terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Caio Fábio pode ser chamado para depor sobre Lula, na operação Lava Jato

Caio FábioCaio Fábio
Nesta sexta-feira (8), o site O Antagonista informou que integrantes do Ministério Público Federal (MPF) poderão chamar o pastor Caio Fábio para depor no âmbito da operação Lava Jato caso o acordo de delação do ex-ministro do PT, Antonio Palocci avance.
Em 2015, o pastor afirmou que o ex-ditador líbio Muamar Kadafi teria um total de US$ 35 milhões para repassara o ex-presidente Lula.
A notícia vem após a revista Veja revelar, em sua edição desta semana, um trecho da delação de Palocci, afirmando que Lula teria recebido US$ 1 milhão de Kadafi para sua campanha eleitoral em 2002. Lula foi o vencedor do pleito naquele ano.
No vídeo abaixo, o pastor Caio Fábio detalha suas relações com o ex-presidente Lula com quem conviveu por 10 anos. De acordo com o pastor, Lula disse que tinha US$ 35 milhões dados por Kadafi que precisavam ser trazidos para o Brasil, e que para isso precisaria de sua ajuda.
Ele afirmou ainda que o ex-presidente lhe pediu um dossiê contra políticos do PSDB, chamado de “Dossiê Cayman”. O documento acabou sendo provado como falso. Em maio de 2017, o pastor Caio Fabio chegou a ser detido devido ao documento, mas foi solto alguns dias depois.
Muamar Kadafi governou a Líbia por 41 anos até ser capturado, em 2011, e morto. Sua prisão aconteceu durante a Primavera Árabe, uma onda de manifestações e protestos no Oriente Médio e norte da África.
Veja o vídeo:
Fonte: Pleno News

Netos adotados de Edir Macedo rebatem acusação de tráfico de crianças contra Igreja Universal

Louis Carlos de Andrade e Vera de Andrade, filhos adotivos de Viviane Freitas, filha de Edir Macedo, líder da IURD
Louis Carlos de Andrade e Vera de Andrade, filhos adotivos de Viviane Freitas, filha de Edir Macedo, líder da IURD
Após a emissora portuguesa TVI anunciar a exibição de uma série de reportagem que acusa a Igreja Universal do Reino de Deus de criar uma rede de adoções ilegais de crianças (assista ao primeiro episódio da TVI no final desta matéria), os netos adotivos do bispo Edir Macedo se pronunciaram em vídeo.
O conteúdo foi divulgado através do canal oficial da Igreja Universal no YouTube. No vídeo, Louis Carlos de Andrade e Vera de Andrade, filhos adotivos de Viviane Freitas, criticam a reportagem: “Não é justo o que estão fazendo com a gente, queremos direito de resposta”.
Em material de divulgação da série O segredo dos Deuses, que estreia nesta segunda-feira (11), a TVI afirma que a adoção dos irmãos teria origem no esquema de tráfico de crianças, nos anos 1990.
No vídeo, Louis Carlos de Andrade afirma que eles estão emocionalmente abalados com a recente perda de um irmão, falecido em decorrência de problemas cardíacos, e critica a postura da rede televisiva portuguesa: “Estamos emocionalmente abalados e a TVI está dizendo coisas à nosso respeito que não são verdadeiras. Estão dizendo que nós fomos raptados pela cúpula da Igreja Universal, mas nós não fomos raptados”, afirma o neto adotivo de Edir Macedo.
“Nós fomos adotados de forma legal por uma família norte-americana e vivemos até os nossos 20 anos com essa família nos Estados Unidos”, continua Louis, afirmando que os irmãos possuem dupla cidadania, norte-americana e portuguesa. “Fomos acolhidos por uma família que nos ama e vivemos muito bem com eles. Queremos dizer à TVI que não é justo, de forma nenhuma, o que eles estão fazendo conosco. E queremos o direito de resposta a vocês”, diz o rapaz.
No vídeo, Vera de Andrade continua a fala do irmão: “Em Portugal existem três entidades de credibilidade: a Santa Casa de Misericórdia, o Tribunal de Família de Lisboa e a Segurança Social. E essas três entidades autorizaram a nossa adoção. Fizeram uma reportagem sem abordar esses três e sem verificar estes processos. E, ainda, basearam a vossa reportagem em fatos que não são verdadeiros”. Ela ainda apresenta os passaportes e afirma que a equipe de reportagem deveria checar a legalidade dos irmãos com a embaixada norte-americana.
“Não é justo o que estão fazendo com a gente. Pelo menos deveriam nos respeitar e, com certeza, o jornalismo da TVI perdeu qualquer credibilidade. Quero dizer, como cidadã portuguesa, que eu vou exigir o meu direito, por me sentir lesada, e, desde já, eu e meu irmão proibimos que a nossa imagem ou nome seja divulgado na TV ou em qualquer outro meio social”, afirma Vera.
Assista ao depoimento dos irmãos:
Denúncia
A emissora de televisão TVI, de Portugal anunciou a exibição da série de reportagens O segredo dos Deuses, com dez matérias, a partir desta segunda-feira. O material, baseado em um processo de pesquisa de sete meses, com dez mil documentos e 40 processos consultados, denuncia uma rede de adoções ilegais que levaria crianças portuguesas para outros países pelos bispos e pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo há 40 anos.
Segundo a reportagem, o mecanismo para o tráfico era o Lar Universal, mantido pela Igreja Universal de Lisboa, nos anos 1990. Os abrigos receberiam crianças roubadas de famílias em situação financeira difícil que seriam adotadas, irregularmente, por bispos e pastores da igreja. Segundo Alexandra Borges e Judite França, jornalistas responsáveis da série, casos diversos serão noticiados nas reportagens.

Assista ao primeiro episódio da série O Segredo dos Deuses:
Fonte: Diário de Pernambuco

domingo, 10 de dezembro de 2017

Pastor diz que igreja está aberta para Naldo, se ele quiser

Naldo Benny e sua esposa Ellen CardosoJaime Soares, pastor da Assembleia de Deus de Bonsucesso, igreja da Zona Norte do Rio que era frequentada por Naldo Benny desde antes da fama, disse que o templo está aberto para o artista, que prometeu procurar um retiro espiritual, após ordem da Justiça para deixar a casa em que mora.
O cantor é acusado de ter agredido a mulher, Ellen Cardoso, a Mulher Moranguinho, no último sábado com socos, tapas, puxões de cabelo e a até um golpe dado com uma garrafa.
— Se ele comparecer ao culto ou me procurar vou recomendar que peça perdão não apenas à sua mulher, mas a todas as pessoas que ele decepcionou com sua atitude, inclusive os seus milhares de fãs — disse o pastor.
Para Jaime Soares, que não sabia da intenção do cantor, noticiada pelo jornal “O Dia” na edição desta sexta-feira, o desejo de buscar um retiro espiritual mostra que ele está disposto a reparar em orações o que fez, através de um pedido de perdão a Deus.
O retiro, segundo o religioso, não precisa necessariamente ser num templo. Pode ser em qualquer local, inclusive em casa, desde que a pessoa reserve um tempo para isso. A duração também quem determina é a pessoa.
Nascido na Vila do João, no Complexo da Maré, Naldo frequentou uma igreja da mesma congregação, dentro da favela, levado pelos pais quando criança. Somente depois de adulto é que passou a ir aos cultos do templo de Bonsucesso. Mas, com a fama as idas eram cada vez mais esporádicas, segundo o pastor. A última vez que ele esteve no local, foi em 18 de maio de 2015 quando, acompanhado da mulher, levou a filha do casal para ser apresentada, durante cerimônia religiosa.
Jaime Soares contou que desde então não tinha tido mais contatos com o cantor e que, coincidentemente, resolveu ligar para ele no dia da prisão, depois de se encontrar com uma irmã do artista, que continua frequentando a igreja. Durante a conversa rápida Naldo pediu apenas que o pastor orasse por ele, mas omitiu que estava preso.
— Ele falou “Pastor ore por mim, que estou com um problema” e disse que me contaria depois, mas até agora não me ligou — afirmou o pastor que soube da prisão no mesmo dia, por um frequentador da igreja que sabia de sua proximidade com Naldo.
O pastor considerou normal o desejo de Naldo de fazer um retiro espiritual. E destacou ainda que o cantor é uma pessoa do bem:
— Se ele está com essa intenção é porque isso foi plantado por Deus. Ele é uma pessoa boa. Não é um desqualificado, gosta de ajudar os necessitados. Não conversei com ele ( sobre a agressão) mas ele deve ter tido uma crise de ciúmes que o levou a esse ato insano.
Na quinta-feira, o cantor divulgou vídeos, nos quais aparece chorando e se dizendo arrependido: “Quero incansavelmente pedir perdão a minha mulher. Eu amo muito a minha mulher. Quem me conhece sabe o cara de bem que eu sou. O quanto estou buscando me cuidar com profissionais, com situações que ela mesma falava para mim. Estou aqui morrendo de saudade da minha filha, da minha mulher.”
Apresentações canceladas
No dia seguinte à prisão, Naldo teve canceladas duas apresentações que faria no reveillon do Rio. Uma delas foi a festa organizada pela Prefeitura do Rio, na Praia de Copacabana. O cantor também não se apresentará mais no Reveillon Celebrare, no Clube Monte Líbano, na Lagoa. A assessoria de imprensa do evento informou que a decisão foi tomada de forma amigável entre a produção da festa e a do artista.
“Uma das grandes características do nosso reveillon e acima de tudo a nossa bandeira é o respeito ao próximo e diversão garantida. Sendo assim não caberia sua participação diante de tudo o que aconteceu e que está sendo noticiado”, diz a nota.
Fonte: Extra

Deezer apresenta a história de vida de Adhemar de Campos

Adhemar de Campos
Adhemar de Campos
A Deezer, streaming de música global, lançou nesta quarta-feira, 6, o segundo episódio do Deezer Legends, projeto que consiste em apresentar a história de ícones da cena musical gospel e seu trabalho como ministro, em forma de vídeo.  Desta vez, a homenagem é para o pastor, cantor e compositor Adhemar de Campos.
No segundo episódio do Lendas da Deezer, a plataforma apresenta a trajetória de Adhemar Campos, um dos pioneiros dentro da música gospel no país e foi um dos primeiros produtores de cânticos congregacionais  do Brasil. Ele foi responsável por introduzir e mixar estilos e sonoridades diferentes na música cristã, como na música “Fonte De Água Viva” com influência de tambores africanos. O ministro possui mais 40 mil fãs na plataforma e suas músicas mais ouvidas recentemente na Deezer são “O Nome De Jesus”, “Ele É Exaltado” e “Pela Fé”.
Com depoimentos do Pastor Carlos Alberto, do vocalista e guitarrista Juninho Afram da banda Oficina G3, dos cantores Paulo César Baruk e Mauro Henrique e da cantora Soraya Moraes, o documentário evidencia o percurso de vanguarda do pastor que transformou a experiência da música cristã em referência para os jovens com os cultos realizados no CPP (Centro Professorado Paulista).
“É um ser humano como todos nós, imperfeito como todos nós somos. Mas ele sempre passa esse temor do que é servir um Deus que é perfeito apesar de todas as nossas imperfeições.”, resume Paulo César Baruk sobre o homenageado Adhemar de Campos.
“Ir todas as segundas-feiras no Centro de Professorado Paulista não era só um entretenimento, um passeio, um passeio, era um aprendizado. E aí que eu comecei também a me desprender, a compor de uma maneira mais livre, mais autêntica, sincera.”, afirma a cantora Soraya de Moraes sobre os encontros promovidos por Adhemar.
O projeto Deezer Legends é uma iniciativa pioneira dentro do universo digital, que consiste em documentários sobre grandes nomes da música gospel brasileira. Por meio da fotografia de grandes lendas do gênero, suas origens, influências e importância nos seus ministérios, projeto tem como objetivo contar um pouco da história da música gospel no país.
“O Deezer Legends é um trabalho único e muito emocionante. Resgatar a história e influência de ministros como o Adhemar e ter pessoas como o Baruk e a Soraya falando sobre como foram influenciados é como respirar música duas vezes. Na Deezer realmente somos apaixonados por música, e ser responsável pela idealização e realização desse trabalho é uma honra.”, conclui Lincoln Baena, editor de música cristã na Deezer.
Autor de mais de 600 músicas, o músico, compositor e pastor da Igreja Comunidade da Graça, Adhemar de Campos, é casado com Aurora e juntos têm três filhos: Rodrigo, Mariana e Juliana, todos envolvidos com música e pedagogia. Muitas de suas músicas são cantadas nas igrejas evangélicas há várias décadas. São 43 anos compondo músicas cristãs de qualidade inspiradas, segundo ele, em Deus – “a fonte inesgotável”. Em 1985 gravou seu primeiro LP e, em 1987, foi pioneiro ao gravar ao vivo músicas cristãs. Hoje conta com mais de 25 álbuns gravados e um DVD comemorativo dos 30 anos de seu trabalho, segundo o site oficial do músico.
Confira o vídeo com os detalhes do legado de Adhemar de Campos:
Fonte: Deezer – JeffreyGroup Brasil

Justiça autoriza demolição de templo da Assembleia de Deus no RS

Martelo da Justiça
Martelo da Justiça
A 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul manteve sentença que determinou a demolição de um templo da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, construído de forma irregular na Comarca de Bento Gonçalves, na Serra gaúcha.
A decisão foi baseada na existência do “poder de polícia” da prefeitura, segundo o qual a construção de um prédio em desconformidade com a licença concedida pelo Poder Público e as posturas municipais permite que a prefeitura embargue a obra e até derrube o prédio e baseado na Constituição, que diz que é do município a competência para promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle da ocupação do solo urbano.
O município afirmou que o prédio desrespeita o projeto aprovado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ipurb). Disse que, após a denúncia, a igreja recebeu um auto-de-infração, mas o ignorou, deixando de regularizar a obra. Como a omissão, segundo a prefeitura, coloca em risco a segurança e o bem-estar dos que participarão dos cultos, foi pedida a demolição da obra.
Citada pela Justiça, a igreja informou que estava contratando um novo engenheiro para promover a regularização da obra, pedindo prazo de 60 dias.
Sentença procedente
A juíza Romani Dalcin, da 2ª Vara Cível da comarca, disse que a igreja não fez as adequações no projeto em tempo hábil. E que, depois de conseguir mais prazo, apresentou um novo projeto sem sanar as irregularidades apontadas pelo Ipurb (altura em desacordo com a construção licenciada, invasão de recuos laterais, vagas de estacionamento faltantes e largura da escada de acesso inferior à exigida). Assim, decidiu que a construção coloca em risco a integridade física de diversas pessoas.
Conforme a sentença, o direito de construir está vinculado à observância de normas e regulamentos emanados dos poderes públicos.
O relator do recurso no TJ-RS, desembargador Miguel Ângelo da Silva, considerou “absolutamente inviável” acolher o pedido subsidiário de permitir à igreja apresentar um novo projeto para regularização da obra, já que tal solução já foi disponibilizada pelo município no decorrer do processo.
“Entretanto, a ora apelante [igreja] apresentou projeto de readequação em 2011, o qual acabou arquivado administrativamente em 2015, sem nenhuma manifestação ulterior da demandada durante quatro anos, mesmo após instada por diversos despachos da administração [município], solicitando correções do seu projeto”, criticou o desembargador.
Clique aqui para ler a sentença.
Clique aqui para ler o acórdão.

Cantor gospel é eletrocutado enquanto ajudava na instalação de som em igreja


Cantor foi eletrocutado enquanto instalava som (Foto: Reprodução/Facebook)O cantor gospel Danilo Alves Varanda, de 24 anos, morreu após levar um choque enquanto instalava o som para a apresentação dele em uma igreja de Jaú do Tocantins, no sul do estado. O local estava lotado de fiéis que aguardavam o início do culto. Danilo chegou a ser socorrido com vida, mas morreu a caminho do hospital.
De acordo com a Polícia Militar, um dos fiéis percebeu o acidente e tirou o fio da tomada. Amigos informaram ao G1 que Danilo chegou a conversar um pouco e disse que não estava se sentindo muito bem. Uma ambulância foi chamada para levá-lo ao Hospital Regional de Gurupi. A suspeita é que ele tenha sofrido uma parada cardíaca em função do choque.
O acidente foi na noite de sexta-feira (8). O cantor também trabalhava como funcionário público em São Valério do Tocantins e estava em Jaú para participar de um congresso de jovens da Assembleia de Deus. O evento foi cancelado após o caso.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Os judeus "roubaram" a terra dos palestinos?


Nos dias atuais, o povo judeu está na Terra Prometida graças ao decreto divino e a muito sangue, suor e lágrimas. Apesar da propaganda árabe alegar que os judeus “roubaram” a terra dos palestinos, a verdade dos fatos mostra que os judeus, além de não roubarem a terra, compraram-na legalmente dos proprietários muçulmanos que não davam valor à terra nem a queriam mais. Os turco-otomanos saquearam e pilharam a terra, mas os pioneiros judeus lhe restauraram a vida. A história comprova que aquela terra só floresce e frutifica quando o povo de Deus está de posse dela.
Nos dias atuais, o povo judeu está na Terra Prometida graças ao decreto divino e a muito sangue, suor e lágrimas.
O Império Otomano se estabeleceu no século XIII e sua influência se estendeu sobre a Terra Santa em 1516, quando o Império Turco, sob o comando do sultão Salim al-Yavuz derrotou e expulsou os mamelucos que dominavam aquele território e o Egito desde 1270.[1]
Os otomanos, que apesar de não serem árabes professavam a fé islâmica, dividiram aquele território recentemente anexado ao seu império em quatro sanjaks(termo turco que significa “estandarte” ou “bandeira”).[2] Eram eles: Jerusalém, Gaza, Nablus e Safed. Cadasanjak se constituía numa entidade organizacional, militar, econômica e jurídica.[3] Contudo, aquela terra viveu em estado de miséria sob o governo otomano.
Os primeiros três séculos de domínio otomano isolaram a Palestina da influência externa [...] O sistema tributário otomano foi nocivo e muito contribuiu para que a terra continuasse subdesenvolvida e sua população permanecesse pequena. Quando [o historiador] Alexander W. Kinglake atravessou o rio Jordão nos idos de 1834-1835, utilizou a única ponte que havia sobre o Jordão, uma antiguidade romana que sobreviveu.[4]
No entanto, apesar de toda sorte de privações, um remanescente do povo judeu sempre permaneceu na terra.
Mesmo depois da destruição do Estado judeu pelos romanos, comunidades judaicas continuavam a existir. Vez por outra, todos os governos subseqüentes tentaram eliminar os judeus, porém nenhum deles conseguiu, segundo comprovam vários relatos no decorrer dos séculos. No século XIX, quando iniciaram o atual “retorno” àEretz Yisrael [N. do T.: do hebraico “Terra de Israel”], os sionistas se juntaram aos judeus que nunca deixaram a terra.[5]
Os judeus foram perseguidos impiedosamente pelos turcos e tiveram que pagar tributos conforme índices que equivaliam à extorsão. Em seu extraordinário livro, intitulado From Time Immemorial [i.e., “Desde Tempos Imemoriais”], Joan Peters citou frases de alguns cristãos que visitaram a importante cidade judaica de Safed no século XVII. Eles declararam: “os judeus pagam pelo próprio ar que respiram”.[6] Contudo, a senhora Peters escreveu: “na virada do século, a população judaica aumentara de 8-10 mil (em 1555) para algo entre 20-30 mil habitantes”.[7]
Entretanto, a situação deles era trágica pelo fato de que todos os não-muçulmanos eram oficialmente tolerados (num status de segunda classe denominado dhimmi), mas não eram considerados iguais perante a lei. Desse modo, o povo judeu não tinha direitos nem proteção sob a lei islâmica. E mais, eles estavam sujeitos a pagar tributos exorbitantes, a serem humilhados e, até mesmo, mortos – como a maioria deles foi – pelos cruéis muçulmanos.
Mustafá Kemal Ataturk, o herói nacional da Turquia. Ele fundou a atual República Turca a partir das cinzas do Império Otomano.
Em 1660, por exemplo, os judeus de Safed foram massacrados e a cidade foi destruída, apesar das aviltantes taxas e tributos que o povo judeu pagava. A senhora Peters escreveu que em 1674, “os judeus de Jerusalém foram igualmente empobrecidos pela opressão do regime turco-muçulmano”. Ela citou as seguintes palavras do padre jesuíta Michael Naud: “Eles [i.e., os judeus] preferem ser prisioneiros em Jerusalém a desfrutarem da liberdade que poderiam ter em outro lugar [...] O amor dos judeus pela Terra Santa [...] é inacreditável”.[8]
Um judeu que visitou a terra de Israel em 1847 escreveu o seguinte:
Eles [i.e., o povo judeu] não têm nenhuma proteção e estão à mercê de policiais e paxás (título dos governadores de províncias do Império Otomano) que os tratam do jeito que bem entendem [...] as suas propriedades [i.e., dos judeus] não estão à disposição deles e eles não ousam reclamar de algum dano sofrido por temerem a vingança dos árabes. A vida deles é precária e todos os dias correm o risco de morrer.[9]

Uma “Vastidão Deplorável”

Quando Mark Twain, o famoso escritor e humorista americano, visitou aquela terra em 1869, a descrição que fez da terra, então governada pelos muçulmanos turco-otomanos, estava muito distante de uma “terra que mana leite e mel”:
Nós atravessamos algumas milhas de um território abandonado cujo solo é bastante rico, mas que estava completamente entregue às ervas daninhas – uma vastidão deplorável e silenciosa [...] lagartos cinzentos, que se tornaram os herdeiros das ruínas, dos sepulcros e da desolação, entravam e saíam por entre as rochas ou paravam quietos para tomar sol. Onde a prosperidade reinou e sucumbiu; onde a glória resplandeceu e desvaneceu; onde a beleza habitou e foi embora; onde havia alegria e agora há tristeza; onde o esplendor da vida estava presente, onde silêncio e morte jaziam nos lugares altos, lá esse réptil faz a sua morada e zomba da vaidade humana.[10]
Em outro capítulo, Twain escreveu o seguinte:
Não há um único vilarejo em toda a sua extensão – nada num raio de trinta milhas em qualquer direção. Existem dois ou três agrupamentos de tendas de beduínos, mas não há sequer uma habitação permanente. Uma pessoa pode cavalgar dez milhas pelas redondezas sem conseguir ver dez seres humanos.
Uma das profecias se aplica a essa região: “Assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. Espalhar-vos-ei por entre as nações e desembainharei a espada atrás de vós; a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas” (Lv 26.32-33).
Nenhum ser humano que esteja aqui nas proximidades da deserta Ain Mellahah pode dizer que a profecia não se cumpriu.[11]
De fato, a desobediência do povo de Israel na Antiguidade trouxe desolação. Porém, a terra nem sempre foi assim. A Bíblia descreve a terra dada a Abraão, Isaque e Jacó como “uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel” (Êx 3.8). Deus prometera a Seu povo que eles seriam abençoados na seguinte condição: “Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno...” (Dt 28.1). Além disso, Deus advertiu que a desobediência deles lhes causaria o afastamento da Terra Prometida e que a própria terra ficaria desolada.
Entretanto, Deus também prometeu uma restauração:“Dias virão em que Jacó lançará raízes, florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo” (Is 27.6).A Palavra de Deus é categórica: a terra de Israel só gerará o fruto recompensador quando o povo que biblicamente lhe faz jus ao título e a quem pertence, estiver de posse dela. Do contrário, ficará sem cultivo, vazia e desolada.
O povo judeu alimenta dentro de si um anseio natural e intenso pela terra de Israel e por Jerusalém, sua amada cidade. O salmista compreendeu esse desejo singular, quase inexplicável, quando escreveu: “Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita” (Salmo 137.5).
Na realidade, o povo judeu alimenta dentro de si um anseio natural e intenso pela terra de Israel e por Jerusalém, sua amada cidade. O salmista compreendeu esse desejo singular, quase inexplicável, quando escreveu: “Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita” (Salmo 137.5).
Por outro lado, os conquistadores muçulmanos não tinham nenhum interesse nem amor pela terra que dominavam. A senhora Peters escreveu que embora aquele território tenha se tornado propriedade islâmica, os árabes que lá viviam “não tinham vontade nem experiência no trabalho agrícola; eles não tinham nenhum interesse ‘no trabalho duro’ nem no cultivo do solo”’.[12]
Hal Lindsey, em seu livro intitulado Everlasting Hatred [i.e., “Ódio Perpétuo”], fez a seguinte descrição da Terra Prometida sob o domínio dos turcos-otomanos:
A Terra Santa sofreu mais assolações nos quatrocentos anos de domínio turco-otomano do que nos mil e quinhentos anos anteriores. Por volta do século XIX, o antigo canal e os sistemas de irrigação foram destruídos. A terra estava estéril e cheia de brejos infestados de transmissores de malária. Os morros estavam completamente devastados, sem árvores e sem mata, de modo que toda a camada superior e arável do solo, bem como os terraços, já tinham sofrido erosão, restando somente a camada pedregosa.[13]
As coisas estavam tão ruins que a maioria dos muçulmanos ficou feliz por vender sua terra a qualquer pessoa que pudesse pagar os pesados impostos. Em 1901 foi instituído o Jewish National Fund [i.e., Fundo Nacional Judaico]. Esse fundo começou com a coleta de dinheiro no mundo todo, a fim de comprar a terra que estava nas mãos dos usurpadores muçulmanos e torná-la acessível à população judaica nativa e a muitos imigrantes judeus que quisessem fazer da Palestina – a antiga Terra Prometida – novamente o seu lar.
Golda Meir, que junto com seu marido foi uma das pioneiras a chegar àquela terra em 1921 e que, posteriormente, se tornou primeira-ministra de Israel, escreveu:
As únicas pessoas que talvez pudessem se encarregar do serviço de drenagem da região pantanosa do Emek [i.e., o vale de Jezreel] eram os pioneiros altamente motivados do movimento Sionistas Trabalhistas, que estavam preparados para recuperar a terra a despeito da dificuldade das circunstâncias e apesar do risco para a vida humana. Além do mais, eles estavam prontos a realizar aquela obra por si mesmos, em vez de empreendê-la através da contratação de trabalhadores árabes supervisionados por administradores agrícolas judeus.[14]

A falecida primeira-ministra de Israel, Golda Meir.

“Já estou muito cansada de ouvir alegações de que os judeus ‘roubaram’ a terra dos árabes na Palestina. A verdade dos fatos é bem diferente. Muito dinheiro de boa procedência foi dado em pagamento pela terra e a realidade é que muitos árabes ficaram riquíssimos. Naturalmente houve outras organizações [além do Jewish National Fund (JNF) – “Fundo Nacional Judaico”] e inúmeros indivíduos que também compraram extensões de terra. Entretanto, no ano de 1947, só o JNF – com o dinheiro arrecadado em milhões das famosas ‘caixas azuis’ que se enchiam – já havia comprado mais da metade de todas as propriedades rurais judaicas naquele país. Portanto, acabem ao menos com essa calúnia”. – Golda Meir, no livro My Life.
À medida que o povo judeu continuou na prática do aliyah (i.e, um termo hebraico que significa “subir”; imigração) a Israel, ficou evidente o seu amor pela terra. Eles adquiriram áreas estéreis assoladas e instalaram sistemas de irrigação; roçaram o terreno, retiraram as pedras e fizeram o plantio do solo. Além disso, drenaram vales pantanosos, brejos infestados de mosquitos, e os transformaram em terra fértil cultivada.
Há 40 anos atrás, quando os israelenses começaram a se mudar para a região de Gush Katif na Faixa de Gaza, os árabes lhes disseram que a terra era amaldiçoada e que nada podia ser colhido daquele solo. Contudo, recentemente, quando os israelenses foram obrigados a deixar aquele território em virtude da política governamental de retirada da Faixa de Gaza, eles já tinham transformado Gush Katif no celeiro de cereais de Israel. Na realidade, esses judeus conseguiram fazer ali o que sempre fizeram: levar o deserto a florescer.
Os turco-otomanos muçulmanos deixaram um legado de desolação. Porém, Deus prometera que a terra ficaria desolada até que Seu povo – os filhos de Abraão, Isaque e Jacó – retornassem a ela:
“Portanto, profetiza e dize: Assim diz o SENHORDeus: Visto que vos assolaram e procuraram abocar-vos de todos os lados, para que fôsseis possessão do resto das nações e andais em lábios paroleiros e na infâmia do povo [...] Portanto, assim diz o SENHORDeus: Certamente, no fogo do meu zelo, falei contra o resto das nações e contra todo o Edom. Eles se apropriaram da minha terra, com alegria de todo o coração e com menosprezo de alma, para despovoá-la e saqueá-la. Portanto, profetiza sobre a terra de Israel e dize aos montes e aos outeiros, às correntes e aos vales: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que falei no meu zelo e no meu furor, porque levastes sobre vós o opróbrio das nações. Portanto, assim diz o SENHOR Deus: Levantando eu a mão, jurei que as nações que estão ao redor de vós levem o seu opróbrio sobre si mesmas. Mas vós, ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel, o qual está prestes a vir” (Ez 36.3,5-8).
Apesar da opinião do mundo acerca de Israel ser predominantemente anti-semita, a Escritura Sagrada é muito clara: o Deus soberano do universo criou os céus e a terra (Gn 1.1). Ele também criou o povo judeu, como uma nação constituída que nunca existira anteriormente. Além disso, Ele prometeu aos judeus um bem imóvel [i.e., um território] que se localiza literalmente no centro do mundo. Israel é uma Terra Prometida a um Povo Escolhido. O relacionamento entre a terra e o povo é simbiótico, ou seja, eles podem existir como entidades distintas, mas somente juntos são capazes de cumprir plenamente tudo o que o Senhor Deus prometeu. (Thomas C. Simcox - Israel My Glory -http://www.beth-shalom.com.br)
Thomas C. Simcox é o diretor de The Friends of Israel no Nordeste dos Estados Unidos.
Notas:
  1. Hal Lindsey, The Everlasting Hatred: The Roots of Jihad, Murrieta, CA: Oracle House, 2002, p. 163.
  2. “Sanjak”, publicado no site http://en.wikipedia.org/wiki/Sanjak
  3. Haim Z’ew Hirschberg, “Israel, Land of: History”, publicado na Encyclopaedia Judaica, edição em CD-ROM, 1997.
  4. “Early History, Palestine History”, publicado no site www.palestinefacts.org
  5. Ibid.
  6. Joan Peters, From Time Immemorial (1984); reimpressão, Chicago: J. Kap Publishing, 1993, p. 178.
  7. Ibid.
  8. Ibid., p. 178-179.
  9. Ibid., p. 190-191.
  10. Mark Twain, Innocents Abroad, Electronic Text Center, Biblioteca da Universidade de Virginia, cap. 47, p. 489.
  11. Twain, cap. 46, p. 485.
  12. Ibid., p. 151.
  13. Lindsey, p. 167.
  14. Golda Meir, My Life, Londres: Futura Publications, 1976, p. 63.
As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores.

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...