quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Qual o significado do nome Pison em Genesis 2? É o nome de um rio?

A passagem se encontra em Gênesis 2,10-14: Um rio saía de Éden para regar o jardim e de lá se dividia formando quatro braços. O primeiro chama-se Pison; rodeia toda a terra de Hévila, onde há ouro; é puro o ouro dessa terra na qual se encontram o bdélio e a pedra de ônix. O segundo rio chama-se Geon: rodeia toda a terra de Cuch. O terceiro rio se chama Tigre: corre pelo oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates.

A descrição diz que de um rio, que saía do Éden (em hebraico gan Eden = "Jardim das delícias"), nasciam outros 4 rios. Pison, Geon, Tigre e Eufrates. A intenção dessas indicações não é a de indicar a localização do paraíso, mas sublinhar que toda a água que dá vida ao mundo vem do paraíso.

O Tigre e o Eufrates são muito conhecidos, nascendo nas montanhas da Turquia. Ambos os rios passam pela Síria e vão para o Iraque. Antes de entrar no Mar se unem. Esses rios dão vida à região conhecida na época bíblica como Mesopotamia. Os outros dois rios não são conhecidos.
Quando se fala do Rio Pison, é indicado Hévila. Conforme Gênesis 10,29 trata-se de uma região da Arábia.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

LIMPEZA DE PEDRAS , LIMPEZA PÓS OBRA , LIMPEZA PRÉ MUDANÇA , PINTOR , DESENTUPIDORA EM JAGUARIÚNA , HOLAMBRA , POSSE , PEDREIRA , AMPARO , ARTUR NOGUEIRA




ESTUDO SOBRE A ORIGEM DO PECADO - HAMARTIOLOGIA


I)  ETIMOLOGIA

1 – A palavra pecado ocorre cerca de 440 vezes no texto bíblico.

2 – Hamartiologia é um vocábulo que se deriva do grego HAMARTIA. Que significa pecado e LOGOS, que quer dizer estudo, tratado. Isto posto, Hamartiologia é o estudo sobre a Doutrina do pecado.

3 - A Doutrina do pecado é sumamente importante e deve merecer atenção especial de cada sincero estudante da Bíblia Sagrada. Se por quaisquer razões a negligenciar as verdades bíblicas concernentes ao pecado, deixarmos de possuir a verdadeira noção da Obra Redentora de Cristo.

4 – O pecado é uma das mais cruéis realidades do mundo que nos ródia e é em impossível ignorá-lo. Por causa do pecado, os homens padecem dores, enfermidades, angustias, condenação e morte. O pecado, afirmou um célebre pregador, “é a maior mancha do mundo”.
II) A ORIGEM DO PECADO

O problema do mal que há no mundo sempre foi considerado um dos mais profundos problemas da filosofia e da teologia. Os filósofos foram constrangidos a encarar o problema e a procurar resposta quanto á origem de todo o mal, e particularmente do mal moral, que há no mundo.
Outros, porém, estão convictos de que o mal teve uma origem voluntária, isto é, que se originou na livre escolha do homem, quer na existência atual, quer numa existência anterior. Estes se acha bem mais perto da verdade revelada na Palavra de Deus.

– O CONCEITO HISTÓRICO DA ORIGEM DO PECADO

Os mais antigos “pais da igreja”, assim chamados, não falam muito definidamente da origem do pecado, enquanto a idéia de que se originou na voluntária transgressão e queda de Adão no paraíso já se achava nos escritos de Irineu.

a) O GNOSTICISMO - Considerava o mal inerente á matéria e, como tal, produto do Demiurgo. O contato da alma com a matéria imediatamente a tornou pecaminosa
b) ORÍGENES – Procurou manter isso com a sua teoria do preexistencialismo. Segundo ele, as almas dos homens pecaram voluntariamente numa existência anterior e, portanto, entraram no mundo numa condição pecaminosa.

c) KANT – Este considerava o pecado como uma coisa pertencente á esfera supre-racional, que ele confessava não ter condições de explicar.

d) CONCEITO GERAL – Em geral os chamados pais da igreja grega, do terceiro e quarto séculos, mostrava certa inclinação para reduzir a ligação entre o pecado de Adão e o dos seus antecedentes, ao passo que os “pais” da igreja latina analisava cada vez com maior clareza que a atual condição pecaminosa do homem encontra a sua explicação na primeira transgressão de Adão no paraíso.
Concluímos este ponto, o pecado do homem está ligado á sua condição de criatura. A narrativa do paraíso apenas transmite ao homem a prazerosa informação de que ele não tem por que ser necessariamente um pecador

2 – O CONCEITO BÍBLICO DA ORÍGEM DO PECADO

Na Escritura, o mal moral existente no mundo transparece claramente como pecado, isto é, como transgressão da lei de Deus. Nela o homem sempre aparece como transgressor por natureza, e surge naturalmente a questão: como adquiriu ele essa natureza? Que diz a Bíblia sobre este ponto?

a) DEUS NÃO É O AUTOR DO PECADO: O decreto eterno de Deus evidentemente deu a certeza de entrada do pecado no mundo, mas não se pode interpretar isso de modo que faça de Deus a causa do pecado no sentido de ser Ele o seu autor responsável. Esta idéia é claramente excluída pela Escritura.
Ele é santo Deus, Is 6:3, e absolutamente não há falta de retidão nele, Dt 32:4; Sl 92:16. Ele não pode ser tentado pela mal, e Ele próprio não tenta a ninguém, Tg 1:13. Quando Deus criou o homem, criou-o bom e á Sua imagem. Ele positivamente odeia o pecado, Dt 25:16; Sl 5:4 11:5; Zc 8:17 e Lc 16:15.
Deus em Cristo fez provisão para libertar do pecado o homem. A luz disso tudo, seria blasfemo falar de Deus como o autor do pecado.

b) O PECADO ORIGINOU-SE NO MUNDO ANGÉLICO: A Bíblia nos ensina que, na tentativa de investigar a origem do pecado, devemos retornar á queda do homem, na descrição de Gn 3 e fixar a atenção em algo que sucedeu no mundo angélico.
Deus criou um grande número de anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das mãos do seu Criador, Gn 1:31. Mas ocorreu uma queda no mundo angélico, queda na qual legiões de anjos se apartaram de Deus, Ez 28:11-19; Is 14:12-15.
Não estavam contentes com a sua parte, com o governo e o poder que lhes foram confiados. Se o desejo de serem semelhantes a Deus foi á tentação peculiar que sofreram, isto explica por que tentaram o homem nesse ponto particular.

c) A ORÍGEM DO PECADO NA RAÇA HUMANA: Com respeito á origem do pecado na história da humanidade, a Bíblia ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no paraíso e, portanto, com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem.
Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que, dada a solidariedade da raça humana, teria efeito, não somente sobre Adão, mas também sobre todos os seus descendentes. Com resultado da queda, o pai da raça só pode transmitir uma natureza depravada ao pósteros.
Mas ainda isso não é tudo. Adão pecou não somente como o pai da raça humana, mas também fomo chefe representativo de todos os seus descendentes; e, portanto, a culpa de seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são passíveis de punição e morte. É primeiramente nesse sentido que o pecado de Adão é o pecado de todos.
Deus adjudica a todos os homens a condição de pecadores culpados em Adão, exatamente como adjudica a todos os crentes a condição de justos em Jesus Cristo.
III) AS SETE TEORIAS DO PECADO

Consideremos abreviadamente algumas das mais importantes teorias filosóficas sobre o pecado. O pecado é um dos mais tristes fenômenos da vida humana, e também o mais comum.

1 – TEORIA DUALISTA: Esta é uma das teorias que foram comuns na filosofia grega. Na forma do Gnosticismo, conseguiu penetrar na igreja primitiva. Admite a existência de um princípio eterno do mal, e sustenta que no homem o espírito representa o princípio do bem, e o corpo, o do mal. Segundo essa teoria, o único meio de escaparmos do pecado consiste em livrar-nos do corpo.

2 – TEORIA DE QUE O PECADO É MERA PRIVAÇÃO: De acordo com Leibnitz, a existência do pecado deve ser considerada inevitável. O pecado não pode ser atribuído á ação pessoal de Deus e, portanto, deve ser considerado como simples negação ou privação sem necessidade de nenhuma causa eficiente.
As limitações da criatura o tornam inevitável. Sua tentativa de evitar fazer de Deus o autor do pecado não tem bom êxito, pois, mesmo que o pecado fosse apenas uma negação sem nenhuma causa eficiente, Deus seria, não obstante, o autor da limitação da qual ele resultaria.

3 – TEORIA DO ATAÍSMO: O ateísmo ao negar a Deus, nega também, o pecado, porque, estritamente falando, todo pecado é contra Deus; e se não há Deus, não há pecado. O homem pode ser culpado de pecar em relação a outros; pode pecar contra si mesmo, porém estas coisas constituem pecado unicamente em relação a Deus. Portanto, o homem necessita do perdão baseado em uma provisão divina de expiação.

4- TEORIA DO DETERMINISMO: É a teoria que afirma ser o livre arbítrio uma ilusão e não uma realidade. Nós imaginamos que somos livres para fazer nossa escolha, porém, realmente nossas opções são ditados por impulsos internos e circunstâncias que escaparam ao nosso domínio.
Mas as Escrituras afirmam invariavelmente que o homem é livre para escolher entre o bem e o mal – uma liberdade implícita em todos os mandamentos e exortações. Longe de ser vítima da fatalidade e casualidade, declara-se que o homem é o árbitro do seu próprio destino.
Uma conseqüência prática do determinismo é tratar o pecado como se fosse uma enfermidade por cuja causa o pecador merece dó ao invés de ser castigado. Porem, a voz da consciência que diz: “eu devo” refuta essa teoria.

5 – TEORIA DO HEDONISMO: (da palavra grega que significa “prazer”) é a teoria que sustenta que o melhor ou o mais proveitos que existe na vida é a conquista do prazer e a fuga á dor; de modo que a primeira pergunta que se faz não é: “Isto é correto?” Mas: “Trará prazer?”.
Eles desculpam o pecado com expressões como estas: “Errar é humano”; “o que é natural é belo e o que é belo é direito”. No fundo dessa teoria está o desejo de diminuir a gravidade do pecado, e ofuscar a linha divisória entre o bem e o mal, o certo e o errado.
A admoestação divina para aqueles que procuram confundir as distinções morais, é: “Ai daqueles que chama o mal de bem e o bem de mal”.

6 – TEORIA DA CIÊNCIA CRISTÃ: Esta seita nega a realidade do pecado. Declara que o pecado não é algo positivo, mas simplesmente a ausência do bem. Nega que o pecado tenha existência real e afirmam que é apenas um “erro da mente moral”.
As Escrituras denunciam o pecado como uma violação positiva da Lei de Deus, como uma verdadeira ofensa que merece castigo real num inferno real.

7 – TEORIA DA EVOLUÇÃO: Esta teoria considera o pecado como herança do animanismo primitivo do homem. Disso, os animais não pecam; eles vivem segundo sua natureza, e não experimentam nenhum sentido do culpa por seu comportamento.
É certo que o homem tem uma natureza física, porém, essa parte inferior de seu ser foi criação de Deus, e é plano de Deus que esteja sujeita a uma inteligência divinamente iluminada.
O defeito radical dessas teorias todas é que procuram definir o pecado sem levar em consideração que o pecado é essencialmente o abandono de Deus, a oposição e a transgressão da Lei de Deus.

IV) DEFINIÇÃO BÍBLICA DE PECADO

Ao dar a idéia bíblica do pecado, é necessário chamar a atenção para diversas particularidades.

1 – O PECADO É O MAL NUMA CATEGORIA ESPECÍFICA: Hoje em dia ouvimos falar muito do mal, e relativamente pouco do pecado; e isso é muito enganoso. Nem todo mal e pecado. Não se deve confundir o pecado como mal físico, com aquilo que é danoso ou calamitoso.
Pecado não pe uma calamidade que sobreveio inopinadamente ao homem, envenenou sua vida e arruinou sua felicidade, mas um curso que o homem decidiu seguir deliberadamente e que leva consigo miséria inaudita.
O pecado é o resultado de uma escolha livre, porém, má, do homem. Este é o ensino claro da Palavra de Deus, Gn 3:1-6; Is 48:8; Rm 1:18-32 e 1 Jo 3:4.

2 – O PECADO TEM CARÁTER ABSOLUTO: Na esfera ética, o contraste entre o bem e o mal é absoluto. Não há condição neutra entre ambos. A transição entre o bem e o mal não é de caráter quantitativo, e, sim, qualitativo.
Um ser moral bom não torna mal por uma simples diminuição da sua bondade, mas somente por uma mudança qualitativa radical, por um volver ao pecado. O pecado não é um grau menor de bondade, mas um mal positivo.
Isso é ensinado claramente na Bíblia. Quem não ama a Deus é, por isso caracterizado como mal. O homem está do lado certo ou do lado errado, (Mt 10:32, 33; 12:30; Lc 11:23; Tg 2:10). A Escritura não reconhece nenhuma posição de neutralidade.

3- O PECADO SEMPRE TEM RELAÇÃO COM DEUS E SUA VONTADE: Os mais antigos teólogos compreenderam que á impossível ter uma correta concepção do pecado sem vê-lo em relação a Deus e Sua vontade e, portanto, acentuavam esta aspecto e normalmente falavam do pecado como “falta de conformidade com a Lei de Deus”.
As seguintes passagens mostram claramente que a Bíblia vê o pecado em relação a Deus e Sua Lei, quer como Lei escrita nas tábuas do coração, quer como dada por meio de Moisés, (Rm 1:32; 2:12-14; 4:15; Tg 2:9; 1 Jo 3:4).

4 – O PECADO INCLUI A CULPA E A CORRUPÇÃO: A culpa é o estado de violação de uma lei ou de uma exigência moral. Ela expressa a relação do pecado com a justiça ou da penalidade com a lei.
È inseparável do pecado, jamais se encontra em quem não é pessoalmente pecador, e é permanente, de modo que, uma vez estabelecida, não pode ser removida pelo perdão.
Embora muitos neguem que o pecado inclui culpa, essa negação não se harmoniza com o fato de que o pecado é a ameaçado com castigo, e de fato o recebe, e evidentemente contradiz as Escrituras, Mt 6:12; Rm 3:19; 5:18; Ef 2:3.
Por corrupção entendemos a corrosiva contaminação inerente, a que todo pecador está sujeito. É uma realidade na vida de todos os indivíduos. É inconcebível sem a culpa, embora a culpa, como incluída numa relação penal, seja concebível sem a corrupção.
Mas é sempre seguida pela corrupção. Todo aquele que é culpado em Adão, também nasce com uma natureza corrupta, em conseqüência. Ensina-se claramente a doutrina da corrupção do pecado em passagens como: Jô 14:4; Jr 17:9; Mt 7:15-20; Rm 8:5-8; Ef 4:17-19.

5 – O PECADO TEM SUA SEDE NO CORAÇÃO: O pecado não resida nalguma faculdade da alma, mas no coração, que na psicologia da Escritura é o órgão da alma, onde estão as saídas da vida. E desse centro, sua influência e suas operações espalham-se para o intelecto, á vontade, as emoções – em suma, a todo o homem, seu corpo inclusive.
Esta maneira de ver está em perfeita harmonia com as descrições Bíblicas, em passagens como as seguintes: Pv 4:23; Jr 17:9; Mt 15:19-20; Lc 6:45 e Hb 3:12.

6 – O PECADO NÃO CONSISTE APENAS DE ATOS MANIFESTOS: O pecado não consiste somente de atos patente, mas também de hábitos pecaminosos e de uma condição pecaminosa da alma. Estes três âmbitos se interrrelacionam do seguinte modo: O estado pecaminoso é á base dos hábitos pecaminosos, e estes se manifestam em ações pecaminosas.
E se for necessário levantar a questão sobre se os pensamentos e os sentimentos do homem natural, chamado “carne” na Escritura, devam ser considerados como constituindo pecado poder-se-ia responder: indicamos passagens como as seguintes: Mt 5:22, 28; Rm 7:7; Gl 5:17, 24 e outras.
Em conclusão, pode-se dizer que se pode definir o pecado como falta de conformidade com a lei moral de Deus, em ato, disposição ou estado.

V – A UNIVERSALIDADE DO PECADO
Poucos se inclinarão a negar a presença do mal no coração humano, mas há divergências quanto à natureza desse mal e quanto ao modo como se originou. Mesmo os pelagianos e os socinianos estão prontos a admitir que o pecado é universal.

1 – A TRIPLICE EVIDÊNCIA DA UNIVERSALIDADE DO PECADO
A) A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES: A história das religiões dão testemunhos da universalidade do pecado. As religiões pagâs atestam uma consciência universal do pecado, e a necessidade de reconciliação com o Ser Supremo. Há um sentimento generalizado de que os deuses estão ofendidos e devem ser aplacados de alguma forma.
Há uma vós universal da consciência dando testemunho do fato de que o homem carece do ideal e está condenado á vista de algum Poder mais alto.
Altares cheirando ao sangue dos sacrifícios, muitas vezes dos sacrifícios de filhos queridos, repetidas confissões de mas ações, e orações para livramento do mal – tudo aponta para a consciência de pecado.

B) A HISTÓRIA DA FILOSOFIA: A História da filosofia indica o mesmo fato. Os mais antigos filósofos gregos já tiveram que lutar com o problema do mal moral, e desde a época deles, nenhum filósofo de renome pode ignorá-lo.
Todos foram constrangidos a admitir a sua universalidade, e isso a despeito do fato de que não foram capazes de explicar o fenômeno.

C) A POSIÇÃO BÍBLICA: Há inequívocas declarações da Escrituras que indicam a pecaminosidade universal do homem, como nas seguintes passagens: 1 Rs 8:46; Sl 143:2; Pv 20:9; Rm 3:1 e outras.
Em Efésios 2:3 diz o apóstolo Paulo que os Efésios eram “por natureza filhos da ira, como também os demais”. Nesta passagem a expressão “por natureza” indica uma coisa inata e original, em distinção daquilo que é adquirido.
De acordo com as Escrituras, a morte sobrevém mesmo aos que nunca execeram uma escolha pessoal e consciente, Romanos 5:12-14. Esta passagem implica que o pecado existe no caso de crianças, antes de possuírem discernimento moral. Desde que sucede que crianças morrem e, portanto, o efeito do pecado está presente na situação delas, é simplesmente natural supor que a causa também está presente.
Finalmente, as Escrituras ensina também que todos os homens se acham sob condenação e, portanto, necessitam de redenção que há em Cristo Jesus. Nunca se declara que as crianças constituem exceção a essa regra Jô 3:3, 5; 1 Jo 5:12.
Quando Adão pecou, CAIU, e em sua queda levou toda a raça humana, pois ele era o pai e cabeça da raça, era a raiz da humanidade. Daí o fato de chamar-se de pecado original, ou seja, pecado da raça. Quanto aos outros pecados de Adão, não tiveram mais importância na geração, pois eram pecados pessoais.
Eles confirmaram a queda, mas eram pecados da exclusiva responsabilidade de Adão. Quando Adão pecou, estabeleceu um triste princípio para os homens: todos os seus descendentes nasceram (ou nascem) no mesmo estado em que ele caiu. A Bíblia define essa situação com três denominações distintas:
A) – estado de depravação – Gn 6:5; Sl 14:3; Rm 7:18.
A) – estado de culpa – Mt 10:15.
A) –estado de pena – Rm 5-12.

VI) A NATUREZA DO PECADO

1 - SEU CARÁTER FORMAL: Pode-se dizer que, numa perspectiva puramente formal, o primeiro pecado do homem consistiu em comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Não sabemos que espécie de árvore era. Nada havia de ofensivo no fruto da árvore como tal. O pecado estava simplesmente na desobediência á ordem de Deus.
Não há opinião unânime quanto ao motivo pela qual a árvore foi denominada do conhecimento do bem e do mal. É muito mais provável que a árvore foi denominada desse modo porque fora destinada a revelar: (a) se o estado futuro do homem seria bom ou mal; e (b) se o homem deixaria que Deus lhe determinasse o que era bom ou mal, ou se encarregaria de determiná-lo por si e para si.
Mas, seja qual for á explicação que se de do nome, a ordem dada por Deus para não comer da árvore serviu simplesmente ao propósito de por a prova a obediência do homem. Foi um teste de pura obediência, desde que Deus de modo nenhum procurou justificar ou explicar a proibição. Adão tinha que mostrar sua disposição para submeter a sua vontade á vontade do seu Deus com obediência implícita.

2 – A TRIPLICE MANIFESTAÇÃO DO PECADO: O pecado geralmente se manifesta em três direções:

A) Para Deus, em forma de rebelião, de falta de amor, 1 Sm 15:23; Dt 6:5.
B) Para o homem, igualmente com absoluta falta de amor, Lv 19:13; Mq 6:8; Rm 1:18.
C) Para o próprio pecador, em forma de egoísmo, de corrupção de valores, Mt 16:24; Jô 12:25; Sl 51:5; Rm 7:18.

Á vontade de Deus é desobedecida em toda manifestação do pecado, voluntária ou inconscientemente, Nm 15:30; Sl 19:13; Nm 15:27; Hb 9:7. O homem não é intrinsecamente responsável por haver nascido em pecado, mas é absolutamente responsável por todos os pecados que pratica.

3 – O TESTEMUNHO DA HUMANIDADE E DA CONSCIÊNCIA: Porque existem leis que castigam os crimes? Porque testemunhas da realidade e da natureza do pecado. As religiões pagâs oferecem sacrifícios em favor da purificação de almas. Isto é outro testemunho. Na própria literatura secular existem evidências sobejas do testemunho da consciência do pecado.
O grande filósofo Sêneen disse: “Todos temos pecados, uns mais, outros menos.” “Existe um provérbio chinês que afirma:” “Há somente dois homens bons na terra; um esta morto o outro ainda não nasceu”. Quanto no testemunho da consciência é por demais evidente em cada criatura.
A Bíblia ensina que o pecado é uma VIOLAÇÃO, 1 Jo 3:4. Que o pecado é um estado espiritual, a ausência de retidão, Rm 7:8, 11, 13, 14, 17, 20.

VII) O PRIMEIRO PECADO E A QUEDA OCASIONADA PELA TENTAÇÃO

Á narrativa em questão é GÊNESIS 3:1-19. Façamos juntos á leitura e examinemos as implicações teológicas do texto:

1 – O PROCEDIMENTO DO TENTADOR: A queda do homem foi ocasionada pela tentação da serpente, que semeou na mente do homem as sementes da desconfiança e da descrença. Embora indubitavelmente a intenção do tentador fosse levar Adão, o chefe da aliança, a cair, não obstante dirigiu-se a Eva, provavelmente por três motivos:
A) Eva não exercia a chefia na aliança e, portanto, não teria o mesmo senso de responsabilidade.
B) Eva não recebeu diretamente a ordem de Deus, mas apenas indiretamente, seria mais susceptível de ceder á argumentação e duvidar.
C) Eva seria sem dúvida o instrumento mais eficiente para alcançar o coração de Adão.

O curso seguido pelo tentador é bem claro. Em primeiro lugar, ele semeia as sementes da dúvida pondo em questão as boas intenções de Deus e insinuando que Suas ordens era realmente uma violação da liberdade e dos direitos do homem.

2 – A SERPENTE, O FRUTO DA ÁRVORE E O JARDIM:
 Alguns acham que toda narrativa de Gênesis 3 é uma alegoria que representa figuradamente a autodepravação do homem e sua mudança gradativa. Barth e Brunner consideram a narrativa do estado original e da queda do homem um mito. Na verdade, a Bíblia opõe-se a estes pensamentos.

A) A SERPENTE: Há estudiosos, que não negam o caráter histórico de Gênesis, afirmam que pelo menos a serpente não deve ser considerada como um animal literal, mas apenas como um nome ou um símbolo da cobiça, do desejo sexual, do raciocínio pecaminoso, ou de Satanás. Ainda outros asseveram que, para dizer o mínimo, o falar da serpente deve ser entendido figuradamente.
Certamente a serpente é considerada como um animal em Gn 3:1, e não daria bom sentido substituir “serpente” por Satanás. O castigo de que fala Gn 3:14-15, pressupõe uma serpente literal, e Paulo não a entende doutro modo, em II Cor 11:3.
As Escrituras da a entender claramente que a serpente foi apenas um instrumento de Satanás, e que Satanás foi o real tentador, que agiu na serpente e por meio dela, como posteriormente agiu em homens e em porcos, Jô 8:44; Rm 16:20; II cor 11:3; Ap 12:9. A serpente foi um instrumento próprio para Satanás, pois ele é a personificação do pecado e a serpente simboliza o pecado: (a) em sua natureza astuta e enganosa; e (b) em sua picada venenosa, com a qual mata.

B) O FRUTO PROÍBIDO DA ÁRVORE: Houve, no passado, resultado de filosofias gnósticas, uma crença de que tudo o que procedia da carne era vil. Isto levou alguns teólogos a crerem que o fruto proibido foi símbolo do ato sexual entre Adão e Eva. Mas, a leitura do texto pede uma interpretação, mas direta. Houve uma árvore e houve a violação da Palavra que Deus havia proferido. Esta transgressão ocorreu pela ingestão de algum tipo de fruto comestível. A linguagem desta passagem não nos força a fazer outro tipo de inferência.
Sua essência, no entanto, nos leva a entender que o pecado teve sua raiz, não na fome ou no apetite, mas no coração. O desejo de ter independência de Deus foi um pecado do coração. Foi ato de rebelião resultante do desejo de ser dono de si mesmo que fez com que o homem caísse no jardim.
O pecado teve outros aspectos: a concupiscência incontrolável de algo dos sentidos (desejo incontrolável) dos sentidos (agradável aos olhos), a concupiscência da carne (boa para comer) e a soberba da vida (desejável para dar entendimento).
Estes três aspectos da tentação tem estado sempre presentes e em 1 Jo 2:16, o apóstolo nos adverte que tais coisas procedem do mundo e não do Pai. É importante lembrar que Deus tinha dado ao casal o domínio do jardim. Cabia a eles até expulsar a serpente da sua presença. Mas, eles lhe deram ouvidos e se deixaram seduzir pelos seus argumentos.

C) O PROCESSO DA TENTAÇÃO: Vejamos resumidamente os três processos da tentação, que levou Adão a cair de sua posição de glória:
· Primeiro, Satanás exagerou (e levou Eva a fazê-lo também) a proibição de Deus. Deus tinha mandado que não comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal, mas havia dado ao homem todas as árvores. A tentação começa por fazer o homem se sentir privado de algo, quando, de fato, Deus é muito generoso; Satanás fez a mulher pensar somente no fruto proibido menosprezando as dádivas do Senhor.

· Segundo, Satanás cria dúvidas sobre a Palavra de Deus. “Será que Deus falou?” Em seguida, ele cria desconfiança sobre os motivos de Deus. Ele chega a questionar a veracidade do aviso divino, “certamente não morrerás...”

· Terceiro, a mulher cedeu ás meias verdades. Mas, isto não diminuiu o fato de que ela e o homem comeram em desobediência a Deus e trouxerem sobre si as conseqüências previstas.

(VIII) OS EFEITOS DO PECADO

A penalidade com a qual Deus ameaçou o homem no paraíso foi pena de morte. A morte que aqui se tem em mente não é a morte do corpo, mas a morte do homem total, morte no sentido bíblico da Palavra.
A pena foi também executada efetivamente no dia em que o homem pecou, embora a plena execução dela tenha sido sustada temporariamente pela graça de Deus.
A penalidade do pecado certamente inclui a morte física, mas inclui muita mais que isso. Fazendo distinção a que estamos acostumados, podemos dizer que ela inclui os seguintes fatos:

1) MORTE ESPIRITUAL: O pecado separa de Deus o homem, e isso quer dizer, morte, pois é só na comunhão com o Deus vivo que o homem pode viver de verdade. No estado da morte, que resultou da entrada do pecado no mundo, levamos o fardo da culpa do pecado, culpa que só ode ser removida pela obra redentora de Jesus Cristo.
A morte espiritual significa, não somente culpa, mas também corrupção. O pecado é sempre uma influência corruptora na vida, e isso é parte da nossa morte. Por natureza somos, não somente injustos aos olhos de Deus, mas também impuros.
E se não fosse a influência restringente da graça de Deus, tornaria a vida social inteiramente impossível.

2) OS SOFRIMENTOS DA VIDA: Os sofrimentos da vida, que resultam da entrada do pecado no mundo, também estão incluídos na penalidade do pecado. O pecado produziu distúrbios em todos os aspectos da vida do homem. Sua vida física caiu presa de fraquezas e doenças, que redundam em desconforto e, muitas vezes, em penosas agonias; e sua vida mental ficou sujeita a perturbações angustiantes, que muitas vezes o privam da alegria de viver, desqualificam-no para o seu labor diário e, por vezes, destroem por completo o seu equilíbrio mental.
Muitas vezes as forças destruidoras são liberadas causando terremotos, ciclones, tornados, erupções vulcânicas e inundações que trazem indescritíveis misérias á humanidade. Contudo, não será seguro particularizar e interpreta-las como punições especiais por graves pecados cometidos pelos que vivem nas áreas atingidas.
Devemos ter sempre em mente que há uma responsabilidade coletiva, e que sempre há motivos suficientes para Deus visitar cidades, regiões ou países com calamidades medonha.
É bom ter sempre em mente que Jesus disse uma vez aos judeus que lhe trouxeram informações sobre uma calamidade que sobreviera a certos galileus, e evidentemente insinuaram que aqueles galileus deviam ter sido grandes pecadores, Lc 13:2-5.

3 – A MORTE FÍSICA: A separação do corpo e alma também faz parte da penalidade do pecado. Que o Senhor tinha isto em mente também na penalidade ameaçada é mais que evidentemente na explicação dele feita com as palavras: “tu és pó e ao pó tornarás”, Gn 3:19. Também transparece na argumentação de Paulo em Rm 5:12-21, e em 1 Cor 15:12-23.
A posição da Igreja sempre foi que a morte, no pleno sentido da palavra, incluía a morte física, não é somente conseqüência, mas, também, penalidade do pecado. O salário do pecado é a morte.

4 – A MORTE ETERNA: Esta pode ser considerada como a culminância e a consumação da morte espiritual. As restrições do presente desaparecem, e a corrupção do pecado tem a sua obra completa. O peso total da ira de Deus desce sobre os condenados, e isto significa morte no sentido mais terrível da palavra.
A condenação eterna deles elevada a corresponder ao estado interno das suas ímpias almas. Há angustias de consciência e sofrimentos físicos, Ap 14:11. A consideração mais ampla deste assunto pertence á escatologia.

5 – DESFIGURAÇÃO DA IMAGEM DIVINA: O homem não perdeu completamente a imagem divina, porque ainda em sua posição decaída é considerado uma criatura á imagem de Deus Gn 9:6; Tg 3:9. Apesar de não estar inteiramente perdido, a imagem divina no homem encontra-se muito desfigurada. Jesus Cristo veio ao mundo tornar possível ao homem a recuperação completa da semelhança divina por ser recriado á imagem de Deus Gl 3:10.

6 – PECADO INERENTE: (ou pecado original). O efeito da queda arraigou-se profundamente na natureza humana que Adão, como pai da raça, transmitiu a seus descendentes a tendência ou inclinação para pecar, Sl 51:5. Esse impedimento espiritual e moral, sob o qual os homens nascem, é conhecido como pecado original.

7 – DISCÓRDIA INTERNA: No princípio Deus fez o corpo do homem do pó, dotando-o, desse modo, de uma natureza física ou interior; depois soprou em seu nariz o fôlego da vida, comunicando-lhe assim uma natureza mais elevada, unindo-se a Deus. Era o propósito de Deus a harmonia do ser humano, ter o corpo subordinado á alma.
Mas o pecado interrompeu a relação de tal maneira que o homem se encontrou dividido em si mesmo; o “eu” oposto ao “eu” em uma guerra entre a natureza superior e a inferior.

CONCLUSÃO

Embora o homem tenha pecado e através desse ato de desobediência, permeou o pecado em todas as camadas sociais, como até mesmo na esfera espiritual de sua vida. A Bíblia declara que ainda há esperança em Cristo
O pecado destituiu o homem da graça de Deus, mais Cristo morreu há seu tempo para nos resgatar da maldição do pecado Gl 3:13. Á verdade é que; quando tudo parecia impossível Rm 8:3, para a humanidade, Deus enviou o seu Filho em semelhança da carne para nos conceder, a liberdade.
Portanto, glorifiquemos o nome daquele que como Cordeiro morto, mas vivo eternamente derramou seu sangue por nós.

Naufrágio mata Jogadores e torcedores de um clube de futebol em Uganda

Aproximadamente 30 pessoas morreram neste último domingo no naufrágio de um barco ao tentar atravessar o Lago Albert, em Uganda, país localizado no leste do continente africano. Segundo a agência de notícias "AFP", a embarcação um total de 45 pessoas, entre elas jogadores e torcedores de um time de futebol que estavam a caminho de uma partida.
Uganda acidente time de futebol (Foto: AFP)Naufrágio mata jogadores e torcedores de time de futebol de Uganda (Foto: AFP)
Até o momento, 15 pessoas foram resgatadas com vida, e outros nove corpos foram encontrados. O restante ainda está desaparecido.
De acordo com testemunhas que conversaram com a polícia logal, o barco estava sobrecarregado e acabou virando no momento em que a maioria das pessoas ficou do mesmo lado da embarcação. Alguns estariam bêbados no início da viagem, e a maioria cantava e tocava instrumentos.
O barco estava a caminho do distrito de Hoima. A polícia continua a busca por corpos e sobreviventes com a ajuda de pescadores da região.
Uganda acidente time de futebol (Foto: AFP)Naufrágio mata jogadores e torcedores de time de futebol em Uganda (Foto: AFP)
Uganda acidente time de futebol (Foto: AFP)Naufrágio mata jogadores e torcedores de time de futebol em Uganda (Foto: AFP)

Onde Está o Éden?


Qualquer pessoa que desejar estudar o atual mapa do Iraque, poderá, sem nenhuma dificuldade, identificar o território da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates. Ali, segundo as Escrituras, o homem foi formado por Deus, há cerca de seis mil anos atrás. Porém, ao lermos as Escrituras, a Bíblia, tomamos conhecimento da existência de um jardim plantado no Éden. Que jardim era este? E onde está o Éden narrado na Bíblia?
O primeiro Livro da Bíblia, o Gênesis, narra a criação dos céus e da terra, a criação do homem, a comunhão do homem com Deus e a trágica queda do primeiro casal. Para que possamos compreender mais profundamente o Livro de Gênesis, é necessário termos em mente que Deus planejou a criação para nela estabelecer um relacionamento paternal e amoroso com o homem. No princípio, Deus se relacionava íntima e diretamente com o homem, até que este desobedeceu o Criador, introduzindo o pecado no mundo e, como conseqüência, foi rompida a comunhão original entre a criatura e o Criador. E foi, precisamente, a fim de restabelecer esta comunhão perdida que Deus enviou seu Filho Unigênito, o Senhor Jesus Cristo.
Sobre o Éden
Durante a narrativa da criação dos céus e da terra, vemos na Bíblia que Deus criou toda a vegetação da terra no terceiro dia:
“E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o terceiro dia.” Gênesis 1:11-13
Notemos que o trecho bíblico acima mostra que a relva, as árvores frutíferas e as sementes estavam sobre a terra. Mais a seguir na narrativa bíblica encontramos o seguinte:
“E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.” Gênesis 1:29
Novamente, a afirmação de que as ervas estavam na superfície da terra.
Agora, vemos algo bastante interessante sobre a erva da terra:
“Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o SENHOR Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo. Mas uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo.” Gênesis 2:5, 6
Vemos, pois que a erva da terra ainda não havia brotado e que ainda aguardava que Deus fizesse chover sobre a terra e, ainda, que o homem lavrasse o solo. O texto bíblico diz que não havia ainda nenhuma planta do campo na terra.
Imediatamente após esta narrativa, vemos na Bíblia, nos dois versículos seguintes ao anterior, o que se segue:
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado.” Gênesis 2:7, 8
A Bíblia diz que Deus plantou um jardim no Éden. A distinção entre as sementes da terra, as quais aguardavam pela chuva, e o jardim plantado por Deus é clara. Enquanto a erva aguardava seu crescimento sobre a terra, um jardim completo foi plantado pelo próprio Deusno Éden. O texto bíblico prossegue:
“Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” Gênesis 2:9
O trecho acima não diz “do solo da terra”, mas, simplesmente, do soloO solo do Éden. Diz ainda a Bíblia que do solo do Éden Deus fez brotar a Árvore da Vida, a qual se encontrava no meio do jardim. No Livro do Apocalipse vemos quatro  referências a esta mesma Árvore da Vida, a qual Deus fez brotar do solo do Éden. Eis duas referências:
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-hei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.” Apocalipse 2:7
“No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos.” Apocalipse 22:2 
Agora vejamos: A Bíblia, em Gênesis,  diz que a Árvore da Vida brotou do solo do Éden e que a Árvore da Vida se encontrava no meio do jardim. E no Livro do Apocalipse vemos que esta mesma Árvore da Vida se encontra no meio da praça da Nova Jerusalém, e no Paraíso de Deus. Vejamos um pouco mais sobre a glória da cidade eterna, a Jerusalém celestial:
“A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente. Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.” Apocalipse 21:21,22
É, pois, evidente, que a Bíblia está afirmando que a Nova Jerusalém é o lugar da habitação de Deus, pois a Nova Jerusalém desce do céu, da parte de Deus:
“E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.” Apocalipse 21:10,11
Pois bem, é justamente nessa cidade celestial e eterna que a Bíblia diz estar a Árvore da Vida, a mesma Árvore da Vida que Deus fez brotar do solo do Jardim do Éden. Diante do que foi exposto, podemos entender que o Éden era, e continua sendo, um lugar distinto da terra, pois a Árvore da Vida sempre esteve no solo do Éden, e que o jardim do Éden foi plantado pelo próprio Deus no solo do Éden e não sobre o solo da terra.
Vemos ainda, em um belíssimo relato bíblico, que Deus passeava no jardim do Éden durante o período quando era a tarde sobre a terra, e que Adão podia ouví-lo:
“Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.” Gênesis 3:8
E aqui, precisamente neste versículo, vemos que o homem tinha acesso ao Éden, onde está a Árvore da Vida, e nele caminhava. Porém, após a queda, o homem foi expulso do Éden:
“O SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.” Gênesis 3:23
Ora, se o homem foi expulso do Éden e posto para lavrar a terra de que fora tomado, é claro que o Éden e a terra nunca foram o mesmo lugar.
Pelas Escrituras, vemos que o Éden é o lugar da habitação de Deus, o lugar onde está o Senhor, e que este lugar era aberto ao acesso do homem, porém, este último perdeu o acesso ao lugar da habitação de Deus, em conseqüência da queda.
“E havendo lançado fora o homem, pós querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.” Gênesis 3:24
Não somente ao homem foi vedado o acesso ao Éden, bem como lhe foi bloqueado o acesso à Árvore da Vida, a qual brotou do solo do Éden e que se encontra no Paraíso de Deus. O acesso ao Paraíso de Deus e à Árvore da Vida foram restabelecidos pela obra do Senhor Jesus Cristo, o qual desceu do céu a fim de reconciliar consigo o mundo:
“a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” 2 Coríntios 5:19 
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.” Apocalipse 2:7
Conclusão:
Embora tendo sido feito do pó da terra, ie, material, o homem possuía acesso ao mundo espiritual e com ele interagia, pois o homem tinha acesso ao mesmo jardim onde Deus passeava na viração do dia, o Jardim do Éden. O Éden não ficava na terra, porém, da terra o homem podia adentrar nesse Jardim. Esta observação é comprovada pelo fato do homem ter se escondido de Deus (após a desobediência) por entre as árvores do Jardim do Éden, tendo sido, posteriormente, de lá expulso. O Éden era o local de comunhão da criatura com o Criador, o entrelaçamento do ambiente original da criação (material) com Deus (espiritual). A mesma Árvore da Vida que brotou do solo do Éden, para a qual o homem perdeu o acesso, se encontra no Paraíso de Deus, lugar da eterna e gloriosa habitação do Criador e onde viverão com Ele todos os que adentrarem pela Porta:
“Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo” Senhor Jesus Cristo. João 10:9 

Jardim do Éden – Figura de Uma Igreja Local


O jardim do Éden, onde Adão e Eva habitavam antes do seu pecado, era o paraíso de Deus aqui na Terra. Um local perfeito, onde o homem podia viver em comunhão, também perfeita, com seu Deus (infelizmente, este estado tão maravilhoso parece ter durado pouco, pois o homem, como conseqüência do seu pecado, foi destituído desta posição privilegiada, e expulso do jardim).
Uma igreja local é, da mesma forma, o local onde Deus hoje procura ter comunhão com Seus filhos, coletivamente. O NT descreve uma igreja local como sendo um santuário onde a santidade de Deus pode ser apreciada (I Co 3:16–17), a casa onde o Altíssimo pode habitar com Seu povo (I Tm 3:14–15), a congregação onde o Senhor pode governar (Mt 18:20). Podemos dizer que uma igreja local é um paraíso aqui na Terra, um oásis no meio deste deserto em que vivemos.
Nada mais coerente, portanto, do que procurar semelhanças entre estes dois “paraísos”, entre o local onde Deus teve, pela primeira vez, comunhão com o homem, e o local onde, hoje, Ele procura tal comunhão.
Não vamos considerar, aqui, as figuras das igrejas locais que podemos ver no relacionamento de Adão e Eva com o jardim — vamos nos concentrar na descrição do jardim do Éden em Gn 2:8-10. Antes de pensar nos detalhes, repare o quadro geral apresentado nestes três versículos:
a) o projeto do Pai. O v. 8 nos ensina que Deus é o autor do jardim, e nos fala da alegria e acessibilidade do Éden;
b) a preeminência do Filho. O v. 9 dá mais atenção às árvores do que ao jardim, falando da aparência, do alimento e da atração do Éden (a árvore da vida é uma figura muito clara do Senhor Jesus Cristo);
c) o poder do Espírito. O v. 10 fala do rio (uma figura do Espírito Santo, e nos ensina sobre a altura, a água, e o alcance do jardim do Éden.
Aqui vemos, nas primeiras páginas da Bíblia, aquela cooperação e comunhão entre a Trindade que será destacada de modo consistente nas Escrituras. Em toda a Palavra de Deus encontraremos as Pessoas Divinas agindo de forma coerente, sempre em comunhão e cooperação perfeita. Os planos do Pai e o poder do Espírito tem sempre o mesmo objetivo: promover a preeminência do Filho. O Pai planeja tornar o Filho preeminente, e é o poder do Espírito que efetua isto. Assim é em toda a Bíblia, e temos o mesmo aqui no jardim do Éden.
a. O projeto do Pai (2:8)
a.1. Autoria
O jardim do Éden não foi plantado por mãos humanas; a Bíblia afirma claramente que “plantou o Senhor Deus um jardim”. Deus fez tudo conforme Ele queria, de acordo com a Sua vontade e o Seu propósito.
E o mesmo acontece em relação a uma verdadeira igreja de Deus hoje em dia; ela será plantada por Deus. Isto quer dizer que não é um decreto humano que determina o nascimento de uma igreja, nem é necessário ter a autorização de uma instituição ou autoridade humana para que ela passe a existir. As palavras do Senhor Jesus Cristo, registradas em Mt 18:20, deixam claro que onde um grupo de cristãos, mesmo que pequeno (“… onde estiverem dois ou três …”), for congregado pelo Espírito Santo e passar a reunir-se regularmente (“… reunidos …”; este verbo, no grego, é um particípio perfeito na voz passiva, indicando um ato que continua no presente, e feito por uma força externa), atraídos unicamente ao nome do Senhor Jesus Cristo (“… em Meu nome”; não somente com a autoridade de, mas atraídos ao, Senhor Jesus), ali existe um “santuário de Deus”, uma igreja local (“ali estou no meio deles”). A operação do Espírito Santo atrai um grupo de cristãos ao nome singular do Senhor Jesus Cristo, e devido à ação desta Pessoa divina, sem qualquer influência ou autoridade humana, Deus planta uma igreja local!
Isto é confirmado pelo Seu aviso à igreja em Éfeso (Ap 2:1–7). Deus mesmo diz que, se necessário, iria remover aquele candeeiro; só Ele poderia fazer isto, pois Ele é quem havia plantado aquela igreja, no começo.
É claro que Ele pode usar vasos humanos para executar esta obra (I Co 3:6–9), mas estes serão apenas “cooperadores de Deus” (I Co 3:9); o poder e a autoridade sempre serão dEle. Que possamos sempre lembrar deste fato tão solene! A igreja não é uma instituição humana, plantada por homens, que pode ser manipulada ou “cortada” por homens. Deus é quem planta; só Ele é quem tem autoridade para plantar, para preservar e até, em casos extremos, para cortar.
a.2. Alegria
O lugar escolhido por Deus para plantar este jardim foi chamado Éden, uma palavra hebraica que significa “agradável”, ou “prazer”. Deus criou um jardim perfeito, onde Ele, juntamente com o homem que criara, poderia passar momentos agradáveis. O profeta Isaías indica que naquele jardim havia “regozijo e alegria, … ações de graça e som de música” (Is 51:3).
Da mesma forma, o Senhor deseja que o Seu povo possa experimentar, hoje, o prazer maravilhoso da Sua presença. E esta comunhão, tão agradável, deve ser encontrada no seio da igreja local. É verdade que cada um deve ter comunhão, individualmente, com seu Salvador, mas é um fato bíblico que, nesta dispensação da graça, Deus fortalece e anima seus filhos através da comunhão da igreja local. Ele quer que, na igreja, haja um só sentimento, um só amor (Fl 2:2), onde os membros mais fracos possam ser ajudados pelos mais espirituais (Gl 6:1), todos “lutando juntos pela fé evangélica” (Fl 1:27). Ele quer que a comunhão sincera e verdadeira do Seu povo, uns com os outros e com Ele, possa animar e consolar a cada um, trazendo verdadeiro prazer espiritual! Aqui na Terra, poucas coisas se comparam à esta comunhão divina; é realmente sublime a alegria que um verdadeiro servo de Deus sente em lembrar do Seu Senhor junto com um grupo dos seus irmãos, por menor ou mais humilde que este grupo seja. Como disse o Espírito, através de Davi: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” (Sl 133:1).
Isto nos faz lembrar, porém, de algo muito importante. Irmãos, será que sentimos prazer nas reuniões da nossa igreja? Ela é um lugar agradável a nós? Se a resposta for “não”, será que estamos nos esforçando, positivamente, para que esta situação mude? Não de uma maneira hipócrita, querendo que todos concordem conosco, mas “considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fl 2:3).
Pior ainda, será que a comunhão da nossa igreja local é tão verdadeira e espiritual, que os novos convertidos, ou irmãos mais fracos, sentem prazer nesta comunhão? Será que estamos obedecendo à exortação do Espírito: “… restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado” (Hb 12:12-13)? Estamos animando, ou ajudando a desanimar?
E a pergunta mais solene: será que o “Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível” (Ne 1:5), considera a minha igreja local como um lugar de alegria? Será que a igreja onde você se reúne é um lugar onde Ele pode gozar de comunhão verdadeira com Seu povo, como Ele fazia, no começo, lá no Éden?
Que Deus nos ajude a apreciarmos a alegria que deve ser característica de cada igreja de Deus, e trabalharmos para consolidar esta alegria, nunca para diminuí-la.
a.3. Acessibilidade
O jardim de Deus foi plantado no Éden, mas o Espírito nos dá ainda mais detalhes; foi “da banda do Oriente” (literalmente, “olhando para o Oriente”). Porque mencionar este fato, aparentemente irrelevante? A Palavra preciosa e perfeita de Deus não omite qualquer coisa necessária, e nem tão pouco menciona qualquer coisa desnecessária. O que podemos aprender, então, desta expressão: “da banda do Oriente”?
A palavra hebraica aqui traduzida “Oriente”, junto com suas cognatas, aparece muitas vezes no Velho Testamento (um total de 171 vezes). Sem tomarmos o espaço necessário para entrar em detalhes, podemos afirmar que, analisando com cuidado todas estas ocorrências, percebemos que o oriente, na Bíblia, representa o lugar do homem que se afastou de Deus. Quando a Bíblia fala de alguém indo para o oriente está enfatizando que ele se afasta de Deus, e aquele que vem do oriente geralmente é alguém que esteve bem longe de Deus. Obviamente, isto é apenas figurativo; ir para o oriente hoje não é sinônimo de afastamento de Deus, e nem os habitantes do ocidente são, de qualquer forma, superiores aos do oriente. Mas o Espírito nos ensina, também, através de figuras, e a figura apresentada pelo oriente, na Bíblia, é a de um lugar longe de Deus.
A expressão “vento oriental” ocorre 19 vezes no VT, sendo que, em 16 destas, ela é sinônimo absolutamente claro de destruição ou pecado (veja, por exemplo, Gn 41:6; Is 27:8; Jr 18:17; Ez 27:26). Veja, também, as pessoas que foram para o oriente: Adão e Eva, depois da queda (Gn 3:24); Caim (Gn 4:16); Ló (Gn 13:11); os outros filhos de Abraão (Gn 25:6), etc. Em Ez 8:16, lemos de “cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; adoravam o sol virados para o oriente”.
Em vista disto, parece ser justificável afirmar que o oriente, na Bíblia, indica o lugar do homem longe de Deus.
Como podemos entender, então, o motivo que levou o Espírito a destacar que o jardim do Éden ficava na banda do oriente do Éden? É o mesmo que temos no Tabernáculo e no Templo construído por Salomão, cujas portas olhavam para o oriente. É uma figura da graça de Deus, que tornou a salvação acessível ao ser humano. Quando o pecador, perdido em seu pecado, quisesse, pela operação do Espírito, buscar a Deus, ele iria virar as costas ao oriente, e a primeira coisa que ele poderia ver seria a porta da casa de Deus! Não seria necessário rodear a casa, procurando a entrada; Deus a colocou bem na sua frente. Louvamos a Deus porque Ele não tornou a salvação desnecessariamente complicada. O pecador que deseja ter o perdão dos pecados não tem que sair procurando um caminho escondido; a Porta, aberta pela graça de Deus, está ao alcance do mais fraco ser humano!
A igreja local deve ser um lugar acessível. Não um lugar onde qualquer um entra, sem questionamento, mas onde qualquer um que queira se submeter à Palavra de Deus encontrará livre acesso. Não estou tratando de recepção à Ceia do Senhor; o Novo Testamento fala de recepção à comunhão da igreja, e isto inclui muito mais que simplesmente o Partir do Pão. Só poderá ser aceito à comunhão da igreja local (e, portanto, participar da Ceia) aquele que, confessando o Senhor Jesus como Salvador publicamente pelo batismo, estiver disposto a obedecer plenamente os princípios neo-testamentários que governam a igreja local, e manter-se separado do mundo e do pecado. Jamais devemos abrir mão desta exigência. Mas não devemos acrescentar qualquer outro obstáculo; não podemos exigir um certo tipo de roupa (além da vestimenta decente, é claro), ou determinado nível social, ou grau de instrução, etc. Qualquer discriminação humana é totalmente condenada (veja Tg 2:1-13).
Aquilo que Deus exige, para a entrada na Sua casa (que hoje é a igreja local, I Tm 3:15) não pode ser esquecido; qualquer ser humano só pode entrar pela Porta. Mas não podemos dificultar desnecessariamente este processo; a porta da igreja local tem que estar olhando para o oriente, para os pecadores e para os indoutos. Adotar táticas humanas, diluir a mensagem, e animar mais as reuniões, são sugestões da carne; mas mostrar um amor verdadeiro e sincero aos pecadores, apresentar o Evangelho de maneira tão clara que até uma criança possa entender, fazer com que os visitantes se sintam realmente bem-vindos em nosso meio, sair ao encontro deles de casa em casa se eles não querem vir ao salão onde nos reunimos, isto é tornar a igreja acessível. O padrão elevado que Deus exige tem que ser mantido; o que nós não temos o direito de fazer é acrescentar, às exigências de Deus, as nossas próprias.
b. A preeminência do Filho (2:9)
b.1. Aparência agradável
O jardim do Éden deve ter sido, sem sombra de dúvida, um lugar extremamente belo. Não simplesmente um lugar onde o espírito encontrava alegria (como vimos acima), mas também um lugar onde os olhos se enchiam com as belezas físicas ali expostas. Deus, o sábio Criador, plantou árvores, e eram árvores agradáveis à vista. Aquele jardim manifestava o poder e a perfeição do Seu Criador.
Da mesma forma, uma igreja local deve manifestar, perante os homens e os anjos, a beleza da santidade de Deus. Além de ser um lugar onde o verdadeiro cristão encontrará prazer espiritual junto com seu Senhor, deve ser também um lugar onde os indoutos ou incrédulos poderão ver a ordem e perfeição que são características do nosso Deus.
I Coríntios cap. 14 deixa isto bem claro. Ao mostrar a necessidade de haver ordem nas reuniões da igreja, o Espírito nos revela, primeiro, o lado negativo (v. 23). Se a reunião for desordenada, os incrédulos ou indoutos irão dizer que somos loucos. Mas os vs. 24 e 25 apresentam o lado positivo: quando tudo é feito “com decência e ordem” (v. 40), o resultado é que o nome de Deus será glorificado (v. 25).
Em relação à “decência”, estamos precisando, hoje em dia, reaprender o significado da palavra “reverência”. Lamentavelmente, muitas igrejas de Deus estão se portando com tanta leviandade, bagunça e falta de reverência, que o nome de Deus acaba sendo blasfemado (compare Rm 2:24). Que o Senhor nos dê a coragem para desprezar as táticas sensacionais e barulhentas, que só agradam à nossa alma; que Ele nos dê a intrepidez necessária para valorizarmos as reuniões simples, reverentes e espirituais que agradam ao nosso espírito e, principalmente, a Deus.
Quanto à “ordem”, é importante lembrarmos que a igreja não é um lugar sem autoridade, onde cada um faz o que bem entende; não é uma ditadura, onde um homem domina sobre os outros; nem é uma democracia, onde a vontade da maioria é feita; a igreja é uma Teocracia, onde Deus reina. Homens fieis e santos, levantados por Ele, presidem sobre o povo de Deus, submetendo-se, porém, ao Senhor dos senhores (Hb 13:17, etc.).
A igreja de Deus é o lugar onde a beleza da Sua santidade deve ser vista. Que possamos fazer tudo com decência e ordem (I Co 14:40), resplandecendo como luzeiros no mundo (Fl 2:15), para que o mundo seja atraído pelas belezas do nosso Deus, reveladas no Senhor Jesus Cristo.
b.2. Alimento
O jardim do Éden não satisfazia apenas aos olhos; também fornecia alimento abundante e variado, com toda sorte de árvore boa para alimento.
Uma igreja que não esteja fornecendo alimento para o rebanho está em grande falta, e dificilmente poderá crescer. Para haver crescimento é necessário alimento, e este deve ser encontrado, principalmente, na igreja, pois o Novo Testamento mostra claramente que é em comunhão com a igreja que o cristão cresce (veja Ef 4:11–16, por exemplo).
Deus fez provisão para esta necessidade, pois “Ele mesmo concedeu uns para … pastores e mestres”. Ele próprio deu, para cada igreja, irmãos capacitados para alimentar o povo de Deus através do ensino da Palavra. E não são somente os pastores e ensinadores que tem esta responsabilidade; os anciãos também devem ser aptos para ensinar (I Tm 3:2). Nem sempre esta aptidão será para o ensino público. Muito pode ser feito em conversas ou visitas particulares, em circunstâncias onde o ensino público não pode, ou não consegue, surtir o efeito desejado. Mas, seja por meio do ensino público ou individual, a verdade é que, em cada igreja local, o alvo deve ser que cada um dos membros esteja encontrando alimento para as suas necessidade.
Neste sentido, como está a igreja onde você se reúne? Há alimento suficiente? Há variedade de alimento (“toda sorte de árvore”)? Se não, você está preocupado com isto? “Mas eu não tenho o dom de ensinar”, você diz; ou então: “Mas eu sou uma irmã; a Bíblia me proíbe de ensinar publicamente na igreja”. Mas, se não temos o dom de ensinar, estamos exortando em particular, com palavras e com nosso exemplo? Se não podemos ensinar publicamente, estamos ensinando em particular? Nós louvamos a Deus pelos servos eruditos que Ele capacitou para nos ensinar; mas não podemos esquecer que não é necessário saber definir hermenêutica ou homilética para poder alimentar o povo de Deus. O Servo perfeito, que soube “dizer uma palavra em tempo oportuno ao cansado”, era Aquele que despertava “todas as manhãs” para ouvir a voz de Deus (Is 50:4). Precisamos dos eruditos; principalmente, porém, necessitamos de homens e mulheres que, não se preocupando com o reconhecimento por parte dos homens, procuram estar em comunhão com Deus, ouvindo a Sua voz, para poderem nos falar palavras oportunas.
b.3. Atração
Quando Eva tentou descrever o jardim do Éden, ela disse que a árvore que estava no meio do jardim era a árvore do conhecimento do bem e do mal (3:2–3). Parece que tanto esta, quanto a árvore da vida, estavam na região central do jardim, e não precisamos discutir qual delas ocupava o centro geográfico. O importante é que, para Eva, a árvore central, a mais importante, era a árvore proibida; para Deus, porém, a árvore que estava no centro do jardim era a árvore da vida (2:9), uma figura muito clara daquele que nos dá a vida eterna, o Senhor Jesus.
O centro de toda verdadeira igreja de Deus será ocupado unicamente pelo Senhor Jesus Cristo. É ao nome dEle que reunimos (Mt 18:20), atraídos por Ele e submissos a Ele. Ele é o Cabeça da Igreja que é o Seu corpo, e será também de toda igreja local que Lhe pertença (Cl 2:19; Ef 4:15, etc.). Não temos o direito de colocar qualquer outra coisa, ou pessoa, no centro da igreja. Se não somos atraídos unicamente ao nome de Cristo, se não permanecemos unidos simplesmente por amá-Lo, se não nos submetemos incondicionalmente à Sua palavra, então renunciamos ao direito de ter a Sua presença conosco. Poderemos ser uma “igreja”, mas não seremos uma igreja de Deus.
Que possamos recusar toda teoria, invenção, preceito ou tradição que vem dos homens, submetendo–nos somente à autoridade de Cristo. Que saibamos respeitar aqueles homens dedicados que Ele próprio levantou para guiar o rebanho, mas jamais permitir que um deles (ou qualquer outro mortal) usurpe o lugar central na igreja local; este lugar pertence somente a Cristo! Que possamos nos esforçar para ver Cristo entronizado, respeitado, obedecido e exaltado em nosso meio!
c. O poder do Espírito (2:10)
c.1. Altura
Percebemos que este jardim era mais alto do que as terras ao seu redor, pelo fato de que o rio saia do jardim e fluía para as terras ao redor. É um fato comprovado que a água, em seu estado líquido, quando não impelida por uma força externa, corre sempre do lugar mais alto para o mais baixo. Como este rio nascia no Éden, e dali saia para outras terras, fica bem claro que o jardim estava num local elevado.
Esta deve ser, também, uma característica das igrejas de Deus hoje. Elas estão no mundo, mas não são do mundo. O mundo é inimigo de Deus (Tg 4:4) — uma igreja local é casa de Deus (I Tm 3:15), é um “santuário de Deus … sagrado” (I Co 3:17). Espiritualmente, deve haver uma distância enorme entre uma igreja de Deus e o mundo. A organização da igreja não irá copiar a política humana, com sua democracia desordeira; as atividades da igreja não poderão ser confundidas com atividades de instituições mundanas; a adoração duma igreja verdadeira será sempre muito superior à religiosidade fria e formal do mundo religioso.
A igreja não deve procurar atrair os pecadores com aquilo que o mundo oferece. O mundo tem diversão, filmes, festas; a igreja deve apresentar algo muito diferente, e muito superior. Há algo de errado com nosso proceder se os incrédulos se sentem bem em nossas reuniões. Numa reunião onde o Espírito tem liberdade de agir, o resultado será exatamente o contrário: o incrédulo ou indouto é “por todos convencido, e por todos julgado” (I Co 14:24). Ele irá se sentir incomodado, percebendo que não somos iguais a ele (espiritualmente); ele irá perceber que é um pecador, e que necessita da salvação. Devemos ser cordiais e amáveis, fazendo com que ele se sinta muito bem-vindo; mas não podemos esquecer que nossa intenção, ao trazê-lo, não é simplesmente que ele volte outra vez; é que ele perceba o seu pecado, e aceite a Cristo.
Em suma: as igrejas de Deus devem ser lugares espiritualmente elevados. Que nos chamem de radicais, fanáticos, etc.; nós não podemos, em qualquer circunstância, abaixar os padrões elevados de santidade e pureza que Deus exige de nós, Seu povo. O desejo de Deus para o Seu povo é que sejam um alvo, um exemplo para o mundo perverso (Fl 2:15). Que responsabilidade! Estamos buscando algo mais elevado do que aquilo que o mundo apresenta? Ou estamos manchando nosso testemunho com a lama da irreverência e leviandade, sob o pretexto de atrair as multidões? “O santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (I Co 3:17). É melhor uma igreja pequena, mas “elevada”, do que uma igreja numerosa vivendo no vale, junto com o mundo.
c.2. Água
O jardim do Éden não era árido ou estéril, como já temos visto; era um lugar onde cresciam toda sorte de árvores; um jardim cheio de vida, exuberante e atraente. Mas, de onde vinha a vida deste jardim? Em parte, da neblina que regava toda a terra (2:6), mas principalmente do rio que saia do Éden.
Um rio, na Bíblia, é uma figura muito apropriada do Espírito Santo, conforme a Palavra de Deus nos explica em Jo 7:38-39. Este rio, portanto, é uma figura da atuação do Espírito Santo no meio do povo de Deus, dando-lhe a vida e poder necessários para servir ao Senhor. É o Espírito quem nos torna capazes de servir a Deus, pela Sua presença conosco (Jo 14:16) e pelos dons que Ele nos dá (I Co 12:8). Ele também habita na igreja local, e é Ele quem irá operar no meio da igreja, levando-nos a obedecer ao Cabeça. A autoridade é de Cristo; o poder é do Espírito.
É fundamental que nossas igrejas tenham um rio para regá–las. A vida, o poder de nossas igrejas não pode vir de outra fonte, a não ser o Espírito Santo. Se, na igreja onde você se reúne, o trabalho é feito no poder do homem, conforme a programação dos homens, onde está o Espírito de Deus? É nosso dever tirar da igreja todas aquelas coisas que só agradam a carne, coisas que o Espírito de Deus jamais nos autorizou a introduzir. Podem ser inofensivas; podem até ser bonitas, mas vão limitar a liberdade que o Espírito tanto deseja ter. As religiões humanas, para atrair e manter seus membros, precisam da ajuda de muitas coisas humanas; uma igreja de Deus, porém, para atrair cristãos ao nome de Cristo, só precisa do poder do Espírito que, como um rio, irá espalhar a Sua influência por todo o jardim.
c.3. Alcance (Gn 2:10)
Aquele rio não permanecia só no jardim do Éden; ele se dividia e atingia outras terras também (Havilá, Cuxe, Assíria), permitindo que elas fossem beneficiadas pela vida que havia nele. Um rio, pela sua própria natureza, não consegue ficar parado, mas avança sempre. Você se lembra daquela profecia impressionante, registrada em Ezequiel 47? Um rio que, quanto mais se afastava do santuário, e quanto mais se aproximava do mar Morto, mais profundo ficava; e o homem que guiava Ezequiel lhe disse: “tudo viverá por onde quer que passe este rio” (v. 9).
O mesmo deve acontecer com uma igreja local. O poder do Espírito Santo, operando nela como um rio, não poderá ser escondido do mundo, nem trancado dentro de quatro paredes. Quando a igreja manifesta, pela direção do Espírito, o Senhorio de Cristo, ela irá resplandecer como um luzeiro no mundo (Fl 2:15), e outros serão atraídos pelo seu testemunho. A ordem do Senhor aos Seus discípulos foi para que avançassem até aos confins da Terra (At 1:8), e o Espírito de Deus deseja estimular-nos a cumprir esta ordem. Veja o exemplo da igreja em Tessalônica: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor, não só na Macedônia e Acáia, mas por toda a parte se divulgou a vossa fé para com Deus” (I Ts 1:8). Todo cristão sincero deverá estimular esta visão em seus irmãos, desejando expandir, alcançar outras terras que estão secas.
Esta não é uma necessidade distante; muitas vezes, a terra mais seca não está do outro lado do planeta, mas no nosso quintal. Na sua cidade, quantos bairros estão desertos espiritualmente? Perto dali, quantas cidades sem nenhum testemunho conforme as Escrituras? Como seria bom se o Senhor reavivasse em nossos corações o desejo de multiplicar pela divisão. Não divisão contenciosa — isto é sempre obra da carne — mas divisão unida e pacífica. Parece uma contradição; multiplicar pela divisão, dividir com união; mas é a melhor maneira de expandir. Uma igreja, por exemplo, com 60 membros, pode muito bem se tornar em duas igrejas, cada uma com aproximadamente 30 membros, reunindo em dois bairros diferentes da cidade. Permaneceriam plenamente unidas, cooperando uma com a outra, mas seriam agora duas igrejas locais distintas. Um novo bairro daquela cidade teria a bênção de possuir um testemunho ao nome de Deus (os incrédulos daquele bairro não iriam apreciar isto, mas haveria uma luz brilhando ali). Outras pessoas teriam a oportunidade, não apenas de ouvir o Evangelho pelas pregações, mas de ver o Evangelho pela vida da igreja. E, com o tempo, estas duas igrejas teriam crescido o suficiente para se dividirem novamente, produzindo, pela divisão pacífica e dirigida pelo Espírito Santo, uma verdadeira multiplicação.
Se estamos gozando das bênção do Espírito Santo na nossa igreja, vamos olhar para os lados. Há muitas terras aí fora, mesmo em nossas próprias cidades e regiões, aonde Deus quer acender um candeeiro, espalhando as bênçãos que só o Espírito Santo distribui, trazendo vida a mares mortos, trazendo luz a noites escuras. Que o rio que sai do nosso jardim, da nossa igreja, possa se dividir em quatro, oito, vinte braços, para que, por todos os cantos deste imenso país, possa resplandecer e brilhar a glória de Deus, através do testemunho do Seu povo.
d. Conclusão
Deus plantou o jardim do Éden para nele ter comunhão com o homem. Adão e Eva abusaram deste privilégio, e foram expulsos dali. Depois desta tentativa de comunhão, fracassada por culpa do homem, Deus habitava no meio no Seu povo nas habitações construídas conforme as Suas instruções (no Tabernáculo e nos Templos). Hoje, “entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas” (At 7:48), pois nesta dispensação, Ele habita no cristão, individualmente (I Co 6:19), e na igreja, coletivamente (I Co 3:16-17). Quantas vezes, porém, sentimos que estamos transformando a casa de Deus em nossa própria casa, onde as nossas leis são obedecidas, as nossas pregações são anunciadas, as nossas músicas são apresentadas, e a nossa honra é buscada. “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.
Que o Senhor mostre cada vez mais aos nossos corações a santidade, a preciosidade duma igreja local. É um paraíso de Deus aqui na Terra. Que possamos estudar a Palavra de Deus, para saber “como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (I Tm 3:15).

GRITOS DE ALERTA / Willian J. Watterson

ESTUDO SOBRE OS PROPÓSITOE E OBJETIVOS DE CADA UMA DAS 12 TRIBOS DE ISRAEL , E PORQUE HOJE AS IGREJAS NÃO SÃO TRIBOS .

  Nesse pequeno resumo vamos detalhar os propósitos e objetivos de cada uma das 12 tribos de Israel , e em segundo plano falaremos , PORQUE ...