Irã
Um casal cristão recém-convertido ao Evangelho foi preso e submetido à tortura física e mental. Além disso, as autoridades os impediram de ficar com a filha de quatro anos que está enferma e a deixaram sem atendimento e sem tratamento, para colocá-la em uma instituição infantil.
Tina Rad, de 28 anos, foi acusada de “
atividades contra a santa religião do islã” por ler a Bíblia com muçulmanos em sua casa, em Teerã. Seu esposo, de 31 anos, Makan Arya, foi acusado de “
ameaça à segurança nacional” por permitir leituras bíblicas em seu apartamento e por freqüentar uma igreja doméstica.
O casal recebera Cristo como salvador há cerca de três meses antes de ser presos no último dia 3 de junho. Durante anos, as igrejas domésticas sofrem pressão, especialmente os muçulmanos convertidos ao cristianismo. “
Qualquer um que se declarar cristão corre risco”, diz Michael Escher, correspondente da Portas Abertas no Oriente Médio. “A maioria dos cristãos tem medo e raramente admite publicamente se algo lhe acontecer. Mas aconteceram várias prisões nos últimos meses.”
De acordo com uma fonte local, as autoridades mantiveram o casal em um local desconhecido por quatro dias e o espancou. Tina está “muito doente” e não pode falar. O casal foi liberado depois de pagar uma fiança e só depois de serem forçados a assinar uma declaração dizendo que não voltariam a freqüentar a igreja doméstica e que não manteriam mais nenhum contato com outros cristãos.
“Larguem Jesus”
“
Se vocês não largarem esse tal de Jesus, a próxima acusação será de apostasia”, disse uma policial para Tina durante o interrogatório, segundo a fonte. De acordo com as leis islâmicas iranianas, os muçulmanos que se convertem a outra religião podem ser condenados à morte.
Um projeto de lei que corre no parlamento iraniano pode transformar a pena de morte mandatória para os apóstatas, ou seja, para todo aquele que deixa o islamismo (
leia mais sobre esse assunto).
O casal foi preso depois que um parente de Makan informou a polícia sobre suas atividades cristãs. Segundo um amigo, os policiais confiscaram o computador, a antena parabólica e o aparelho de televisão do casal, além de todos os livros, CDs, DVDs e, até mesmo, um álbum de fotografias.
Hostilidade da família
O casal também sofre com as hostilidades por parte da família e dos vizinhos muçulmanos. Makan só obteve ajuda financeira do pai depois de prometer se divorciar da esposa. “Ele fez a promessa e agora se nega a cumprir, claro”, diz a fonte. “O pai lhe deu um ultimato.”
Além da hostilidade dentro da família, “
quase toda a rua sabe que eles são cristãos, então imaginem como é difícil para os negócios”, diz a fonte.
Depois de ser liberado, o casal descobriu que a vitrine de sua loja de roupas havia sido quebrada. Eles receberam uma carta dizendo que se não deixassem claro na nova vitrine que abraçam a fé islâmica, por meio de frases e fotos, teriam que comprar novos vidros para a vitrine todos os dias. A polícia se recusa a protegê-los. O casal quer se mudar.
Em relação à situação no Irã, Michael Escher acrescenta: “
Aqueles que se convertem ao cristianismo ficam, normalmente, muito entusiasmados com a nova fé; e às vezes, falam sobre isso abertamente com seus amigos e família, o que resulta em muita pressão por parte das pessoas mais próximas.".
"
O governo islâmico condena os muçulmanos que se convertem ao cristianismo”, diz Michael. “
De acordo com os radicais iranianos, o convertido é um traidor da família, do país e da fé. Quando um cristão se torna mais ativo em sua nova fé, fica claro que ele se converteu e o Estado interfere. Isso acontece com regularidade. Muitos ex-muçulmanos vivem sob pressão e intimidação, alguns por mais tempo do que outros.”.
Índia
As missionárias da
Gospel for Asia (
GFA), Saphala Nanda e Rajata Jayaselvan, conduziam um grupo de oração formado por cinco mulheres quando a polícia apareceu. Os oficiais interromperam a oração e começaram a fazer perguntas para as duas missionárias.
A polícia queria saber onde elas viviam e as interrogou sobre suas famílias e grau de escolaridade. Os oficiais também quiseram saber quais eram as intenções delas no distrito de Tamil Nadu, na Índia. "
Vocês vieram pregar o Evangelho e converter as pessoas?", sugeriu um policial.
“
Sim, nós viemos pregar as boas novas", disse Saphala, que é diretora da Associação de Mulheres da GFA para aquela área. "
Mas a escolha de aceitar ou rejeitar o Evangelho é livre para as pessoas. Nós não estamos forçando ninguém", complementou.
O interrogatório durou durante quase uma hora. As pessoas da aldeia que conheciam Saphala e Rajata tentaram intervir, mas a polícia não permitiu. Depois de uma série de perguntas, a polícia finalmente foi embora. Depois disso, as missionárias descobriram que alguns residentes da área tinham dado queixa delas à polícia e as acusaram de forçar as pessoas a se converterem ao cristianismo.
Leis anticonversão
Tamil Nadu promulgou uma lei anticonversão em 2002. A lei especificamente proibiu conversões religiosas "por força, fascinação ou meios fraudulentos", mas nunca definiu quais eram essas condições. Muitos indianos concordam com as leis de anticonversão, porque acreditam que a introdução do cristianismo na sociedade hindu gera perturbações sociais e torna difícil de manter a ordem local.
Essa lei de anticonversão foi revogada em 2004, mas quando a revogação foi anunciada, os meios de comunicação indianos incitaram parlamentares de Nadu a trabalharem para retomá-la. Em Tamil Nadu vivem mais de 65 milhões de pessoas. Destas cerca de 5% são cristãos (Algo em torno de 3.2500.00 pessoas. Grifo nosso). Apesar da situação, Saphala e Rajata não pretendem abandonar o trabalho delas em Tamil Nadu. Elas já disseram ao líder do distrito que não têm medo da oposição e que a única meta delas é falar sobre Jesus. Elas pedem que os cristãos ao redor do mundo se unam jejuando e orando pelas pessoas de Tamil Nadu para que possam conhecer Cristo e para que Deus os proteja de quaisquer danos ao seu ministério.
Argélia
Dois argelinos convertidos ao cristianismo foram condenados nesta quarta. A pena foi de seis meses de prisão com sursis e multa equivalente a mil euros. A acusação foi de proselitismo. A lei considera como proselitismo qualquer tentativa de convencer um muçulmano a se converter a outra religião. Os dois tinham em seu poder exemplares da Bíblia e CD-ROMs de conteúdo religioso.
Muitos outros argelinos estão sendo processados, entre eles Habiba Kouider, uma mulher acusada de praticar um culto não-muçulmano sem autorização, para quem os promotores pedem pena de três anos de prisão.
Fontes: Olhares AEIOU, Criacionismo, Portas Abertas