sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A Sua Morte


       

Todos os quatro Evangelhos contribuem com detalhes sobre a morte do Senhor Jesus, e vamos incluí-los todos neste estudo, ou seja, esse texto de Mateus e também Marcos 15:25-37, Lucas 23:33-49 e João 19:19-30.
Destacamos alguns acontecimentos notáveis desde a crucificação até o momento em que o Senhor Jesus entregou o Seu espírito a Deus. São eles:

A inscrição sobre a cruz

Os condenados levavam ao pescoço, ou os soldados carregavam diante deles, uma placa inscrita com o seu nome, procedência, e o crime pelo qual foram condenados. Essa inscrição era colocada na cruz, em cima da sua cabeça.
A do Senhor Jesus foi escrita pelo próprio governador Pilatos, e tinha esses detalhes também, e cada evangelista nos dá alguns pormenores. Colocando todos juntos, lemos que a placa dizia: "ESTE É JESUS O NAZARENO, O REI DOS JUDEUS", escrito em hebraico, em grego e em latim, os três idiomas usados ali naquele tempo.
Foi Pilatos quem mandou colocar estes dizeres. A acusação que Ele declarava ser "o Cristo, um rei", tinha vindo da parte dos chefes dos sacerdotes e dos líderes religiosos (Lucas 23:2). Ele declarara ser rei num sentido espiritual apenas, mas eles usaram o sentido político para que fosse condenado por Pilatos.
Realmente o Senhor Jesus tinha direito ao trono de Israel não fora a ocupação estrangeira que a nação sofria, pois era descendente direto da casa real do rei Davi através de catorze gerações, conforme vemos na genealogia em Mateus 1: 6 a 17.
Agora pediram a Pilatos que corrigisse a placa para indicar que fora o Senhor Jesus que dissera que era rei. Mas Pilatos não quis mudar, dizendo "o que escrevi, escrevi" (João 19:22). Ele havia escrito por zombaria, mas era a verdade!

O escárnio

Logo após a crucificação, os Seus inimigos aproveitaram para o escarnecer:
  • os que passavam, meneavam suas cabeças desafiando-o para salvar-se a Si mesmo, e descer da cruz.
  • os principais dos sacerdotes, com os escribas, anciãos e fariseus comentavam entre si "salvou aos outros e não pode salvar-se a Si mesmo" e gritavam: "Ó Cristo, Rei de Israel, desça agora da cruz para que vejamos e acreditemos" e "Confiou em Deus; livre-o agora, se O ama, pois disse 'Sou Filho de Deus'".
  • os que com Ele foram crucificados também O injuriavam.
Mas Ele manteve silêncio, resolvido a não ceder a essas provocações, o que parece ter impressionado um dos ladrões, bem como o centurião que tudo observava.

A escuridão

Três evangelistas dão testemunho que houve trevas em toda aquela terra desde a hora sexta até a hora nona, ou seja, do meio dia até as três horas da tarde, quando normalmente o sol brilha com maior intensidade. Durante esse período o Senhor Jesus pagou a nossa dívida com sofrimento mental e físico indizível.

Os sete pronunciamentos de Cristo

1. "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34) - expressa o Seu perdão aos soldados que O crucificavam, ignorantes de Quem Ele era. Embora fizessem algo extremamente cruel, estavam apenas obedecendo ordens superiores. Pesava-lhes culpa, mas o Senhor os perdoou. Evidentemente não abrange os religiosos responsáveis pela Sua morte, pois eles sabiam quem era mas O rejeitaram por inveja.
2. "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lucas 23:43) - expressa a Sua redenção ao ladrão crucificado ao seu lado, pois havia demonstrado que cria nele, e aguardava a Sua volta, ressuscitado, para reinar no mundo. Ele não era um "bom ladrão", pois fora tão ruim como o outro do outro lado, mas se tornou num ladrão arrependido, crente, e portanto foi salvo. Em Sua resposta, o Senhor esclarece algumas coisas importantes para nós:
  1. Imediatamente após a morte, a alma vai para o seu destino.
  2. A salvação não depende de obras feitas depois: o ladrão estava morrendo.
    Da mesma forma, a salvação não depende da observação de ordenanças como batismo, Ceia do Senhor, etc.
  3. Não existe um lugar intermediário, como o purgatório, onde o crente terá que primeiro "purgar" os seus pecados.
3. "Mulher, eis aí o teu filho" e "Eis aí a tua mãe" (João 19:27) - expressam a Sua consideração para com a Sua mãe na carne, mesmo nesta hora difícil. O Senhor Jesus tornou-se responsável por Maria quando morreu o seu padrasto, José, pois era o mais velho dos filhos dela. Agora Ele ia deixá-la, cortando assim os seus laços familiares, devido à Sua morte física (Mateus 12:47-50). A Sua ressurreição iria limpar o nome dela diante do mundo, e salvar a sua reputação (provando a verdade do seu engravidamento pelo Espírito Santo), não obstante, como qualquer outro pecador, ela seria salva somente mediante a fé em Jesus Cristo o Filho de Deus, embora Ele fosse seu filho na carne.
É de se notar que Ele não a chama de "mãe", mas apenas de "mulher", assim como o fez nas bodas de Caná (capítulo 2:4). Mesmo nesta hora culminante da Sua missão, o Senhor não se esqueceu dela. O "
discípulo a quem Jesus amava" era o seu primo João, autor deste Evangelho. De todos os discípulos, ele é o único mencionado como estando presente, junto com as mulheres, por ocasião da crucificação do Senhor Jesus. Vendo em João um substituto competente e fiel, o Senhor transferiu para ele os seus laços familiares. Maria e João aceitaram o seu novo relacionamento, e João a levou para a sua casa, onde, ao que consta, ela ficou morando até morrer. Os outros filhos de Maria não constam como estando presentes, e provavelmente ainda não criam nele (capítulo 7:5), mas creram depois da Sua ressurreição (Atos 1:14).
4. "Eloí, lamá sabactáni" que, traduzido é: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Marcos 15:34, Mateus 27:46) - expressa a desolação de Jesus Cristo, separado do Seu Pai celeste por causa do pecado do mundo que Ele levava sobre a Sua inocente Pessoa. Esta exclamação foi feita às 15.00 quando terminaram as três horas de escuridão. São palavras profetizadas no Salmo 22:1-3, onde encontramos também a resposta "porém Tu és santo". Deus, em Sua santidade, não podia fazer qualquer concessão, ao contrário, em Sua justiça tinha que punir o Seu Filho que se oferecia como substituto pelos pecadores.
5. "Tenho sede" (João 19:28) - expressa Sua angústia física. O Senhor Jesus sofria em Seu corpo humano a grande desidratação devida à perda de sangue e suor. Em resposta a essa exclamação os soldados embeberam uma esponja com vinagre de uma vasilha que se encontrava ali e com um caniço de hissope a ergueram até os seus lábios. Desta vez não estava misturado com anestésico, e Ele bebeu "para que a Escritura se cumprisse" (Salmo 69:21). Essa profecia de Davi tem referência aos sofrimentos do Messias, prevendo o que haveria de acontecer.
6. "Está consumado" (João 19:30) - expressa a vitória realizada ao suportar todo aquele castigo sobre Si. Cristo Jesus tinha executado a obra que viera fazer na terra: redenção e expiação. Todo o preço tinha sido pago para resgatar os pecadores, e em seguida iria findar a Sua vida aqui na terra.
7. "Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito" (Lucas 23:46) - expressa o término da obra. Ele inclinou a cabeça e entregou Seu espírito, ou alma, a Deus. Como disse o Pregador, na morte, o pó volta à terra, como o era, e o espírito volta a Deus, que o deu (Eclesiastes 12:7). Sua morte foi voluntária, coisa que nenhum homem tem condições de fazer. O corpo ficou para o sepultamento e a ressurreição, que seriam executados correta e pontualmente a seguir.



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