Salomão da IURDEle postou críticas sobre a inauguração do maior espaço religioso do Brasil, o Templo de Salomão, construído pela Igreja Universal do Reino de Deus. Usando seu perfil do Facebook, escreveu: “Lendo atentamente esta matéria, só me veio, à mente, as palavras (sic) de Jesus, segundo o Evangelho de Mateus, que ouvi lá nos meus tempos de Pastoral da Juventude do meio popular: Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um ‘covil de ladrões’” (Mateus, 21, 13)”.
Em poucas horas foram mais de 10 mil curtidas e cerca de dois mil compartilhamentos.  Como podia ser esperado, muitos concordavam e apoiavam a manifestação de Wyllys. Contudo, esse tipo de comentário gerou muitas críticas e até ameaças ao deputado. Várias pessoas que são evangélicas não gostaram do teor da postagem e reclamaram.
Em várias ocasiões, a assessoria do deputado redigiu respostas, que foram ríspidas ou carregadas de ironia. Uma delas dizia “Está incomodado com as palavras de Jesus? Vai chamar Jesus de ‘acéfalo dos infernos’?”, outra rebatia: “a palavra ladrão é usada por Jesus, segundo o evangelho. Jesus é um sujo falando do mal lavado?”.
Mais de uma pessoa manifestou-se dizendo que o deputado deveria ler mais a Bíblia, pois além de recriminar os vendilhões do templo, também condena a homossexualidade.

http://noticias.gospelprime.com.br/templo-de-salomao-covil-de-ladroes-jean-wyllys/

Edir Macedo nega doação para campanha de Dilma Rousseff

É conhecida a ligação do bispo Edir Macedo com a presidente Dilma Rousseff. Ele declarou seu apoio a ela nas eleições de 2010. Durante o mandato, o senador Marcelo Crivella (PRB), sobrinho de Edir e bispo licenciado da IURD, foi Ministro da Pesca de Dilma.
Edir Macedo nega doação para campanha de Dilma RousseffDurante a inauguração do Templo de Salomão, no dia 31 de julho, vários políticos estiveram com Edir e a liderança da Igreja. No dia seguinte começou a circular na internet a informação do jornalista Jorge Serrão, veiculada no site Folha Política, que o bispo teria doado R$ 10 milhões à campanha de reeleição.
Diversos sites e blogs reproduziram a informação, que também foi bastante divulgada e comentada nas redes sociais. Dada a repercussão, a Igreja Universal do Reino de Deus, através de seu site oficialdesmentiu que isso tenha ocorrido.
A nota publicada no site da Universal foi enfática: “Não bastasse a mentira, o texto ainda é carregado de odioso preconceito e chacota gratuita com a fé de milhões de adeptos da fé cristã”.
Com a proximidade das eleições, tem sido amplamente divulgado pela imprensa a tentativa dos candidatos de se aproximar das igrejas evangélicas. Embora o culto de inauguração do Templo na capital paulista tenha sido um evento religioso, teve seus momentos políticos.
Diante das cerca de 10 mil pessoas presentes, incluindo a presidente, o governador de São Paulo, além de prefeitos de 12 capitais e ministros de Estado, em determinado momento, o bispo Rogério Formigoni, que é um ex-viciado em crack e hoje é conhecido na IURD pelas suas campanhas de combate às drogas, afirmou que o governo “investe tanto em tratamentos que não dão certo”, mas que só a fé oferece a cura. Perto do final da cerimônia, o bispo Macedo leu uma passagem bíblica, e fez uma oração que reflete a preocupação de muitos brasileiros.
Além de pedir a Deus “algo novo na vida de suas criaturas”, emendou: “Porque o teu povo está cansado de sofrimento, cansado de derrotas, de fracassos familiares, fracassos na saúde, fracassos na segurança e em todos os sentidos. Não há paz, mas com o teu Espírito, meu Pai, nós caminhamos com a paz onde quer que nós formos”.
Segundo o site IG, essa seria uma forma indireta de se criticar as principais deficiências do país nas áreas de saúde e segurança, as principais preocupações dos eleitores.


GP

Verdades da Maçonaria reveladas pela Revista Superinteressante.



A ordem mais famosa das sociedades secretas, a maçonaria já foi descrita como religião, filosofia e centro de conspirações. Mas afinal o que é, quais os segredos e o que acontece na suas sessões?
Texto Sérgio Gwercman


Vamos fazer um acordo: eu conto um segredo e você, leitor, promete não revelá-lo a ninguém. Antes de topar o trato, você precisa saber que os outros quase 3 milhões de pessoas que lerem esta revista conhecerão o mesmo segredo. Mas elas também se comprometerão a ficar de bico fechado. Agora, cá entre nós: quais as chances de nenhum dos envolvidos quebrar o trato e contar o que ficou sabendo para a patroa – que por sua vez vai contar para a irmã, que vai dividir a novidade com as amigas do salão de beleza e daí para o mundo? Você apostaria na possibilidade de mantermos o tal segredo em sigilo?


Na cabeça de muita gente, a maçonaria foi capaz dessa proeza. Uma tarefa árdua. Os integrantes da mais conhecida entre as organizações secretas guardariam um grande segredo bombástico, revelado somente para quem concorda em ser iniciado numa sessão cercada de mistério. Em nome da honestidade jornalística, é preciso dizer logo no início da reportagem que se os maçons escondem um informação dessas capazes de mudar o rumo do mundo, este repórter – e os estudiosos mais influentes do tema – foram incapazes de descobrir do que se trata. Por outro lado, são vários os rituais, símbolos e conchavos políticos que deveriam ficar restritos às 4 paredes (obrigatoriamente sem janelas) de um templo maçônico, mas que estão descritos nas próximas páginas. Segredos e histórias que foram reveladas a gente graúda como Benjamin Franklin, Simón Bolívar, pelo menos 17 presidentes americanos e D. Pedro I – que entre os maçons brasileiros atendia pelo exótico apelido de Guatimozim. Nas próximas páginas, você se juntará a eles.

A história
Para quem gosta tanto de segredos, nada melhor do que começar a própria história com um relato misterioso e que não pode ser comprovado. A origem da palavra maçom está no inglês, mason, que quer dizer pedreiro. Por isso, é forte a crença de que os primeiros integrantes da organização davam duro em canteiros de obras do passado.


A lenda mais famosa conta que a origem da maçonaria está na construção do grande templo de Salomão, em Jerusalém, narrada no Velho Testamento. Durante a obra, Hiram Abiff, o engenheiro-chefe, foi assassinado por 3 de seus pupilos. O motivo do crime é nebuloso, mas envolveria segredos de engenharia guardados por Hiram e uma disputa por promoções de cargo. O fato é que Hiram foi para o túmulo, mas não revelou o que sabia. Além de mártir, virou exemplo de bom comportamento maçônico. Para muitos maçons, é aí que começa a sua história, apesar de existir quem defenda que Moisés, os construtores da Torre de Babel e até Deus são maçons – afinal, o todo-poderoso não "construiu" o mundo em 6 dias?

Outra tese, também sem comprovação, é defendida por historiadores maçônicos como Christopher Knight e Robert Lomas e aponta a maçonaria como herdeira direta dos poucos cavaleiros templários que não foram trucidados por ordem do papa e do rei da França entre 1307 e 1314.





Pesquisadores independentes, porém, acreditam que a origem da maçonaria moderna estaria nas corporações de ofício, espécie de sindicatos da Idade Média. Especificamente na corporação dos pedreiros, que reunia alguns dos trabalhadores mais qualificados da Europa – gente que construía catedrais gigantescas, como a belíssima abadia de Westminster, na Inglaterra, que recebe fiéis até hoje. Como esses truques profissionais significavam bons salários, era natural que os masons cultivassem o hábito de mantê-los em segredo. Ficou conhecida como "maçonaria operativa" esse período em que os integrantes da ordem colocavam a mão na massa .
Entre os séculos 16 e 17, as técnicas de construção começaram a perder valor e as corporações mudaram o tom das reuniões. Especialmente na Grã-Bretanha, elas ganharam traços de alquimia e rituais simbólicos. Também se abriram para quem não trabalhasse com construção, mas topasse guardar segredo sobre o que acontecia nos encontros. Começou a fase da "maçonaria especulativa", voltada para o conhecimento filosófico – que dura até hoje.




O crescimento atraiu nobres. Era chique participar daqueles encontros com ar de sarau secreto. Os antigos trabalhadores, por sua vez, adoravam estar ao lado da nobreza. Em cidades da Inglaterra, surgiram lojas (como são chamados os grupos de reunião) e, em 1717, 4 delas se reuniram para fundar a Grande Loja de Londres, o "Vaticano da maçonaria", até hoje a mais importante instituição mundial da ordem. 5 anos mais tarde foi escrita a Constituição de Anderson, texto redigido pelo maçom James Anderson que colocava no papel todas as normas e rituais transmitidos oralmente. As lojas escolheram também seu primeiro grão-mestre, um sujeito chamado Anthony Sayer, que estava longe do glamour que o cargo teria no futuro, quando seria ocupado até por herdeiros do trono inglês. Quando morreu, Sayer era um simples vendedor de livros em Covent Garden, região de Londres que até hoje é sede de uma feirinha dessas com jeitão alternativo.

Idéias
Mas o que esses homens faziam – e ainda fazem – em suas reuniões? Basicamente, discutem o caminho que o planeta deve tomar. E o rumo proposto é o da Luz, como eles se referem ao pensamento racional. A idéia é que se cada indivíduo refletir sobre suas atitudes e buscar sempre o caminho do bem e da perfeição, a sociedade vai caminhar naturalmente para o progresso. É uma filosofia, uma maneira de encarar o mundo, que foi um bocado revolucionária ao surgir no século 18, época em que reis controlavam o corpo e a Igreja, as mentes das pessoas. Para debater idéias, maçons criaram uma série de regras e tradições – o historiador inglês Eric Hobsbawn diz que o período do surgimento da maçonaria especulativa foi especialmente rico no que ele chama de "invenção de tradições", muito por causa das rápidas transformações que a sociedade vivia com mudanças nos costumes sociais e na divisão do poder. Foi nessa mesma época que surgiriam outras organizações do tipo, como a Rosacruz e a Iluminati (veja quadro na pág. 59).


A maçonaria, que acabaria sendo a mais forte e poderosa de todas, se desenvolveu como uma fraternidade que funciona como Estado, com hierarquias e legislação. E cada maçom tem liberdade de pensamento. No fundo, a maçonaria não é uma, são várias. E ao contrário do que muitos pensam, a ordem não formou um grupo uniforme. Cada país teve autonomia para definir seus rumos e caminhos, o que fez a ordem ter inclinações diferentes ao redor do globo: na Inglaterra e no Brasil, era ligada à aristocracia política; na França, anticlerical e pragmática; na Itália, revolucionária.
Diferenças entre as maçonarias existem. Mas também há muita coisa em comum – em especial, as regras e os rituais. Ser admitido na maçonaria, por exemplo, requer paciência em qualquer lugar do mundo. O candidato precisa ser convidado por um maçom, passar por entrevistas e ter a vida investigada por integrantes da ordem. São aceitos apenas homens que acreditam em Deus, têm pelo menos 21 anos e nenhuma deficiência física.

As sessões acontecem em templos cheios de simbologia. "Entrar num templo maçônico é mergulhar num espaço codificado", diz o sociólogo José Rodorval, da Universidade Federal de Sergipe e autor de uma tese de doutorado sobre a maçonaria. O templo não tem janelas e a entrada é voltada para o ocidente, onde a pintura é mais escura.





No outro extremo, o oriente é mais claro – para a maçonaria, é dali que vem o conhecimento. É nessa área também que fica o altar de onde a autoridade mais alta comanda a sessão. Nas paredes, há 12 colunas, uma corda com 81 nós e outros símbolos como as pedras bruta e polida, que representam os momentos pré e pós-iniciação.
Durante as cerimônias, os homens vestem aventais para venerar o Grande Arquiteto do Universo, como eles se referem a Deus. Mas um Deus tratado dentro dos valores de tolerância religiosa do deísmo, tradição que recusa a idéia de que uma instituição tem o poder para fazer a ligação com o divino. E por isso um maçom pode ser judeu, católico, muçulmano. Nas sessões, Deus tem um nome específico. "Esse nome é um dos segredos mais bem guardados da maçonaria", diz o historiador Jasper Ridley, que escreveu The Freemasons ("Os Maçons", sem tradução em português). Mas Ridley entrega o ouro: o criador é chamado de Jahbulon, uma corruptela que reúne os nomes sagrados de Jeová, Baal e Osíris.


Foto-montagem do Editor do Blog

Essas reuniões religiosas misteriosas, adivinhem só, colocaram a maçonaria em rota de colisão com o Vaticano. Tanto que 2 bulas papais condenando a ordem chegaram a ser emitidas por Clemente 12 e Bento 14. "Como outros governos, o Vaticano também se molestava com a atmosfera de segredo com a qual se cercava a maçonaria", diz o historiador espanhol Jose Benimeli no livro Maçonaria e Igreja Católica.


A tensão hoje é menor, mas ainda existe. Em 1983, quando comandava a Congregação para a Doutrina da Fé, o hoje papa Bento 16 publicou a Declaração sobre as associações maçônicas. O texto não deixa dúvidas: "Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em pecado grave", escreveu.



Revoluções e conspirações



O Vaticano é apenas um dos desafetos da maçonaria. Ao longo da história, a ordem colecionou inimigos com a mesma força que manteve seus segredos – as 2 coisas, aliás, sempre estiveram diretamente ligadas. Pense na seguinte situação: sua vizinha está promovendo reuniões semanais na casa dela, mas não permite que você participe. Mais do que isso, ela se recusa a revelar o que está sendo discutido lá dentro. Se você tiver um mínimo "instinto de paranóia" – e a maioria de nós tem – vai achar que a dona está tramando contra você. A mesma lógica funciona para os maçons. Muitas das acusações contra a fraternidade começaram com perguntas do tipo "se é tudo boa gente, então por que raios eles não revelam o que estão fazendo?"
Assim, manter segredo mostrou-se uma ótima maneira de atrair desconfianças. Mas a verdade é que para além do mistério existe o fato de que as lojas maçônicas serviram, sim, de espaço para a agitação política. Seus ideais espelhados no iluminismo inspiraram – e muitos de seus integrantes se engajaram – em revoluções que chacoalharam o mundo, derrubaram governos e cortaram cabeças coroadas. "Ser maçom nos séculos 18 e 19 era um pouco como ser de esquerda no começo do século 20. Em geral, eram pessoas liberais, receptivas a novas ideologias e preocupadas em reorganizar a sociedade", diz Andrew Prescott, diretor do Centro de Estudos da Maçonaria da Universidade de Sheffield, na Inglaterra. A conseqüência óbvia dessa atuação foi que a ordem freqüentou os primeiros lugares da lista de maiores inimigos das monarquias absolutistas. O efeito colateral indesejado foi que quanto mais a maçonaria era acusada de conspiradora pelos líderes aristocratas, mais ela se fortalecia. É uma espécie de autoprofecia que se cumpre. "Se as lojas maçônicas eram apontadas pelos inimigos como o lugar em que revoluções eram planejadas, então era lá que os jovens revolucionários queriam estar", afirma Jasper Ridley.
A Revolução Francesa, por exemplo, fez da visão de mundo maçônica (liberdade para adorar qualquer deus, igualdade entre nobres e plebeus e fraternidade entre os membros do mesmo grupo) o mote do novo país que pretendia construir. E transformou uma música originalmente composta e cantada na loja maçônica de Marselha, em hino nacional – rebatizado de La Marseillaise, "A Marselhesa". Segundo Ridley, porém, são exageradas as afirmações de que a maçonaria liderou a revolução. Marat, ideólogo de uma das alas mais radicais da revolução, e La Fayette, o militar aristocrata que aderiu ao movimento popular, eram maçons. Mas Danton e Robespierre, os 2 mais importantes líderes da França após a revolução, não.



Mais ativa foi a influência na independência americana. Pelo menos 9 das 55 assinaturas da Declaração de Independência vinham da maçonaria, assim como um terço dos 39 homens que aprovaram a primeira Constituição do país. Benjamin Franklin, um dos principais articuladores da independência, era maçom até o último fio dos poucos (mas longos) cabelos que tinha. E George Washington, líder dos rebelados, teria aparecido de avental maçônico na cerimônia de lançamento da pedra fundamental da cidade que leva o seu nome. Hoje, há quem afirme que durante sua construção a capital americana foi recheada de símbolos maçônicos (veja quadro na página 52) e, no mercado editorial, especula-se que a arquitetura da cidade será o ponto de partida para o próximo livro de Dan "O Código da Vinci" Brown. Talvez o autor também dê nova explicação para as imagens que decoram a cédula de 1 dólar, como o olho que tudo vê e a pirâmide luminosa, que parecem inspiradas na maçonaria – uma ligação que nunca foi admitida pelos desenhistas da nota.



Ventos maçônicos também foram sentidos na América do Sul. Na loja Lautaro, que tinha braços espalhados pelo continente (o nome é homenagem ao índio que liderou uma revolta contra os espanhóis no século 16), costumavam se reunir Simón Bolívar, José de San Martín e Bernardo O’Higgins, todos líderes da independência no continente. No Brasil, eram integrantes, entre outros, José Bonifácio de Andrada e Silva, o barão do Rio Branco e o príncipe regente – e depois imperador – Pedro I. Apelidado de Guatimozim, nome do último chefe asteca, D. Pedro teve ascensão meteórica na fraternidade. Foi iniciado em 2 de agosto de 1822 e promovido a mestre 3 dias depois. Menos de 2 meses mais tarde, já era grão-mestre da ordem no Brasil, cargo máximo que poderia atingir. Na mesma velocidade, passaram-se apenas 17 dias até que, já imperador, ele proibisse as atividades maçônicas no Brasil.



"A maçonaria é uma fraternidade e durante as sessões todos se tratam por irmãos e são iguais. Quando percebeu que nesse círculo ele poder ter seu poder questionado e não seria apenas ‘o imperador’, D. Pedro deixou a ordem e proibiu seus trabalhos", diz o historiador Marco Morel, da Uerj.



Nada que tenha afastado os "irmãos" das atividades políticas. Pior para os sucessores de Guatimozim: legalizada em 1831, grande parte da maçonaria se aliou ao movimento abolicionista, anticlerical e mais tarde republicano para forçar a queda da monarquia no Brasil. Apesar de existirem muitos maçons monarquistas e escravocratas, a luta contra o poder da Igreja colocou a organização na linha de frente da defesa de um estado laico, como o estabelecido em 1891 pela primeira Constituição republicana. Para os adversários, foi a comprovação do caráter conspirador da ordem. Os maçons diziam agir dentro de sua filosofia: lutavam por um país mais racional, e com ordem, que só assim chegaria ao progresso.


Os segredos
E o segredo, você deve estar perguntando. Qual é o grande segredo da maçonaria, aquele que aguçou séculos de curiosidade? "O segredo consiste de rituais e códigos. São apenas algumas palavras", diz Andrew Prescott, da Universidade de Sheffield. O negócio é que os maçons cultivam com cuidado o silêncio. Quem já viu um texto maçônico sabe disso. As frases tem abreviações aparentemente indecifráveis. Mas a coisa até que é simples. Algumas palavras são reduzidas a sílabas e acrescidas dos 3 pontos em forma de delta – o mesmo símbolo que aparece ao lado da assinatura de um maçom. Loj é Loja; Ir é irmão, como os maçons se referem uns aos outros; Prof é profano, ou seja, quem não é da maçonaria. Há palavras reduzidas às iniciais e duplicadas em caso de plural. VVig quer dizer vigilantes; AApr , aprendizes. G A D U é o Grande Arquiteto do Universo. Também é comum ver inscrições que devem ser lidas da direita para a esquerda, numa referência ao alfabeto hebraico. MOCAM, por exemplo, quer dizer "maçom".



Existem ainda toques e sinais para quem é da maçonaria. E esses são os mais secretos. No aperto de mãos, por exemplo, maçons se reconheceriam ao encostar o indicador no punho de quem está sendo cumprimentado. Outro sinal para identificação fora dos templos seria passar a mão pelo cabelo, virando-a durante o movimento. E como durante as cerimônias os maçons devem estar sempre eretos, uma maneira de se comunicar em lugares públicos é endireitar a coluna e colocar os pés em forma de esquadro. O abraço maçônico, presente em vários rituais, consiste em colocar um braço por cima e outro por baixo, em "X", bater 3 vezes nas costas e trocar de posição outras 3 vezes.
Outra corrente de pesquisadores afirma que o segredo maçônico é uma coisa íntima, que nasce no fundo do coração de cada maçom. Afinal, se para os que estão do lado de fora a maçonaria é uma organização com forte inclinação para a política, para os que estão do lado de dentro tão ou mais importante é o conhecimento intelectual. "O segredo é uma espécie de viagem espiritual que o iniciado faz e que dificilmente poderia exprimir-se com palavras. É algo que o maçom guarda para si. Quanto mais velho, mais volumoso é o seu segredo, composto dos resquícios de suas experiências de vida", diz Jesus Hortal, reitor da PUC-RJ, em seu livro Maçonaria e Igreja.
Tantas hipóteses para explicar qual seria o mistério maçônico fez surgir até o grupo dos céticos. Gente como o filósofo John Locke, que sugeriu que o grande segredo guardado pela maçonaria é que não existe segredo nenhum. O que, cá entre nós, seria uma revelação de proporções nada desprezíveis. "Mesmo que a inexistência de algum segredo seja o grande segredo maçônico, não é uma pequena proeza manter isso em segredo", afirmou Locke.

A maçonaria manda no mundo?
Andrew Prescott e Jasper Ridley integram o time de historiadores que defendem a tese de que a influência da maçonaria nos rumos da história foi superestimada ao longo dos tempos. Do outro lado, a lista dos que apontaram o dedo para a maçonaria é grande. Inclui praticamente todos os papas que passaram pelo Vaticano nos últimos 300 anos; o general Franco, ditador da Espanha, escreveu um livro sob o pseudônimo de J. Boor em que acusava os maçons de serem responsáveis pela decadência da sociedade espanhola;



e Adolf Hitler, que promoveu exposições de "arte antimaçônica" e afirmou que a ordem secreta sucumbira aos interesses judaicos – a fonte da acusação pode estar nos Protocolos dos Sábios de Sião, livro sagrado do anti-semitismo no século 20, que usou documentos falsos para "comprovar" a existência de uma conspiração judaica e afirmar que a maçonaria era um dos instrumentos à disposição dos judeus.
Desde a virada do século 20, no entanto, é proibido em sessões maçônicas falar de política e religião (futebol vale). Como a maçonaria não tem um corpo único – cada país é autônomo e existem diversas dissidências – a decisão não vale para todas as pessoas que se dizem maçons. Mas, na prática, a mudança deixou os encontros maçônicos bem menos agitados do que nos tempos em que reunia revolucionários como Simón Bolívar. Coincidência ou não, desde a proibição as histórias (e os boatos) envolvendo a maçonaria rarearam – a última vez que alguém lembrou de citar a ordem como possível culpada em algum grande mistério foi na morte de João Paulo 1o, em 1978, que supostamente teria descoberto ramificações da fraternidade dentro do Vaticano e por isso acabou assassinado após 33 dias de pontificado. Em outros tempos, certamente alguém afirmaria que eventos como a Guerra do Iraque, os atentados em Londres ou a convulsão do Ronaldinho às vésperas da final da Copa da França haviam sido tramados pela maçonaria. Seria esse ocasião da ordem na lista de grandes conspiradores mundiais um sinal de que a poderosa organização secreta está perdendo a força? Muitos estudiosos acreditam que sim. "Atualmente, a maçonaria mais parece uma tentativa por parte de homens bem-intencionados, na maioria brancos e velhos, de entender o sentido da vida", afirma o historiador americano H. Paul Jeffers, autor de Freemasons ("Maçons", sem versão brasileira).
O que não quer dizer que seus integrantes tenham se afastado do poder. Muitos maçons brasileiros adoram listar pessoas importantes que integram a ordem. São empresários, policiais de alta patente, políticos, juízes. Todos unidos pelo compromisso de ajuda mútua – irmão que é irmão nunca deixa outro na mão. Atualmente, por exemplo, circula entre os maçons paulistas a história de um julgamento recente, parte de um escândalo nacional, que caminhava para a condenação do réu e mudou de rumo após telefonemas entre altos membros do tribunal. Advogados, juízes e o acusado eram iniciados da ordem.
Casos assim são freqüentemente ouvidos, ainda que na maioria das vezes em tom de boato. E preocupam muita gente. Por mais que os integrantes da maçonaria sejam gente da mais fina estirpe e dotados das melhores intenções, será que têm condições de abandonar os valores e pactos da fraternidade na hora de exercer cargos na sociedade pública? Entre os que acham que não estão os líderes da campanha britânica, encampada por setores do Partido Trabalhista, para que todos os maçons sejam obrigados a se revelar como tal – e eventualmente proibidos de trabalhar na polícia e na Justiça. Assim, evitariam ter a chance de auxiliar amigos em situação delicada. "Os críticos fazem acusações como se integrar a maçonaria fosse muito diferente de ser sócio de um clube de golfe", diz Andrew Prescott, da Universidade de Sheffield, para quem a campanha é um exagero. Pode até ser. Mas será que há mesmo um clube de golfe metido em tantas histórias, revoluções e rituais misteriosos? Se existir, vive em segredo.

Para quem adora escrever sobre os cavaleiros templários, teorias da conspiração e Vaticano, a maçonaria é um prato cheio. Não chega a ser surpresa, portanto, que o escritor Dan Brown tenha prometido voltar os olhos para a organização secreta em seu próximo livro. O autor de O Código da Vinci afirmou que a obra deve se chamar The Solomon Key ("A Chave de Salomão") e ter a ação em solo americano. O ponto de partida para o professor Robert Langdon, especula-se, seria Washington e sua arquitetura supostamente repleta de símbolos maçônicos. Veja abaixo por onde a trama de Brown pode passar.




Washington Family Portrait
O quadro de Edward Savage (abaixo) mostra 3 integrantes da família Washington reunidos ao redor de um mapa da cidade. Todos apontam para o plano, formando com os dedos uma misteriosa área triangular. No canto da imagem, o neto de Washington segura um compasso – símbolo maçônico – sobre o globo terrestre. Dá até para imaginar Langdon observando o quadro, exposto na National Gallery of Art.

Monumento a Washington
A idéia original era colocar aqui os restos mortais de George Washington, mas a família do ex-presidente vetou o plano. A pedra fundamental do monumento foi lançada pelo grão-mestre da maçonaria na cidade, em 1848. A história do obelisco está, indiretamente, ligada ao Vaticano: uma pedra de mármore foi doada pelo papa Pio 9o para sua construção. Mas o bloco foi roubado e sua localização até hoje é desconhecida.

Avenida Pennsylvania
Alguns especialistas afirmam existir um alinhamento da avenida, no trecho entre a Casa Branca e o Capitólio, com a estrela Sirius, que é associada à deusa Ísis, do Egito antigo. Pode estar aí um dos elementos do sagrado feminino de que Brown tanto falou em O Código da Vinci.


Compasso entre Capitólio, Casa Branca e Memorial a Jefferson
Muita gente vê no mapa da cidade um compasso com a cabeça no Capitólio e cada uma das pernas na direção da Casa Branca e do Memorial a Jefferson. "É possível aplicar esse desenho triangular a qualquer mapa e fazê-lo funcionar. O que não quer dizer que ele estava previsto no plano original da cidade", diz Paul Dolinsky, chefe do órgão do governo americano responsável pelo patrimônio arquitetônico do país.

Amadeus Mozart
O compositor era bastante ativo numa das lojas de Viena. Compôs pelo menos 8 canções para a ordem e colocou tantos símbolos maçônicos em A Flauta Mágicaque a ópera chegou a ser descrita como um "livreto de propaganda pró-maçonaria".

Jânio Quadros
É o único presidente na história do Brasil comprovadamente maçom – apesar deFHC também ser freqüentemente apontado como membro da ordem. Fotos do maçom Jânio decoram a ante-sala do grão-mestre da principal loja de SP.

Simón Bolívar
Ícone da independência sul-americana, o venezuelano freqüentava a loja maçônica Lautaro, conhecida pelo discurso antiespanhol. Revolucionários como San Martín e Bernardo O’Higgins também participavam das sessões .

Harry Truman
Antes de ocupar a Presidência americana durante a 2º Guerra Mundial e autorizar o lançamento das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, foi grão-mestre da maçonaria no Missouri, seu estado natal.

D. Pedro I
O imperador teve uma relação de amor e ódio com a maçonaria. Sua passagem pela ordem durou 3 meses. Tempo suficiente para ele ser iniciado, ascender a grão-mestre e então proibir todas as atividades maçônicas no Brasil.

Benjamin Franklin
Cientista e ativista político americano, usou seus contatos nas maçonarias da França e da Inglaterra para conseguir apoio à causa da independência dos EUA, da qual foi um dos principais líderes.


1. De peito aberto
Com os olhos vendados o iniciado é levado ao templo por um maçom que vai acompanhá-lo durante toda a cerimônia. Ele deverá ter nus a perna direita, até a altura do joelho, e também o lado esquerdo do peito – a origem desse costume seria uma tentativa de se certificar que não se trata de uma mulher.

2. 360o
Antes de começar a iniciação, o candidato é girado em torno de si para perder o senso de direção. A seguir, começa a cumprir as provas que representam a passagem por fogo, água, ar e terra. Numa delas, ouve espadas tinindo ao redor do templo.

3. Montanha-russa
O iniciado encontra obstáculos: uma gangorra onde sobe sem saber que está prestes a cair. Ou uma almofada de pregos em que é convidado a descansar – os metais serão retirados poucos antes de ele sentar. A idéia é testar sua confiança. Depois, é levado para uma pia, onde se purifica lavando as mãos, e é incensado 3 vezes.

4. Batismo de sangue
O iniciando se compromete ao sacrifício pela pátria, pela humanidade e pela ordem. O venerável mestre então manda imprimir em seu peito uma marca que o tornará reconhecível para todos os maçons – na verdade, aproxima da pele um pedaço de ferro aquecido que transmite a sensação de calor.

5. Sim ou não
Após se comprometer a guardar em segredo tudo que escutar e a fazer caridade, o iniciado deixa o templo para os maçons decidirem se o aceitarão. Em caso positivo, o rito segue. Com um compasso numa mão e a outra sobre a Bíblia, o iniciado faz um juramento. O mestre diz: "De hoje em diante,estais ligado para sempre à nossa ordem".

6. Faz-se a luz
Mais uma vez o iniciado sai da sala. Quando volta, encontra o templo às escuras e todas as espadas apontadas para ele. Só um sustinho. As luzes são acesas e, com uma espada sobre a cabeça, o iniciado recebe o avental de aprendiz e ouve a revelação dos segredos como toques, palavras e sinais. Está para sempre na maçonaria.



COMPASSO
O instrumento que desenha círculos perfeitos significa a busca pela perfeição. É o símbolo do raciocínio maçônico.

ESQUADRO
Seu ângulo reto mostra como o homem deve levar uma vida honesta. Ao lado do compasso, representa a união de idéias e ações.

AVENTAL
Lembra que todo homem nasceu para o trabalho e que um maçom deve trabalhar insistentemente para a descoberta da verdade e melhora da humanidade.

TRÊS PONTOS
Tem várias interpretações reconhecidas. Lembra o místico delta, faz referência ao tripé liberdade, igualdade e fraternidade e às qualidades indispensáveis ao maçom: amor, vontade e inteligência.

COLUNAS
Um templo deve ter 12, para lembrar os 12 signos do zodíaco.

Templários
A ordem com sede no templo de Jerusalém foi criada após a Primeira Cruzada para proteger peregrinos. Vitaminada por doações de nobres, ganhou poder a ponto de incomodar o rei da França e o papa. Juntos, eles tramaram para mandar os templários para as fogueiras da Inquisição.



Iluminati
Fundada em 1776, pretendia se infiltrar nos governos para controlar decisões nacionais. A ambição gerou perseguição feroz e em menos de 10 anos a sociedade estava praticamente exterminada.

Rosacruz
A ordem que prega a tolerância religiosa fez muito sucesso com os intelectuais do século 17. Seus rituais e sinais secretos têm seguidores até hoje.

Skull and Bones
Para muitos, é a mais poderosa sociedade secreta atual. Aceita apenas alunos da Universidade Yale, uma das mais elitizadas dos EUA. Entre seus integrantes estão George W. Bush, seu adversário nas últimas eleições John Kerry, ministros da Suprema Corte ealguns dos mais influentes empresários do país.

A Maçonaria - Ralph Beck, Planeta, 2005
Freemasons - H. Paul Jeffers, EUA, 2005
Maçonaria e Igreja Católica - Benimeli, Caprile e Alberton, Paulus, 2003
The Freemasons - Jasper Ridley, EUA, 2001
A Ação Secreta da Maçonaria na Política Mundial - José Castellani, Landmark, 2001

www.gob.org.br - Site do Grande Oriente do Brasil

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...